Bula do Valsartana para o Profissional

Bula do Valsartana produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Valsartana
Medley Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO VALSARTANA PARA O PROFISSIONAL

valsartana

Medley Indústria Farmacêutica Ltda.

Comprimido revestido

80 mg, 160 mg e 320 mg

Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

Comprimidos revestidos de 80 mg, 160 mg e 320 mg: embalagens com 30 ou 60 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido de 80 mg contém:

valsartana............................................................................................................................... 80 mg

excipientes q.s.p......................................................................................................................1 comprimido

(crospovidona, dióxido de silício, estearato de magnésio, celulose microcristalina, hipromelose, macrogol,

óxido férrico amarelo, óxido férrico vermelho, dióxido de titânio).

Cada comprimido revestido de 160 mg contém:

valsartana............................................................................................................................... 160 mg

Cada comprimido revestido de 320 mg contém:

valsartana............................................................................................................................... 320 mg

óxido férrico amarelo, óxido férrico marrom, dióxido de titânio).

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

• Tratamento da hipertensão arterial.

• Tratamento de insuficiência cardíaca (classes II a IV da NYHA) em pacientes recebendo

tratamento padrão tais como diuréticos, digitálicos e também inibidores da enzima de conversão

da angiotensina (ECA) ou betabloqueadores, mas não ambos; a presença de todas estas

terapêuticas padronizadas não é obrigatória.

Valsartana melhora a morbidade nesses pacientes, principalmente através da redução da

hospitalização por insuficiência cardíaca. Valsartana retarda também a progressão da

insuficiência cardíaca, melhora a classe funcional da NYHA, a fração de ejeção, os sinais e

sintomas da insuficiência cardíaca e melhora a qualidade de vida versus o placebo (vide

“Características farmacológicas”).

• Valsartana é indicada para melhorar a sobrevida após infarto do miocárdio em pacientes

clinicamente estáveis com sinais, sintomas ou evidência radiológica de insuficiência ventricular

esquerda e/ou com disfunção sistólica ventricular esquerda (vide “Características

farmacológicas”).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

3. CARAC. FARMACOLÓGICAS

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

Grupo farmacoterapêutico: bloqueadores do receptor da angiotensina II simples.

Código ATC: C09C A03.

O hormônio ativo do SRAA é a angiotensina II, formada a partir da angiotensina I pela ECA. A

angiotensina II se liga a receptores específicos localizados na membrana das células de vários tecidos,

exercendo diversos efeitos fisiológicos, inclusive em particular no envolvimento direto e indireto na

regulação da pressão arterial. Como um potente vasoconstritor, a angiotensina II exerce uma resposta

pressora direta. Além disso, promove retenção de sódio e estimulação da secreção de aldosterona.

A valsartana é um potente e específico antagonista dos receptores de angiotensina II (Ang II) ativo por via

oral.

Ela atua seletivamente no receptor subtipo AT1, responsável pelas conhecidas ações da angiotensina II.

As concentrações plasmáticas aumentadas de Ang II seguindo-se ao bloqueio do receptor AT1 com

valsartana pode estimular o receptor AT2 não-bloqueado, o que parece contrabalançar o efeito do receptor

AT1 . A valsartana não apresenta atividade agonista parcial sobre os receptores AT1 e tem afinidade muito

maior (cerca de 20.000 vezes) para com receptores AT1 do que para com receptores AT2.

A valsartana não inibe a ECA, também conhecida como cininase II, que converte Ang I em Ang II e

degrada a bradicinina. Uma vez que não existe efeito sobre a ECA e nenhuma potencialização da

bradicinina ou substância P, é improvável que os antagonistas de angiotensina II estejam associados à

tosse. Em estudos clínicos em que a valsartana foi comparada aos inibidores da ECA, a incidência de

tosse seca foi significativamente menor (P < 0,05) em pacientes tratados com valsartana do que naqueles

tratados com inibidores da ECA (2,6% versus 7,9%, respectivamente). Em um estudo clínico em

pacientes com história de tosse seca durante terapêutica com inibidores da ECA, 19,5% dos pacientes que

recebiam valsartana e 19,0% desses que recebiam um diurético tiazídico apresentaram episódios de tosse,

comparados a 68,5% daqueles tratados com inibidores da ECA (P < 0,05). A valsartana não se liga ou

bloqueia outros receptores hormonais ou canais de íons conhecidos, importantes na regulação

cardiovascular.

Farmacocinética

Absorção

Após a administração oral de valsartana isolada o pico da concentração plasmática da valsartana é

atingido em 2-4 horas. A biodisponibilidade absoluta média é de 23%. Quando a valsartana é

administrada com alimentos, a área sob a curva de concentração plasmática (AUC) de valsartana sofre

redução de 48%, embora cerca de 8 horas após a administração, as concentrações plasmáticas de

valsartana sejam similares em pacientes que ingeriram o produto em jejum ou com alimentos. Entretanto,

esta redução da AUC não se acompanha de redução clinicamente significativa nos efeitos terapêuticos,

podendo a valsartana ser administrada com ou sem alimentos.

Distribuição

O volume de distribuição no steady-state (estado de equilíbrio) da valsartana após administração

intravenosa, é cerca de 17 litros, indicando que a valsartana não é distribuída extensivamente pelos

tecidos. A valsartana tem alta taxa de ligação às proteínas séricas (94 – 97%), principalmente à albumina

sérica.

Biotransformação

A valsartana não é biotransformada em grande extensão uma vez que apenas cerca de 20% da dose é

recuperada como metabólitos. Um metabólito hidróxi foi identificado no plasma em baixas concentrações

(menos de 10% da AUC de valsartana). Este metabólito é farmacologicamente inativo.

Eliminação

A valsartana apresenta um decaimento cinético multiexponencial (t1/2 alfa < 1h e t1/2 beta cerca de 9 h). A

valsartana é eliminada principalmente nas fezes (cerca de 83% da dose) e urina (cerca de 13% da dose),

principalmente como fármaco inalterado. Após administração intravenosa, o clearance (depuração)

plasmático da valsartana é cerca de 2 L/h e seu clearance (depuração) renal é de 0,62 L/h (cerca de 30%

do clearance total). A meia-vida da valsartana é de 6 horas.

A farmacocinética de valsartana é linear no intervalo de dose testada. Não ocorrem alterações na cinética

de valsartana em administrações repetidas e há pouco acúmulo quando administrado uma vez ao dia. As

concentrações plasmáticas observadas foram similares em homens e mulheres.

O tempo médio para o pico de concentração e a meia-vida de eliminação da valsartana em pacientes com

insuficiência cardíaca é similar ao observado em pacientes sadios. Os valores AUC e Cmáx da valsartana

aumentam linearmente e são praticamente proporcionais com o aumento da dose dentro da faixa clínica

(40 a 160 mg duas vezes ao dia). O fator de acumulação médio é aproximadamente 1,7. O clearance

(depuração) aparente da valsartana após uma administração oral é aproximadamente 4,5 L/h. A idade não

afeta o clearance (depuração) aparente em pacientes com insuficiência cardíaca.

Populações especiais de pacientes

Pacientes geriátricos (65 anos ou acima)

Maior exposição sistêmica à valsartana foi observada em indivíduos idosos comparados com indivíduos

jovens; entretanto, isso não apresentou nenhum significado clínico.

Insuficiência renal

Como esperado para um composto no qual o clearance (depuração) renal contribui com apenas 30% do

clearance (depuração) plasmático total, não existe correlação entre a função renal e a exposição sistêmica

à valsartana. Portanto, não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal. Nenhum

estudo foi realizado em pacientes sob diálise. No entanto, valsartana possui alta taxa de ligação às

proteínas plasmáticas, sendo improvável sua remoção por diálise.

Insuficiência hepática

Cerca de 70% da dose absorvida é excretada na bile, principalmente como composto inalterado. A

valsartana não sofre biotransformação extensiva e, como esperado, a exposição sistêmica à valsartana não

se relaciona com o grau de disfunção hepática. Portanto, nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes

com insuficiência hepática de origem não biliar e sem colestase. Observou-se que a AUC da valsartana é

aproximadamente o dobro em pacientes com cirrose biliar ou obstrução biliar (vide “Advertências e

Precauções”).

Dados de segurança pré-clínicos

Dados pré-clínicos não revelaram riscos especiais para humanos, baseados em estudos convencionais de

segurança farmacológica, genotoxicidade, potencial carcinogênico e efeitos na fertilidade.

Segurança farmacológica e toxicidade de longo prazo

Em diversos estudos pré-clínicos de segurança realizados com várias espécies de animais, não houve

resultados que excluem o uso de doses terapêuticas de valsartana em humanos. Em estudos de segurança

pré-clínicos, altas doses de valsartana (200 a 600 mg/kg/dia de peso corporal) em ratos, causou uma

redução dos parâmetros dos glóbulos vermelhos (eritrócitos, hemoglobina, hematócrito) e evidência de

alterações na hemodinâmica renal (nitrogênio na ureia levemente aumentado no sangue, hiperplasia

tubular renal e basofilia nos machos). Estas doses em ratos (200 e 600 mg/kg/dia) são aproximadamente 6

e 18 vezes a dose humana máxima recomendada com base em mg/m2

(cálculos assumem uma dose oral

de 320 mg/dia e um paciente de 60 kg). Em macacos saguis em doses comparáveis, as alterações foram

semelhantes, embora mais graves, particularmente nos rins onde as alterações desenvolveram para uma

nefropatia, incluindo aumento no sangue de nitrogênio na ureia e creatinina. A hipertrofia das células

justaglomerulares renais também foi observada em ambas as espécies. Todas as alterações foram

consideradas como sendo causadas pela ação farmacológica da valsartana que produziu hipotensão

prolongada, particularmente nos macacos saguis. Para doses terapêuticas de valsartana em humanos, a

hipertrofia das células justaglomerulares renais não parece ter qualquer relevância.

Toxicidade reprodutiva

A valsartana não apresentou reações adversas sobre o desempenho reprodutivo de ratos machos ou

fêmeas com doses orais de até 200 mg/kg/dia.

Em estudos de desenvolvimento embriofetal (segmento II) em camundongos, ratos e coelhos, foi

observada toxicidade fetal em associação com toxicidade materna em ratos com doses de valsartana de

600 mg/kg/dia e em coelhos com doses de 10 mg/kg/dia. Em estudo de toxicidade de desenvolvimento

peri e pós-natal (Segmento III), proles de ratos descendentes de ratas que receberam 600 mg/kg/dia

durante o último trimestre de gravidez e durante a lactação mostraram índice de sobrevivência levemente

reduzido, bem como leve retardo no desenvolvimento (vide “Gravidez e lactação”). Os principais

achados pré-clínicos de segurança são atribuídos à ação farmacológica do fármaco e não demonstraram

qualquer significado clínico.

Mutagenicidade

A valsartana foi isenta de potencial mutagênico em estudos de genotoxicidade, quer ao nível do gene ou

cromossomo, quando investigada em vários padrões in vitro e in vivo.

Carcinogenicidade

Não houve evidência de carcinogenicidade quando a valsartana foi administrada na dieta a camundongos

e ratos por 2 anos em doses de até 160 e 200 mg/kg/dia, respectivamente.

4. CONTRAINDICAÇÕES

5. ADVERT. E PRECAUÇÕES

6. INTERAÇÕES MEDICAM.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Pacientes com depleção de sódio e volume

Em pacientes com depleção grave de sódio e/ou hipovolemia, como nos que estejam recebendo altas

doses de diuréticos, pode ocorrer, em casos raros, hipotensão sintomática após o início da terapêutica com

o medicamento. A depleção de sódio e/ou a hipovolemia devem ser corrigidas antes do início do

tratamento com valsartana, por exemplo, pela redução da dose do diurético.

Se ocorrer hipotensão, manter o paciente em posição supina e, se necessário, administrar infusão venosa

de solução salina fisiológica. O tratamento com valsartana pode ser continuado, uma vez que a pressão

arterial esteja estabilizada.

Pacientes com estenose de artéria renal

A administração de valsartana por curto prazo a doze pacientes com hipertensão renovascular, secundária

a estenose de artéria renal unilateral, não induziu qualquer alteração significativa na hemodinâmica renal,

na creatinina sérica ou na ureia nitrogenada sanguínea (UNS). No entanto, como os medicamentos que

afetam o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) podem aumentar a ureia sanguínea e a

creatinina sérica em pacientes com estenose de artéria renal unilateral ou bilateral, recomenda-se a

monitorização de ambos os parâmetros desses pacientes como medida de segurança.

Pacientes com insuficiência renal

Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência renal. No entanto, não existem dados

disponíveis em casos graves [clearance (depuração) de creatinina < 10 mL/min], recomendando-se

cautela.

O uso de bloqueadores de receptores de angiotensina – incluindo valsartana – ou inibidores da ECA

juntamente com alisquireno deve ser evitado em pacientes com insuficiência renal grave (TFG < 30

mL/min) (vide “Interações medicamentosas – Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina (SRA)

com BRAs, IECAs ou alisquireno”).

Pacientes com insuficiência hepática

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática. A valsartana é eliminada

principalmente como composto inalterado na bile, e pacientes com distúrbios biliares obstrutivos

mostraram clearance (depuração) mais baixo de valsartana (vide “Farmacocinética”). Deve-se tomar

cuidado especial ao se administrar valsartana a pacientes com distúrbios biliares obstrutivos.

Pacientes com insuficiência cardíaca/Pós-infarto do miocárdio

Pacientes com insuficiência cardíaca ou em tratamento do pós-infarto do miocárdio que utilizam

valsartana normalmente apresentam alguma redução na pressão arterial, mas a descontinuação da

terapêutica devido a uma hipotensão sintomática persistente não é usualmente necessária quando a

posologia correta é seguida.

Cuidados devem ser tomados ao iniciar o tratamento em pacientes com insuficiência cardíaca ou pós-

infarto do miocárdio (vide “Posologia e Modo de usar”).

Como consequência da inibição do SRAA, alterações na função renal podem ser antecipadas em

indivíduos suscetíveis. Nos pacientes com insuficiência cardíaca grave, cuja função renal pode depender

da atividade do SRAA, o tratamento com inibidores da ECA ou com antagonistas do receptor da

angiotensina foi associado à oligúria e/ou azotemia e (raramente) com insuficiência renal aguda e/ou

morte. A avaliação dos pacientes com insuficiência cardíaca ou pós-infarto do miocárdio deve sempre

incluir a avaliação da função renal.

Em pacientes com insuficiência cardíaca, cuidados devem ser tomados com a tripla combinação de um

inibidor da ECA, de um betabloqueador e valsartana (vide “Características Farmacológicas”).

Para pacientes com infarto do miocárdio recente, a combinação de captopril e valsartana não demonstrou

nenhum benefício clínico adicional, porém demonstraram um aumento no risco dos efeitos adversos

comparado à monoterapia. Portanto, esta combinação não é recomendada para pacientes com infarto do

miocárdio recente, ao contrário da monoterapia com valsartana que é indicado para melhorar a sobrevida

após infarto do miocárdio em pacientes clinicamente estáveis (vide “Indicações”).

Angioedema

Em pacientes tratados com valsartana tem sido reportado, angioedema, incluindo inchaço de laringe e

glote, levando a obstrução das vias áreas e/ou inchaço de face, lábios, faringe, e/ou língua. Alguns destes

pacientes apresentaram previamente angioedema com outros fármacos, incluindo inibidores da ECA.

Valsartana deve ser imediatamente descontinuada em pacientes que desenvolverem angioedema, e não

deve ser readministrada.

Duplo Bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA)

É necessário precaução na coadministração de bloqueadores de receptores de angiotensina (BRAs),

incluindo valsartana, com outros agentes inibidores do sistema renina-angiotensina como IECAs ou

alisquireno.

Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Assim como outros agentes anti-hipertensivos, recomenda-se cautela ao se operar máquinas e/ou dirigir

veículos.

Mulheres em idade fértil

Como qualquer fármaco que atua diretamente sobre SRAA, valsartana não deve ser usada por mulheres

que planejam engravidar. Os médicos que prescrevem qualquer agente que atue no SRAA devem

aconselhar as mulheres com potencial de engravidar sobre o risco potencial destes agentes durante a

gravidez.

Gravidez e lactação

Como qualquer fármaco que atua diretamente sobre SRAA, valsartana não deve ser usada durante a

gravidez (vide “Contraindicações”). Devido ao mecanismo de ação dos antagonistas de angiotensina II,

o risco para o feto não deve ser excluído. Em exposição in útero a inibidores da ECA (uma classe

específica de medicamentos que agem no SRAA), durante o segundo e terceiro trimestres da gestação,

houve relatos de lesões e morte de fetos em desenvolvimento. Além disso, nos dados retrospectivos, o uso

de inibidores da ECA no primeiro trimestre foi associado a um risco potencial de anomalias congênitas.

Houve relatos de aborto espontâneo, oligodrâmnio e disfunção renal em recém-nascidos quando mulheres

grávidas tomaram inadvertidamente a valsartana. Se gravidez for detectada durante o tratamento,

valsartana deve ser descontinuada assim que possível (vide “Dados de segurança pré-clínicos”).

Não se sabe se a valsartana é excretada no leite humano. A valsartana foi excretada no leite de ratas

lactantes. Portanto, não se recomenda o uso de valsartana em lactantes.

Fertilidade

Não há dados dos efeitos de valsartana na fertilidade humana. Estudos em ratos não demonstraram

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Duplo bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA) com BRAs, IECAs ou alisquireno: o uso

concomitante de bloqueadores de receptores de angiotensina (BRAs), incluindo valsartana, com outros

medicamentos que agem no SRA é associado com o aumento da incidência de hipotensão, hipercalemia e

alterações na função renal em comparação com a monoterapia. É recomendada a monitorização da

pressão arterial, função renal e eletrólitos em pacientes em tratamento com valsartana e outros agentes

que afetam o SRA (vide “Advertências e Precauções”).

O uso concomitante de BRAs, incluindo valsartana, ou IECAs com alisquireno deve ser evitado em

pacientes com insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min) (vide “Advertências e Precauções”).

O uso concomitante de BRAs, incluindo valsartana, ou IECAs com alisquireno é contraindicado em

pacientes com diabetes tipo 2 (vide “Contraindicações”).

Potássio: o uso concomitante com diuréticos poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona,

triantereno, amilorida), suplementos à base de potássio, substitutos do sal que contenham potássio ou

outros medicamentos que podem aumentar os níveis de potássio (heparina, etc.) podem acarretar aumento

do potássio sérico e, em pacientes com insuficiência cardíaca, aumento de creatinina sérica. Se o uso

simultâneo desses compostos for considerado necessário, recomenda-se monitoramento do potássio

sérico.

Agentes anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) incluindo inibidor seletivo da ciclooxigenase 2

(inibidor da COX 2): quando os antagonistas de angiotensina II são administrados simultaneamente com

os AINEs, pode ocorrer atenuação do efeito anti-hipertensivo. Além disso, em pacientes idosos, com

depleção de volume (incluindo aqueles sobre terapia com diurético) ou que tiver comprometimento da

função renal, o uso concomitante de antagonistas da angiotensina II e AINEs podem levar ao aumento de

risco da piora da função renal. Portanto, recomenda-se o monitoramento da função renal quando se inicia

ou modifica o tratamento em pacientes com valsartana e que estão tomando AINEs simultaneamente.

Lítio: foram relatados aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio e toxicidade durante a

administração concomitante de lítio e inibidores da ECA ou bloqueadores do receptor de angiotensina II,

incluindo a valsartana.

Portanto, recomenda-se monitoração cuidadosa das concentrações séricas de lítio durante o uso

concomitante. Se um diurético também for usado, o risco de toxicidade por lítio pode presumidamente ser

aumentado ainda mais com valsartana.

Transportadores : o resultado de um estudo humano in vitro com tecido de fígado indicou que a

valsartana é um substrato para o transportador hepático de captação OATP1B1 e para o transportador -

hepático de efluxo MRP2. A coadministração de inibidores do transportador por captação (por exemplo,

rifampicina e ciclosporina) ou do transportador de efluxo (por exemplo, ritonavir) pode aumentar a

exposição sistêmica da valsartana.

O uso concomitante de valsartana com:

- lítio: pode levar a uma intoxicação por lítio;

- anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs): pode reduzir a eficácia anti-hipertensiva;

- ritonavir: aumento da exposição da valsartana;

- agentes que bloqueiam o SRAA: pode levar à hipercalemia.

Não foram observadas interações de significância clínica. Entre os fármacos com os quais se realizaram

estudos clínicos incluem-se: cimetidina, varfarina, furosemida, digoxina, atenolol, indometacina,

hidroclorotiazida, anlodipino e glibenclamida.

Como valsartana não sofre extensa metabolização, interações do tipo medicamento-medicamento,

clinicamente relevantes em termos de indução ou inibição metabólica do sistema do citocromo P450, não

são esperadas com a valsartana. Embora a valsartana possua alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas,

estudos in vitro não mostraram qualquer interação nesse nível com uma série de moléculas que também

têm alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, como diclofenaco, furosemida e varfarina.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (15 a 30 ºC).

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

- valsartana 80 mg: comprimidos revestidos, oblongos, biconvexos, de coloração rosa alaranjada com

gravação 80 em um dos lados.

- valsartana 160 mg: comprimidos revestidos, oblongos, biconvexos, de coloração amarela ocre com

gravação 160 em um dos lados.

- valsartana 320 mg: comprimidos revestidos, oblongos, biconvexos, de coloração lilás claro com

gravação 320 em um dos lados.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Método de administração

A valsartana pode ser administrada independentemente das refeições e deve ser administrado com água

por via oral.

Hipertensão

A dose inicial recomendada de valsartana é de um comprimido revestido de 80 mg ou 160 mg uma vez ao

dia, independente da raça, idade ou sexo. O efeito anti-hipertensivo manifesta-se efetivamente dentro de 2

semanas e o efeito máximo após 4 semanas. Nos pacientes que não apresentarem controle adequado da

pressão arterial, a dose diária pode ser aumentada para um comprimido revestido de 320 mg, ou um

diurético pode ser associado.

Valsartana pode ser administrada concomitantemente com outros agentes anti-hipertensivos.

Insuficiência cardíaca

A dose diária recomendada para o início de tratamento é de um comprimido revestido de 40 mg de

valsartana duas vezes ao dia. A titulação para 80 mg e 160 mg duas vezes ao dia deve ser feita para a

maior dose conforme tolerado pelo paciente. Deve-se considerar a redução da dose dos diuréticos

concomitantes. A dose máxima diária administrada nos estudos clínicos é de 320 mg em doses

fracionadas.

A avaliação dos pacientes com insuficiência cardíaca deve sempre incluir a avaliação da função renal.

Pós-infarto do miocárdio

A terapêutica pode ser iniciada 12 horas após um infarto do miocárdio. Após uma dose inicial de 20 mg

duas vezes ao dia, a terapêutica com valsartana deve ser titulada para um comprimido revestido de 40 mg,

80 mg e 160 mg duas vezes ao dia durante as próximas semanas.

A dose-alvo máxima é 160 mg duas vezes ao dia. Em geral, é recomendado que os pacientes atinjam um

nível de dose de 80 mg duas vezes ao dia por duas semanas após o início do tratamento e que o

atingimento da dose-alvo máxima ocorra em três meses com base na tolerabilidade do paciente à

valsartana durante a titulação. Se hipotensão sintomática ou disfunção renal ocorrer, deve ser considerada

a redução da dose.

A valsartana pode ser usada em pacientes tratados com outras terapêuticas do pós-infarto do miocárdio,

por exemplo, trombolíticos, ácido acetilsalicílico, betabloqueadores ou estatinas.

A avaliação em pacientes com pós-infarto do miocárdio deve sempre incluir uma avaliação da função

renal.

Insuficiência hepática

Pacientes com insuficiência hepática de leve a moderada somente devem tomar doses acima de 80 mg

duas vezes ao dia se o benefício clínico for superior ao risco associado com a exposição aumentada a

valsartana.

OBSERVAÇÃO para todas as indicações: nenhum ajuste de dose é requerido para pacientes com a

disfunção renal ou para pacientes com insuficiência hepática de origem não biliar e sem colestase.

No Brasil, este medicamento não é aprovado para crianças e adolescentes (menores de 18 anos).

A dose máxima diária de valsartana é de 320 mg.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

VPS

80 mg, 160 mg

e 320 mg: 30 e

60 comprimidos

27/02/2014 0152337/14-6

10452 –

GENÉRICO –

Notificação de

Alteração de

Texto de Bula –

RDC 60/12

29/11/2013

(Diovan)

1011847/13-1

MEDICAMENTO

NOVO –

10. SUPERDOSE

A superdose com valsartana pode resultar em acentuada hipotensão que pode levar a uma depressão do

nível de consciência, colapso circulatório e/ou choque. Se a ingestão foi recente, deve-se induzir o

vômito. Caso a ingestão tenha ocorrido há mais tempo, o tratamento usual seria a infusão intravenosa de

solução salina fisiológica. É improvável que a valsartana seja removida por hemodiálise.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

Farm. Resp.: Dra. Conceição Regina Olmos

CRF-SP n° 10.772

MS -1.0181.0604

Registrado por:

Medley Indústria Farmacêutica Ltda.

Rua Macedo Costa, 55 - Campinas - SP

CNPJ 50.929.710/0001-79

Fabricado por:

Sanofi -Aventis Farmacêutica Ltda.

Rua Conde Domingos Papaiz, 413 - Suzano - SP

Indústria Brasileira

IB161214

Anexo B

Histórico de Alteração da Bula

Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas

Data do

expediente

Nº expediente Assunto

Data da

aprovação

Itens da bula

Versões

(VP/VPS)

Apresentações

relacionadas

30/12/2014

Gerado no

momento do

peticionamento

10452 –

GENÉRICO –

Notificação de

Alteração de

Texto de Bula –

RDC 60/12

16/12/2014

(Diovan)

1126155/14-2

MEDICAMENTO

NOVO –

16/12/14

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.