Bula do Valsartana produzido pelo laboratorio Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
valsartana
Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda.
Comprimidos revestidos
80 mg, 160 mg e 320 mg
Valsartana VPS05
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento genérico, Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
valsartana comprimidos revestidos de 80 mg. Embalagem contendo 28 comprimidos revestidos.
valsartana comprimidos revestidos de 160 mg. Embalagem contendo 28 comprimidos revestidos.
valsartana comprimidos revestidos de 320 mg. Embalagem contendo 28 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de 80 mg contém:
valsartana..................................................... 80 mg
excipientes q.s.p. ................. 1 comprimido revestido
(celulose microcristalina, crospovidona, dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose, dióxido de titânio,
macrogol, óxido de ferro vermelho, óxido de ferro amarelo).
Cada comprimido revestido de 160 mg contém:
valsartana..................................................... 160 mg
macrogol, óxido de ferro vermelho, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro preto).
Cada comprimido revestido de 320 mg contém:
valsartana..................................................... 320 mg
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AO PROFISSIONAL DE SAÚDE
Tratamento da hipertensão arterial.
Tratamento de insuficiência cardíaca (classes II a IV da NYHA) em pacientes recebendo tratamento padrão tais
como diuréticos, digitálicos e também inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) ou betabloqueadores,
mas não ambos; a presença de todas estas terapêuticas padronizadas não é obrigatória.
Valsartana melhora a morbidade nesses pacientes, principalmente através da redução da hospitalização por
insuficiência cardíaca. Valsartana retarda também a progressão da insuficiência cardíaca, melhora a classe funcional da
NYHA, a fração de ejeção, os sinais e sintomas da insuficiência cardíaca e melhora a qualidade de vida versus o placebo
(vide “Características farmacológicas”).
Valsartana é indicado para melhorar a sobrevida após infarto do miocárdio em pacientes clinicamente estáveis
com sinais, sintomas ou evidência radiológica de insuficiência ventricular esquerda e/ou com disfunção sistólica
ventricular esquerda (vide “Características farmacológicas”).
Hipertensão
A administração de valsartana em pacientes com hipertensão ocasiona redução da pressão arterial sem alterar a
frequência cardíaca.
Na maioria dos pacientes, após a administração de uma dose oral única, o início da atividade anti-hipertensiva ocorre
dentro de duas horas e o pico de redução da pressão arterial é atingido em 4 – 6 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste
por 24 horas após a administração. Durante administrações repetidas, a redução máxima da pressão arterial com
qualquer dose é geralmente atingida em 2 – 4 semanas e se mantém durante a terapêutica a longo prazo. Em associação
com hidroclorotiazida, obtém-se uma redução adicional significativa na pressão arterial.
A retirada abrupta de valsartana não foi associada com hipertensão de rebote ou outro efeito clínico adverso.
Valsartana VPS05
Em estudos de doses múltiplas em pacientes hipertensos, valsartana não demonstrou efeitos significativos sobre as
dosagens do colesterol total, dos triglicérides em jejum, da glicemia de jejum ou do ácido úrico.
Insuficiência cardíaca
Hemodinâmica e neuro-hormônios
A hemodinâmica e os neuro-hormônios plasmáticos foram medidos em pacientes com insuficiência cardíaca classe II –
IV da NYHA (New York Heart Association) com pressão capilar pulmonar > 15 mmHg em 2 estudos de tratamento
crônico de curta duração. Em um estudo, que incluiu pacientes cronicamente tratados com inibidores da ECA, doses
únicas e múltiplas de valsartana administradas em combinação com inibidores da ECA melhoraram a hemodinâmica,
incluindo a pressão capilar pulmonar (PCP), a pressão diastólica da artéria pulmonar (PDAP) e a pressão arterial
sistólica (PAS). Foi observada uma redução nos níveis da aldosterona plasmática (AP) e da noradrenalina plasmática
(NP) após 28 dias de tratamento. No segundo estudo, que incluiu somente pacientes não tratados com inibidores da
ECA por pelo menos 6 meses antes da inclusão, a valsartana melhorou significativamente a PCP, a resistência vascular
sistêmica (RVS), o débito cardíaco (DC) e a PAS após 28 dias de tratamento. No estudo a longo prazo Val-HeFT, a
noradrenalina plasmática e o peptídeo cerebral natriurético (PCN) foram significativamente reduzidos em relação à fase
inicial no grupo valsartana quando comparado ao placebo.
Morbidade e mortalidade
O Val-HeFT foi um estudo multinacional, randomizado e controlado em que se comparou valsartana ao placebo na
morbidade e mortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca classe II (62%), III (36%) e IV (2%) da NYHA
recebendo terapêutica usual com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) < 40% e diâmetro diastólico interno
do ventrículo esquerdo (DDIVE) > 2,9 cm/m2
. Foram incluídos 5.010 pacientes no estudo em 16 países, que foram
randomizados para receber valsartana ou placebo em adição a todas as outras terapêuticas apropriadas incluindo os
inibidores da ECA (93%), os diuréticos (86%), a digoxina (67%) e os betabloqueadores (36%). A duração média do
acompanhamento foi de aproximadamente dois anos. A dose média diária de valsartana no estudo Val-HeFT foi de 254
mg. O estudo teve 2 desfechos primários: mortalidade por todas as causas (tempo até o óbito) e a morbidade da
insuficiência cardíaca (tempo até o primeiro evento mórbido) definido como morte, morte súbita com ressuscitação,
hospitalização por insuficiência cardíaca, ou administração intravenosa de drogas inotrópicas ou vasodilatadoras por
quatro horas ou mais sem hospitalização. Mortalidade por todas as causas foi similar nos grupos tratados com valsartana
e com placebo. A morbidade foi significativamente reduzida em 13,2% com a valsartana comparada ao placebo. O
principal benefício foi uma redução de 27,5% no risco para o tempo até a primeira hospitalização por insuficiência
cardíaca. Os maiores benefícios foram nos pacientes que não estavam recebendo um inibidor da ECA ou um
betabloqueador. Entretanto, reduções de risco favorecendo o placebo foram observadas para aqueles pacientes tratados
com a tripla combinação de um betabloqueador, um inibidor da ECA e valsartana. Estudos adicionais como o
VALIANT (vide “Pós-infarto do miocárdio”), nos quais a mortalidade não foi aumentada nesses pacientes, reduziram as
preocupações em relação à tripla combinação.
Capacidade e tolerância ao exercício
Os efeitos da valsartana em adição à terapêutica usual da insuficiência cardíaca na tolerância ao exercício usando o
Protocolo Modificado de Naughton foram medidos em pacientes com insuficiência cardíaca da classe II – IV da NYHA
com disfunção ventricular esquerda (FEVE ≤ 40%). O aumento do tempo de exercício em relação à fase inicial foi
observado para todos os grupos do tratamento. Aumentos médios maiores em relação à fase inicial no tempo de
exercício foram observados para o grupo valsartana comparado ao grupo placebo, embora não tenha atingido
significância estatística. As melhoras mais importantes foram observadas no subgrupo dos pacientes que não estavam
recebendo terapêutica com inibidor da ECA, nos quais as variações médias no tempo de exercício foram 2 vezes
maiores para o grupo valsartana comparado ao grupo placebo. Os efeitos da valsartana comparados aos do enalapril na
capacidade ao exercício utilizando o teste da caminhada de seis minutos foram determinados nos pacientes com
insuficiência cardíaca classes II e III da NYHA e com fração de ejeção do ventrículo esquerdo ≤ 45% que estavam
recebendo terapêutica com inibidor da ECA por pelo menos 3 meses antes do início do estudo. A valsartana 80 mg a
160 mg uma vez ao dia foi tão eficaz quanto enalapril 5 mg a 10 mg duas vezes ao dia, com referência à capacidade ao
exercício, conforme avaliado pelo teste da caminhada dos seis minutos nos pacientes estabilizados previamente com
inibidores da ECA e diretamente substituídos para valsartana ou enalapril.
Classe da NYHA, sinais e sintomas, qualidade de vida e fração de ejeção
No estudo clínico Val-HeFT, os pacientes tratados com valsartana demonstraram uma melhora significativa na classe da
NYHA e nos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca, incluindo dispneia, fadiga, edema e estertores em comparação
ao placebo. Os pacientes tratados com valsartana tiveram uma melhor qualidade de vida como demonstrado pelas
mudanças na pontuação do questionário “Minnesota Living with Heart Failure Quality of Life” em relação ao placebo.
A fração de ejeção em pacientes tratados com valsartana aumentou significativamente e o DDIVE foi reduzido
significativamente no desfecho em relação à fase inicial quando comparado ao placebo.
Pós-infarto do miocárdio
O estudo de valsartana no infarto agudo do miocárdio (VALIANT) foi randomizado, controlado, multinacional e duplo-
cego em 14.703 pacientes com infarto do miocárdio agudo e sinais, sintomas ou evidência radiológica de insuficiência
cardíaca congestiva e/ou evidência de disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (manifestado como uma fração de
ejeção ≤ 40% por ventriculografia por radionuclídeos ou ≤ 35% por ecocardiografia ou angiografia ventricular de
contraste). Os pacientes foram randomizados dentro de 12 horas a 10 dias após o início dos sintomas de infarto do
miocárdio em um dos três grupos de tratamento: valsartana (titulada a partir de 20 mg duas vezes ao dia para a maior
dose tolerada até um máximo de 160 mg duas vezes ao dia), o inibidor de ECA captopril (titulado a partir de 6,25 mg
três vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 50 mg três vezes ao dia) ou a combinação de valsartana
mais captopril. No grupo de combinação, a dose de valsartana foi titulada a partir de 20 mg duas vezes ao dia para a
maior dose tolerada até um máximo de 80 mg duas vezes ao dia; a dose de captopril foi a mesma para monoterapia. A
duração média do tratamento foi de dois anos. A dose diária média de valsartana no grupo de monoterapia foi de 217
mg. A terapêutica basal incluiu ácido acetilsalicílico (91%), betabloqueadores (70%), inibidores da ECA (40%),
trombolíticos (35%) e estatinas (34%). A população estudada foi de 69% de homens, 94% de caucasianos e 53% com
65 anos de idade ou mais velhos. O desfecho primário foi o tempo para a mortalidade por todas as causas.
A valsartana foi pelo menos tão efetiva quanto o captopril na redução da mortalidade por todas as causas pós-infarto do
miocárdio. A mortalidade por todas as causas foi similar nos grupos de valsartana (19,9%), captopril (19,5%) e
valsartana + captopril (19,3%). A valsartana foi também efetiva na prolongação do tempo para redução da mortalidade
cardiovascular, hospitalização por insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio recorrente, parada cardíaca ressuscitada e
em acidente vascular cerebral não-fatal (desfecho composto secundário).
Uma vez que este foi um estudo com um controle ativo (captopril), uma análise adicional da mortalidade por todas as
causas foi realizada para estimar o quanto a valsartana desempenhou versus placebo. Usando os resultados das
referências prévias dos estudos do infarto do miocárdio – SAVE, AIRE e TRACE – o efeito estimado da valsartana
preservou 99,6% do efeito do captopril (97,5% CI = 60 – 139%). Combinar valsartana com captopril não adicionou mais
benefícios sobre o captopril isolado. Não houve diferença na mortalidade por todas as causas com base na idade, sexo,
raça, terapêuticas basais ou doença de base.
Não houve diferença na mortalidade por todas as causas ou mortalidade cardiovascular ou morbidade quando
betabloqueadores foram administrados juntos com a combinação de valsartana + captopril, valsartana isolada ou
captopril isolado. Independentemente do tratamento da droga estudada, a mortalidade foi maior no grupo de pacientes
não tratados com um betabloqueador, sugerindo que o conhecido benefício do betabloqueador nesta população foi
mantido neste estudo. Além disto, os benefícios do tratamento da combinação de valsartana + captopril, monoterapia de
valsartana e monoterapia de captopril foram mantidos em pacientes tratados com betabloqueadores.
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the clinical documentation, Novartis Pharma AG, Basel, Switzerland. 20-Apr-01. [78]
Farmacodinâmica
Grupo farmacoterapêutico: bloqueadores do receptor da angiotensina II simples.
Código ATC: C09C A03.
O hormônio ativo do SRAA é a angiotensina II, formada a partir da angiotensina I pela ECA. A angiotensina II se liga a
receptores específicos localizados na membrana das células de vários tecidos, exercendo diversos efeitos fisiológicos,
inclusive em particular no envolvimento direto e indireto na regulação da pressão arterial. Como um potente
vasoconstritor, a angiotensina II exerce uma resposta pressora direta. Além disso, promove retenção de sódio e
estimulação da secreção de aldosterona.
Valsartana é um potente e específico antagonista dos receptores de angiotensina II (Ang II) ativo por via oral. Ele atua
seletivamente no receptor subtipo AT1, responsável pelas conhecidas ações da angiotensina II. As concentrações
plasmáticas aumentadas de Ang II seguindo-se ao bloqueio do receptor AT1 com valsartana pode estimular o receptor
AT2 não-bloqueado, o que parece contrabalançar o efeito do receptor AT1. A valsartana não apresenta atividade agonista
parcial sobre os receptores AT1 e tem afinidade muito maior (cerca de 20.000 vezes) para
com receptores AT1 do que para com receptores AT2.
A valsartana não inibe a ECA, também conhecida como cininase II, que converte Ang I em Ang II e degrada a
bradicinina. Uma vez que não existe efeito sobre a ECA e nenhuma potencialização da bradicinina ou substância P, é
improvável que os antagonistas de angiotensina II estejam associados à tosse. Em estudos clínicos em que a valsartana
foi comparada aos inibidores da ECA, a incidência de tosse seca foi significativamente menor (P < 0,05) em pacientes
tratados com valsartana do que naqueles tratados com inibidores da ECA (2,6% versus 7,9%, respectivamente). Em um
estudo clínico em pacientes com história de tosse seca durante terapêutica com inibidores da ECA, 19,5% dos pacientes
que recebiam valsartana e 19,0% desses que recebiam um diurético tiazídico apresentaram episódios de tosse,
comparados a 68,5% daqueles tratados com inibidores da ECA (P < 0,05). A valsartana não se liga ou bloqueia outros
receptores hormonais ou canais de íons conhecidos, importantes na regulação cardiovascular.
Farmacocinética
Absorção
Após a administração oral de valsartana isolada o pico da concentração plasmática da valsartana é atingido em 2-4
horas. A biodisponibilidade absoluta média é de 23%. Quando a valsartana é administrada com alimentos, a área sob a
curva de concentração plasmática (AUC) de valsartana sofre redução de 48%, embora cerca de 8 horas após a
administração, as concentrações plasmáticas de valsartana sejam similares em pacientes que ingeriram o produto em
jejum ou com alimentos. Entretanto, esta redução da AUC não se acompanha de redução clinicamente significativa nos
efeitos terapêuticos, podendo a valsartana ser administrada com ou sem alimentos.
Distribuição
O volume de distribuição no steady-state (estado de equilíbrio) da valsartana após administração intravenosa, é cerca de
17 litros, indicando que a valsartana não é distribuída extensivamente pelos tecidos. A valsartana tem alta taxa de
ligação às proteínas séricas (94 – 97%), principalmente à albumina sérica.
Biotransformação
A valsartana não é biotransformada em grande extensão uma vez que apenas cerca de 20% da dose é recuperada como
metabólitos. Um metabólito hidróxi foi identificado no plasma em baixas concentrações (menos de 10% da AUC de
valsartana). Este metabólito é farmacologicamente inativo.
Eliminação
A valsartana apresenta um decaimento cinético multiexponencial (t1/2 alfa < 1h e t1/2 beta cerca de 9 h). A valsartana é
eliminada principalmente nas fezes (cerca de 83% da dose) e urina (cerca de 13% da dose), principalmente como
fármaco inalterado. Após administração intravenosa, o clearance (depuração) plasmático da valsartana é cerca de 2 L/h
e seu clearance (depuração) renal é de 0,62 L/h (cerca de 30% do clearance total). A meia-vida da valsartana é de 6
horas.
Valsartana VPS05
A farmacocinética de valsartana é linear no intervalo de dose testada. Não ocorrem alterações na cinética de valsartana
em administrações repetidas e há pouco acúmulo quando administrado uma vez ao dia. As concentrações plasmáticas
observadas foram similares em homens e mulheres.
O tempo médio para o pico de concentração e a meia-vida de eliminação da valsartana em pacientes com insuficiência
cardíaca é similar ao observado em pacientes sadios. Os valores AUC e Cmax da valsartana aumentam linearmente e são
praticamente proporcionais com o aumento da dose dentro da faixa clínica (40 a 160 mg duas vezes ao dia). O fator de
acumulação médio é aproximadamente 1,7. O clearance (depuração) aparente da valsartana após uma administração oral
é aproximadamente 4,5 L/h. A idade não afeta o clearance (depuração) aparente em pacientes com insuficiência
cardíaca.
Populações especiais de pacientes
Pacientes geriátricos (65 anos ou acima)
Maior exposição sistêmica à valsartana foi observada em indivíduos idosos comparados com indivíduos jovens;
entretanto, isso não apresentou nenhum significado clínico.
Insuficiência renal
Como esperado para um composto no qual o clearance (depuração) renal contribui com apenas 30% do clearance
(depuração) plasmático total, não existe correlação entre a função renal e a exposição sistêmica à valsartana. Portanto,
não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal. Nenhum estudo foi realizado em pacientes sob
diálise. No entanto, valsartana possui alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, sendo improvável sua remoção por
diálise.
Insuficiência hepática
Cerca de 70% da dose absorvida é excretada na bile, principalmente como composto inalterado. Valsartana não sofre
biotransformação extensiva e, como esperado, a exposição sistêmica à valsartana não se relaciona com o grau de
disfunção hepática. Portanto, nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência hepática de origem não
biliar e sem colestase. Observou-se que a AUC da valsartana é aproximadamente o dobro em pacientes com cirrose
biliar ou obstrução biliar (vide “Advertências e precauções”).
Dados de segurança pré-clínicos
Dados pré-clínicos não revelaram riscos especiais para humanos, baseados em estudos convencionais de segurança
farmacológica, genotoxicidade, potencial carcinogênico e efeitos na fertilidade.
Segurança farmacológica e toxicidade de longo prazo: Em diversos estudos pré-clínicos de segurança realizados com
várias espécies de animais, não houve resultados que excluem o uso de doses terapêuticas de valsartana em humanos.
Em estudos de segurança pré-clínicos, altas doses de valsartana (200 a 600 mg/kg/dia de peso corporal) em ratos,
causou uma redução dos parâmetros dos glóbulos vermelhos (eritrócitos, hemoglobina, hematócrito) e evidência de
alterações na hemodinâmica renal (nitrogênio na ureia levemente aumentado no sangue, hiperplasia tubular renal e
basofilia nos machos). Estas doses em ratos (200 e 600 mg/kg/dia) são aproximadamente 6 e 18 vezes a dose humana
máxima recomendada com base em mg/m2 (cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia e um paciente de 60 kg).
Em macacos saguis, em doses comparáveis, as alterações foram semelhantes, embora mais graves, particularmente nos
rins onde as alterações desenvolveram para uma nefropatia, incluindo aumento no sangue de nitrogênio na ureia e
creatinina. A hipertrofia das células justaglomerulares renais também foi observada em ambas as espécies. Todas as
alterações foram consideradas como sendo causadas pela ação farmacológica da valsartana, que produziu hipotensão
prolongada, particularmente nos macacos saguis. Para doses terapêuticas de valsartana em humanos, a hipertrofia das
células justaglomerulares renais não parece ter qualquer relevância.
Toxicidade reprodutiva: a valsartana não apresentou reações adversas sobre o desempenho reprodutivo de ratos
machos ou fêmeas com doses orais de até 200 mg/kg/dia. Em estudos de desenvolvimento embriofetal (segmento II)
em camundongos, ratos e coelhos, foi observada toxicidade fetal em associação com toxicidade materna em ratos com
doses de valsartana 600 mg/kg/dia e em coelhos com doses de 10 mg/kg/dia. Em estudo de toxicidade de
desenvolvimento peri e pós-natal (Segmento III), proles de ratos descendentes de ratas que receberam 600 mg/kg/dia
durante o último trimestre de gravidez e durante a lactação mostraram índice de sobrevivência levemente reduzido,
bem como leve retardo no desenvolvimento (vide “Gravidez e lactação”). Os principais achados pré-clínicos de
segurança são atribuídos à ação farmacológica do fármaco e não demonstraram qualquer significado clínico.
Mutagenicidade: A valsartana foi isenta de potencial mutagênico em estudos de genotoxicidade, quer ao nível do
gene ou cromossomo, quando investigada em vários padrões in vitro e in vivo.
Carcinogenicidade: Não houve evidência de carcinogenicidade quando a valsartana foi administrada na dieta a
camundongos e ratos por 2 anos em doses de até 160 e 200 mg/kg/dia, respectivamente.
Hipersensibilidade conhecida à valsartana ou a qualquer dos excipientes de valsartana (vide “Composição”).
Uso concomitante de bloqueadores de receptores de angiotensina – incluindo valsartana – ou inibidores da enzima
conversora de angiotensina (IECAs) com alisquireno em pacientes com diabetes tipo 2 (vide “Interações
medicamentosas – Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina (SRA) com BRA`s, IECAs ou alisquireno”).
Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.
Este medicamento é contraindicado durante a gravidez.
Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez D, portanto este medicamento não deve ser
utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de
suspeita de gravidez.
Pacientes com depleção do volume e/ou de sódio
Em pacientes com depleção grave de sódio e/ou hipovolemia, como nos que estejam recebendo altas doses de
diuréticos, pode ocorrer, em casos raros, hipotensão sintomática após o início da terapêutica com valsartana. A
depleção de sódio e/ou a hipovolemia devem ser corrigidas antes do início do tratamento com valsartana, por exemplo,
pela redução da dose do diurético.
Se ocorrer hipotensão, manter o paciente em posição supina e, se necessário, administrar infusão venosa de solução
salina fisiológica. O tratamento pode ser continuado, uma vez que a pressão arterial esteja estabilizada.
Pacientes com estenose de artéria renal
A administração de valsartana por curto prazo a doze pacientes com hipertensão renovascular, secundária a estenose de
artéria renal unilateral, não induziu qualquer alteração significativa na hemodinâmica renal, na creatinina sérica ou na
ureia nitrogenada sanguínea (UNS). No entanto, como os medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina-
aldosterona (SRAA) podem aumentar a ureia sanguínea e a creatinina sérica em pacientes com estenose de artéria renal
unilateral ou bilateral, recomenda-se a monitoração de ambos parâmetros desses pacientes como medida de segurança.
Pacientes com insuficiência renal
Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência renal. No entanto, não existem dados disponíveis
em casos graves [clearance (depuração) de creatinina < 10 mL/min], recomenda-se cautela.
O uso de bloqueadores de receptores de angiotensina – incluindo valsartana – ou inibidores da ECA juntamente com
alisquireno deve ser evitado em pacientes com insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min) vide “Interações
medicamentosas – Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina (SRA) com BRA`s, IECAs ou alisquireno”).
Pacientes com insuficiência hepática
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática. A valsartana é eliminada principalmente como
composto inalterado na bile, e pacientes com distúrbios biliares obstrutivos mostraram clearance (depuração) mais baixo
de valsartana (vide “Farmacocinética”). Deve-se tomar cuidado especial ao se administrar valsartana a pacientes com
distúrbios biliares obstrutivos.
Pacientes com insuficiência cardíaca/Pós-infarto do miocárdio
Pacientes com insuficiência cardíaca ou em tratamento do pós-infarto do miocárdio que utilizam valsartana
normalmente apresentam alguma redução na pressão arterial, mas a descontinuação da terapêutica devida a uma
hipotensão sintomática persistente não é usualmente necessária quando a posologia correta é seguida.
Cuidados devem ser tomados ao iniciar o tratamento em pacientes com insuficiência cardíaca ou pós-infarto do
miocárdio (vide “Posologia e modo de usar”).
Como consequência da inibição do SRAA, alterações na função renal podem ser antecipadas em indivíduos suscetíveis.
Nos pacientes com insuficiência cardíaca grave, cuja função renal pode depender da atividade SRAA, o tratamento com
inibidores ECA ou com antagonistas do receptor da angiotensina foi associado à oligúria e/ou azotemia e (raramente)
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com insuficiência renal aguda e/ou morte. A avaliação dos pacientes com insuficiência cardíaca ou pós-infarto do
miocárdio deve sempre incluir a avaliação da função renal.
Em pacientes com insuficiência cardíaca, cuidados devem ser tomados com a tripla combinação de um inibidor da ECA, de
um betabloqueador e valsartana (vide “Características farmacológicas”).
Para pacientes com infarto do miocárdio recente, a combinação de captopril e valsartana não demonstrou nenhum
benefício clínico adicional, porém demonstraram um aumento no risco dos efeitos adversos comparado à monoterapia.
Portanto, esta combinação não é recomendada para pacientes com infarto do miocárdio recente, ao contrário da
monoterapia com valsartana que é indicado para melhorar a sobrevida após infarto do miocárdio em pacientes
clinicamente estáveis (vide “Indicações”).
Angioedema
Em pacientes tratados com valsartana tem sido reportado angioedema, incluindo inchaço de laringe e glote, levando a
obstrução das vias áreas e/ou inchaço de face, lábios, faringe e/ou língua. Alguns destes pacientes apresentaram
previamente angioedema com outros fármacos, incluindo inibidores da ECA. Valsartana deve ser imediatamente
descontinuado em pacientes que desenvolverem angioedema, e não deve ser readministrado.
Duplo Bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA)
É necessário precaução na coadministração de bloqueadores de receptores de angiotensina (BRAs), incluindo
valsartana, com outros agentes inibidores do sistema renina-angiotensina como IECAs ou alisquireno.
Mulheres em idade fértil
Como qualquer fármaco que atua diretamente sobre o SRAA, valsartana não deve se usado por mulheres que planejam
engravidar. Os médicos que prescrevem qualquer agente que atue no SRAA devem aconselhar as mulheres com
potencial de engravidar sobre o risco potencial destes agentes durante a gravidez.
Gravidez e lactação
Como qualquer fármaco que atua diretamente sobre o SRAA, valsartana não deve ser usado durante a gravidez (veja
“Contraindicações”). Devido ao mecanismo de ação dos antagonistas de angiotensina II, o risco para o feto não deve
ser excluído. Em exposição in utero a inibidores da ECA (uma classe específica de medicamentos que agem no SRAA),
durante o segundo e terceiro trimestres da gestação, houve relatos de lesões e morte de fetos em desenvolvimento.
Além disso, nos dados retrospectivos, o uso de inibidores da ECA no primeiro trimestre foi associado a um risco
potencial de anomalias congênitas. Houve relatos de aborto espontâneo, oligodrâmnio e disfunção renal em recém-
nascidos quando mulheres grávidas tomaram inadvertidamente a valsartana. Se gravidez for detectada durante o
tratamento, valsartana deve ser descontinuado assim que possível (vide “Dados de segurança pré-clínicos”).
Não se sabe se a valsartana é excretada no leite humano. A valsartana foi excretada no leite de ratas lactantes.
Portanto, não se recomenda o uso de valsartana em lactantes.
Fertilidade
Não há dados dos efeitos de valsartana na fertilidade humana. Estudos em ratos não demonstraram qualquer efeito da
valsartana na fertilidade (vide “Dados de segurança pré-clínicos”).
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Duplo bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA) com BRAs, IECAs ou alisquireno: o uso concomitante de
bloqueadores de receptores de angiotensina (BRAs), incluindo valsartana, com outros medicamentos que agem no SRA
é associado com o aumento da incidência de hipotensão, hipercalemia e alterações na função renal em comparação com
a monoterapia. É recomendada a monitoração da pressão arterial, função renal e eletrólitos em pacientes em tratamento
com valsartana e outros agentes que afetam o SRA (vide “Advertências e precauções”).
O uso concomitante de BRAs, incluindo valsartana, ou IECAs com alisquireno deve ser evitado em pacientes com
insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min) (vide “Advertências e precauções”).
O uso concomitante de BRAs, incluindo valsartana, ou IECAs com alisquireno é contraindicado em pacientes com
diabetes tipo 2 (vide “Contraindicações”).
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Potássio: o uso concomitante com diuréticos poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, triantereno,
amilorida), suplementos à base de potássio, substitutos do sal que contenham potássio ou outros medicamentos que
podem aumentar os níveis de potássio (heparina, etc.) podem acarretar aumento do potássio sérico e, em pacientes com
insuficiência cardíaca, aumento de creatinina sérica. Se o uso simultâneo desses compostos for considerado necessário,
recomenda-se monitoramento do potássio sérico.
Agentes anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) incluindo inibidor seletivo da ciclooxigenase 2 (inibidor da
COX2): quando os antagonistas de angiotensina II são administrados simultaneamente com os AINEs, pode ocorrer
atenuação do efeito anti-hipertensivo. Além disso, em pacientes idosos, com depleção de volume (incluindo aqueles
sobre terapia com diurético) ou que tiver comprometimento da função renal, o uso concomitante de antagonistas da
angiotensina II e AINEs podem levar ao aumento de risco da piora da função renal. Portanto, recomenda-se o
monitoramento da função renal quando se inicia ou modifica o tratamento em pacientes com valsartana e que estão
tomando AINEs simultaneamente.
Lítio: foram relatados aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio e toxicidade durante a administração
concomitante de lítio e inibidores da ECA ou bloqueadores do receptor de angiotensina II, incluindo o valsartana.
Portanto, recomenda-se monitoração cuidadosa das concentrações séricas de lítio durante o uso concomitante. Se um
diurético também for usado, o risco de toxicidade por lítio pode presumidamente ser aumentado ainda mais com
valsartana.
Transportadores: o resultado de um estudo humano in vitro com tecido de fígado indicou que a vasaltarna é um
substrato para o transportador hepático de captação OATP1B1e para o transportador - hepático de efluxo MRP2. A
coadministração de inibidores do transportador por captação (por exemplo, rifampicina e ciclosporina) ou do
transportador de efluxo (por exemplo, ritonavir) pode aumentar a exposição sistêmica da valsartana.
O uso concomitante de valsartana com:
- lítio: pode levar a uma intoxicação por lítio
- anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs): pode reduzir a eficácia anti-hipertensiva
- ritonavir: aumento da exposição da valsartana
- agentes que bloqueiam o SRAA: pode levar à hipercalemia
Não foram observadas interações de significância clínica. Entre os fármacos com os quais se realizaram estudos clínicos
incluem-se: cimetidina, varfarina, furosemida, digoxina, atenolol, indometacina, hidroclorotiazida, anlodipino e
glibenclamida.
Como a valsartana não sofre extensa metabolização, interações do tipo medicamento-medicamento clinicamente
relevantes, em termos de indução ou inibição metabólica do sistema do citocromo P450, não são esperadas com a
valsartana. Embora a valsartana possua alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, estudos in vitro não mostraram
qualquer interação nesse nível com uma série de moléculas que também têm alta taxa de ligação às proteínas
plasmáticas, como diclofenaco, furosemida e varfarina
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30 ºC). Proteger da umidade. O prazo de validade desse medicamento é de 36
meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas
O comprimido revestido de valsartana 80 mg é vermelho claro, com formato de amêndoa.
O comprimido revestido de valsartana 160 mg é laranja acinzentado, com formato de amêndoa.
O comprimido revestido de valsartana 320 mg é cinza arroxeado escuro, com formato de amêndoa.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Método de administração
Valsartana pode ser administrado independentemente das refeições e deve ser administrado com água por via oral.
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Hipertensão
A dose inicial recomendada de valsartana é de um comprimido revestido de 80 mg ou 160 mg uma vez ao dia,
independente da raça, idade ou sexo. O efeito anti-hipertensivo manifesta-se efetivamente dentro de 2 semanas e o
efeito máximo após 4 semanas. Nos pacientes que não apresentarem controle adequado da pressão arterial, a dose diária
pode ser aumentada para um comprimido revestido de 320 mg, ou um diurético pode ser associado.
Valsartana pode ser administrado concomitantemente com outros agentes anti-hipertensivos.
Insuficiência cardíaca
A dose diária recomendada para o início de tratamento é de um comprimido revestido de 40 mg de valsartana duas
vezes ao dia. A titulação para 80 mg e 160 mg duas vezes ao dia deve ser feita para a maior dose conforme tolerado pelo
paciente. Deve-se considerar a redução da dose dos diuréticos concomitantes. A dose máxima diária administrada nos
estudos clínicos é de 320 mg em doses fracionadas.
A avaliação dos pacientes com insuficiência cardíaca deve sempre incluir a avaliação da função renal.
Pós-infarto do miocárdio
A terapêutica pode ser iniciada 12 horas após um infarto do miocárdio. Após uma dose inicial de 20 mg duas vezes ao
dia, a terapêutica com valsartana deve ser titulada para um comprimido revestido de 40 mg, 80 mg e 160 mg duas vezes
ao dia durante as próximas semanas. A dose inicial é oferecida por comprimidos de 40 mg divisíveis.
A dose-alvo máxima é 160 mg duas vezes ao dia. Em geral, é recomendado que os pacientes atinjam um nível de dose
de 80 mg duas vezes ao dia por duas semanas após o início do tratamento e que o atingimento da dose-alvo máxima
ocorra em três meses com base na tolerabilidade do paciente à valsartana durante a titulação. Se hipotensão sintomática
ou disfunção renal ocorrer, deve-se considerar a redução da dose.
A valsartana pode ser usada em pacientes tratados com outras terapêuticas do pós-infarto do miocárdio, por
exemplo, trombolíticos, ácido acetilsalicílico, betabloqueadores ou estatinas.
A avaliação em pacientes com pós-infarto do miocárdio deve sempre incluir uma avaliação da função renal.
Insuficiência hepática
Pacientes com insuficiência hepática de leve a moderada somente devem tomar doses acima de 80 mg duas vezes ao dia
se o benefício clínico for superior ao risco associado com a exposição aumentada à valsartana.
OBSERVAÇÃO para todas as indicações: nenhum ajuste de dose é requerido para pacientes com a disfunção renal ou
para pacientes com insuficiência hepática de origem não biliar e sem colestase.
No Brasil, valsartana não é aprovado para crianças e adolescentes (menores de 18 anos).
A dose máxima diária de valsartana é de 320 mg.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Em estudos clínicos controlados com pacientes adultos com hipertensão, a incidência geral de reações adversas foi
comparável ao placebo e é consistente com a farmacologia da valsartana. A incidência de reações adversas não está
relacionada com a dose ou duração do tratamento e também pareceu não estar associada ao sexo, idade ou etnia.
Os relatos de reações adversas dos estudos clínicos, da experiência pós-comercialização e dos achados laboratoriais
estão listados abaixo de acordo com a classificação dos sistemas de órgãos.
As reações adversas estão classificadas por frequência, sendo as mais frequentes listadas no início, utilizando-se o
seguinte critério: muito comum (≥ 1/10); comum (≥ 1/100 a <1/10); incomum (≥ 1/1.000 a <1/100); rara (≥ 1/10.000 a
<1/1.000); muito rara (<1/10.000), incluindo relatos isolados. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas
estão classificadas em ordem decrescente de gravidade.
Todas as reações adversas relatadas em experiência pós-comercialização e em achados laboratoriais possuem a
frequência descrita como “desconhecida” uma vez que não é possível aplicar a frequência de reações adversas.
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Reações adversas em Hipertensão
Distúrbios dos sistemas linfático e sanguíneo
Desconhecido Hemoglobina diminuída, hematócrito diminuído, neutropenia, trombocitopenia
Distúrbios do sistema imunológico
Desconhecido Hipersensibilidade incluindo doença do soro
Distúrbios nutricionais e metabólicos
Desconhecido Potássio no sangue aumentado
Distúrbios do labirinto e ouvido
Incomum Vertigem
Distúrbios vasculares
Desconhecido Vasculite
Distúrbios mediastinais, torácicos e respiratórios
Incomum Tosse
Distúrbios gastrointestinais
Incomum Dor abdominal
Distúrbios hepatobiliares
Desconhecido Teste da função hepática anormal, incluindo aumento da bilirrubina no sangue
Distúrbios do tecido subcutâneo e pele
Desconhecido Angioedema, dermatite bolhosa, erupção cutânea e prurido
Distúrbios do tecido conjuntivo e músculo-esquelético
Desconhecido Mialgia
Distúrbios urinários e renais
Desconhecido Insuficiência e disfunção renal, creatinina no sangue aumentada
Distúrbios gerais e condições do local de administração
Incomum Fadiga
Os seguintes eventos também foram observados durante os estudos clínicos com pacientes hipertensos,
desconsiderando sua associação causal com o medicamento em estudo: artralgia, astenia, dor nas costas, diarreia,
tontura, dor de cabeça, insônia, diminuição da libido, náusea, edema, faringite, rinite, sinusite, infecção do trato
respiratório superior, infecções virais.
Pós-infarto do miocárdio e/ou Insuficiência cardíaca
O perfil de segurança observado em estudos clínicos controlados em pacientes com pós-infarto do miocárdio e/ou
insuficiência cardíaca varia com relação ao perfil de segurança observado em pacientes hipertensos. Este fato pode
estar relacionado a doenças subjacentes. As reações adversas que ocorreram em pacientes com pós-infarto do
miocárdio e/ou insuficiência cardíaca estão listadas abaixo.
Reações adversas em Pós-infarto do miocárdio e/ou Insuficiência cardíaca
Desconhecido Trobocitopenia
Incomum
Desconhecido
Hipercalemia
Potássio no sangue aumentado
Distúrbios do sistema nervoso
Comum
Tontura, tontura postural
Síncope, dor de cabeça
Distúrbios cardíacos
Incomum Insuficiência cardíaca
Hipotensão, hipotensão ortostática
Vasculite
Distúrbios do mediastino, torácicos e respiratórios
Incomum Náusea, diarreia
Desconhecido Teste da função hepática anormal
Angioedema
Dermatite bolhosa, erupção cutânea, prurido
Distúrbios do tecido conectivo e músculo-esquelético
Disfunção e insuficiência renal
Insuficiência renal aguda, elevação da creatinina sérica
Aumento da ureia nitrogenada sanguínea
Incomum Astenia, fadiga
Os seguintes eventos também foram observados durante os estudos clínicos em pacientes com pós-infarto do miocárdio
e/ou insuficiência cardíaca desconsiderando sua associação causal com o medicamento em estudo: artralgia, dor
abdominal, dor nas costas, insônia, diminuição da libido, neutropenia, edema, faringite, rinite, sinusite, infecção do trato
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.