Bula do Ventia produzido pelo laboratorio Panamerican Medical Supply Suprimentos Médicos Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Panamerican Medical Supply
Ventia
(Alfa 1 Antitripsna Humana)
Suprimentos Médicos Ltda
Solução para Infusão Intravenosa
2% de AAT/50 mL
VENTIA
Alfa-1 Antitripsina Humana, também conhecida como Inibidor de Proteinase Alfa-1
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
COMPOSIÇÃO
O VENTIA é apresentado em frascos de 50ml como uma solução salina tamponada em fosfato,
com Alfa-1 Antitripsina ativa a 2%, estéril, sem pirogênio, clara e incolor a levemente verde.
Cada frasco contém, no mínimo, 80% de molécula da Alfa-1 Antitripsina ativa. O conteúdo de
sódio é de aproximadamente 150mEq/l e o conteúdo de cloreto de aproximadamente 7mg/ml.
Pequenas quantidades de proteínas plasmáticas humanas podem também estar presentes.
DESCRIÇÃO
VENTIA é uma preparação líquida de Alfa-1 Antitripsina humana estéril pronta para uso. A
solução contém Alfa-1 Antitripsina ativa a 2% em uma solução salina tamponada em fosfato. A
atividade específica de VENTIA é de >0,7 mg de alfa-1 antitripsina funcional por mg de
proteína total. Pelo menos 90% da alfa-1 antitripsinano VENTIA está em sua forma
monomérica conforme medido através de cromatografia de exclusão por tamanho.
VENTIA é preparado a partir do plasma humano obtido de centros de coleta de plasma
autorizados nos Estados Unidos através de uma versão modificada do processo de destilação
fracionada por etanol frio e a Alfa-1 antitripsina é então purificada usando métodos
cromatográficos.
As unidades de plasma individuais usadas na produção de VENTIA são testadas utilizando-se
teste sorológico autorizado pela FDA para detectar a presença de antígeno de superfície da
hepatite B (HBsAg) e anticorpos do vírus da hepatite C (HCV) e os vírus da imunodeficiência
humana tipos 1 e 2 (HIV1/2), bem como utilizando-se o Teste de Ácido Nucleico (TAN)
autorizado pela FDApara a detecção de HCV e HIV-1. Cada unidade de plasma deve ser não
reativa (negativa) em todos os testes. O plasma também é testado através dos procedimentos do
TAN durante o processo de fabricação para a presença de parvovírus B19 e o limite para o DNA
de B19 em cada pool de fabricação é determinado a não exceder 104
UI por ml.
A fim de reduzir o risco de transmissão viral, o processo de fabricação de VENTIA inclui duas
etapas especificamente designadas para remover vírus inativos. A primeira destas etapas é a
Nanofiltração (NF) através de filtro de 15 nm, o qual é capaz de remover tanto agentes virais
envelopados quanto os não envelopados, e a segunda etapa trata-se do tratamento com
solvente/detergente (S/D) com uma mistura de fosfato de tri-(n-butil) (TNBP) e Polissorbato 80
(Tween 80), o qual inativa agentes virais envelopados como o HIV, HBV e HCV.
A eficácia dos procedimentos de tratamento com S/D e os procedimentos denanofiltração na
redução de teores virais foi testada utilizando-se uma série de vírus com uma gama de
características físico-químicas. Os resultados dos estudos de desafio viral são resumidos na
Tabela 1.
Tabela 1: Redução Viral Log10 durante a fabricação de VENTIA
Etapa de
Processo
Vírus Envelopados Vírus não envelopados
HIV-1 PRV BVDV WNV HAV PPV
Nanofiltração > 5,59 > 5,57 > 5,74 ND > 4,99 4,04
Tratamento
com S/D
> 6,41 > 6,14 > 5,61 > 6,32 N/A N/A
Fator de
Redução
Global
> 12,00 > 11,71 > 11,35 > 6,32 > 4,99 4,04
N/A – Não aplicável, o Tratamento com S/D não é relevante para vírus não envelopados.
ND – Não realizado.
HIV-1 Vírus da Imunodeficiência Humana Tipo 1
PRV Vírus da Pseudoraiva
BVDV Vírus Diarreia Viral Bovina
WNV Vírus do Oeste do Nilo
HAV Vírus da Hepatite A
PPV Parvovírus Suíno
FARMACOLOGIA CLÍNICA
Mecanismo de Ação
A deficiência de Alfa-1 antitripsina é um distúrbio crônico autossômico hereditário
codominante caracterizado pela redução dos níveis de alfa-1 antitripsina no sangue e nos
pulmões (1,2). O tabagismo é um importante fator de risco para o desenvolvimento de enfisema
em pacientes com deficiência de alfa-1 antitripsina (3). Devido ao fato de que a enfisema afeta
muitosmas não todos os indivíduos com variantes genéticas graves da deficiência de alfa-1
antitripsina, a terapia de reposição com alfa-1 antitripsina é indicada somente em pacientes
com deficiência de alfa-1 antitripsina grave que detectaram clinicamente a presença de
enfisema.
Existe um grande número de variantes fenotípicas da deficiência de alfa-1 antitripsina, e nem
todas elas estão relacionadas a doenças clínicas. Aproximadamente 95% dos indivíduos com
deficiência de alfa-1 antitripsina detectada possuem a variante PiZZ, tipicamente caracterizada
por níveis séricos de alfa-1 antitripsina de <35% do normal. Indivíduos com a variante
Pi(nulo)(nulo) não possuem a proteína Alfa-1 Antitripsina em seu soro (2,3). Indivíduos com
níveis séricos endógenos de alfa-1 antitripsina inexistentes ou baixos, ou seja, abaixo de 11 µm,
manifestam um risco significativamente maior de desenvolver enfisema acima do risco da
população geral (4,5). Além disso, indivíduos PiSZ, cujos níveis séricos de alfa-1 antitripsina
variam de aproximadamente 9 a 23 µm possuem um risco moderadamente maior de desenvolver
enfisema, independente se seus níveis séricos de alfa-1 antitripsina estejam abaixo de 11 µm (6).
A reposição dos níveis de inibidor funcional da protease por meio de infusão intravenosa é um
método de terapia para pacientes com deficiência de alfa-1 antitripsina. Entretanto, a eficácia da
terapia de reposição na progressão de enfisema não foi demonstrada em estudos clínicos
randomizados controlados. O objetivo teórico é proporcionar proteção ao trato respiratório
inferior por meio da correção do desequilíbrio entre a elastase neutrofílica e os inibidores da
protease. Não foi demonstrado em estudos clínicos randomizados controladosadequadamente
operados se a terapia de reposição com VENTIA ou qualquer produto a base de alfa-1
antitripsina realmente protege o trato respiratório inferior de alterações progressivas
enfisematosas.Emboraacredita-se, historicamente, que a manutenção dos níveis de soro
sanguíneo de alfa-1 antitripsina (medidos antigenicamente) abaixo de 11 µm forneça proteção
antineutrofílica terapeuticamente relevante, isso ainda não foi comprovado. Indivíduos com
deficiência de Alfa-1 Antitripsina grave apresentaram aumento das concentrações de neutrófilos
e de elastase neutrofílica no fluido de revestimento epitelial dos pulmões em comparação com
indivíduos PiMM, e alguns indivíduos PiSZ com alfa-1 antitripsina acima de 11 µm tiveram
enfisema atribuída à deficiência de alfa-1 antitripsina. Essas observações ressaltam a incerteza
referente ao nível sérico de alfa-1 antitripsina terapêutico a ser atingido durante a terapia de
reposição.
Farmacodinâmica
A administração de VENTIA a pacientes com deficiência de alfa-1 antitripsina aumenta o nível
da proteína deficiente. Indivíduos normais possuem níveis de alfa-1 antitripsina maiores que 22
µm. O benefício clínico de níveis sanguíneos maiores de alfa-1 antitripsina elevados com a dose
recomendada não foi estabelecido.
Farmacocinética
Um estudo prospectivo multicêntrico não controlado aberto foi conduzido em 7 mulheres e 11
homens com deficiência de alfa-1 antitripsina, com idades variando de 40 a 69 anos. Indivíduos
com deficiência de alfa-1 antitripsina congênita receberem doses únicas de VENTIA de 30
mg/kg, 60 mg/kg ou 120 mg/kg. Foram retiradasamostras de sangue para estudo
farmacocinético antes e dentro de cinco minutos após a conclusão da infusão, e então, 1 hora, 6
horas, 12 horas, 24 horas, 3 dias e 7 dias após.
Os resultados médios dos parâmetros farmacocinéticos no grupo de dosagem de 60 mg/kg
são apresentados na Tabela 2. A farmacocinética de VENTIA foi linear na variação de
dose de 30-120 mg/kg.
Tabela 2: Parâmetros Farmacocinéticos de Alfa-1 Antitripsina Funcional (dosagem de 60
mg/kg; n=6)
Parâmetro Farmacocinético Grupo de Dose de 60 mg/kg
Meia-vidaTerminal (h) 111 ± 33
Área sob a curva(0-168 h) (mg.h/ml) 89 ± 10
Clearance (ml/h/kg) 0,68 ± 0,1
Volume de Distribuição (l) 3,2 ± 0,3
*Qualquer avaliação da relevância clínica de meia-vida neste estudo deve ser considerada com
cautela, devido à curta duração da amostra de sangue.
TOXICOLOGIA NÃO CLÍNICA
Devido aos reagentes solventes e detergentes,TnBP e Tween 80, utilizados no procedimento de
inativação viral, não são esperados efeitos toxicológicos, já que os níveis residuais são menores
que 5 e 20 ppm, respectivamente.
Carcinogênese, Mutagênese e Danos à Fertilidade
Não foram conduzidos estudos de longo prazo em animais para avaliar a carcinogênese,
mutagênese e danos à fertilidade.
Toxicologia e/ou Farmacologia Animal
VENTIA foi avaliado em dois estudos de toxicologia geral de dose única em ratos Sprague-
Dawley e Coelhos Brancos Neozelandeses e um estudo de dose repetida em Coelhos Brancos
Neozelandeses.
Nos estudos de dose única, uma dose intravenosa de 0, 60 e 600 mg/kg (coelhos) ou 640 mg/kg
(ratos) foi administrada e os animais foram observados por 14 dias. Não houve alterações no
peso corpóreo, química clínica, hematologia e patologias gerais que poderiam ser atribuídas à
administração de VENTIA.
No estudo de dose repetida, Coelhos Brancos Neozelandeses receberam diariamente 300 mg/kg
de VENTIA por 5 dias consecutivos. Os animais foram monitorados quanto a alterações nos
sinais clínicos, peso corpóreo, química clínica, hematologia, necropsia e histopatologia no dia 1
ou 14 após a última administração. Um aumento de neutrófilos na média do grupo foi medido
no 1o
dia após a última administração de VENTIA. Foi observada recuperação após 14 dias.
ESTUDOS CLÍNICOS
Um estudo de Fase II/III randomizado duplo-cego com um cruzamento parcial foi conduzido a
fim de comparar VENTIA a uma preparação comercialmente disponível de alfa-1 antitripsina
em 50 indivíduos com deficiência de alfa-1 antitripsina. Os objetivos do estudo foram
demonstrar que a farmacocinética alfa-1 antitripsina antigênica e/ou funcional do VENTIA não
é inferior àquela do produto de comparação, a fim de determinar se VENTIA mantém os níveis
plasmáticos antigênicos e/ou funcionais em ao menos 11 µm (57 mg/dL) e comparar os níveis
mínimos de alfa-1 antitripsina (antigênica e funcional) ao longo de 6 infusões.
Para inclusão no estudo, foi exigido que os pacientes sofressem de doença pulmonar relacionada
à deficiência de alfa-1 antitripsina e tivessem alelos “em perigo” associados com níveis
plasmáticos de alfa-1 antitripsina de < 11 µm.Foi exigido aos indivíduos que já estivessem
recebendo terapia de alfa-1 antitripsina que passassem por um período de desintoxicação da
alfa-1 antitripsina exógena de 5 semanas antes da dosagem.
Cinquenta indivíduos receberam VENTIA (33 indivíduos) ou o produto de comparação (17
indivíduos) em uma dose intravenosa semanal de 60 mg/kg por 12 semanas consecutivas. Da
semana 13 a semana 24, todos os indivíduos receberam semanalmente, de forma aberta,
infusões de VENTIA em dose de 60 mg/kg.
Os níveis mínimos de alfa-1 antitripsina funcional e antigênica foram medidos antes do
tratamento, nalinha basal e durante o estudo até a semana 24. Os valores medianos mínimos de
alfa-1 antitripsina das semanas 7-12 nos indivíduos que receberam VENTIA foi de 14,5 µm
(variação: 11,6 a 18,5 µm) de alfa-1 antitripsina antigênica e 11,8 µm (variação: 8,2 a 16,9 µm)
de Alfa-1 PI funcional. Onze de 33 indivíduos (33,3%) que receberam VENTIA tiveram níveis
médios de alfa-1 antitripsina funcional em estado estacionário abaixo de 11 µm. VENTIA
demonstrou não ser inferior ao produto de comparação.
Os níveis séricos mínimos de Alfa-1 antitripsina aumentaram substancialmente em todos os
indivíduos na semana 2 e foram comparativamente estáveis durantes a semanas 7 a 12. Todos os
indivíduos que receberam VENTIA tiveram níveis séricos mínimos médios de Alfa-1
Antitripsina maiores que 11 µm durante as semanas 7-12.
Um subconjunto de indivíduos em ambos os tratamentos (n = 7 para os indivíduos que
receberam VENTIA) passaram por lavagem broncoalveolar (LBA) e demonstrou-se níveis
aumentados de alfa-1 antitripsina antigênica e alfa-1 antitripsina – complexos de elastase
neutrofílica no fluido de revestimento epitelial nas semanas 10-12 em relação aos níveis
observados na linha basal, demonstrando a capacidade do produto em atingir os pulmões.
Planeja-se realizar um estudo adicional a fim de avaliar as alterações nos níveis de alfa-1
antitripsina funcional no fluido de revestimento epitelial após a administração de VENTIA e um
produto controle de Alfa-1 Antitripsina.
A eficácia clínica de VENTIA quanto à influência no decurso do enfisema pulmonar ou na
frequência, duração ou gravidade das exacerbações pulmonares não foi demonstrada em estudos
clínicos randomizados controlados.
Um estudo cruzado prospectivo randomizado duplo-cego controlado ativamente foi conduzido
nos Estados Unidos em trinta indivíduos saudáveis (23 [77%] homens e7 [23%] mulheres; idade
média de 24 anos [variação: 19 a 61 anos]), em que cada um recebeu 2 infusões de VENTIA em
uma dosagem de 60 mg/kg. O objetivo do estudo foi avaliar a segurança e tolerabilidade de
VENTIA em uma taxa de infusão intravenosa de 0,2 ml/kg/min. No dia 1, 15 indivíduos
receberam VENTIA a 0,04 ml/kg/min com uma administração simultânea de placebo (2,5% de
albumina humana em solução salina normal, com a finalidade de camuflar a infusão) a 0,2
ml/kg/min (Coorte 1), e 15 indivíduos receberam VENTIA a 0,2 ml/kg/min com uma
administração simultânea de placebo a 0,04 ml/kg/min (Coorte 2). Duas semanas depois (dia
15), os 15 indivíduos na Coorte 1 receberam a segunda infusão de VENTIA a 0,2 ml/kg/min
com uma administração simultânea de placebo a 0,04 ml/kg/min, e os 15 indivíduos na Coorte 2
receberam VENTIA a 0,04 ml/kg/min com uma administração simultânea de placebo a 0,2
ml/kg/min. Não foram medidas a eficácia e a exposição (AAT antigênica e funcional) neste
estudo.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas mais comuns relacionadas ao medicamento consideradas pelo investigador
como, ao menos possivelmente, relacionadas à administração de VENTIA em uma frequência
de > 0,5% das infusões em estudos clínicos foram dor de cabeça e infecção do trato respiratório
superior.
Experiência dos Estudos Clínicos
Devido ao fato de que os estudos clínicos são conduzidos sob uma ampla variedade de
condições, as reações adversas observadas nos estudos clínicos de um medicamento não podem
ser diretamente comparadas a proporções de outros estudos clínicos de outro medicamento, e
podem não refletir as proporções observadas na prática clínica.
Um total de 65 indivíduos recebeu tratamento intravenoso com VENTIA em dois estudos
clínicos, ambos realizados nos Estados Unidos. Três indivíduos participaram de ambos os
estudos. No entanto, devido a grande diferença de tempo entre os estudos (> 5 anos) e
diferenças fundamentais nos desenhos dos estudos, cada estudo foi analisado separadamente
sem a excluir esses três indivíduos que participaram de ambos os estudos da análise. Assim, a
segurança e eficácia de VENTIA fazem referência a todos os 18 indivíduos do estudo de Fase 1
e de todos os 50 indivíduos que receberam VENTIA em um estudo de Fase II/III, em um total
de 68 indivíduos, representando 65 indivíduos únicos.
Em um estudo de Fase I, aberto, não paralelo, com escalonamento de dose, 18 indivíduos
receberam um infusão única de VENTIA em uma dosagem de 30, 60 ou 120 mg/kg.
Em um estudo de Fase II/III, randomizado,duplo-cego de controle ativo, 50 indivíduos foram
agendados para receber infusões semanais de VENTIA ou do produto de alfa-1
antitripsinacomparador, em uma dosagem de 60 mg/kg totalizando 12 doses, após as quais todos
os indivíduos que permaneceram no estudo foram tratados por outras 12 semanas, dessa vez
somente com VENTIA.
De maneira geral, 17 indivíduos receberam 12 doses e 21 indivíduos receberam 24 doses de
VENTIA durante o estudo. Onze indivíduos receberam 22 ou 23 doses e um indivíduo não
recebeu qualquer tratamento com VENTIA durante as 12 últimas semanas do estudo.
A população tratada com VENTIA nestes dois estudos tinham 40-74 anos de idade, 54% eram
homens, 100% eram caucasianos e sofriam de deficiência de alfa-1 antitripsina congênita com
comprovação clínica de enfisema.
As Tabelas 3 e 4 comparam as reações adversas reportadas durante as 12 semanais iniciais
(porção duplo-cega) do estudo de Fase II/III ocorridas em todos os indivíduos tratados com
VENTIA com as reações no grupo de controle concomitante tratado com o produto de
comparação. A Tabela 5 compara a frequência de reações adversas conforme porcentagem de
todas as infusões dos grupos tratados com VENTIA e o produto de comparação ao longo de
todo o período do estudo.
Tabela 3: Número de Indivíduos/Infusões/ Reações Adversas1
Ocorridas durante as
Primeiras 12 Semanas de Tratamento
VENTIA ProdutoComparador
No
de indivíduos tratados 33 17
de infusões 393 190
de indivíduos com reações adversas1
sérias 1 (3%) 1 (6%)
de indivíduos que tiveram uma reação adversas1
(%) 22 (67%) 15 (88%)
de reações adversas1
(% de todos os eventos adversos) 47 (67%) 39 (85%)
1
Uma reação adversa é qualquer evento que satisfaça qualquer dos seguintes critérios: (a) um
evento adverso que se inicie dentro de 72 horas após o fim da infusão do produto, ou (b) um
evento adverso considerado pelo investigador ou pelo responsável como sendo ao menos
possivelmente relacionado à administração do produto, ou (c) um evento adverso para o qual o
resultado da avaliação de causalidade seja causa ausente ou indeterminada.
Tabela 4: Reações Adversas1
Ocorridas em > 5% dos Indivíduos durante as Primeiras 12
Semanas de Tratamento
VENTIA
de Indivíduos:33
Produto Comparadorb
de Indivíduos:17
Evento Adverso (EA)
de indivíduos com
reações adversas1
(RA)
(porcentagem de todos
os indivíduos)
Tosse 3 (9%) 4 (24%)
Infecção do trato respiratório superior 3 (9%) 0 (0%)
Dor de cabeça 3 (9%) 3 (18%)
Sinusite 2 (6%) 1 (6%)
Desconforto torácico 2 (6%) 0 (0%)
Tontura 2 (6%) 0 (0%)
Aumento das enzimas hepáticas 2 (6%) 0 (0%)
Tabela 5: Frequência de Reações Adversas1
conforme % de todas as infusões (> 0,5%)
VENTIAa
de infusões: 960
Produto de Comparadorb
de infusões: 190
de indivíduos com reações
adversas1
(RA) (porcentagem
de todos as infusões)
de todasas infusções)
Infecção do trato respiratório
superior
8 (0,8%) (0,0%)
Dor de cabeça 6 (0,6%) 3 (1,6%)
a
Durante todo o período de estudo duplo-cego de 24 semanas mais período de estudo aberto
b
Durante todo o período de estudo duplo-cego de 12 semanas
Durante a porção duplo-cega de 12 semanas do estudo de Fase II/III, 4 indivíduos (12%)
tiveram um total de 7 exacerbações de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) durante o
tratamento com VENTIA e 5 indivíduos (29%) tiveram um total de 6 exacerbações de DPOC
durante o tratamento com o Produto Comparador. Mais dezessetes exacerbações ocorreram em
14 indivíduos (28%) durante o período de estudo aberto de 12 semanas com VENTIA. A
proporção geral de exacerbações pulmonares durante o tratamento com ambos os produtos foi
de 1,3 exacerbações por indivíduo por ano.
Dois episódios de dor de cabeça foram graves, definidos conforme uma incapacidade para
trabalhar ou desempenhar atividades corriqueiras. Um indivíduo teve uma reação adversa sériae
que surgiu com o tratamento (exacerbação infecciosa de DPOC), considerada possivelmente
relacionado ao tratamento com VENTIA devido a sua relação temporal.
Um total de 3 indivíduos (aproximadamente 5%) que receberam VENTIA reportaram urticária,
sem consideração ao parecer do investigador quanto à causa.
Testes com marcadores virais de HBV, HCV, HIV-1 e HIV-2 não apresentaram soroconversão
durante nenhum dos tratamentos.
Em um estudo com 30 adultos saudáveis, no qual cada indivíduo recebeu 2 infusões de
VENTIA em doses de 60 mg/kg de peso corpóreo, em qualquer das 2 taxas de infusão, em um
desenho cruzado, um total de 13 reações adversas foram reportadas. Neste estudo, o perfil de
segurança de VENTIA quando infundido a 0,2 ml/kg/min foi semelhante àquele quando
infundido a 0,04 ml/kg/min. A reação adversa mais comum foi dor de cabeça, ocorrida em 2
[7%] indivíduos que receberam VENTIA a 0,2 ml/kg/min e em 2 [7%] indivíduos que
receberam VENTIA a 0,04 ml/kg/min. Nenhuma infusão foi retardada, interrompida ou
terminada devido a uma reação adversa. Todas as reações adversas foram moderadas (definidas
conforme um desconforto passageiro que não interferiu de maneira significativa no nível normal
de função do indivíduo, ou um evento adverso que se solucionou espontaneamente ou que
exigiu intervenção terapêutica mínima), e ocorreram durante ou dentro das primeiras 72 horas
após a conclusão de uma infusão.
No estudo com os adultos saudáveis, testes com marcadores virais de HBV, HCV, HIV-1, HIV-
2, HAV e PVB19 não apresentaram soroconversão.
EXPERIÊNCIA PÓS-COMERCIALIZAÇÃO
As reações adversas abaixo foram identificadas durante utilizações após a aprovação de
VENTIA.
Devido ao fato de que tais reações adversas foram reportadas voluntariamente por uma
população de tamanho incerto, nem sempre é possível estimar com segurança a frequência ou
estabelecer uma relação causal com a exposição ao medicamento.
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais: Dispneia.
Distúrbios Gastrointestinais: Náusea.
Distúrbios Gerais e Problemas no Local de Administração: Fadiga.
Deficiência Congênita de Alfa-1 Antitripsina
deficiência de alfa-1 antitripsina (Humana), VENTIA é indicado para terapia crônica de
reposição e manutenção em indivíduos com deficiência congênita de alfa-1 antitripsina, também
conhecida como Inibidor de Proteinase Alfa-1, e comprovação clínica de enfisema.
VENTIA não deve ser administrado a indivíduos com deficiência seletiva de IgA com
anticorpos demonstráveis ou indivíduos com histórico de sensibilidade a proteínas plasmáticas,
já que tais indivíduos podem apresentar reações graves ou mesmo anafilaxia a IgA.
ADVERTÊNCIA
Hipersensibilidade a IgA
VENTIA pode conter traços de IgA. Pacientes com deficiência seletiva ou grave de IgA e que
possuem anticorpos de IgA detectados possuem um risco maior de desenvolver
hipersensibilidade grave e reações anafiláticas. Monitore constantemente os sinais vitais e
observe o paciente atentamente durante a infusão. SE HOUVER REAÇÕES
ANAFILÁTICAS OU REAÇÕES ANAFILACTOIDES GRAVES, DESCONTINUE A
INFUSÃO IMEDIATAMENTE. Tenha disponível epinefrina e outras terapias de suporte
adequadas para o tratamento de qualquer reação anafilática ou anafilactoide aguda.
Agentes Infecciosos Transmissíveis
VENTIA é feito de plasma humano. Os produtos do plasma humano podem conter agentes
infecciosos, como vírus e, teoricamente e o agente da doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD). O
risco de que estes produtos contenham agentes infecciosos foi reduzido pela triagem de
doadores de plasma sobre a exposição prévia a certos vírus, através de testes relacionados à
presença de certas infecções por vírus atuais e através da inativação e/ou remoção de certos
vírus. A fonte de plasma (aprovada pela US-FDA), seleção de doadores, teste e fabricação
foram todos determinados a fim de minimizar os riscos ao máximo. Além disso, VENTIA foi
tratado durante a fabricação com duas etapas separadas de inativação/remoção viral. –
tratamento com Solvente/Detergente (S/D), o qual é designado a fim de inativar quaisquer vírus
envelopados em lipídio, e a Nanofiltração com filtros de 15 nanômetros a fim de remover vírus.
Apesar destas medidas, o risco de transmissão viral não pode ser totalmente excluído. VENTIA
não pode ser administrado sem prescrição médica. O médico deve avaliar os riscos e benefícios
do uso deste produto e discutir os riscos e benefícios com o paciente.
Todas as infecções consideradas por um médico possivelmente como tendo sido
transmitidas por este produto devem ser reportadas pelo médico ou outro profissional da
saúde para Panamerican Medical Supply Suprimentos Médicos Ltda. (SAC 11.4586.5117).
PRECAUÇÕES
Geral
1. Armazenar VENTIA a 2-8 °C. Não refrigerar uma vez que estiver em temperatura ambiente.
Não congelar.
2. Administrar somente de forma intravenosa.
3. Como qualquer solução coloidal, haverá um aumento no volume plasmático após a
administração de VENTIA. Portanto, deve-se tomar cuidado com pacientes que sofram de
sobrecarga circulatória.
4. VENTIA deve ser administrado isoladamente e não deve ser misturado com outros agentes
ou soluções de diluição.
5. Após a administração, descarte todos os frascos abertos, soluções não utilizadas e
equipamentos de administração.
GRAVIDEZ DE CATEGORIA C
Estudos de reprodução animal não foram conduzidos com Alfa-1 Antitripsina (Humana),
VENTIA. Também não se sabe se VENTIA pode causar dano fetal quando administrado a uma
mulher grávida ouafetar a capacidade de reprodução. O VENTIA deve ser administrado a uma
mulher grávida apenas se claramente necessário.
MÃES LACTANTES
Não se sabe se o VENTIA é excretado no leite humano. Devido a muitos medicamentos serem
excretados no leite humano, deve-se tomar cuidado quando VENTIA for administrado a uma
mulher lactante.
USO PEDIÁTRICO
A segurança e a eficácia na população pediátrica não foram estabelecidas.
USO GERIÁTRICO
Estudos clínicos de VENTIA incluíram 11 indivíduos com 65 anos ou mais de idade. Este
número de indivíduos não foi suficiente para determinar se esta população responde de maneira
diferente aos indivíduos jovens. Como para todos os pacientes, a dosagem para pacientes
geriátricos deve ser adequada a sua situação geral. A segurança e eficácia em pacientes com
mais de 65 anos não foram estabelecidas.
A dose recomendada de VENTIA é de 60 mg por kg de peso corpóreo, administrada como uma
infusão intravenosa uma vez por semana. Estudos de variação de dose utilizando parâmetros de
eficácianão foram realizados. Não deve ser administrada por via intramuscular.
A dosagem recomendada de 60 mg/kg leva aproximadamente 15 minutos para a infusão.
PREPARAÇÃO
1. Utilize técnica asséptica.
2. Deixe o produto atingir a temperatura ambiente antes da infusão e administredentro de um
período de três horas contadas a partir da introdução no frasco.
3. Inspecione o frasco de VENTIA. A solução deve ser clara e de cor transparente a amarelo
esverdeado e pode conter algumas partículas de proteínas. Não utilize se o produto estiver turvo.
4. O produto é adequado para infusão diretamente a partir do frasco ou, em caso de doses
maiores, pode ser agrupado em um recipiente estéril para infusão intravenosa.
5. Para agrupar o produto, utilize um spike ventilado com filtro (não fornecido) a fim de retirar a
solução do frasco e, então, utilize a agulha com filtro de 5 micra fornecida para transferir a
solução para o recipiente de infusão intravenosa.
MÉTODO DE ADMINISTRAÇÃO
2. Inspecione produtos injetáveis visualmente para se verificar a presença de partículas e
descoloração antes da administração, sempre que a solução e o recipiente o permitirem.
3. Quando infundir diretamente do frasco, utilize um spike ventilado com filtro (não fornecido).
Quando agrupar o conteúdo dos frascos em um recipiente estéril de administração intravenosa,
utilize um conjunto adequado de administração intravenosa.
4. Sempre utilize um filtro em linha de 5 micra (nãofornecido) durante a infusão.
5. Administre VENTIA dentro de um período de até três horas contadas a partir da introdução
no frasco a fim de evitar potenciais efeitos nocivos de qualquer contaminação microbiana
inadvertida.
6. Administre VENTIA em temperatura ambiente por meio de conjunto adequado de
administração intravenosa em uma taxa de até 0,2 ml/kg de peso corpóreo por minuto. A
dosagem recomendada de 60 mg/kg leva aproximadamente 15 minutos para ser administrada.
7. Monitore atentamente a taxa de infusão durante a administração e observe se não há sinais de
reações adversas relacionadas à infusão. Se ocorrerem reações adversas relacionadas à infusão,
reduza a taxa ou interrompa a infusão até que os sintomas diminuam. Você então poderá
prosseguir com a infusão em uma taxa tolerada pelo paciente.
8. Após a administração, descarte todos os frascos abertos, soluções não utilizadas e
equipamentos de administração.
FORMA DE APRESENTAÇÃO
VENTIA está disponível em frascos de vidros estéreis contendo 50 ml de Alfa-1 Antitripsina a
2% em solução salina tamponada em fosfato.