Bula do Acebrofilina produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
ACEBROFILINA
Biosintética Farmacêutica Ltda
Xarope
5 mg/ml e 10 mg/ml
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BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
acebrofilina
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
10 mg/ ml xarope adulto: frasco contendo 120 ml + copo-medida de 10 ml
5 mg / ml xarope pediátrico: frasco contendo 120 ml + copo-medida de 10 ml
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS DE IDADE
COMPOSIÇÃO
Cada 5 mL do xarope adulto contém:
acebrofilina ....................................................................................................................... 50 mg
Excipientes: ciclamato de sódio, glicerol, propilparabeno, sorbitol, aroma de framboesa,
metilparabeno e água purificada.
Cada 5 mL do xarope pediátrico contém:
acebrofilina ....................................................................................................................... 25 mg
Excipientes: ciclamato de sódio, glicerol, propilparabeno, sorbitol, aroma de framboesa, corante
vermelho ponceau, metilparabeno e água purificada.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Acebrofilina é indicado como broncodilatador, mucolítico e expectorante.
Tratamento sintomático e preventivo das patologias agudas e crônicas do aparelho respiratório
caracterizadas por fenômenos de hipersecreção e broncoespasmo, tais como: bronquite
obstrutiva ou asmatiforme, asma brônquica, traqueobronquite, broncopneumonias,
bronquiectasias, pneumoconioses, rinofaringites, laringotraqueítes, enfisema pulmonar.
A acebrofilina foi clinicamente testada como uma droga broncodilatadora e
mucorreguladora em mais de 5000 pacientes em muitos países europeus e latino-americanos.
Sua eficácia foi demonstrada no tratamento de bronquite obstrutiva crônica e em asma
brônquica e bronquite asmatiforme. A tolerabilidade da acebrofilina foi boa em todas as
experimentações clinicas em fase III.
Recentemente, um estudo brasileiro com cerca de 4500 crianças tratadas em condições
mórbidas agudas do sistema respiratório, teve como objetivo melhor definir o perfil da
tolerabilidade, padrão de efeitos colaterais e a relação risco benefício da acebrofilina. Um total
de 4500 indivíduos com bronquite aguda (tipo catarral, espasmódica ou asmatiforme), foram
selecionados entre pacientes pediátricos com 1 a 12 anos de idade, que necessitavam de um
tratamento apropriado broncodilatador e mucorregulador.
O tratamento com acebrofilina foi eficaz na melhora dos sintomas relacionados ao
broncoespasmo, com melhora tanto na sibilância como na dispnéia em 91.1% dos pacientes. A
sibilancia e a dispnéia desapareceram em 67% e 75% dos casos, respectivamente. Os valores
correspondentes para tosse e expectoração foram 11% e 53% respectivamente. No início, a
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condição clínica geral foi estimada como boa em 43% dos pacientes. No fim do tratamento.
88% dos pacientes restantes melhoraram clinicamente.
No organismo, a acebrofilina se dissocia em teofilina e ambroxol. O ambroxol tem sido
proposto como uma ferramenta terapêutica no tratamento de doenças pulmonares. Estudos
avaliaram a eficácia do tratamento com ambroxol na secreção de IL-12 e IL-10 de macrófagos
alveolares obtidos por lavagem alveolar. A IL tem um papel fundamental na resistência do
hospedeiro à infecções e no desenvolvimento de células do tipo TH-1. Segundo este estudo, o
tratamento com ambroxol é capaz de elevar a secreção de IL-12 induzida por lipopolisacarídeos,
sugerindo que este tratamento atue promovendo e elevando a resposta inflamatória e
imunológica mediada por células do tipo TH-1.
O tratamento com ambroxol também foi verificado em pacientes com bronquite crônica.
Pacientes tratados durante três semanas com ambroxol apresentaram melhora nos sintomas da
bronquite com diminuição da inflamação, diminuição da hiperplasia das células da camada
basal e revitalização do epitélio. Dessa forma, é preconizado que o tratamento com ambroxol é
um efetivo agente que pode ser utilizado como monoterapia no controle dos sintomas da
bronquite.
A eficácia e torelabilidade do teofilinato de ambroxol por via oral na dose de 200mg/dia foi
avaliado num estudo realizado em 48 pacientes que apresentavam hipersecreção brônquica.
Como resultado foi observado a fluidificação do muco, induzido pela medicação, com uma
melhora marcada da sintomatologia clínica e dos efeitos benéficos sobre a função respiratória
destes pacientes.
A eficácia e tolerabilidade da acebrofilina na dose de 200 mg/dia, na terapia da bronquite
crônica asmatiforme, foi avaliada em estudo multicêntrico, aberto, onde participaram 92
doentes. A sintomatologia sugestiva (tosse, dispnéia e dificuldade em expectorar), e objetiva
que levou em conta o quadro de ausculta e a quantidade e aspecto da expectoração,
apresentaram melhora estatisticamente significante a partir do primeiro mês de terapia, e isso foi
confirmado no término do estudo. Também o parâmetro de função pulmonar foram
favoravelmente influenciados durante o tratamento com um incremento médio de 20% dos
valores medidos. Sendo que nesse estudo também se observou uma grande tolerabilidade da
acebrofilina.
Aiharaa M., Dobashia K., Akiyamaa M., Narusea I., Nakazawab T., Mori M. Effects of N-
Acetylcysteine and Ambroxol on the Production of IL-12 and IL-10 in Human Alveolar
Macrophages. Respiration 2000;67:662–671.
Cogo R., Raschi S., Quattrone P. Zini P. Clinical and histologic rating of the treatment with
acefyllinate of ambroxol in patients with chronic bronchitis. Advances in therapy, vol-12; n° 1.
1995.
Goldgrub N., Soares V.R.X., Hamaoui A., Zavattini G., Poli A. Atividade terapêutica e perfil da
tolerabilidade da acebrofilina. Advances in therapy 9(2): 107-115. 1992.
Barthekenym F. Le theophyllinate Dámbroxol dans L´hypersecretion bronchique. Acta
Therapeutica 11:453-57, 1985. .
Cerveri, I. et al VAlutazione delléfficacia e della tollerabilità di acebrofilina in paziento affetti
da bronchite cronica asmatiforme. Giornale Italiano Malattie Del torace. Suppl 1: 107-10,1992.
Acebrofilina tem como princípio ativo a acebrofilina, uma entidade molecular resultante da
fusão das moléculas do ambroxol (mucorregulador, mucocinético e indutor do surfactante) com
o ácido 7-teofilinacético, por uma reação de salificação, resultando em teofilinato de ambroxol
(acebrofilina).
A ação broncodilatadora parece advir do acúmulo de nucleotídeos cíclicos, particularmente do
AMP cíclico na musculatura traqueobrônquica devido à inibição da fosfodiesterase,
determinando a elevação do AMPc e produzindo relaxamento da musculatura lisa por meio da
fosforilação dos precursores responsáveis pelo relaxamento muscular. Outros mecanismos
responsáveis poderiam ser o antagonismo competitivo da droga pelos receptores de adenosina
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além de importante ação sobre fluxo do cálcio intracelular. Ao favorecer a broncodilatação, a
acebrofilina reduz o consumo de energia por parte da musculatura diafragmática e auxilia a
atividade ciliar traqueobrônquica. A ação mucorreguladora parece decorrer do estímulo à
produção de surfactante que reduz a mucoviscosidade da secreção brônquica, impede a
aglutinação das partículas de muco e reduz a adesividade do muco patológico.
A administração de uma dose oral de acebrofilina possibilita concentrações séricas do composto
ativo durante várias horas, com meia-vida plasmática entre 3 - 5 horas.
Estudos de toxicidade aguda com dose única ou doses repetidas, bem como os estudos de
toxicidade fetal em animais mostraram que a acebrofilina não provoca alterações mesmo em
doses muito acima das doses terapêuticas. Não foi demonstrada ação mutagênica.
Acebrofilina é contraindicado nos casos de hipersensibilidade comprovada ao componente ativo
da fórmula ou a outras xantinas, como aminofilina e teofilina, assim como ao ambroxol.
Acebrofilina não deve ser utilizado em pacientes portadores de doenças hepáticas, renais ou
cardiovasculares graves, úlcera péptica ativa e história pregressa de convulsões.
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.
É aconselhável evitar o seu uso durante o primeiro trimestre de gravidez. Deve-se ter cautela ao
empregar acebrofilina em pacientes hipertensos, cardiopatas, com hipoxemia severa.
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião dentista.
Interação medicamento-medicamento
O uso concomitante de acebrofilina com carbamazepina, fenobarbital, fenitoína e os sais de lítio
pode levar a uma redução da efetividade da teofilina por aumentarem a sua metabolização
hepática (feita pelo fígado).
O uso concomitante de acebrofilina com antibióticos macrolídeos (eritromicina), algumas
quinolonas como norfloxacino e ciprofloxacino, antihistamínicos H2 (cimetidina, ranitidina,
famotidina), alopurinol, diltiazem e ipriflavona. pode retardar a eliminação da teofilina,
aumentando o risco de intoxicação pela mesma.
A intoxicação pode se desenvolver naqueles pacientes cujos níveis séricos já são altos, a menos
que a dosagem seja reduzida.
Pode ocorrer hipocalemia com o uso concomitante de acebrofilina e salbutamol ou terbutalina.
A frequência cardíaca também pode aumentar, principalmente com altas doses de teofilina.
Pode ocorrer hipocalemia com o uso concomitante e acebrofilina e salbutamol ou terbutalina. A
frequência cardíaca também pode aumentar, principalmente com altas doses de teofilina.
Alguns pacientes podem demonstrar uma diminuição significativa nos níveis no sangue de
teofilina quanto o acebrofilina é administrado concomitantemente a salbutamol ou isoprenalina
(isoproterenol).
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Os níveis séricos da teofilina podem apresentar algum aumento, embora nenhuma toxicidade
tenha sido relatada quando o acebrofilina é administrado concomitantemente a contraceptivos
orais.
A administração conjunta de acebrofilina e medicamentos alfa-adrenérgicos, como a efedrina,
pode levar a um aumento das reações adversas, principalmente relacionadas com o sistema
nervoso central e gastrointestinais.
O uso de acebrofilina e produtos a base de Hypericum perforatum pode ocasionar uma redução
na eficácia da teofilina.
O uso com betabloqueadores seletivos não é totalmente contraindicado, porém recomenda-se
cautela quando desta associação.
Interações medicamento – alimento
A alimentação pode interferir na quantidade de acebrofilina no organismo.
Dietas ricas em proteínas diminuem a duração do efeito do acebrofilina.
Dietas ricas em carboidratos aumentam a duração do efeito do acebrofilina.
O uso com Betabloqueadores seletivos não é totalmente contraindicado, porém recomenda-se
Produtos a base de Hypericum perforatum podem levar a uma redução da eficácia da teofilina.
Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade
de 24 meses a contar da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Acebrofilina de uso adulto é um xarope incolor, com odor de framboesa e livre de impurezas
visíveis.
Acebrofilina de uso pediátrico é um xarope de coloração rósea, com odor de framboesa e livre
de impurezas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Adultos:
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IDADE POSOLOGIA HORÁRIO
ADULTOS
1 copo-medida (10 ml)
Xarope Adulto
A cada 12 horas
Crianças:
CRIANÇAS DE 6 A 12
ANOS
1 copo-medida (10 ml).
Xarope Pediátrico
CRIANÇAS DE 3 A 6
½ copo-medida (5 ml).
CRIANÇAS DE 2 A 3
2 mg/kg de peso ao dia.
arope Pediátrico
Dividido em duas
administrações a cada 12 horas
Não há uma posologia especial, nem um tempo determinado de tratamento para uma patologia
específica. A duração do tratamento deve ser estabelecida a critério médico, de acordo com a
gravidade da doença.
A literatura cita as seguintes reações adversas, sem freqüência conhecidas:
Reações dermatológicas: Alergia (prurido eritematoso e erupções vesiculares) após tratamento
oral na região do nariz, lábios superiores e bochechas e dor e espasmos na região da faringe.
Casos de dermatite de contato, assaduras, urticária, exantemas, erupções cutâneas e coceira
também tem sido descritos.
Prurido pode ocorrer em até 4% dos pacientes que fazem uso de acebrofilina, 75mg por dia.
Reações gastrointestinais: Em estudos clínicos foi observado que o tratamento com
acebrofilina pode promover em alguns casos constipação, diarréia, salivação excessiva, boca
seca, náusea, e vômito.
Reações neurológicas: Fadiga é a principal reação adversa relacionada ao uso da acebrofilina.
Reações Renais: Estudos revelam que pacientes que fazem uso de acebrofilina podem
experienciar sintomas de disúria.
Reações Respiratórias: Rinorréia pode ser uma reação adversa associada ao uso de
acebrofilina.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): os
vômitos ocorreram em 2,1% dos casos, náuseas e boca seca em 1,4%.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
taquicardia em 0,9% tremores em 0,9%, agitação em 0,5% e sonolência em 0,3% dos casos,
diarréia em 0,5%,, e dor abdominal e epigástrica em 0,4%, (dor na boca do estômago) e falta de
apetite em 0,11%.
Reação rara (ocorre em 0,01% a 0,1% dos pacientes que utilizaram este medicamento):
desidratação em 0,02%, insônia em 0,05%, vertigem em 0,07%.
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Podem ocorrer casos raros de queixas digestivas que desaparecem com a suspensão da
medicação ou redução da dose do medicamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.