Bula do Aciclovir para o Profissional

Bula do Aciclovir produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Aciclovir
Biosintética Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO ACICLOVIR PARA O PROFISSIONAL

 

aciclovir

Biosintética Farmacêutica Ltda.

Creme

50 mg/g

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BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE

Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009

I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

Creme dermatológico de 50 mg/g: bisnaga com 10 g.

USO TÓPICO

USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada grama de aciclovir contém:

aciclovir..............................................................................................................................50 mg

Excipientes: cera autoemulsificante, dimeticona, simeticona, petrolato líquido, petrolato branco,

propilenoglicol e água purificada.

II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é indicado para o tratamento de infecções cutâneas pelo vírus Herpes

simplex, incluindo herpes genital e labial, inicial e recorrente.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O aciclovir reduziu significativamente a replicação viral, formação de novas lesões e a duração

dos sintomas nos casos de herpes genital recorrente (81,5% dos casos)1

.

1

FIDDIAN, AP. Et al. Topical acyclovir in the treatment of genictal herpes: a comparison with

systemic therapy. J Antimicrob Chemother, 12 (Suppl B): 67-77, 1983

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

Mecanismo de ação

O aciclovir é um agente antiviral muito ativo in vitro contra o vírus Herpes simplex (VHS),

tipos 1 e 2, e o vírus Varicella zoster (VVZ). Sua toxicidade em células infectadas de mamíferos

é baixa.

O aciclovir é fosforilado em seu composto ativo, o trifosfato de aciclovir, após penetrar nas

células infectadas pelo herpes. A primeira etapa desse processo requer a presença da timidina

quinase codificada pelo VHS. O trifosfato de aciclovir age como inibidor e substrato para a

DNA-polimerase específica do herpes, impedindo a síntese do DNA viral, sem afetar os

processos celulares normais.

aciclovir reduziu significativamente o tempo de evolução da erupção (p < 0,02) e o tempo para a

resolução da dor (p < 0,03) comparado com o creme placebo, em dois grandes estudos duplo-

cegos, randomizados, envolvendo 1.385 pacientes com herpes labial recorrente.

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Aproximadamente 60% dos pacientes começaram o tratamento nos estágios iniciais da lesão

(prodrômico ou de eritema) e 40% nos estágios tardios da doença (pápula ou vesícula).

Propriedades farmacocinéticas

Estudos farmacológicos demonstram mínima absorção do aciclovir após aplicações tópicas

contínuas de aciclovir.

4. CONTRAINDICAÇÕES

O aciclovir é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida ao aciclovir, ao

valaciclovir, ao propilenoglicol ou a qualquer componente da fórmula.

Não há contraindicação relativa à faixa etária.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

aciclovir não é uma preparação adequada para uso em mucosas (intravaginal, intrabucal e dos

olhos, por exemplo), pois pode causar irritação. Deve-se tomar cuidado para evitar a introdução

acidental nos olhos.

Em pacientes com comprometimento imune grave (pessoas com Aids ou que sofreram

transplante de medula óssea, por exemplo), deve ser administrado aciclovir oral. Esses pacientes

devem consultar seu médico para o tratamento de qualquer infecção.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

Não existem observações especiais acerca do uso de aciclovir em idosos ou crianças.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Não há dados sobre a influência de aciclovir na capacidade de dirigir e operar máquinas.

Reprodução

Não há relatos sobre o efeito do aciclovir na fertilidade feminina humana quando administrado

por via oral ou por via intravenosa. Em um estudo com 20 homens com contagem de

espermatozóides normal, aciclovir foi administrado por via oral em doses de até 1g ao dia por

um período de até seis meses. Esse estudo mostrou que o aciclovir não teve efeitos clínicos

significativos na contagem, na motilidade ou na morfologia dos espermatozoides.

Efeitos adversos largamente reversíveis na espermatogênese, em associação à toxicidade global

em ratos e cachorros, foram relatados somente em doses de aciclovir muito superiores às

empregadas terapeuticamente.

Dois estudos de geração em camundongos não revelaram nenhum efeito do aciclovir na

fertilidade quando administrado por via oral.

Mutagenicidade

Os resultados de uma ampla gama de testes de mutagenicidade in vitro e in vivo indicam que o

aciclovir não apresenta risco genético ao homem. Aciclovir não se apresentou carcinogênico em

estudos de longo prazo realizados em ratos e camundongos.

Teratogênese A administração sistêmica de aciclovir em testes padronizados, reconhecidos

internacionalmente, não produziu efeitos embriotóxicos ou teratogênicos em coelhos, ratos e

camundongos. Em um teste não padronizado em ratos, foram observadas anormalidades fetais,

mas apenas doses subcutâneas muito altas produziram toxicidade materna. O significado clínico

desses resultados é incerto.

Gravidez e lactação

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Existem relatos do uso de formulações de aciclovir durante a gravidez. Os registros não

demonstraram aumento no número de defeitos congênitos nos indivíduos expostos a aciclovir,

quando comparados à população em geral, e os defeitos que ocorreram não demostraram

padrões únicos ou consistentes que possam sugerir uma causa comum.

O uso de aciclovir na gravidez deve ser considerado apenas quando o benefício for maior que o

risco potencial para o feto.

A administração sistêmica de aciclovir em testes padronizados internacionalmente

reconhecidos, não produziu efeitos embriotóxicos ou teratogênicos em coelhos, ratos e

camundongos.

Em testes não-padronizados em ratos, observaram-se anormalidades fetais apenas após doses

subcutâneas tão altas que produziram toxicidade materna. A relevância clínica dessas

observações é incerta.

Dados limitados em humanos mostram que a droga passa para o leite materno após

administração sistêmica. Entretanto, a dosagem recebida pelo bebê através da amamentação é

considerada insignificante.

Categoria B de risco na gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não são conhecidas interações relevantes quanto ao uso de aciclovir.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de armazenamento

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.

Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Aspectos físicos /Características organolépticas

Creme branco e homogêneo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e

você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá

utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de uso

O aciclovir deve ser aplicado sobre as lesões existentes ou emergentes, preferencialmente, no

início da infecção. O paciente deve lavar as mãos antes e depois da aplicação e evitar a fricção

desnecessária da lesão ou toque com toalha, a fim de evitar o agravamento ou transferência da

infecção para outros locais.

O aciclovir contém uma base especialmente formulada e não deve ser diluído ou usado como

base para incorporação de outros medicamentos.

Posologia

Adultos e crianças

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O aciclovir deve ser aplicado cinco vezes ao dia, com intervalos de aproximadamente quatro

horas, suprimindo-se a aplicação no período noturno. aciclovir deve ser aplicado sobre as lesões

existentes ou emergentes, se possível, no início da infecção. É especialmente importante iniciar

o tratamento de episódios recorrentes durante o período prodrômico ou aos primeiros sinais de

lesão. . O tratamento também pode ser iniciado em estágios mais avançados, como por exemplo

quando já observar-se a presença de pápulas.

O tratamento deve continuar por pelo menos quatro dias para herpes labial e por cinco dias para

herpes genital.. Se não ocorrer cicatrização, o tratamento deverá ser prolongado por mais cinco

dias. Se as lesões permanecerem após 10 dias, o paciente deve consultar seu médico.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reações incomuns (≥ 1/1.000 e < 1/100): ardência e queimação transitória após a aplicação;

ressecamento leve e descamação da pele; prurido.

Reação rara (≥1/10.000 e <1/1.000): eritema, dermatite de contato após a aplicação. Verificou-

se que as substâncias da composição provocaram mais reação de sensibilidade que o próprio

aciclovir.

Reação muito rara (<1/10.000): reações de hipersensibilidade imediata, incluindo angiodema.

Em caso de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária – NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.