Bula do Xatral od produzido pelo laboratorio Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Xatral® OD
(cloridrato de alfuzosina)
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Comprimido de liberação prolongada
10 mg
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Esta bula sofreu aumento de tamanho para adequação a legislação vigente da ANVISA.
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
XATRAL® OD
cloridrato de alfuzosina
APRESENTAÇÃO
Comprimidos de liberação prolongada 10 mg: embalagem com 30.
USO ORAL. USO ADULTO.
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de liberação prolongada contém 10 mg de cloridrato de alfuzosina.
Excipientes: manitol, celulose microcristalina, hipromelose, povidona K30, dióxido de silício coloidal hidratado,
óleo de rícino hidrogenado, óxido férrico amarelo, estearato de magnésio, etilcelulose.
Este medicamento é indicado no tratamento dos sintomas funcionais da hiperplasia prostática benigna.
Também é destinado ao tratamento adjuvante do cateterismo vesical nos quadros de retenção urinária aguda,
relacionada com a hiperplasia benigna da próstata.
Para evidenciar a eficácia e segurança a longo prazo de alfuzosina, 518 pacientes portadores de hiperplasia benigna
prostática foram randomizados para receber alfuzosina (7,5-10 mg) ou placebo por 6 meses. Em 6 meses, a taxa de
fluxo urinário médio aumentou (p<0.05) e o volume residual diminuiu (p=0,017), no grupo tratado com alfuzosina.,
apesar dos dois grupos terem sido marginalmente similar em relação ao amento da taxa de fluxo de pico. (1)
Existem 2 estudos com populações semelhantes que foram desenhados para documentar a eficácia e segurança de
alfuzosina 10 mg OD. O estudo europeu (ALFORTI) comparou alfuzosina 10 mg dose única diária com alfuzosina
2.5mg três vezes ao dia e placebo; o estudo americano, multicêntrico, randomizado, placebo-controlado (ALFUS)
comparou a formulação de 10 mg dose única diária, com 15 mg e com placebo. O estudo ALFORTI demonstrou
uma alteração significativa no escore de IPSS (score doença-específico de qualidade de vida) (p=0,002) e na taxa de
pico de fluxo urinário (p<0,05)(2)
. De acordo com os dados do estudo ALFUS, em concordância com os achados do
estudo ALFORTI, houve uma melhora significativa no score IPSS (p<0,001) e na taxa de pico do fluxo urinário
(p=0,0004). De um modo geral, alfuzosina foi bem tolerada em ambos os estudos.(3)
Além dos estudos randomizados, alfuzosina foi estudada num estudo observacional envolvendo 6523 homens com
hiperplasia benigna prostática, ALF-ONE, corroborando os resultados dos estudos duplo-cegos randomizados na
população real, que demonstraram que alfuzosina 10 mg é eficaz e bem tolerado. (4)
De acordo com o estudo cego e randomizado comparando alfuzosina 10 mg a placebo em pacientes com o primeiro
episódio de retenção urinária aguda (RUA), a possibilidade do paciente permanecer sem a sonda de demora após
tentativa de retirada da mesma (TWOC – Trial without catheter), seu endpoint primário, TWOC foi de 61,9% no
grupo da alfuzosina contra 47,9% no grupo placebo, conferindo assim uma significância estatística (p= 0,012). (5)
Farmacodinâmica
O cloridrato de alfuzosina é um derivado quinazolínico ativo por via oral e que se constitui em um antagonista
seletivo dos receptores adrenérgicos alfa-1 pós-sinápticos. Estudos farmacológicos realizados in vitro confirmaram a
especificidade do cloridrato de alfuzosina pelos adrenoreceptores alfa-1 situados no trígono vesical, uretra e próstata.
Os bloqueadores alfa-1 por uma ação direta sobre o músculo liso do tecido da próstata diminuem a obstrução infra-
vesical. Estudos in vivo em animais evidenciaram que o cloridrato de alfuzosina reduz a pressão uretral e,
consequentemente, a resistência ao fluxo miccional.
Durante os estudos controlados contra placebo nos pacientes com hiperplasia benigna da próstata, a alfuzosina:
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Aumentou de maneira significativa o fluxo urinário em média de 30% entre os pacientes com capacidade < 15
ml/min. Esta melhora foi observada desde a primeira administração do medicamento.
Diminuiu de maneira significativa a pressão do detrusor e aumentou o volume, provocando a sensação de
necessidade de urinar.
Reduziu significativamente o volume urinário residual.
Estes efeitos conduziram a uma melhora dos sintomas de irritação urinária e obstrução. Não produziram efeitos
deletérios sobre as funções sexuais.
No estudo ALFAUR, o efeito da alfuzosina na retomada miccional foi avaliado entre 357 homens de idade
superiores a 50 anos, que apresentavam um primeiro episódio doloroso de retenção urinária aguda (RUA), ligada à
hiperplasia benigna da próstata (HBP) com um resíduo miccional compreendido entre 500 e 1500 ml durante a
colocação sob cateter e durante a primeira hora após esta.
Neste estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, em dois grupos paralelos, comparando 10 mg/dia de
alfuzosina LP com um placebo, a avaliação de retomada miccional foi realizada 24 horas após a retirada do cateter,
pela manhã, depois de pelo menos dois dias de tratamento com a alfuzosina. O tratamento com a alfuzosina permitiu
aumentar significativamente (p = 0,012) o índice de retomada miccional após a retirada do cateter, entre os pacientes
que passaram por um primeiro episódio de RUA ou 146 retomadas miccionais (61,9%) no grupo da alfuzosina
contra 58 (47,9%) no grupo do placebo.
Farmacocinética
Do cloridrato de alfuzosina: a taxa de ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 90%. A alfuzosina é
fortemente metabolizada pelo fígado com excreção urinária de somente 11% do composto inalterado. A maior parte
dos metabólitos (que são inativos) são excretados através das fezes (75 a 90%). O perfil farmacocinético da
alfuzosina não é modificado em caso de insuficiência cardíaca crônica.
Da formulação em liberação prolongada: a concentração plasmática máxima é alcançada aproximadamente 9 horas
após a administração. A meia-vida de eliminação aparente do cloridrato de alfuzosina é de 9,1 horas. O valor médio
da biodisponibilidade relativa é de 104,4% após a administração da dose de 10 mg, quando comparado com a
formulação de liberação imediata na posologia de 7,5 mg (2,5 mg 3 vezes ao dia) em voluntários sadios de meia
idade. Estudos têm demonstrado que a biodisponibilidade aumenta quando o medicamento é administrado após a
alimentação.
Os parâmetros farmacocinéticos da Concentração Máxima (Cmax) e da Área Sob a Curva (ASC) não são
aumentados nos pacientes idosos, quando comparados com voluntários sadios de meia-idade.
Os valores médios de Cmax e de ASC são moderadamente aumentados nos pacientes com insuficiência renal
moderada (depuração de creatinina > 30 ml/min), sem modificação da meia vida de eliminação, comparativamente
ao paciente com função renal normal.
O ajuste posológico, não é necessário para os pacientes com insuficiência renal moderada com uma depuração de
creatinina > 30 ml/min.
Interações Metabólicas: A CYP3A4 é a principal enzima hepática isofórmica envolvida no metabolismo da
alfuzosina. O cetoconazol é um inibidor potente do CYP3A4. Repetidas doses de cetoconazol 200 mg diariamente
por sete dias, resultaram num aumento da Cmax = 2,11 vezes e da ASCfinal = 2,46 vezes de alfuzosina 10 mg uma
vez ao dia (pós-prandial). Outros parâmetros, tais como: tmax e t½Z não foram modificados. No 8° dia de
administração repetida de cetoconazol 400 mg/dia houve aumento da Cmax de alfuzosina para 2,3 vezes e ASCfinal
e ASC para 3,2 e 3,0, respectivamente (vide “Interações Medicamentosas”).
Hipersensibilidade a alfuzosina ou a qualquer componente da fórmula, associação com outros bloqueadores alfa-1,
insuficiência hepática.
É necessário cautela quando do uso de XATRAL OD em pacientes que apresentaram pronunciada resposta
hipotensiva a outro bloqueador alfa-1.
Em pacientes com coronariopatia, o tratamento específico para insuficiência coronariana deve ser
continuado. Caso angina pectoris reaparecer ou agravar, o uso de XATRAL OD deve ser interrompido.
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Durante a cirurgia de catarata, observou-se Síndrome da Íris Flácida Intra-Operatória (IFIS, uma variante da
síndrome da pupila pequena) em alguns pacientes em tratamento ou previamente tratados com alguns
bloqueadores alfa-1.
Embora o risco deste evento com XATRAL OD pareça muito baixo, os cirurgiões oftalmológicos devem
ser informados anteriormente a cirurgia de catarata do uso corrente ou prévio de bloqueadores alfa-1, visto
que IFIS pode causar aumento de complicações do procedimento. Os oftalmologistas devem estar
preparados para possíveis modificações nas suas técnicas cirúrgicas.
Como com todos os bloqueadores alfa-1, em alguns pacientes, em particular pacientes recebendo
medicamentos anti-hipertensivos, a hipotensão postural com ou sem sintomas (tontura, fadiga, sudorese)
podem desenvolver-se entre as poucas horas após a administração. Em tais casos, o paciente deve deitar-se
até o completo desaparecimento dos sintomas. Estes efeitos são usualmente transitórios, ocorrem no início
do tratamento e usualmente não impedem a continuação do tratamento. Foi relatada pronunciada queda na
pressão sanguínea em acompanhamento pós-comercialização em pacientes com fatores de risco pré-
existentes (tais como doenças cardíacas subjacentes e/ou tratamentos concomitantes com medicamento anti-
hipertensivo). O risco de desenvolvimento de hipotensão e reações adversas relacionadas pode ser maior em
pacientes idosos.
O paciente deve ser informado de possível ocorrência de tais eventos.
É necessário cautela quando XATRAL OD é administrado em pacientes com hipotensão ortostática
sintomática ou em pacientes com medicamento anti-hipertensivo ou nitratos (vide “Interações
Medicamentosas”).
Utilizar com cuidado em pacientes com prolongamento do intervalo QT congênito ou adquirido ou que
estejam tomando medicamentos que prolongam o intervalo QT.
Os pacientes devem ser informados que os comprimidos devem ser engolidos inteiro. Deve ser proibido
qualquer outro modo de administração, tais como: esmagar, mastigar ou triturar a pó. Estas ações podem
levar a uma inapropriada liberação e absorção da droga e, portanto, possíveis reações adversas precoces.
Apesar de não terem sido detectados casos de oclusão intestinal com o uso de XATRAL OD, existe esta
possibilidade pela presença de óleo de rícino como excipiente do produto.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não há dados disponíveis no efeito de dirigir veículos. Reações adversas, tais como: vertigem, tontura e astenia
podem ocorrer essencialmente no início do tratamento. Isto deve ser considerado quando na condução de veículos e
operação de máquinas.
Gravidez
Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica.
Populações especiais
Crianças
A eficácia do medicamento não foi demonstrada em estudo com crianças entre 2 a 16 anos, portanto XATRAL OD
Associações contraindicadas: bloqueadores do receptor alfa 1 (vide “Contraindicações”).
Associações a serem consideradas: medicamentos anti-hipertensivos (vide “Advertências e Precauções”), nitratos e
inibidores potentes do CYP3A4, tais como: cetoconazol, itraconazol e ritonavir desde que os níveis sanguíneos de
alfuzosina estejam aumentados (vide “Características farmacodinâmicas – Farmacocinética”).
XATRAL OD deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
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Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Comprimido redondo, biconvexo de três camadas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. POSOLOGIA
O comprimido deve ser administrado com líquido, por via oral.
A posologia recomendada é de 1 comprimido de XATRAL OD ao dia, após uma refeição.
Tratamento adjuvante do cateterismo vesical nos quadros de retenção urinária aguda, relacionada com a Hiperplasia
Benigna da Próstata:
A posologia recomendada é de 1 comprimido de 10 mg por dia, a ser tomado imediatamente após a refeição da
noite, a partir do primeiro dia do cateterismo uretral.
O tratamento deve ser administrado durante 3 a 4 dias, sendo 2 a 3 dias enquanto o cateter estiver sendo utilizado e 1
dia depois da retirada deste.
Não há estudos dos efeitos de XATRAL OD administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e
para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Reação muito comum (≥1/10).
Reação comum (≥1/100 e < 1/10).
Reação incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100).
Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000).
Reação muito rara (< 1/10.000).
Frequência desconhecida (a frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Distúrbios do Sistema Nervoso
Comum: desmaio/tontura, cefaleia.
Incomum: vertigem, síncope.
Distúrbios Cardíacos
Incomum: taquicardia.
Muito Rara: angina pectoris em pacientes com doença arterial coronariana pré-existente (vide “Advertências e
Precauções”).
Frequência desconhecida: fibrilação atrial.
Distúrbios Vasculares
Incomum: hipotensão (postural), vermelhidão (vide “Advertências e Precauções”).
Distúrbios Visuais
Frequência desconhecida: Síndrome da Íris Flácida Intra-Operatória (vide “Advertências e Precauções”).
Distúrbios respiratório, torácico e mediastinal
Incomum: rinite.
Distúrbios Gastrointestinais
Comum: náusea, dor abdominal.
Incomum: diarreia.
Frequência desconhecida: vômito.
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Distúrbios Hepato-biliares
Frequência desconhecida: dano hepatocelular, doença hepato-colestática.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Incomum: rash, prurido.
Muito Rara: urticária, angioedema.
Distúrbios gerais
Comum: astenia.
Incomum: edema, dor no peito.
Distúrbios do sistema Reprodutivo e desordens na mama
Frequência desconhecida: priapismo.
Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático
Frequência desconhecida: trombocitopenia.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Em caso de superdose, o paciente deve ser hospitalizado, manter-se deitado e deve ser administrado tratamento
convencional para hipotensão.
A alfuzosina é altamente ligada às proteínas plasmáticas, portanto, a diálise não deve ser benéfica.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.