Bula do Actonel para o Profissional

Bula do Actonel produzido pelo laboratorio Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Actonel
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO ACTONEL PARA O PROFISSIONAL

ACTONEL®

(risedronato sódico)

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Comprimido Revestido

35 mg

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Esta bula sofreu aumento de tamanho para adequação a legislação vigente da ANVISA.

Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.

ACTONEL® 35 mg

risedronato sódico

APRESENTAÇÕES

Comprimidos revestidos 35 mg: embalagem com 2 ou 4.

USO ORAL. USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém 35 mg de risedronato sódico, equivalente a 32,5 mg de ácido risedrônico.

Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, crospovidona, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol

400, macrogol 8000, hiprolose, dióxido de silício, dióxido de titânio, óxido férrico amarelo e óxido férrico vermelho.

1. INDICAÇÕES

ACTONEL é destinado ao tratamento da osteoporose em mulheres no período pós-menopausa com aumento no risco de

fraturas.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia de Actonel 5 mg na redução do risco de fraturas vertebrais foi confirmada em estudos de fase III, VERT MN e

NA, que demonstraram redução significativa nesta incidência já a partir de 6 meses na análise combinada de ambos

estudos. A redução do risco de fratura não vertebral também observada no estudo VERT NA foi ratificado em análise de 4

estudos combinados demonstrando eficácia precoce na redução do risco de fratura não vertebral, também em 6 meses.

Redução do risco de fraturas de quadril foi demonstrada no estudo HIP, com significativa queda no risco, chegando a 60%

em grupo de alto risco (Reginster J et AL., 200) (Harris ST, et al., 1999) (McClung MR, et al.2001).

Tratamento da Osteoporose na Pós-Menopausa: há inúmeros fatores de risco que estão associados com a osteoporose no

período pós-menopausa, incluindo baixa massa óssea, baixa densidade mineral óssea, existência de fraturas prévias,

menopausa precoce, tabagismo, consumo de álcool e histórico familiar de osteoporose. A conseqüência clínica da

osteoporose é a fratura. O risco de fraturas aumenta com o número de fatores de risco.

Baseados nos resultados da média percentual de mudança na densidade mineral óssea (DMO) da coluna lombar, o

risedronato sódico 150 mg (n=650) uma vez ao mês demonstrou ser equivalente ao risedronato sódico 5 mg (n=642) diário

em um estudo de um ano, duplo-cego, multicêntrico em mulheres com osteoporose no período pós-menopausa. Ambos os

grupos tiveram um aumento estatisticamente significativo na média percentual a partir da linha de base até os meses 6, 12 e

desfecho da densidade mineral óssea na coluna lombar (Delmas PD, et al. 2008)

O programa de estudos clínicos do risedronato sódico, administrado uma vez ao dia, avaliou o efeito deste fármaco no risco

de fraturas vertebrais e de quadril compreendendo mulheres no período precoce e tardio da pós-menoupausa, com ou sem

fratura prévia. Doses diárias de 2,5 mg e 5 mg foram avaliadas e todos os grupos, incluindo os grupos controle, receberam

cálcio e vitamina D (se os níveis iniciais fossem baixos). Os riscos absoluto e relativo de novas fraturas vertebrais e de

quadril foram estimados através do uso da análise do tempo para o primeiro evento.

 Dois estudos placebo-controlados (n=3.661) incluíram mulheres no período pós-menopausa com idade inferior a 85

anos com fraturas vertebrais no momento inicial. Doses diárias de 5 mg de risedronato sódico administradas durante 3

anos reduziram o risco de novas fraturas vertebrais quando comparado ao grupo controle. A redução do risco relativo

foi de 49% e 41% em mulheres com pelo menos 2 ou 1 fraturas vertebrais, respectivamente (incidência de novas

fraturas vertebrais de 18,1% e 11,3% com risedronato e de 29,0% e 16,3% com placebo, respectivamente). O efeito do

tratamento foi observado antes do final do primeiro ano de tratamento. Os benefícios também foram demonstrados em

mulheres com fraturas múltiplas no momento inicial. A administração diária de 5 mg de risedronato sódico também

reduziu a taxa anual da perda da altura, quando comparada ao grupo controle.

 Dois estudos placebo-controlados adicionais incluíram mulheres no período pós-menopausa com idade superior a 70

anos com ou sem fraturas vertebrais no momento inicial. Foram selecionadas mulheres entre 70-79 anos de idade

apresentando densidade mineral óssea do colo do fêmur com escore T < - 3 DP (variação do fabricante, isto é, -2,5 DP

utilizando NHAMES III) e pelo menos um fator de risco adicional. Mulheres com idade igual ou superior a 80 anos

poderiam ser incluídas se apresentassem pelo menos um fator de risco não-esquelético para fratura de quadril ou baixa

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densidade mineral óssea do colo do fêmur. A significância estatística da eficácia do risedronato sódico versus placebo

só é alcançada quando os dois grupos de tratamento com 2,5 mg e 5 mg são agrupados. Os resultados a seguir são

baseados apenas na análise posterior dos sub-grupos, definida pela prática clínica e definições atuais da osteoporose:

no sub-grupo de pacientes com densidade mineral óssea com escore T  -2,5 DP e pelo menos uma fratura

vertebral no momento inicial, o risedronato sódico administrado durante 3 anos reduziu o risco de fraturas de

quadril em 46% quando comparado ao grupo controle (incidência de fraturas de quadril de 3,8% nos grupos

recebendo risedronato sódico 2,5 mg/5 mg combinados e de 7,4% no grupo tratado com placebo);

os dados sugerem que uma proteção mais limitada que esta descrita acima pode ser observada nas mais idosas (>

80 anos) devido a elevada importância dos fatores não-esqueléticos para fraturas de quadril com o aumento da

idade. Nestes estudos, os dados analisados como objetivo final secundário indicaram uma diminuição no risco

das novas fraturas vertebrais em pacientes com baixa densidade mineral óssea do colo do fêmur sem fratura

vertebral e em pacientes com baixa densidade mineral óssea do colo do fêmur com ou sem fratura vertebral

(McClung MR, et AL, 2001).

 5 mg de risedronato sódico administrado diariamente durante 3 anos aumentou a densidade mineral óssea nas

vértebras lombares, colo do fêmur, trocânter femural e punho, e manteve a densidade óssea na diáfise do rádio.

 Durante o período de acompanhamento de 1 ano após o término de 3 anos de tratamento com 5 mg de risedronato

sódico diariamente, observou-se uma rápida reversibilidade da supressão do efeito do risedronato sódico na taxa de

renovação óssea.

 Amostras de biópsia óssea de mulheres no período pós-menopausa tratadas com 5 mg de risedronato sódico

diariamente durante 2 a 3 anos, mostraram uma diminuição esperada na renovação óssea. O osso formado durante o

tratamento com risedronato sódico foi de estrutura lamelar e de mineralização óssea normais. Estes dados, juntamente

com a diminuição da incidência da osteoporose relacionada à fraturas vertebrais em mulheres com osteoporose não

demonstraram qualquer efeito prejudicial à qualidade óssea (Crandall C., 2001).

 Achados endoscópicos em pacientes com queixas gastrintestinais de intensidade moderada a severa, tanto em

pacientes recebendo tratamento com risedronato sódico quanto em pacientes controle, não demonstraram qualquer

evidência de úlceras gástricas, duodenais ou esofágicas relacionadas ao tratamento em cada grupo, embora duodenite

tenha sido incomumente observada no grupo tratado com risedronato sódico (Taggart H et al.,2002).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

O risedronato sódico é um bisfosfonato piridinil que se liga a hidroxiapatita do osso e inibe a reabsorção óssea mediada

pelos osteoclastos. A renovação óssea é reduzida, enquanto a atividade osteoblástica e a mineralização óssea são

preservadas. Em estudos pré-clínicos, o risedronato sódico demonstrou potente atividade anti-osteoclástica e anti-

reabsortiva, com aumento da massa óssea e da força esquelética biomecânica de modo dose-dependente. A atividade do

risedronato sódico foi confirmada através de mensurações de marcador ósseo durante os estudos farmacodinâmicos e

clínicos. Em estudos com mulheres no período pós-menopausa, foi observada diminuição nos marcadores bioquímicos de

renovação óssea dentro de 1 mês de tratamento alcançando a diminuição máxima em 3-6 meses. Em um estudo com

duração de 1 ano, a diminuição nos marcadores bioquímicos de renovação óssea (N telopeptídeo do colágeno-NTX e

fosfatase alcalina específica do osso) foram semelhantes com ACTONEL 150 mg, administrado uma vez ao mês, e

ACTONEL 5 mg, administrado diariamente, em 24 meses.

Tratamento da Osteoporose na Pós-Menopausa: há inúmeros fatores de risco que estão associados com a osteoporose no

período pós-menopausa, incluindo baixa massa óssea, baixa densidade mineral óssea, existência de fraturas prévias,

menopausa precoce, fumo, consumo de álcool e história familiar de osteoporose. A consequência clínica da osteoporose é a

fratura. O risco de fraturas aumenta com o número de fatores de risco.

Baseados nos resultados da média percentual de mudança na densidade mineral óssea (DMO) da coluna lombar, o

risedronato sódico 150 mg (n=650) uma vez ao mês demonstrou ser equivalente ao risedronato sódico 5 mg (n=642) diário

durante dois anos em um estudo duplo-cego, multicêntrico em mulheres com osteoporose no período pós-menopausa.

Ambos os grupos tiveram um aumento estatisticamente significante na média percentual a partir da linha de base até os

meses 6, 12, 24 e um desfecho da densidade mineral óssea na coluna lombar.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção: após dose oral, a absorção é relativamente rápida (tmáx ~ 1 hora) e é independente da dose na variação estudada

(dose única de 2,5 a 30 mg; doses múltiplas de 2,5 a 5 mg diariamente e até 150 mg administrado uma vez ao mês). A

biodisponibilidade oral média dos comprimidos é de 0,63%, e diminui quando o risedronato sódico é administrado com

alimento. A biodisponibilidade foi similar em homens e mulheres.

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Distribuição: em seres humanos, o volume médio de distribuição no estado de equilíbrio é de 6,3 L/kg. A ligação às

proteínas plasmáticas é de aproximadamente 24%.

Metabolismo: não há evidência de metabolismo sistêmico do risedronato sódico.

Eliminação: aproximadamente metade da dose absorvida é excretada na urina dentro de 24 horas, e 85% da dose

intravenosa é recuperada na urina em 28 dias. A média do clearance renal é 105 mL/min e a média do clearance total é 122

mL/min, com a diferença provavelmente atribuída ao clearance devido à adsorção óssea. O clearance renal não é

dependente da concentração e existe uma relação linear entre o clearance renal e o clearance de creatinina. O fármaco não

absorvido é eliminado de forma inalterada nas fezes. Após a administração oral, o perfil da concentração-tempo demonstra

três fases de eliminação com meia-vida terminal de 480 horas.

Populações especiais

Idosos: nenhum ajuste de dose é necessário.

Usuários de ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não esteroidais

Entre os usuários regulares de ácido acetisalicílico e anti-inflamatórios não esteroidais (3 ou mais dias por semana), a

incidência dos eventos adversos no trato gastrintestinal superior em pacientes tratados com risedronato sódico foi

semelhante à dos pacientes controle.

Dados de segurança pré-clínica: nos estudos toxicológicos realizados em ratos e cães, foram observados efeitos tóxicos

hepáticos dose-dependentes do risedronato sódico, primariamente na forma de aumento das enzimas com alterações

histológicas em ratos. A relevância clínica destas observações é desconhecida. A toxicidade testicular ocorreu em ratos e

cães considerados em exposição excessiva considerando a exposição terapêutica humana. As incidências de irritação das

vias aéreas superiores relacionadas à dose foram freqüentemente notadas em roedores. Efeitos similares foram observados

com outros bisfosfonatos. Efeitos no trato respiratório inferior também foram observados nos estudos a longo prazo

realizados em roedores, embora a significância clínica destes resultados não seja clara. Em estudos de toxicidade de

reprodução, em exposições próximas às clínicas, foram observadas alterações de ossificação no esterno e/ ou crânio de

fetos de ratas tratadas, além de hipocalcemia e mortalidade em fêmeas grávidas próximas ao parto. Não houve nenhuma

evidência de teratogenicidade com 3,2 mg/kg/dia em ratos e com 10 mg/kg/dia em coelhos, embora os dados estejam

apenas disponíveis em um pequeno número de coelhos. A toxicidade materna impediu testes com doses mais elevadas. Os

estudos atuais em genotoxicidade e carcinogênese não demonstraram quaisquer riscos particulares para os seres humanos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

ACTONEL é contraindicado para uso por:

- Pacientes com hipersensibilidade conhecida ao risedronato sódico ou a qualquer componente da fórmula;

- Pacientes com hipocalcemia (vide “Precauções e Advertências”);

- Na gravidez e lactação;

- Pacientes com insuficiência renal severa (clearance de creatinina < 30 mL/min);

- Pacientes com inabilidade de sentar ou ficar em pé por pelo menos 30 minutos devido ao aumento do risco de efeitos

adversos esofágicos.

Este medicamento é contraindicado na faixa etária pediátrica.

Categoria de risco na gravidez: categoria C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem

orientação médica.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência renal severa.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Alimentos, bebidas (exceto água) e medicamentos contendo cátions polivalentes (tais como: cálcio, magnésio, ferro e

alumínio), podem interferir na absorção dos bisfosfonatos e não devem ser administrados concomitantemente ao

risedronato sódico de ACTONEL. Para alcançar a eficácia planejada, é necessária uma rigorosa adesão às recomendações

de uso. (ver item Posologia e Modo de usar). Para garantir os benefícios de ACTONEL, os pacientes devem tomar o

comprimido pelo menos 30 minutos antes da primeira refeição ou bebida (exceto água) do dia, ou em caso de outros

períodos do dia, o paciente deve ingerir o comprimido duas horas antes de qualquer alimento ou bebida (exceto água). Não

deve-se comer ou beber duas horas antes ou após o uso do medicamento.

A eficácia dos bisfosfonatos no tratamento da osteoporose está relacionada com a presença da baixa densidade mineral

óssea e/ou fratura predominante.

Fatores de risco clínico para fratura ou idade avançada isoladamente não são motivos para se iniciar o tratamento da

osteoporose com um bisfosfonato.

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Em mulheres muito idosas (> 80 anos), a evidência de manutenção da eficácia de bisfosfonatos, incluindo risedronato

sódico, é limitada (vide “Propriedades Farmacodinâmicas”).

Uma vez que alguns bisfosfonatos estão relacionados com esofagites, gastrites, ulcerações esofágicas e gastroduodenais. Os

pacientes devem estar atentos às instruções de dosagem e avisar seu médico sobre qualquer sinal ou sintoma de possível

reação no esôfago, ou seja:

- Pacientes que apresentam antecedentes de alteração no esôfago que retardam o trânsito ou o esvaziamento do esôfago (ex.

estenose ou acalasia);

- Pacientes com problemas de esôfago, em atividade ou tratados recentemente, ou mesmo outros problemas gastrintestinais

superiores;

- Pacientes que são incapazes de permanecer em posição ereta (sentados ou em pé) por pelo menos 30 minutos após a

ingestão do comprimido.

Os prescritores de ACTONEL devem enfatizar aos pacientes a importância da atenção às instruções para administração e

alertar para qualquer sinal ou sintoma de possível reação no esôfago. Os pacientes devem ser orientados a procurar

atendimento médico caso venham a apresentar sintomatologia de irritação esofágica como disfagia, odinofagia, dor

retroesternal ou aparecimento/piora de azia, especialmente se você tem histórico de doenças do trato gastrintestinal superior

ou que estejam usando aspirina ou outros anti-inflamatórios não hormonais.

Há muito pouca experiência com risedronato em pacientes com doença inflamatória intestinal

Na experiência pós comercialização, existem relatos de dor musculoesquelética severa em pacientes que utilizam

medicamentos bisfosfonados. O tempo para o aparecimento desses sintomas variou de um dia a vários meses após o início

do tratamento. Caso se observe o aparecimento de sintomas graves, a descontinuação do tratamento deve ser considerada.

O consumo de álcool e cigarro pode piorar seu problema ósseo, portanto evite seu consumo excessivo.

A hipocalcemia e outros distúrbios ósseos e do metabolismo mineral, como deficiência de vitamina D e anormalidades da

paratireoide, devem ser tratados antes do início do tratamento com ACTONEL. A ingestão adequada de cálcio e vitamina D

é importante para todos pacientes, especialmente naqueles com Doença de Paget (doença que causa o enfraquecimento e

deformação dos ossos), nos quais a remodelação (renovação) óssea é significativamente elevada.

Os pacientes devem receber suplementação de cálcio e vitamina D caso a ingestão na dieta seja inadequada.

A osteonecrose de mandíbula, geralmente associada com extração dentária e/ou infecção local (incluindo osteomielite) foi

relatada em pacientes com câncer em regimes de tratamento incluindo, principalmente, administração intravenosa de

bisfosfonatos. Muitos destes pacientes também estavam recebendo quimioterapia e corticosteróides. Osteonecrose de

mandíbula também foi relatada em pacientes com osteoporose recebendo bisfosfonatos orais.

Um exame dentário com foco preventivo apropriado deve ser considerado antes do tratamento com bisfosfonatos em

pacientes com fatores de risco concomitantes (por exemplo, câncer, quimioterapia, radioterapia, corticosteroides, higiene

oral inadequada).

Durante o tratamento, estes pacientes devem, se possível, evitar procedimentos dentários invasivos. Para pacientes que

desenvolvam osteonecrose de mandíbula durante a terapia com bisfosfonatos, uma cirurgia dentária pode exacerbar a

condição. Para pacientes que requeiram procedimentos dentários, não existem dados disponíveis que sugiram se a

descontinuação do tratamento com bisfosfonatos reduz o risco de osteonecrose de mandíbula.

O julgamento clínico do médico deve guiar o plano de administração de cada paciente baseado na avaliação de

risco/benefício individual.

Fraturas atípicas do fêmur

Um pequeno número de pacientes em terapia em longo prazo com bisfosfonatos (geralmente mais de 3 anos),

principalmente com o uso de alendronato (medicamento para o tratamento da osteoporose), desenvolveram fraturas atípicas

no fêmur (fraturas transversais no meio do fêmur), algumas das quais ocorreram na ausência de trauma aparente. Alguns

destes pacientes experimentaram, previamente, dor na área afetada, frequentemente associado com alterações locais na

radiografia de fêmur. Aproximadamente um terço destas fraturas foram bilaterais; portanto, o fêmur contralateral deverá ser

examinado em pacientes que tenham sofrido uma fratura femoral por estresse. O número de casos reportados desta

condição é muito baixo (cerca de 40 casos reportados em todo o mundo com alendronato desde 2009).

Não se sabe a que ponto outros agentes da classe de aminobisfosfonatos, incluindo ACTONEL pode ser associado a este

evento adverso. Tratamento prévio com alendronato deverá ser motivo de vigilância adicional.

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Pacientes com suspeita de fraturas por estresse devem ser avaliados, incluindo a avaliação de causas conhecidas e fatores

de risco (como por exemplo, deficiência de vitamina D, má-absorção, uso de glicocorticoide, fratura por estresse prévia,

artrite ou fratura dos membros inferiores, exercício físico intenso ou aumento da atividade física, diabetes mellitus, abuso

crônico de álcool), e devem receber cuidado ortopédico apropriado.

A descontinuação da terapia com bisfosfonato em pacientes com fraturas por estresse depende da avaliação do paciente,

baseado no risco/benefício individual. Causalidade não deverá ser excluída quando considerar o uso de bisfosfonatos e

fraturas por estresse.

Gravidez e lactação

O risedronato não foi estudado em mulheres grávidas, por isso, deve ser usado durante a gravidez somente se o potencial

benefício justificar o potencial risco tanto para a mãe quanto para o feto. Se a administração de risedronato for feita durante

a gravidez, os níveis séricos de cálcio devem ser monitorados e uma suplementação de cálcio fornecida no final da

gestação. Estudos em animais sugerem que a hipocalcemia materna peri-parto e efeitos na ossificação fetal podem ocorrer.

Estudos em animais têm mostrado que o risedronato sódico atravessa a placenta de ratas num grau mínimo. A droga não

tem atividade teratogênica em ratos ou coelhos em doses orais superiores a 80 e 10 mg/kg/dia, respectivamente. Contudo, a

supressão do crescimento fetal e o retardo da ossificação foram observados nas doses mais altas em ratos. Quando

administrados em ratos durante o final da gestação, morte materna e insuficiência no parto foram observadas com doses

orais maiores que 2 mg/kg/dia. Estes efeitos, provavelmente, são secundários à hipocalcemia materna. Exposição sistêmica

(AUC 0-24 h) sem nível de efeito em ratos foi similar àquela em pacientes com doença de Paget, e aproximadamente 6

vezes maior que a apresentada em pacientes com osteoporose induzida por corticosteroide. Exposição sistêmica em coelhos

não foi medida.

O risedronato foi detectado em filhotes expostos a ratas lactantes por um período de 24 horas após a administração,

indicando um pequeno grau de transferência láctea. Não é conhecido se o risedronato é excretado no leite humano. Devido

ao potencial de reações adversas sérias causadas por bisfofonatos em lactentes, a decisão de parar com a amamentação ou

descontinuar o uso do medicamento deverá ser tomada levando em consideração a importância do medicamento para a

mãe.

Como com outros bisfosfonatos em modelos pré-clínicos, fetos de mães tratadas com risedronato mostraram mudanças na

ossificação do esterno e/ou crânio em doses tão baixas quanto 3,2 mg/kg/dia. Isto é equivalente à dosagem humana de 30

mg e 6 vezes a dosagem humana de 5 mg baseada na área de superfície, mg/m2

. O tratamento com risedronato durante a

concepção e gestação em doses de 3,2 mg/kg/dia resultou em hipocalcemia peri-parto e mortalidade de ratos recém-

nascidos.

Populações especiais

Crianças e adolescentes

A segurança e eficácia de risedronato sódico ainda não foram estabelecidas em crianças e adolescentes.

Restrições a grupos de risco

Insuficiência renal: nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes com insuficiência renal leve a moderada. O uso do

risedronato é contraindicado em pacientes com insuficiência renal severa.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interação Medicamento-Medicamento

O risedronato sódico não é metabolizado sistemicamente, não interfere com as enzimas do citocromo P450 e apresenta

baixa ligação proteica.

Os pacientes em estudos clínicos foram expostos a uma ampla variedade de medicações utilizadas concomitantemente

(incluindo AINES, bloqueadores H2, inibidores da bomba de prótons, antiácidos, bloqueadores dos canais de cálcio,

betabloqueadores, tiazidas, glicocorticóides, anticoagulantes, anticonvulsivantes, glicosídeos cardíacos) sem evidência de

interações clinicamente relevantes.

Se considerado apropriado, o risedronato sódico pode ser utilizado concomitantemente com terapia de reposição hormonal.

A ingestão concomitante de medicamentos contendo cátions polivalentes (ex. cálcio, magnésio, ferro e alumínio) irá

interferir na absorção do risedronato sódico. Esses medicamentos devem ser ingeridos em horários diferentes, assim como

os alimentos.

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O uso concomitante com antiácidos pode reduzir a absorção do risedronato sódico. Portanto, esses medicamentos devem

ser administrados em diferentes períodos.

Interação Medicamento-Alimento

Alimentos e líquidos (exceto água) podem interferir na absorção do risedronato. Portanto, ACTONEL deve ser

administrado conforme descrito no item “Posologia e Modo de Usar”.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

ACTONEL 150 mg deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Comprimidos revestidos ovais de coloração azul clara.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar

Para assegurar a adequada absorção de ACTONEL, os pacientes devem administrá-lo:

- Antes do café da manhã: no mínimo 30 minutos antes da primeira refeição, outra medicação ou bebida (exceto água) do

dia.

A água é a única bebida que deve ser tomada com ACTONEL. Deve-se lembrar que algumas águas minerais possuem alta

concentração de cálcio e outros minerais, portanto, não devem ser utilizadas (vide “Propriedades Farmacocinéticas”).

O paciente deve ficar em posição vertical e ingerir o comprimido com quantidade suficiente de água (pelo menos 120 mL),

para facilitar o transporte até o estômago. O comprimido deve ser ingerido inteiro, sem ser mastigado ou chupado. O

paciente não deve deitar por 30 minutos após a ingestão de ACTONEL.

Caso o paciente opte por tomar o medicamento em outro horário, a tomada deve ser feita no mínimo 2 horas antes ou após

a ingestão de qualquer alimento ou líquido, exceto água não mineral.

Posologia

Uso adulto: a dose recomendada é de 1 comprimido de ACTONEL, por via oral, uma vez ao mês. O comprimido deve ser

tomado no mesmo dia de cada mês.

Posologia em populações especiais

. Pacientes Idosos: nenhum ajuste de dose é necessário, uma vez que a biodisponibilidade, distribuição e eliminação são

semelhantes em idosos (> 60 anos de idade) comparado com indivíduos mais jovens. Isto também foi demonstrado em

pacientes mais idosos, acima de 75 anos e na população na pós-menopausa.

. Pacientes com insuficiência renal: nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes com insuficiência renal leve a

moderada (clearance de creatinina 30 a 60 mL/minuto). O uso do risedronato sódico é contraindicado em pacientes com

insuficiência renal severa (clearance de creatinina menor que 30 mL/min.).

Risco de uso por via de administração não recomendada

Não há estudos dos efeitos de ACTONEL administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir

a eficácia deste medicamento, a administração deve ser exclusivamente por via oral, conforme recomendado pelo médico.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Conduta necessária caso haja esquecimento de administração

Os pacientes que esquecerem a dose de ACTONEL devem ser instruídos a proceder da seguinte forma:

▪ Se a dose do próximo mês estiver programada para um período maior que 7 dias, o comprimido deve ser tomado na

manhã após o paciente ter relembrado. Os pacientes devem então retornar a administração de ACTONEL no dia em que o

comprimido é normalmente tomado.

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▪ Se a dose do próximo mês estiver programada para 7 dias ou menos, os pacientes devem aguardar até o dia originalmente

planejado para a próxima dose e então continuar tomando ACTONEL no dia previamente definido.

Não devem ser tomados dois comprimidos na mesma semana.

9. REAÇÕES ADVERSAS

O risedronato sódico foi avaliado em estudos clínicos fase III envolvendo mais de 15.000 pacientes. A maioria das reações

adversas observadas nos estudos clínicos foram de gravidade leve a moderada e geralmente não requereram a interrupção

do tratamento.

As experiências adversas relatadas em estudos clínicos fase III em mulheres com osteoporose no período pós-menopausa

tratadas por até 36 meses com 5 mg/dia de risedronato sódico (n=5020) ou placebo (n=5048) e consideradas possível ou

provavelmente relacionadas ao risedronato sódico estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção (incidências

versus placebo estão demonstradas em parênteses): muito comum (>1/10); comum (>1/100; <1/10); incomum (>1/1000;

<1/100); raro (>1/10000; <1/1000); muito raro (<1/10000).

Distúrbios do sistema nervoso:

Comum: cefaleia.

Distúrbios oculares:

Incomum: irite

Distúrbios gastrintestinais:

Comuns: constipação, dispepsia, náusea, dor abdominal, diarreia.

Incomuns: gastrite, esofagite, disfagia, duodenite, úlcera esofágica.

Raros: glossite, estenose esofágica.

Distúrbios musculoesqueléticos e de tecidos conectivos:

Comum: dor musculoesquelética, artralgia e mialgia.

Investigações (hepatobiliares):

Raro: testes de função hepática anormais*

* Não houve incidência relevante nos estudos fase III para osteoporose; frequência baseada em eventos adversos/

laboratoriais / reintrodução em estudos clínicos precoces.

A segurança geral e os perfis de tolerabilidade foram semelhantes em um estudo multicêntrico e duplo-cego com duração

de 1 ano, comparando risedronato sódico 5 mg administrado diariamente (n=642) e risedronato sódico 150 mg mensal

(n=650), em mulheres com osteoporose no período pós-menopausa. As seguintes reações adversas adicionais consideradas

possível ou provavelmente relacionadas ao fármaco relatadas pelos investigadores e em uma freqüência de no mínimo 1%

foram (incidência maior no grupo recebendo risedronato sódico 150 mg do que no grupo recebendo risedronato sódico 5

mg): vômitos (1,5% versus 0,6%), artralgia (1,5% versus 0,9%) e mialgia (1,1% versus 0,3%).

Distúrbios gerais:

Comum: reações de fase aguda (febre e/ou sintomas semelhante a gripe)

Relatos laboratoriais: foram observados em alguns pacientes leves diminuições nos níveis de cálcio e fosfato, as quais

foram precoces, transitórias e assintomáticas.

As seguintes reações adversas adicionais foram relatadas durante o uso pós-comercialização (frequência desconhecida):

Irite, uveíte

Osteonecrose de mandíbula

Distúrbios cutâneos e do tecido subcutâneo:

Hipersensibilidade e reações cutâneas, incluindo angioedema, rash generalizado, urticária e reações bolhosas de pele,

algumas severas incluindo relatos isolados de Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidermal tóxica.

Distúrbios do sistema imune:

Reações anafiláticas.

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Atenção: este produto é um medicamento que possui nova concentração no país e, embora as pesquisas tenham

indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos

adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em

Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Nenhuma informação específica está disponível sobre o tratamento de superdosagem aguda com risedronato sódico.

Pode ocorrer diminuição no cálcio sérico em alguns pacientes após superdosagem substancial. Sinais e sintomas de

hipocalcemia também podem surgir nesses pacientes.

A administração de leite ou antiácidos contendo magnésio, cálcio ou alumínio podem ajudar a reduzir a absorção de

risedronato sódico. A lavagem gástrica pode ser considerada para remover o risedronato sódico não absorvido.

Procedimentos padrão que são efetivos para o tratamento da hipocalcemia, incluindo a administração de cálcio intravenoso,

podem restabelecer as quantidades de cálcio ionizado e aliviar os sinais e sintomas da hipocalcemia.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.