Bula do Aciclovir para o Profissional

Bula do Aciclovir produzido pelo laboratorio Cifarma Científica Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Aciclovir
Cifarma Científica Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO ACICLOVIR PARA O PROFISSIONAL

ACICLOVIR – DCB: 00082

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome genérico: aciclovir (DCB 00082)

APRESENTAÇÃO

Creme dermatológico – 50 mg/g – Embagem contendo bisnaga de 10 g.

USO TÓPICO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada 1 g de aciclovir contém:

aciclovir ................................................................................................................................................50 mg

Excipientes q.s.p. .......................................................................................................................................1 g

(água purificada, álcool cetoestearílico, cetete, álcool etílico, acetato de cetila, álcool de lanolina

acetilado, edetato dissódico, petrolato líquido, álcool de lanolina, metilparabeno, propilenoglicol,

propilparabeno).

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

O aciclovir é indicado para o tratamento de infecções cutâneas pelo vírus Herpes simplex, incluindo

herpes genital e labial, inicial e recorrente.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O aciclovir reduziu significativamente a replicação viral, formação de novas lesões e a duração dos

sintomas nos casos de herpes genital recorrente (81,5% dos casos)1

.

1

FIDDIAN, AP. Et al. Topical acyclovir in the treatment of genictal herpes: a comparison with systemic

therapy. J Antimicrob Chemother, 12 (Suppl B): 67-77, 1983.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

Mecanismo de ação

O aciclovir é um agente antiviral muito ativo in vitro contra o vírus Herpes simplex (VHS), tipos 1 e 2, e

o vírus Varicella zoster (VVZ). Sua toxicidade em células infectadas de mamíferos é baixa.

O aciclovir é fosforilado em seu composto ativo, o trifosfato de aciclovir, após penetrar nas células

infectadas pelo herpes. A primeira etapa desse processo requer a presença da timidina quinase codificada

pelo VHS. O trifosfato de aciclovir age como inibidor e substrato para a DNA-polimerase específica do

herpes, impedindo a síntese do DNA viral, sem afetar os processos celulares normais.

O aciclovir reduziu significativamente o tempo de evolução da erupção (p < 0,02) e o tempo para a

resolução da dor (p < 0,03) comparado com o creme placebo, em dois grandes estudos duplo-cegos,

randomizados, envolvendo 1.385 pacientes com herpes labial recorrente. Aproximadamente 60% dos

pacientes começaram o tratamento nos estágios iniciais da lesão (prodrômico ou de eritema) e 40% nos

estágios tardios da doença (pápula ou vesícula).

Propriedades farmacocinéticas

Estudos farmacológicos demonstram mínima absorção do aciclovir após aplicações tópicas contínuas de

aciclovir.

4. CONTRAINDICAÇÕES

O aciclovir é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida ao aciclovir, ao

valaciclovir, ao propilenoglicol ou a qualquer componente da fórmula.

Não há contraindicação relativa à faixa etária.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O aciclovir não é uma preparação adequada para uso em mucosas (intravaginal, intrabucal e dos olhos,

por exemplo), pois pode causar irritação. Deve-se tomar cuidado para evitar a introdução acidental nos

olhos.

Em pacientes com comprometimento imune grave (pessoas com Aids ou que sofreram transplante de

medula óssea, por exemplo), deve ser administrado aciclovir oral. Esses pacientes devem consultar seu

médico para o tratamento de qualquer infecção.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

Não existem observações especiais acerca do uso de aciclovir em idosos ou crianças.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Não há dados sobre a influência de aciclovir na capacidade de dirigir e operar máquinas.

Reprodução

Não há relatos sobre o efeito do aciclovir na fertilidade feminina humana quando administrado por via

oral ou por via intravenosa. Em um estudo com 20 homens com contagem de espermatozoides normal,

aciclovir foi administrado por via oral em doses de até 1g ao dia por um período de até seis meses. Esse

estudo mostrou que o aciclovir não teve efeitos clínicos significativos na contagem, na motilidade ou na

morfologia dos espermatozoides.

Efeitos adversos largamente reversíveis na espermatogênese, em associação à toxicidade global em ratos

e cachorros, foram relatados somente em doses de aciclovir muito superiores às empregadas

terapeuticamente.

Dois estudos de geração em camundongos não revelaram nenhum efeito do aciclovir na fertilidade

quando administrado por via oral.

Mutagenicidade

Os resultados de uma ampla gama de testes de mutagenicidade in vitro e in vivo indicam que o aciclovir

não apresenta risco genético ao homem.O aciclovir não se apresentou carcinogênico em estudos de longo

prazo realizados em ratos e camundongos.

Teratogênese

A administração sistêmica de aciclovir em testes padronizados, reconhecidos internacionalmente, não

produziu efeitos embriotóxicos ou teratogênicos em coelhos, ratos e camundongos. Em um teste não

padronizado em ratos, foram observadas anormalidades fetais, mas apenas doses subcutâneas muito altas

produziram toxicidade materna. O significado clínico desses resultados é incerto.

Gravidez e lactação

Existem relatos do uso de formulações de aciclovir durante a gravidez. Os registros não demonstraram

aumento no número de deformidades congênitas nos indivíduos expostos a aciclovir, quando comparados

à população em geral, e as deformidades que ocorreram não demostraram padrões únicos ou consistentes

que possam sugerir uma causa comum.

O uso de aciclovir na gravidez deve ser considerado apenas quando o benefício for maior que o risco

potencial para o feto.

A administração sistêmica de aciclovir em testes padronizados internacionalmente reconhecidos, não

produziu efeitos embriotóxicos ou teratogênicos em coelhos, ratos e camundongos.

Em testes não-padronizados em ratos, observaram-se anormalidades fetais apenas após doses subcutâneas

tão altas que produziram toxicidade materna. A relevância clínica dessas observações é incerta.

Dados limitados em humanos mostram que a droga passa para o leite materno após administração

sistêmica. Entretanto, a dosagem recebida pelo bebê através da amamentação é considerada

insignificante.

Categoria B de risco na gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não são conhecidas interações relevantes quanto ao uso de aciclovir.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

O aciclovir deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Conserve sempre a

bisnaga fechada após o uso. Não coloque o produto na geladeira.

O aciclovir possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

O aciclovir é um creme homogêneo de coloração branca e odor característico.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de uso

O aciclovir deve ser aplicado sobre as lesões existentes ou emergentes, preferencialmente, no início da

infecção. O paciente deve lavar as mãos antes e depois da aplicação e evitar a fricção desnecessária da

lesão ou toque com toalha, a fim de evitar o agravamento ou transferência da infecção para outros locais.

O aciclovir contém uma base especialmente formulada e não deve ser diluído ou usado como base para

incorporação de outros medicamentos.

Posologia

Adultos e crianças

O aciclovir deve ser aplicado cinco vezes ao dia, com intervalos de aproximadamente quatro horas,

suprimindo-se a aplicação no período noturno. O aciclovir deve ser aplicado sobre as lesões existentes ou

emergentes, se possível, no início da infecção. É especialmente importante iniciar o tratamento de

episódios recorrentes durante o período prodrômico ou aos primeiros sinais de lesão. O tratamento

também pode ser iniciado em estágios mais avançados, como por exemplo quando já observar-se a

presença de pápulas.

O tratamento deve continuar por pelo menos quatro dias para herpes labial e por cinco dias para herpes

genital. Se não ocorrer cicatrização, o tratamento deverá ser prolongado por mais cinco dias. Se as lesões

permanecerem após 10 dias, o paciente deve consultar seu médico.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reações incomuns (≥ 1/1.000 e < 1/100): ardência e queimação transitória após a aplicação; ressecamento

leve e descamação da pele; prurido.

Reações raras (≥1/10.000 e <1/1.000): eritema, dermatite de contato após a aplicação. Verificou-se que as

substâncias da composição provocaram mais reação de sensibilidade que o próprio aciclovir.

Reações muito raras (<1/10.000): reações de hipersensibilidade imediata, incluindo angiodema.

Em caso de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.