Bula do Vpriv produzido pelo laboratorio Shire Farmacêutica Brasil Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
VPRIV*
(alfavelaglicerase)
Shire Farmacêutica Brasil Ltda
Pó liofilizado para reconstituição e diluição para infusão
400 UI
VPRIV (alfavelaglicerase)
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Alfavelaglicerase
APRESENTAÇÕES
Pó liofilizado para reconstituição e diluição para infusão: 1 frasco dose única com 400 Unidades (10 mg).
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 4 ANOS
*marca depositada
COMPOSIÇÃO
Ingrediente ativo: cada frasco-ampola contém 400U de alfavelaglicerase.
Excipientes: sacarose, citrato de sódio diidratado, ácido cítrico monoidratado e polissorbato 20.
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
VPRIV (alfavelaglicerase) injetável é uma enzima hidrolítica lisossomal específica para o glicocerebrosídeo
indicada para a terapia de reposição enzimática (TRE) de longo prazo em pacientes pediátricos e adultos
portadores da doença de Gaucher tipo 1.
A eficácia de VPRIV foi avaliada em cinco estudos clínicos no total de 94 pacientes com doença de Gaucher tipo
1: 54 pacientes eram virgens de tratamento com TRE e 40 pacientes mudaram a partir do tratamento com
imiglucerase para o tratamento com VPRIV. Os pacientes tinham idade entre 4 e 71 anos no momento do
primeiro tratamento com VPRIV. Os estudos I, III e IV foram conduzidos em pacientes que não estavam
recebendo terapia específica para doença de Gaucher no momento. O estudo II foi conduzido em pacientes que
completaram o estudo I e foram eleitos a continuar o tratamento com VPRIV. O estudo V foi conduzido em
pacientes que estavam recebendo tratamento com imiglucerase imediatamente antes do início de VPRIV. Nestes
estudos, o VPRIV foi administrado por via intravenosa durante 60 minutos em doses variando de 15 U/kg a
60 U/kg a cada 2 semanas. A terapia domiciliar foi permitida nos estudos II e IV.
Estudos do VPRIV como Terapia Inicial
Estudo I: estudo aberto, de 9 meses de duração, envolvendo 12 pacientes adultos (≥18 anos) e virgens de
tratamento com TRE (não receberam tratamento com TRE por pelo menos 12 meses antes do início do estudo).
VPRIV foi inicialmente administrado com doses escalonadas nos 3 primeiros pacientes (15, 30, 60 U/kg) e os 9
pacientes restantes iniciaram o tratamento com 60 U/kg.
Melhoras clinicamente significativas a partir do ponto inicial foram observadas na concentração de hemoglobina
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e contagem plaquetária em 3 meses e nos volumes do fígado e baço em 6 e 9 meses, após o início do tratamento
com VPRIV.
Dez pacientes que completaram o estudo I foram incluídos em um estudo de extensão aberto (Estudo II). Após
no mínimo 12 meses de tratamento contínuo com VPRIV, todos os pacientes foram qualificados a terem a dose
de VPRIV reduzida de forma gradual de 60 para 30 U/kg, após atingirem pelo menos 2 de 4 metas terapêuticas
de TRE do “Ano 1” para doença de Gaucher tipo 1. Os pacientes receberam doses entre 30 e 60 U/kg (dose
mediana: 35 U/kg), a cada duas semanas, por até 60 meses (5 anos). Sete dos 10 pacientes receberam terapia
domiciliar por pelo menos uma vez durante os 60 meses de tratamento. Atividade clínica mantida continuou a
ser demonstrada durante os 5 anos de tratamento, com as melhoras nas concentrações de hemoglobina e
contagem plaquetária e redução dos volumes do fígado e baço.
Estudo III: estudo randomizado, duplo-cego, de grupos de dose paralelos, multinacional, com 12 meses de
duração, envolvendo 25 pacientes com 4 anos de idade ou mais com anemia relacionada à doença de Gaucher e
trombocitopenia ou organomegalia. Os pacientes não poderiam ter recebido terapia específica para a doença há
pelo menos 30 meses; todos com exceção de um não haviam recebido terapia anteriormente. A idade média foi
de 26 anos e 60% eram do sexo masculino. Os pacientes foram randomizados para receberem VPRIV na dose de
45 U/kg (N=13) ou 60 U/kg (N=12) a cada duas semanas.
No ponto inicial, a concentração média de hemoglobina era de 10,6 g/dL, a contagem média de plaquetas era de
97 x 109
/L, o volume hepático médio era de 3,6% do peso corporal (% PC), e o volume médio do baço era de 2,9
% PC. Para todos os estudos, os volumes de fígado e baço foram medidos por RMN. As alterações de
parâmetros clínicos após 12 meses de tratamento são mostradas na Tabela 1. A alteração observada em relação
ao basal no desfecho primário, concentração de hemoglobina, foi considerada como clinicamente significativa
considerando-se a história natural da doença de Gaucher não-tratada.
Tabela 1: Mudança média desde o período inicial até 12 meses quanto aos parâmetros clínicos em
pacientes com a doença de Gaucher tipo 1 iniciando terapia com VPRIV no Estudo I
Parâmetros clínicos
Mudança média em relação ao período inicial ± Erro Padrão da Média
Dose de VPRIV (administrada a cada 2 semanas)
45 U/kg
N = 13
60 U/kg
N = 12
Alteração na
Concentração de
hemoglobina (g/dl)
2,4 ± 0,4* 2,4 ± 0,3**
Contagem de plaquetas
(x 109
/l)
41 ± 14* 51 ± 12*
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Alteração no Volume
do fígado
(% peso corporal)
-0,30 ± 0,29 -0,84 ± 0,33
do baço
-1,9 ± 0,6* -1,9 ± 0,5*
** Desfecho primário do estudo foi alteração na concentração de hemoglobina no grupo de 60 U/kg, p < 0,001
*Estatisticamente significativo após o ajuste para a realização de múltiplos testes
Estudo IV: estudo randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos, controlado com agente ativo (imiglucerase),
multinacional, com 9 meses de duração, envolvendo 34 pacientes com 3 anos de idade ou mais. Era necessário
que os pacientes tivessem anemia relacionada à doença de Gaucher e trombocitopenia ou organomegalia. Os
pacientes não poderiam ter recebido terapia específica para a doença há pelo menos 12 meses. A idade média foi
de 30 anos e 53% eram do sexo feminino; o paciente mais jovem que recebeu VPRIV tinha 4 anos de idade. Os
pacientes foram randomizados para receber 60 U/kg de VPRIV (N=17) ou 60 U/kg de imiglucerase (N=17) a
cada duas semanas.
No ponto inicial, a média das concentrações de hemoglobina foi de 11,0 g/dl, a contagem média de plaquetas foi
de 171 x 109
/l, e o volume médio hepático foi de 4,3 % PC. Para os pacientes que não haviam realizado
esplenectomia (7 em cada grupo) o volume médio do baço foi de 3,4% PC. Após 9 meses de tratamento, o
aumento médio absoluto em relação ao basal na concentração de hemoglobina foi de 1,6 g/dL ± 0,2 (DP) para
pacientes tratados com VPRIV. A diferença média de tratamento na alteração em relação ao basal em 9 meses
[VPRIV – imiglucerase] foi de 0,1 g/dL ± 0,4 (DP).
Nos Estudos I e II, o exame dos subgrupos de idade e sexo não identificou nenhuma diferença de resposta à
VPRIV entre estes subgrupos. O número de pacientes não-Caucasianos nestes estudos foi muito pequeno para se
avaliar adequadamente qualquer diferença de efeitos por raça.
Estudo em pacientes que mudaram a partir do tratamento com imiglucerase para o tratamento com
VPRIV
Estudo V: estudo aberto, de braço único, multinacional, com 12 meses de duração, envolvendo 40 pacientes
com 9 anos de idade ou mais que haviam sido tratados com imiglucerase em doses entre 15 e 60 U/kg durante o
mínimo de 30 meses consecutivos. Era necessário que os pacientes também recebessem uma dose estável
quinzenal de imiglucerase por pelo menos 6 meses antes de serem incluídos.
A idade média foi de 36 anos e 55% eram do sexo feminino. A terapia com imiglucerase foi interrompida e o
tratamento com VPRIV foi administrado a cada duas semanas no mesmo número de unidades que o da dose
anterior de imiglucerase do paciente. O ajuste de dose foi permitido pelos critérios do estudo, se necessário, a
fim de manter os parâmetros clínicos. Vinte e cinco dos 40 pacientes receberam terapia domiciliar pelo menos
uma vez durante os 12 meses de estudo.
As concentrações de hemoglobina e as contagens de plaquetas permaneceram estáveis em média durante 12
meses de tratamento com VPRIV. Após 12 meses de tratamento com VPRIV a concentração mediana de
hemoglobina foi de 13,5 g/dl (intervalo: 10,8; 16,1) vs. o valor basal de 13,8 g/dL (intervalo: 10,4, 16,5), e a
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contagem mediana de plaquetas após 12 meses de tratamento com VPRIV foi de 174 x 109
/l (intervalo: 24,0;
408,0) vs. o valor basal de 162 x 109
/l (intervalo: 29, 399). Nenhum paciente necessitou de ajuste de dose
durante o período de tratamento de 12 meses.
REFERÊNCIAS
1. Pastores GM, Weinreb NJ, Aerts H, et al. Therapeutic Goals in the Treatment of Gaucher Disease. J Semin
Hematol. 2004; 41(Suppl 5):4-14.
O ingrediente ativo de VPRIV é a alfavelaglicerase que é produzida pela tecnologia de ativação gênica em
linhagem de células de fibroblastos humanos. A alfavelaglicerase é uma glicoproteína de 497 aminoácidos com
um peso molecular de aproximadamente 63 kDa. A alfavelaglicerase possui a mesma sequência de aminoácidos
que a enzima humana natural, a glicocerebrosidase. A alfavelaglicerase contém 5 sítios potenciais de
glicosilação ligados ao N; quatro desses sítios estão ocupados por cadeias de glicanos. A alfavelaglicerase é
fabricada para conter predominantemente cadeias de glicanos ligadas à manose tipo N. As cadeias de glicanos
ligados a manose do tipo N são especificamente reconhecidas e internalizadas via receptor de manose presente
na superfície dos macrófagos, as células que acumulam glicocerebrosídeo na doença de Gaucher. A
alfavelaglicerase catalisa a hidrólise do glicolipídeo glicocerebrosídeo à glicose e ceramida no lisossomo.
VPRIV é dosado por unidades (U/kg), onde uma unidade (U) de atividade da enzima é definida como a
quantidade de enzima necessária para converter um micromol de p-nitrofenila ß-D-glicopiranosídeo em p-
nitrofenol por minuto a 37ºC.
Mecanismo de ação
A doença de Gaucher é um distúrbio autossômico recessivo causado por mutações no gene GBA que resulta na
deficiência da enzima lisossômica beta-glicocerebrosidase. A glicocerebrosidase catalisa a conversão do
glicocerebrosídeo esfingolipídico a glicose e ceramida. A deficiência enzimática causa o acúmulo de
glicocerebrosídeo primariamente no compartimento lisossomal de macrófagos, originando as células espumosas
ou "células de Gaucher". Nesta doença de depósito lisossômico (DDL), as características clínicas refletem o
acúmulo das células de Gaucher no fígado, baço, medula óssea, e outros órgãos. O acúmulo de células de
Gaucher no fígado e no baço leva à organomegalia. A presença de células de Gaucher na medula óssea e baço
leva à anemia clinicamente significativa e à trombocitopenia.
A alfavelaglicerase catalisa a hidrólise do glicocerebrosídeo, reduzindo a quantidade de glicocerebrosídeo
acumulado.
Farmacocinética
Em um estudo multicêntrico conduzido em pacientes pediátricos (N=7, 4 a 17 anos de idade) e adultos (N=15,
19 a 62 anos de idade) com doença de Gaucher tipo 1, as avaliações farmacocinéticas foram realizadas nas
semanas 1 e 37 após infusões intravenosas de 60 minutos de VPRIV 60 U/kg a cada duas semanas. As
concentrações séricas de alfavelaglicerase declinaram rapidamente com uma meia-vida média de 11 a 12
minutos. O clearance médio de alfavelaglicerase variou de 6,72 a 7,56 mL/min/kg. O volume médio de
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distribuição no estado de equilíbrio variou de 82 a 108 mL/kg (8,2% a 10,8% de peso corporal). No entanto,
como um ensaio analítico inadequadamente validado foi utilizado nas avaliações, os valores de parâmetros
farmacocinéticos exatos e definitivos não estão atualmente disponíveis.
Não se observou nenhum acúmulo ou alteração na farmacocinética da alfavelaglicerase em função do tempo da
Semana 1 à Semana 37 após administração múltipla de 60 U/kg a cada duas semanas.
Baseado em dados limitados, não houve nenhuma diferença farmacocinética observável entre pacientes de
ambos os sexos neste estudo. O efeito da idade sobre a farmacocinética da alfavelaglicerase foi inconclusivo.
O efeito da formação de anticorpos antifármaco sobre os parâmetros farmacocinéticos da alfavelaglicerase é
desconhecido.
TOXICOLOGIA NÃO CLÍNICA
Carcinogênese, mutagênese e redução da fertilidade: Estudos prolongados em animais para avaliar o potencial
carcinogênico ou estudos para avaliar o potencial mutagênico não foram conduzidos com a alfavelaglicerase.
Em um estudo de fertilidade masculina e feminina em ratos, a alfavelaglicerase não causou nenhum efeito
adverso significativo sobre os parâmetros de fertilidade masculina e feminina até uma dose máxima de 17
mg/kg/dia (102 mg/m2
/dia, aproximadamente 1,8 vezes a dose humana recomendada de 60 U/kg/dia baseada na
área de superfície corporal).
Hipersensibilidade severa à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes.
Reações de hipersensibilidade: Foram relatadas reações de hipersensibilidade, incluindo sintomas consistentes
com anafilaxia, nos pacientes de estudos clínicos e na experiência de pós-comercialização com VPRIV [veja
Reações Adversas]. Como no caso de qualquer outro produto proteico usado por via intravenosa, as reações de
hipersensibilidade são possíveis e, portanto o suporte médico apropriado deve estar prontamente disponível
quando VPRIV é administrado. No caso de reação grave, devem ser seguidos os atuais padrões clínicos para
tratamentos de emergência.
O tratamento com o VPRIV deve ser realizado com cuidado em pacientes que apresentaram sintomas de
hipersensibilidade ao ingrediente ativo ou excipientes presentes no medicamento ou a outra terapia de reposição
enzimática.
Reações relacionadas à infusão: As reações relacionadas à infusão foram as reações adversas mais comumente
observadas nos pacientes tratados com o VPRIV em estudos clínicos. Os sintomas mais comumente observados
das reações relacionadas à infusão foram: cefaleia, tontura, hipotensão arterial, hipertensão arterial, náuseas,
fadiga/astenia e pirexia. Em pacientes que nunca receberam tratamento, o início das reações ocorreu
principalmente durante os primeiros 6 meses de tratamento. Outras reações relacionadas à infusão como
desconforto no peito, dispneia e prurido foram reportadas na experiência de pós-comercialização.
O tratamento das reações relacionadas à infusão deve ser baseado na gravidade da reação, por exemplo, com a
redução da velocidade de infusão, tratamento com medicações como anti-histamínicos, antitérmicos e/ou
corticosteróides, e/ou interrupção e reinício do tratamento com maior tempo de infusão.
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O pré-tratamento com anti-histamínicos e/ou corticosteróides pode prevenir reações subsequentes nos casos em
que foi necessário o tratamento sintomático. Os pacientes não foram pré-medicados rotineiramente antes da
infusão do VPRIV durante os estudos clínicos.
Gravidez: Categoria B. Estudos de reprodução com a alfavelaglicerase foram realizados em ratas prenhes em
doses intravenosas de até 17 mg/kg/dia (102 mg/m2
/dia, aproximadamente 1,8 vezes a dose humana
recomendada de 60 U/kg/dia ou 1,5 mg/kg/dia ou 55,5 mg/m2
/dia com base na área de superfície corporal).
Estudos de reprodução foram realizados em coelhas prenhes com doses intravenosas de até 20 mg/kg/dia (240
mg/m2
/dia, aproximadamente 4,3 vezes a dose humana recomendada de 60 U/kg/dia com base na área de
superfície corporal). Estes estudos não revelaram nenhuma evidência de comprometimento da fertilidade ou
dano ao feto pela alfavelaglicerase.
Um estudo de desenvolvimento pré- e pós-natal em ratos não mostrou nenhuma evidência de qualquer efeito
adverso sobre o desenvolvimento pré- e pós-natal em doses de até 17 mg/kg (102 mg/m2
/dia, cerca de 1,8 vezes
a dose humana recomendada de 60 U/kg/dia com base na área de superfície corporal). No entanto, não foram
realizados estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas e há dados limitados do uso de VPRIV
em mulheres grávidas. Como os estudos de reprodução animal nem sempre são indicativos da resposta humana,
VPRIV deve ser utilizado durante a gravidez apenas se nitidamente necessário.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Lactantes: Não há dados de estudos realizados com lactantes. Não se sabe se VPRIV é excretado no leite
humano. Como muitas drogas são excretadas no leite humano, deve-se ter cautela quando VPRIV é administrado
a uma lactante.
Uso pediátrico: A segurança e eficácia de VPRIV foram estabelecidas em pacientes entre 4 e 17 anos de idade.
O uso de VPRIV nesta faixa etária é suportado por evidências de estudos adequados e bem controlados de
VPRIV em pacientes adultos e pediátricos [20 de 94 (21%)]. Os perfis de segurança e eficácia foram
semelhantes entre os pacientes pediátricos e adultos [veja Reações Adversas e Resultados de Eficácia]. A
segurança de VPRIV não foi estabelecida em pacientes pediátricos com menos de 4 anos de idade.
Uso geriátrico: Durante estudos clínicos, 4 pacientes com 65 anos ou mais foram tratados com VPRIV. Estudos
clínicos de VPRIV não incluíram um número suficiente de indivíduos com 65 anos de idade ou mais para
determinar se respondem de maneira diferente da de indivíduos mais jovens. Outra experiência clínica relatada
não identificou diferenças nas respostas entre pacientes idosos e mais jovens. Em geral, a seleção da dose para
um paciente idoso deve ser selecionada com cuidado, considerando as condições comórbidas.
Diabéticos: VPRIV 400 U contêm 200 mg de sacarose por frasco.
Atenção: Este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de
Não foram realizados estudos de interação medicamentosa.
VPRIV deve ser armazenado sob refrigeração entre 2 e 8ºC. Não congelar. Manter o frasco ao abrigo da luz.
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Manter o medicamento em sua embalagem secundária original até o momento do uso.
Prazo de validade:
VPRIV 400 Unidades/frasco é válido por 36 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Como VPRIV não contém conservantes, uma vez reconstituído o produto deve ser usado imediatamente. Se não
for possível o uso imediato, o produto reconstituído ou diluído pode ser armazenado por até 24 horas entre 2 e
8ºC. Não deve ser congelado. Proteger da luz. A infusão deve ser completada dentro de 24 horas após a
reconstituição dos frascos.
Após preparo, manter por no máximo 24 horas entre 2 e 8ºC.
Aparência: VPRIV é um pó liofilizado estéril de cor branca a esbranquiçada, que necessita de reconstituição e
posterior diluição antes do uso. É fornecido em frascos de vidro embalados individualmente, que são fechados
com uma rolha de borracha butílica com revestimento de fluororesina e uma capa de alumínio com uma tampa
plástica destacável. Os frascos destinam-se apenas ao uso único.
A solução reconstituída deve estar transparente a ligeiramente opalescente e incolor; não use se a solução
apresentar descoloração ou se houver material particulado estranho.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
VPRIV deve ser administrado sob a supervisão de um profissional da saúde.
A administração domiciliar sob a supervisão de um profissional de saúde poderá ser considerada somente para
pacientes que receberam pelo menos três infusões e vem tolerando-as bem.
A dose recomendada é de 60 U/kg administrada a cada duas semanas como infusão intravenosa durante 60
minutos.
Os pacientes atualmente em tratamento com imiglucerase para doença de Gaucher tipo 1 podem ser trocados
para VPRIV. Recomenda-se que os pacientes previamente tratados com uma dose estável de imiglucerase
iniciem o tratamento com VPRIV na mesma dose de quando trocaram de imiglucerase para VPRIV. Os ajustes
da dose podem ser realizados com base no alcance e manutenção dos objetivos terapêuticos de cada paciente.
Estudos clínicos avaliaram doses entre 15 U/kg e 60 U/kg a cada duas semanas.
Instruções de preparação e administração
Use técnica asséptica.
VPRIV é um pó liofilizado que requer reconstituição e diluição, destinado apenas à infusão intravenosa.
VPRIV não contém conservantes e os frascos destinam-se a uso único apenas. Descarte qualquer solução não
utilizada. VPRIV deve ser preparado da seguinte maneira:
Determine o número de frascos que serão reconstituídos com base no peso do paciente e a dose prescrita. Siga as
instruções na Tabela 2 para reconstituição.
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VPRIV (alfavelaglicerase)
Tabela 2: Instruções de reconstituição
Solução 400 U/frasco
Volume de água estéril para
injeção, USP, para
reconstituição
4,3 ml
Concentração após
100 U/ml
Volume retirado 4 ml
Após a reconstituição, misture os frascos suavemente. NÃO AGITE. Antes de utilizar a solução reconstituída,
inspecione visualmente a solução nos frascos; a solução deve estar transparente a ligeiramente opalescente e
incolor; não use se a solução apresentar descoloração ou se houver material particulado estranho. Retire o
volume calculado da droga a partir do número apropriado de frascos e dilua o volume total necessário em 100 ml
de solução de cloreto de sódio 0,9% apropriado para a administração IV. Misture suavemente. NÃO AGITE.
VPRIV deve ser administrado durante um período de 60 minutos. VPRIV não deve ser infundido com outros
produtos no mesmo sistema de infusão, pois a compatibilidade na solução com outros produtos não foi avaliada.
A solução diluída deve ser filtrada através de um filtro de 0,2m de baixa ligação a proteínas durante a
administração.
Como VPRIV não contém conservantes, uma vez reconstituído o produto deve ser usado imediatamente. Se não
for possível o uso imediato, o produto reconstituído ou diluído pode ser armazenado por até 24 horas entre 2 e
8ºC. Não deve ser congelado. Proteger da luz. A infusão deve ser completada dentro de 24 horas após a
reconstituição dos frascos.
Experiência em estudos clínicos
Os dados descritos abaixo refletem a exposição de 94 pacientes com a doença de Gaucher tipo 1 que receberam o
VPRIV nas doses entre 15 U/kg e 60 U/kg a cada duas semanas em 5 estudos clínicos. Cinquenta e quatro
pacientes eram virgens de tratamento com TRE e receberam VPRIV por 9 meses e 40 pacientes mudaram o
tratamento a partir de imiglucerase para o tratamento com o VPRIV e receberam VPRIV por 12 meses [veja
RESULTADOS DE EFICÁCIA]. Os pacientes tinham entre 4 e 71 anos na ocasião do primeiro tratamento com
VPRIV e incluíram 46 pacientes do sexo masculino e 48 pacientes do sexo feminino.
As reações adversas mais sérias em pacientes tratados com VPRIV foram reações de hipersensibilidade [veja
Precauções e Advertências].
As reações adversas mais comumente relatadas (ocorrendo em ≥10% dos pacientes) consideradas como
relacionadas ao VPRIV são mostradas na Tabela 3. As reações adversas mais comuns foram as reações
relacionadas à infusão.
Como os estudos clínicos são conduzidos sob condições amplamente variáveis, as taxas de reação adversa
observadas nos estudos clínicos de uma droga não podem ser diretamente comparadas às taxas nos estudos
clínicos de outra droga e podem não refletir as taxas observadas na prática.
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VPRIV (alfavelaglicerase)
Tabela 3: Reações adversas observadas em ≥ 10% dos pacientes com a Doença de Gaucher tipo 1 tratados
com VPRIV
Classe de sistemas e órgãos
Termo preferido
Não tratados
anteriormente com
TRE
N = 54
Mudou a partir de
imiglucerase para
VPRIV
N = 40
Número de pacientes (% )
Distúrbios do sistema nervoso
Cefaleia 19 (35,2) 12 (30)
Tontura 12 (22,2) 3 (7,5)
Distúrbios gastrointestinais
Dor abdominal 10 (18,5) 6 (15)
Náuseas 3 (5,6) 4 (10,0)
Distúrbios musculoesqueléticos e do sistema conjuntivo
Dorsalgia 9 (16,7) 7 (17,5)
Dor articular (joelho) 8 (14,8) 3 (7,5)
Infecções e infestações
Infecção do trato respiratório superior 17 (31,5) 12 (30)
Investigações
Tempo de tromboplastina parcial ativada prolongado 6 (11,1) 2 (5,0)
Distúrbios gerais e afecções do local de administração
Reação relacionada à infusão* 28 (51,9) 9 (22,5)
Pirexia 12 (22,2) 5 (12,5)
Astenia/Fadiga 7 (13,0) 5 (12,5)
*Denota qualquer evento considerado relacionado e ocorrendo dentro de até 24 horas da infusão de VPRIV
As reações adversas menos comuns que acometem mais de um paciente (>3% no grupo não tratado
anteriormente e >2% nos pacientes que mudaram o tratamento a partir de imiglucerase para o tratamento com
VPRIV) foram dor óssea, taquicardia, erupção cutânea, urticária, rubor, hipertensão arterial e hipotensão.
Pacientes Pediátricos
Todas as reações adversas a VPRIV em adultos são consideradas relevantes para pacientes pediátricos (4 a 17
anos de idade). As reações adversas mais comumente observadas em pacientes pediátricos em comparação com
pacientes adultos incluem (diferença >10%): infecção do trato respiratório superior, erupção cutânea, TTPa
prolongado, e pirexia.
Imunogenicidade
Como com todas as proteínas terapêuticas, existe um potencial para imunogenicidade. Em estudos clínicos, 1 em
54 pacientes virgens de tratamento tratados com VPRIV desenvolveu anticorpos da classe IgG contra o VPRIV.
Neste paciente, os anticorpos foram determinados como neutralizantes em um ensaio in vitro. Não foram
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relatadas reações relacionadas à infusão neste paciente. Não se sabe se a presença de anticorpos IgG contra
VPRIV está associada ao maior risco de reações à infusão. Os pacientes com resposta imune a outras terapias de
reposição enzimática que estejam mudando para VPRIV devem continuar sendo monitorados quanto a
anticorpos.
Os resultados do ensaio de imunogenicidade são altamente dependentes da sensibilidade e especificidade do
ensaio. Além disso, a incidência observada de positividade de anticorpos em um ensaio pode ser influenciada
por vários fatores, incluindo a metodologia do ensaio, o manuseio de amostra, momento da coleta da amostra,
uso concomitante de medicações e doença subjacente. Por essas razões, a comparação da incidência de
anticorpos contra o VPRIV com a incidência de anticorpos contra outros produtos pode ser errônea.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e
segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em
Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa. gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.