Bula do Yomax produzido pelo laboratorio Apsen Farmaceutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
YOMAX®
Apsen Farmacêutica S.A.
Comprimidos
5,4 mg
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cloridrato de ioimbina
APSEN
FORMA FARMACÊUTICA
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 5,4 mg. Caixa contendo 60 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
cloridrato de ioimbina .................................. 5,4 mg
Excipientes* qsp........................................... 1 comprimido
*Excipientes: estearato de magnésio, lactose, celulose microcristalina, dióxido de silício coloidal.
INFORMAÇÕES AO PROFISSIONAL DA SAÚDE
YOMAX® é um medicamento midriático e simpatolítico. Disfunções sexuais masculinas, de origem psicogênica, vascular ou diabética,
têm sido tratadas com sucesso com cloridrato de ioimbina O cloridrato de ioimbina têm sido usado, principalmente por urologistas, no
tratamento e/ou diagnóstico de certos tipos de disfunções da ereção masculina.
É proposto também nos casos de hipotensão ortostática, particularmente naquela induzida pelos antidepressivos tricíclicos.
Estudos clínicos mostraram que o cloridrato de ioimbina é eficaz no tratamento das disfunções sexuais masculinas, de origem
psicogênica.
Estudos clínicos sobre a eficácia do cloridrato de ioimbina no tratamento de disfunções sexuais masculinas.
Um estudo avaliando a eficácia do cloridrato de ioimbina na impotência de origem psicogênica, Reid et al. acompanharam quarenta e
oito sujeitos com diagnóstico de impotência psicogênica. O desenho do estudo foi parcialmente cruzado, duplo-cego, placebocontrolado,
com o cloridrato de ioimbina (18mg ao dia) durante dez semanas para restabelecimento da função erétil. No final do primeiro braço do
estudo, 62% dos sujeitos que faziam parte do grupo tratado com o cloridrato de ioimbina e 16 % dos sujeitos no grupo placebo relatou
alguma melhora na função sexual. Vinte e um por cento (21%) dos pacientes que fizeram parte primeiramente do grupo placebo
relataram que não tiveram melhora suficiente quando alocados para o grupo do cloridrato de ioimbina Essa baixa resposta pode ser
devido a um efeito negativo esperado, pois os pacientes que não tiveram resposta quando usaram placebo esperavam que o segundo
tratamento não fosse mais efetivo que o primeiro. No geral, 46% dos pacientes que receberam o cloridrato de ioimbina relataram uma
resposta positiva à medicação, uma taxa de resposta muito similar a aquela observada em um estudo prévio de pacientes com
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impotência orgânica (43% dos pacientes com diagnóstico de impotência orgânica relataram melhora da função erétil, num estudo piloto
com cloridrato de ioimbina). O cloridrato de ioimbina é um tratamento seguro para impotência e efetivo na terapia sexual e matrimonial
para restabelecimento satisfatório das funções sexuais. O cloridrato de ioimbina se mostrou seguro e eficaz no tratamento da disfunção
erétil psicogênica. Nenhum evento adverso grave foi relatado. (Reid K, Surridge DH, Morales A, Condra M, Harris C, Owen J,
Fenemore J. Double-blind trial of yohimbine in treatment of psychogenic impotence. Lancet 2(8556):421-423, 1987)
Riley et al. conduziram um estudo multicêntrico em indivíduos que já haviam sido tratados por disfunção erétil secundária no Reino
Unido. Incluíram 61 homens entre 18 e 70 anos que receberam 5,4 mg de cloridrato de ioimbina ou placebo, 3 vezes ao dia por 8
semanas. Após este período, os pacientes eram encaminhados de maneira cruzada ao outro braço do estudo por mais 8 semanas. A cada
4 semanas, o intervalo e a frequência das ereções eram avaliados através de questionários de auto avaliação. Após as primeiras 8
semanas de tratamento 36,7% dos pacientes tratados com cloridrato de ioimbina e 12,9% dos indivíduos do grupo placebo (p<0,05)
relataram melhora do estímulo da ereção. Dos indivíduos que pertenciam ao grupo placebo 41,9% (p<0,02) referiram melhora da
ereção quando passaram para o grupo de medicação ativa. Parâmetros como ereção matinal e ereção espontânea não foram afetados.
Não foram observados abandono do tratamento, sintomas de abstinência ou eventos adversos graves. (Emst E, Pittler MH. Yohimbine
for ercctile dysfunction: a systematic review and meta-analysis of randomized clinical trials.(Structured abstract). The Joumal o f
Urology 1998; 159(2): 433-6)
Em um estudo clínico com cloridrato de ioimbina, placebo-controlado e duplo-cego, Vogt et ai., incluíram 86 pacientes com disfunção
erétil sem diferenciação clara de causa orgânica ou psicogênica. Em 85 pacientes foi avaliada segurança/tolerabilidade
(n= 43 no grupo do cloridrato de ioimbina, n= 42 no grupo placebo) e em 83 foi avaliada eficácia (n= 41 no grupo do cloridrato de
ioimbina e n= 42 no grupo placebo). O cloridrato de ioimbina foi administrado oralmente na dosagem de 30 mg por dia (dois
comprimidos de 5 mg três vezes ao dia) por oito semanas. Os pacientes foram examinados após quatro semanas, e na visita final, após
oito semanas de tratamento. A avaliação da eficácia foi baseada nos critérios objetivos e subjetivos. Os critérios subjetivos incluíam
melhora no desejo sexual, na satisfação sexual, na frequência dos contatos sexuais, e na qualidade da ereção (rigidez peniana) durante o
contato/intercurso sexual. Os critérios objetivos dos resultados foram baseados na melhora da rigidez peniana determinada pelo uso da
polissonografia do sono. Oitenta e um pacientes (n= 41 no grupo do cloridrato de ioimbina, n= 40 no grupo placebo) completaram oitos
semanas do tratamento proposto. O cloridrato de íoimbina demonstrou maior efetividade do que o placebo com taxa de resposta: 71
versus 45%. Foram relatados 13 casos de eventos adversos no grupo tratado com cloridrato de ioimbina (30.2%) versus 4 casos no
grupo placebo (9.5%). Não houve evento adverso sério no grupo tratado com cloridrato de ioimbina. (Vogt HJ, Brandi P, Kockott G,
Schmitz JR, Wiegand MH, Schardrack J, Gierend M. Double-blind, placebo-controlled safety and efficacy trial with yohimbine
hydrochloride in the treatment of nomorganic erectile dysfunction. Int J Imp Res 9:155-161, 1997)
O cloridrato de ioimbina é um alcaloide indolalquilamínico com estrutura química similar à reserpina. É o principal alcaloide da casca
da árvore africana Corynanthe yohimbe, e é encontrado também na Rauwolfia Serpentina (L) Benth.
O cloridrato de ioimbina bloqueia os receptores alfa-2 adrenérgicos pré-sinápticos. Sua ação vasodilatadora periférica se assemelha com
a da reserpina, embora mais fraca e de menor duração. O efeito do cloridrato de ioimbina sobre o sistema nervoso autônomo periférico é
o aumento da atividade parassimpática (colinérgica) e a diminuição da atividade simpática (adrenérgica). No desempenho sexual
masculino a ereção está ligada a atividade colinérgica e ao bloqueio alfa-2 adrenérgico, os quais podem teoricamente resultar em
aumento do tônus peniano, diminuindo o esvaziamento do fluxo no pênis ou ambos, provocando a estimulação erétil sem aumentar o
desejo sexual. O cloridrato de ioimbina produz vasodilatação do corpo cavernoso pelo efeito alfa-antagonista.
O cloridrato de ioimbina exerce ação estimulante sobre o humor e pode aumentar a ansiedade. Ambas as ações não foram
adequadamente estudadas ou relacionadas com a dosagem, entretanto aparentam necessitar de altas doses da droga.
A ioimbina tem uma ação antidiurética moderada, provavelmente via estimulação dos centros hipotalâmicos e liberação do hormônio
pituitário posterior.
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O cloridrato de ioimbina não parece exercer influência significante na estimulação cardíaca e em outros efeitos mediados pelos
receptores beta-adrenérgicos. Seus efeitos sobre a pressão sanguínea são moderados.
Farmacocinética:
O cloridrato de ioimbina é rapidamente absorvido e eliminado (médias de 1/2, vida de eliminação e Tmáx < 1 hora). Absorção oral é
rápida (geralmente completa em 45 a 60 minutos) e a média da meia-vida de absorção oral é de 0.17 +/- 0.11 horas (aproximadamente
11 minutos).
A absorção do cloridrato de ioimbina parece ser afetado pela ingestão de alimentos gordurosos, aumentando a meia-vida de 0.28 ±
0.24 h para 0.70 ± 0.53 h, sem afetar a meia-vida de eliminação.
Biodisponibilidade:
A biodisponibilidade do cloridrato de ioimbina é baixa e demonstra uma grande variabilidade (7 a 87%, com a média de 33%).
Transporte e Metabolismo:
Desde que o cloridrato de ioimbina esteja estável no sangue, a liberação rápida de cloridrato de ioimbina do plasma humano sugere
metabolismo da medicação por um órgão com fluxo de sangue alto, como fígado ou rim e uma alta eficiência de extração.
Excreção:
Menos de 1% de medicação inalterada pode ser recuperada na urina em 24 horas.
YOMAX®
(cloridrato de ioimbina) é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade ao cloridrato de ioimbina ou a qualquer um
de seus componentes, e pacientes com disfunção renal ou hepática, angina pectoris, hipertensão e doenças cardíacas.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres.
Pacientes recebendo ioimbina devem estar sob supervisão de especialistas habituados ao seu uso.
Não utilizar YOMAX®
(cloridrato de ioimbina) em pacientes com distúrbios psiquiátricos ou cardiorrenais, e com história de úlcera
gastroduodenal.
Recomenda-se a monitorização periódica quanto a pressão arterial e frequência cardíaca.
A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.
Uso Pediátrico
YOMAX®
(cloridrato de ioimbina) não deve ser administrado em crianças.
Interferência em exames laboratoriais
Não há relato de interferência do cloridrato de ioimbina em exames laboratoriais.
Geriatria
Não administrar YOMAX®
(cloridrato de ioimbina) com Alfuzosina, Atenolol, Captopril, Clortalidona, Hidroclorotiazida, Losartano e
Carbamazepina.
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Com anlodipina e verapamil pode ocorrer redução da eficácia dos bloqueadores de canal de cálcio.
Com clomipramina pode ocorrer aumento do risco de hipotensão.
Com enalapril pode ocorrer redução da eficácia do inibidor da enzima conversora de angiotensina.
Com sibutramina pode ocorrer o aumento do risco de efeitos adversos cardiovasculares.
Com furosemida e espironolactona, pode ocorrer redução da eficácia do diurético.
A administração de YOMAX®
com a clonidina, metildopa e minoxidil pode causar redução da eficácia destes medicamentos.
7. CUIDADOS COM O ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
YOMAX® (cloridrato de ioimbina) deve ser mantido em temperatura ambiente (entre l5°C e 30°C) e ao abrigo da luz e da umidade.
O prazo de validade de YOMAX® é de 24 meses após a data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Yomax® é um comprimido circular, branco, biconvexo, com vinco simples em uma das faces.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Adultos: Um comprimido de YOMAX® três vezes ao dia. Se ocorrerem reações como náusea, tontura ou nervosismo, a dosagem pode
ser reduzida para ½ comprimido, três vezes ao dia.
Posteriormente, a dose deve ser aumentada gradualmente para 1 comprimido três vezes ao dia. O tratamento não deve ser superior a 10
semanas.
Sistema Nervoso Central: O cloridrato de ioimbina penetra facilmente no SNC e produz um complexo padrão de respostas com doses
menores do que aquelas requeridas para produzir bloqueio alfa-adrenérgico. Estados de ansiedade, tontura, dor de cabeça, estados
excitatórios, insônia, e sintomas maníacos. Outros eventos adversos incluindo pilo ereção, rinorréia, antidiurese, e excitação do sistema
nervoso central geral, incluindo elevação da pressão sanguínea e da freqüência cardíaca, aumentando a atividade motora, nervosismo,
irritabilidade, e tremor. Parestesia, pouca coordenação, tremulação, e estados dissociativos têm sido observados em casos severos. Suor
é comum após administração parenteral da medicação.
Efeitos Cardiovasculares: Hipertensão e Taquicardia têm sido reportadas.
Efeitos Endócrinos: A ioimbina teve uma ação antidiurética média provavelmente via estimulação dos centros hipotalâmicos e liberação
do hormônio pituitário posterior.
Efeitos Gastrintestinais: Náusea e vômitos.
Efeitos Respiratórios: Espasmo brônquico, tosse e sinusite.
Efeitos Dermatológicos: Exantema e rubor.
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Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Doses diárias de 20 a 30 mg podem aumentar a frequência cardíaca e a pressão sanguínea e produzir rinorréia e piloereção. Sintomas
mais severos, ligados a dosagens muito altas (1,8 g) podem incluir incoordenação, parestesias, tremores e estados dissociativos. A
intoxicação deve ser tratada pelo restabelecimento do equilíbrio líquido e pela administração parenteral de adrenérgicos.
Em caso de intoxicação ligue para 0800722 6001, se você precisar de mais orientações.