Bula do Vigamox produzido pelo laboratorio Novartis Biociencias S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Bula Profissional da Saúde _Vigamox®
a Novartis company
VIGAMOX®
SOLUÇÃO
cloridrato de moxifloxacino 5,45 mg/ml
APRESENTAÇÃO:
Solução Oftálmica Estéril.
Frasco plástico gotejador contendo 5 ml de solução oftálmica.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO TÓPICA OCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 ANO DE IDADE
COMPOSIÇÃO:
Cada ml (26 gotas) contém:
5,45 mg de cloridrato de moxifloxacino (equivalente a 5,0 mg de moxifloxacino base), ou seja, 0,21 mg de
cloridrato de moxifloxacino (equivalente a 0,19 mg de moxifloxacino base).
Veículo constituído por: ácido bórico, cloreto de sódio, hidróxido de sódio / ácido clorídrico e água purificada
q.s.p. 1,0 ml.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
VIGAMOX®
Solução Oftálmica é indicado no tratamento da conjuntivite bacteriana causada por cepas sensíveis
dos seguintes organismos:
Microorganismos Aeróbicos Gram-positivos: Espécies de Corynebacterium *; Micrococcus luteus*;
Staphylococcus aureu; Staphylococcus epidermidis; Staphylococcus haemolyticus; Staphylococcus hominis
Staphylococcus warneri*; Streptococcus pneumonia; Grupo dos Streptococcus viridans.
Microorganismos Aeróbicos Gram-negativos: Acinetobacter Iwoffii*; Haemophilus influenzae; Haemophilus
para influenzae*.
Outros microorganismos: Chlamydia trachomatis
* A eficácia para este organismo foi estudada em menos de 10 infecções.
Em dois ensaios clínicos controlados, randomizados, duplo-cegos e multicêntricos, nos quais os pacientes
receberam 3 doses diárias durante 4 dias, VIGAMOX®
Solução Oftálmica produziu curas clínicas nos dias 5-6
em 66% a 69% dos pacientes em tratamento de conjuntivite bacteriana. Os índices de sucesso microbiológico na
erradicação dos patógenos básicos variaram entre 84% a 94%. Deve ser observado que a erradicação
microbiológica nem sempre está correlacionada com os resultados clínicos de ensaios anti-infecciosos.
FARMACOCINÉTICA: As concentrações plasmáticas de moxifloxacino foram medidas em indivíduos adultos
saudáveis do sexo masculino e feminino que receberam doses oculares tópicas bilaterais de VIGAMOX®
Solução Oftálmica três vezes por dia. A concentração média máxima (Cmax) no estado de equilíbrio (2,7ng/ml) e
os valores estimados da área sob a curva (ASC) de exposição diária (45 ng hr/ml) foram 1.600 e 1.000 vezes
menores que a Cmax média e ASC obtidas após doses terapêuticas orais de 400 mg de moxifloxacino. A meia
vida do moxifloxacino no plasma foi estimada em 13 horas.
MICROBIOLOGIA: O moxifloxacino é uma 8-metoxifluoroquinolona com um anel diazabiciclononil na
posição C7. A ação antibiótica do moxifloxacino é decorrente da inibição da topoisomerase II (DNA girase) e
topoisomerase IV. A DNA girase é uma enzima essencial que atua na replicação, transcrição e reparação do
DNA bacteriano. A topoisomerase IV é uma enzima conhecida pelo seu papel essencial na divisão do DNA
cromossômico durante a divisão da célula bacteriana.
O mecanismo de ação das quinolonas, inclusive do moxifloxacino, é diferente do mecanismo dos macrolídeos,
aminoglicosídeos ou tetraciclinas. Portanto, o moxifloxacino pode ser ativo contra patógenos resistentes a esses
antibióticos e esses antibióticos podem ser ativos contra patógenos resistentes ao moxifloxacino. Não há
resistência cruzada entre o moxifloxacino e as classes de antibióticos mencionadas acima. Foi observada
resistência cruzada entre o moxifloxacino sistêmico e outras quinolonas.
A resistência in vitro ao moxifloxacino se desenvolve através de mutações multifásicas. A resistência ao
moxifloxacino ocorre in vitro numa freqüência geral entre 1,8 X 10-9
a < 1 X 10-11
para bactéria Gram-positiva.
O moxifloxacino tem se mostrado ativo contra a maior parte das cepas dos seguintes microorganismos, tanto in
vitro como e em infecções clínicas:
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Microorganismos Aeróbicos Gram-positivos: Corynebacterium species*; Micrococcus luteus*;
Staphylococcus aureus; Staphylococcus epidermidis; Staphylococcus haemolyticus; Staphylococcus hominis
Staphylococcus warneri*; Streptococcus pneumonia; Grupo dos Streptococcus viridans.
Microorganismos Aeróbicos Gram-negativos: Acinetobacter Iwoffii*; Haemophilus influenzae; Haemophilus
parainfluenzae*.
Outros microorganismos: Chlamydia trachomati.
* A eficácia para este organismo foi estudada em menos de 10 infecções.
Os dados in vitro a seguir também estão disponíveis, porém sua relevância clínica nas infecções oftálmicas é
desconhecida. A segurança e eficácia de VIGAMOX®
Solução Oftálmica no tratamento de infecções
oftalmológicas decorrentes destes microorganismos não foram estabelecidas em ensaios adequados e bem
controlados.
Os organismos seguintes são considerados sensíveis quando avaliados através de parâmetros sistêmicos.
Entretanto, a correlação entre o parâmetro sistêmico in vitro e a eficácia oftalmológica não foi estabelecida. A
lista de organismos é fornecida apenas como guia na avaliação de um potencial tratamento das infecções
conjuntivais. O moxifloxacino apresenta uma Concentração Inibitória Mínima (CIM) in vitro de 2 g/ml ou
menos (parâmetro de sensibilidade sistêmica) contra a maioria ( 90%) das cepas dos seguintes patógenos
oculares:
Microorganismos Aeróbicos Gram-positivos: Listeria monocytogenes; Staphylococcus saprophyticus;
Streptococcus agalactiae; Streptococcus mitis; Streptococcus pyogenes ; Streptococcus do grupo C, G e F.
Microorganismos Aeróbicos Gram-negativos: Acinetobacter baumannii; Acinetobacter calcoaceticus;
Citrobacter freundii; Citrobacter koseri; Enterobacter aerogenes; Enterobacter cloacae; Escherichia coli
Klebsiella oxytoca; Klebsiella pneumoniae; Moraxella catarrhalis; Morganella morganii; Neisseria
gonorrhoeae; Proteus mirabilis; Proteus vulgaris; Pseudomonas stutzeri.
Microorganismos Anaeróbicos: Clostridium perfringens; Espécies de Fusobacterium ; Espécies de Prevotella
Propionibacterium acne.
Outros microorganismos: Chlamydia pneumoniae; Legionella pneumophila; Mycobacterium avium;
Mycobacterium marinum; Mycoplasma pneumonia.
VIGAMOX®
Solução Oftálmica é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida ao
moxifloxacino, outras quinolonas ou a qualquer outro componente da fórmula.
Gravidez Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Este medicamento é contraindicado para menores de 1 ano de idade.
ADVERTÊNCIAS: Exclusivamente para uso oftálmico. Não injetar. VIGAMOX®
Solução Oftálmica não deve
ser injetado sob a conjuntiva, nem introduzido diretamente na câmara anterior do olho. Em pacientes em
tratamento sistêmico com quinolonas, inclusive moxifloxacino, foram relatadas reações de hipersensibilidade
(anafiláticas) sérias e ocasionalmente fatais, algumas, após a primeira dose. Algumas reações foram
acompanhadas de colapso cardiovascular, perda da consciência, angioedema (incluindo edema da laringe,
faringe, ou facial), obstrução das vias aéreas, dispnéia, urticária e coceira. Em caso de reação alérgica ao
moxifloxacino, interromper o uso do produto. Reações sérias de hipersensibilidade aguda podem exigir
tratamento de emergência imediato. Oxigênio e cuidados com as vias aéreas devem ser introduzidos sempre que
clinicamente indicados.
PRECAUÇÕES: Assim como ocorre com outros anti-infecciosos, o uso prolongado pode resultar em super
crescimento de organismos não sensíveis, inclusive fungos. Se uma superinfecção ocorrer, interromper o uso do
produto e instituir uma terapia alternativa. Sempre que julgado clinicamente necessário, deve ser feito o exame
de biomicroscopia e, quando apropriado, deve ser feito o exame de coloração por fluoresceína. Recomendar ao
paciente que não use suas lentes de contato em caso de sinais e sintomas de conjuntivite bacteriana.
CARCINOGÊNESE, MUTAGÊNESE E DIMINUIÇÃO DA FERTILIDADE: Não foram realizados
estudos de longo prazo em animais para determinar o potencial carcinogênico do moxifloxacino. Entretanto, em
um estudo acelerado com iniciadores e promotores, o moxifloxacino não foi carcinogênico em ratos que
receberam até 38 semanas doses orais de 500 mg/kg/dia (aproximadamente 21.700 vezes maior que a dose
oftálmica total diária recomendada para humanos, para uma pessoa de 50 kg, numa proporção de mg/kg).
O moxifloxacino não foi mutagênico em quatro cepas de bactérias usadas no ensaio de Ames de reversão de
Salmonella. Assim como com outras quinolonas, a resposta positiva observada com moxifloxacino na cepa TA
102 usando o mesmo ensaio pode ser decorrente da inibição da DNA girase. O moxifloxacino não foi
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mutagênico no ensaio de mutação genética de células de mamíferos CHO/HGPRT. Um resultado equivocado foi
obtido no mesmo ensaio quando células v79 foram usadas. O moxifloxacino foi clastogênico no ensaio de
aberração cromossômica v79, porém não induziu síntese de DNA não programada em cultura de hepatócitos de
ratos. Não houve evidência de genotoxidade in vitro no teste de micronúcleos ou no teste do letal dominante em
camundongos.
O moxifloxacino não afetou a fertilidade de ratos machos ou fêmeas em doses orais de até 500 mg/kg/dia,
aproximadamente 21.700 vezes maior que a dose oftálmica total diária recomendada para humanos. Na dose oral
de 500 mg/kg houve alguns efeitos leves na morfologia do esperma (separação entre cabeça e cauda) em ratos e
no ciclo estrual de ratas.
GRAVIDEZ: EFEITOS TERATOGÊNICOS: CATEGORIA C: O Moxifloxacino não teve efeito
teratogênico quando administrado em ratas prenhes durante a organogênese em doses orais altas de até 500
mg/kg/dia (aproximadamente 21.700 vezes maior que a dose oftálmica total diária recomendada para humanos).
Entretanto, foram observados diminuição do peso corporal do feto e um leve atraso no desenvolvimento do
esqueleto do feto. Não houve evidência de teratogenicidade quando macacas Cynomolgus prenhes receberam
doses orais de até 100 mg/kg/dia (aproximadamente 4.300 vezes maior que a dose oftálmica total diária
recomendada para humanos). Foi observada uma maior incidência de fetos menores na dose de 100 mg/kg/dia.
Uma vez que não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas, VIGAMOX®
Solução
Oftálmica só deverá ser usado durante a gravidez se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
LACTANTES: O moxifloxacino não foi medido no leite humano, embora se presuma que seja excretado no
leite. VIGAMOX®
Solução Oftálmica deve ser administrado com cautela em mulheres que estejam
amamentando.
CRIANÇAS: A segurança e a eficácia de VIGAMOX®
Solução Oftálmica em crianças com menos de um ano
de idade não foram estabelecidas. Não há evidência de que a administração oftálmica de VIGAMOX®
Oftálmica tenha qualquer efeito nas articulações de sustentação, embora a administração oral de algumas
quinolonas cause artropatia em animais imaturos.
Dada a baixa concentração sistêmica do moxifloxacino após a administração ocular tópica do medicamento,
interações medicamentosas com VIGAMOX®
Solução Oftálmica são improváveis. Estudos in vitro indicam que
o moxifloxacino não inibe as isoenzimas CYP3A4, CYP2D6, CYP2C9, CYP2C19 ou CYP1A2, indicando que
provavelmente o moxifloxacino não altere a farmacocinética das drogas metabolizadas por estas isoenzimas do
citocromo P450.
Armazene o frasco de VIGAMOX®
Solução Oftálmica em temperatura ambiente (15º a 30ºC). A validade do
produto é de 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de
validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Após aberto, válido por 30 dias. VIGAMOX®
Solução Oftálmica é uma solução de aparência amarelo esverdeada. Antes de usar, observe o aspecto do
medicamento. Todo o medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Instilar 1 gota no(s) olho(s) afetado(s), 3 vezes por dia, durante 7 dias. Para evitar possível contaminação do
frasco, mantenha a ponta do frasco longe do contato com qualquer superfície.
Assim como qualquer medicamento, podem ocorrer reações indesejáveis com a aplicação de VIGAMOX®
Solução oftálmica. As seguintes reações adversas são classificadas de acordo com a seguinte convenção: muito
comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), comum (ocorre entre 1% e 10% dos
pacientes que utilizam este medicamento), incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este
medicamento), rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento), ou muito rara
(ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento). Dentro de cada um-grupo de
frequência, as reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade.
Distúrbios no Sistema Sanguíneo e Linfático Raro: aumento de hemoglobinas
Distúrbios do Sistema Nervoso Incomum: dor de cabeça
Raro: Parestesia (sensação de queimação, dormência,
formigamento, coceira ou formigamento)
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Distúrbios oculares Comum: dor e irritação nos olhos
Incomum: úlcera na córnea, olho seco, conjuntivite
hemorrágica, vermelhidão nos olhos, coceira nos olhos,
inchaço nas pálpebras, desconforto ocular
Raro: defeito no epitélio da córnea, doença na córnea,
conjuntivite, inflamação das pálpebras, inchaço nos olhos,
inchaço na conjuntiva, visão borrada, redução da acuidade
visual, cansaço nos olhos, vermelhidão nas pálpebras
Doenças respiratórias, torácicas e do
mediastino
Raro: desconforto nasal, dor laringofaríngea (entre a laringe
e a faringe), sensação de corpo estranho na garganta
Distúrbios gastrointestinais Incomum: diminuição do senso do paladar
Raro: vômitos
Distúrbios hepatobiliares Raro: aumento de enzimas do fígado (Alanina
aminotransferase e Gama Glutamil Transferase)
Outras reações adversas identificadas a partir da vigilância pós-comercialização, incluem o seguinte (as
frequências não puderam ser estimadas a partir dos dados disponíveis):
Distúrbios oculares Inflamação da córnea, infecção na córnea, aumento do
lacrimejamento, sensibilidade à luz, secreção nos olhos
Distúrbio Sistema Imune Hipersensibilidade (alergia)
Distúrbio Sistema Nervoso Tontura
Distúrbio Sistema Cardíaco Palpitações
Dificuldade para respirar
Distúrbio Sistema Gastrointestinal Náusea
Doenças na pele e tecidos subcutâneos Vermelhidão, coceira, urticária (vergões vermelhos na pele,
normalmente em função de uma reação alérgica) e
inflamação da pele
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm , ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.