Bula do Vita e produzido pelo laboratorio Aché Laboratórios Farmacêuticos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Vita E_BU 06_VPS 1
Vita E
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A
Cápsula Mole
400mg
Vita E_BU 06_VPS 2
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
VITA E
acetato de racealfatocoferol
APRESENTAÇÕES
Cápsulas gelatinosas 400 mg: frascos com 30 cápsulas.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada cápsula de VITA E contém:
Acetato de racealfatocoferol ............................................................................. 400 mg
Excipientes: óleo de soja, gelatina, glicerol, água purificada, metilparabeno,
propilparabeno, corante azul FDC nº 1, corante amarelo Tartrazina FDC nº 5 e corante
vermelho ponceau 4R.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
VITA E é destinado como suplemento vitamínico com ação antioxidante. Está indicado
na deficiência de vitamina E e em dietas restritivas e inadequadas.
A vitamina E, acetato de racealfatocoferol, participa da formação de todos os tecidos
de origem mesodérmica (substância fundamental, fibras colágenas e elásticas do
tecido conjuntivo, musculatura lisa e estriada, vasos e outros) e da manutenção de
suas funções. Em nível celular, participa do metabolismo dos ácidos nucléicos, bem
como na cadeia respiratória.
O α-tocoferol está envolvido em inúmeras funções celulares que culminam em ações
de antioxidação como: a capacidade de inibir a proliferação das células musculares
lisas, inibição da atividade da proteinoquinase C, estimulação da fosfoproteina
fosfatase 2A e inibição da NADPH. Nas células endoteliais estimuladas por TNF, o α-
tocoferol diminui a adesão dos monócitos através da redução da expressão da VCAM-
1, ICAM-1 e E-selectina podendo atrasar a evolução da aterosclerose. A vitamina E é
um potente antioxidante lipossolúvel que é carregado pela LDL. A vitamina E inibe a
proliferação da musculatura lisa in vitro, e aumenta a resistência da LDL à oxidação no
plasma. A LDL de voluntários que fazem uso de suplementos de vitamina E, mostram
aumento da resistência à oxidação.
A vitamina E diminui o efeito tóxico do oxigênio e reduz as necessidades de seu uso
nas reações metabólicas. Devido às suas propriedades lipofílicas, o acetato de
racealfatocoferol acumula-se nas membranas celulares, protegendo-as sob o aspecto
funcional, principalmente quanto à inibição que exerce na peroxidação dos lipídios. O
acetato de racealfatocoferol contribui, de forma especial, para a estabilização das
membranas lisossomais, mitocondriais e dos capilares e, consequentemente, para a
manutenção da resistência normal dos eritrócitos. Ainda baseada nessa ação, o
acetato de racealfatocoferol promove um aumento da atividade fagocitária. A
deficiência dessa vitamina conduz, através da peroxidação dos lipídios, ao acúmulo de
Vita E_BU 06_VPS 3
lipofucsina ou pigmento de desgaste dos tecidos. A carência acentuada de vitamina E,
em consequência de grave síndrome de má absorção (redução da superfície de
absorção do intestino, atresia das vias biliares, insuficiência pancreática e outros),
provoca o aparecimento de sintomas de miopatia e neuropatia.
VITA E administrado por via oral é absorvido, após hidrólise do éster, essencialmente
ao nível das porções intermediárias do intestino delgado, numa proporção de 20% a
40% aproximadamente, sendo o índice da substância absorvida inversamente
proporcional à dose administrada. A melhor absorção só é possível na presença de
sucos biliares e pancreáticos. Com relação ao sangue, a maior parte de acetato de
racealfatocoferol liga-se à fração das beta-lipoproteínas. É distribuída por todos os
tecidos e armazenada no tecido adiposo. Sua eliminação se faz essencialmente pelas
fezes.
A suplementação de vitamina E pode reduzir a ativação plaquetária persistente
associada com diabetes mellitus. Em 10 doentes diabéticos não insulino-dependentes,
a suplementação com vitamina E na dose de 600 mg/dia durante 14 dias reduziu a
excreção urinária de 8-iso-prostaglandina-F2alfa (PGF2α) em 37 % e de 11-desidro-
tromboxano (TXM) em 43% (p=0,005 para ambas as medidas) . A PGF2α é um
marcador da oxidação de ácido araquidónico, e o TXM é um índice de activação de
plaquetas . A melhora do controle glicêmico também apresentou efeitos semelhantes.
A suplementação de vitamina E em fumantes diminuiu a susceptibilidade de
peroxidação lipídica induzida por peróxido de hidrogênio em eritrócitos. Cinquenta
fumantes do sexo masculino receberam suplementos diários de 70 , 140, 560 ou 1050
mg de acetato de d-alfa-tocoferol durante 20 semanas. Níveis de vitamina E eritrocítica
aumentou de forma dependente da dose e níveis de eritrócitos peroxidados
diminuiram significativamente com cada dose ( p < 0,001). Em não fumantes, a
vitamina E também mostrou diminuição de eritrócitos peroxidados, exceto com a dose
de 1050 mg , em que a peroxidação aumentou significativamente ( p < 0,001). O
aumento de vitamina E eritrocitária foi associado a diminuição do ascorbato
plasmático. O aumento percentual da peroxidação eritrocitária foi positivamente
correlacionado com a diminuição percentual do ascorbato no plasma ( r = 0,767 , p <
0,001) em não-fumantes que consumiram 1,050 mg de acetato de d-alfa-tocoferol por
dia, durante 20 semanas.
A suplementação com vitaminas antioxidantes, incluindo a vitamina E, antes da terapia
de condicionamento (quimioterapia e radioterapia) para transplante de medula óssea
resultou em menor aumento de hidroperóxidos lipídicos plasmáticos que a terapia de
condicionamento sem pré-suplementação . Dezesseis pacientes com leucemia foram
suplementadas com 825 mg de alfa-tocoferol , 45 mg de beta-caroteno e 450 mg de
ácido ascórbico, durante 3 semanas antes do início da terapia de condicionamento.
Dez outros pacientes receberam terapia de condicionamento sem suplementação com
vitaminas antioxidantes. O aumento do nível de hidroperóxido lípídico no plasma ,
entre o início da terapia de condicionamento e da realização do transplante, era de
20,1-36,2 mcmol / L no grupo suplementado e 23,3-83,5 mcmol / L no grupo sem
suplemento . O aumento foi significativo (p < 0,05) apenas no grupo não
suplementado. A terapia de condicionamento provoca efeitos tóxicos tardios em vários
tecidos, que se acredita serem causados por radicais livres . Os autores especularam
que a redução da formação de peróxidos lípídicos pode reduzir a toxicidade do
tratamento de condicionamento.
Vita E_BU 06_VPS 4
Referências Bibliográficas:
Brown KM, Morrice PC, & Duthie GG: Erythrocyte vitamin E and plasma ascorbate
concentrations in relation to erythrocyte peroxidation in smokers and nonsmokers:
dose response to vitamin E supplementation. Am J Clin Nutr 1997; 65:496-502.
Clemens MR, Waladkhani AR, Bublitz K, et al: Supplementation with antioxidants prior
to bone marrow transplantation. Wien Klin Wochenschr 1997; 190:771-776.
Davi G, Ciabattoni G, Consoli A, et al: In vivo formation of 8-iso-prostaglandin F2alpha
and platelet activation in diabetes mellitus: effects of improved metabolic control and
vitamin E supplementation. Circulation 1999; 99:224-229.
VITA E é contraindicado em pacientes que apresentem hipersensibilidade a quaisquer
dos componentes de sua fórmula.
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
A vitamina E atravessa a barreira placentária e doses acima da IDR recomendada não
devem ser utilizadas durante a gravidez, sem prescrição médica. Na lactação não há
evidências adequadas sobre o risco do lactente e deve ser avaliado o potencial
risco/benefício, não devendo, portanto, ser utilizado sem orientação médica.
Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de
natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas
alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
Em indivíduos com deficiência moderada nos fatores de coagulação pode ocorrer
hipoprotrombinemia por deficiência de vitamina K e anemia por deficiência de ferro.
Não administrar VITA E concomitantemente com ferro inorgânico, pois este interfere
na atividade da vitamina E. A administração correta do medicamento nestes casos é
após várias horas da ingestão de suplementos de ferro. VITA E concomitantemente
usado com anticoagulantes, por exemplo, a varfarina, ou em pacientes portadores de
a) Severidade Maior
Efeito da interação: aumento do risco de sangramento
Medicamento: dicumarol, varfarina
b) Severidade Menor
Efeito da interação: redução da efetividade da vitamina E
Medicamento: colestipol, orlistat, antiácidos
Efeito da interação: alteração da resposta hematológica ao tratamento
Medicamento: suplementos de ferro
A ingestão concomitante com álcool ou alimento não altera a absorção, nem
potencializa os efeitos de VITA E.
Vita E_BU 06_VPS 5
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Atenção: não armazenar este produto em locais quentes e úmidos (ex: banheiro,
cozinha, carros, etc.)
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta
uma validade de 36 meses a contar da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.
Cápsula de gelatina mole oval, de coloração verde transparente contendo líquido
oleoso amarelo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose recomendada é de uma cápsula de 400 mg diariamente.
Ingerir a cápsula com um pouco de líquido, sem mastigá-la, de preferência junto com
alimentos gordurosos.
A dose máxima diária não deverá ultrapassar 2 cápsulas.
A duração do tratamento deve ser a critério médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Reação com incidência não determinada (em geral com doses maiores que
800UI diárias ou por período prolongado de uso):
Sistema Nervoso Central: astenia, tontura, cefaleia.
Sistema Cardiovascular: tromboflebite (em pacientes com predisposição a doença
de pequenos vasos como comorbidades cardiovasculares, endocrinológicas, etc)
Sistema Gastrintestinal: sangramento gengival, irritação gastrintestinal (náuseas,
flatulência, diarreia)
Sistema Hematológico: sangramento (em pacientes com deficiência de vitamina K)
Efeitos oftalmológicos: visão turva
Outros: fadiga
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária-NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.