Bula do Albel produzido pelo laboratorio Geolab Indústria Farmacêutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
V.02_01/2014
ALBEL
Geolab Indústria Farmacêutica S/A
Comprimido Mastigável
400mg
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MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
Albel
albendazol
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido mastigável de 400mg: Embalagem contendo 1 comprimido
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido mastigável contém:
albendazol...........................................................................................................................................................................400mg
Excipientes: laurilsulfato de sódio, celulose microscristalina, povidona, sacarina sódica, croscarmelose sódica, lactose,
propilenoglicol, amido pré-gelatinizado, polissorbato 80, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, dióxido de silício,
corante amarelo crepúsculo FD&C nº 6, essência de baunilha, essência de laranja, essência de maracujá e água purificada.
Albel é um carbamato benzimidazólico com atividade anti-helmíntica e antiprotozoária indicado para o tratamento contra os
seguintes parasitas intestinais e dos tecidos: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Necator americanus,
Ancylostoma duodenale, Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis, Taenia spp. e Hymenolepis nana (somente nos casos
de parasitismo a eles associado). São indicações ainda a opistorquíase (Opisthorchis viverrini) e a larva migrans cutânea,
bem como a giardíase (Giardia lamblia, G. duodenalis, G. intestinalis) em crianças.
Albel em dose única diária demonstrou eficácia de 100% no tratamento de ascaridíase e enterobíase, 92% no de
ancilostomíase, 90% no de tricuríase e 97% no de giardíase em crianças. No tratamento contra Necator americanus a
erradicação foi de 75%. A dose única diária, utilizada por três dias consecutivos, teve eficácia de 86% na teníase e de 62%
na estrongiloidíase.
1) JAGOTA, SC. et al. Albendazole, a broad-spectrum anthelmintic, in the treatment of intestinal nematode and cestode
infection: a multicenter study in 480 patients. Clin Ther, 8(2): 226-23, 1986.
2) HORTON, J. Albendazole: a broad spectrum anthelminthic for treatment of individuals and populations. Curr Opin Infect
Dis, 15(6): 599-608, 2002.
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3) DUTTA, AK. et al. A randomised multicentre study to compare the safety and efficacy of albendazole and metronidazole
in the treatment of giardiasis in children. Indian J Pediatr, 61(6): 689-693, 1994..
Propriedades farmacodinâmicas
Albel contém como princípio ativo o albendazol, quimicamente [metil-5-(propil-tio)-1H-benzimidazol-2-il] carbamato, que
em estudos em animais e no homem exibe propriedades ovicida, larvicida e helminticida.
Mecanismo de ação
A droga exerce sua atividade anti-helmíntica por inibição da polimerização dos túbulos; com isso, o nível de energia do
helminto se torna inadequado à sua sobrevivência. Albel inicialmente imobiliza os helmintos e posteriormente os mata.
Propriedades farmacocinéticas
No homem, após uma dose oral, o albendazol tem uma pequena absorção (menos de 5%). A maior parte de sua ação anti-
helmíntica se dá na luz intestinal. Com uma dose de albendazol de 6,6mg/kg de peso, a concentração plasmática de seu
principal metabólito, um sulfóxido, atinge o máximo de 0,25 a 0,30 g/mL após aproximadamente 2,5 horas. A vida média
de eliminação do sulfóxido plasmático é de 8,5 horas. O metabólito é essencialmente eliminado pela urina
Paciente idosos
Apesar de não ter sido estudada a farmacocinética do sulfóxido de albendazol em relação à idade, dados obtidos de 26
pacientes com cisto hidático (pacientes de até 79 anos) sugerem uma farmacocinética similar à de indivíduos adultos
saudáveis. O número de pacientes idosos tratados de doença hidática ou neurocisticercose é limitado, mas não se
observaram problemas associados a populações mais idosas.
Insuficiência renal/insuficiência hepática
A farmacocinética do albendazol em pacientes com insuficiência renal e/ou hepática não foi estudada.
Albel não deve ser administrado durante a gravidez nem a mulheres que planejam engravidar. Albel é contraindicado para
pacientes com conhecida hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Categoria C de risco na gravidez
Deve-se assegurar, antes de utilizar o produto, que não há possibilidade de gravidez para mulheres em idade fértil.
Recomenda-se a administração de Albel na primeira semana da menstruação ou após o resultado negativo de um teste de
gravidez.
O tratamento com Albel pode revelar casos de neurocisticercose preexistente, principalmente em áreas com alta incidência
de teníase. Os pacientes podem apresentar sintomas neurológicos, como convulsões, aumento da pressão intracraniana e
sinais focais resultantes de uma reação inflamatória causada por morte do parasita no interior da massa encefálica. Os
sintomas podem ocorrer logo após o tratamento; a terapia com esteroides e anticonvulsivantes deve ser iniciada
imediatamente.
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A suspensão oral de Albel contém ácido benzoico, que é moderadamente irritante para a pele, os olhos e as mucosas. O
albendazol pode aumentar o risco de desenvolvimento de icterícia em recém-nascidos.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas
Não se observou interferência do produto sobre a capacidade de dirigir veículos ou de operar máquinas.
Gravidez e lactação
O albendazol não deve ser administrado durante a gravidez nem a mulheres que podem estar grávidas ou pensam em
engravidar (ver o item Contraindicações).
Não se sabe se o albendazol ou seus metabólitos são excretados no leite materno. Dessa forma, Albel não deve ser usado
Houve relatos de aumento dos níveis plasmáticos do metabólito ativo do albendazol com o uso de cimetidina, praziquantel e
dexametasona. O ritonavir, a fenitoína, a carbamazepina e o fenobarbital podem reduzir as concentrações plasmáticas do
metabólito ativo do albendazol; albendazol sulfóxido. A relevância clínica é desconhecida, mas pode resultar em diminuição
da eficácia, especialmente no tratamento de infecções por helmintos. Para eficácia do tratamento, os pacientes devem ser
monitorados e pode-se exigir regimes de doses alternativas ou terapias alternativas.
Albel deve ser mantido em temperatura ambiente (15°C a 30°C), protegido da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Albel apresenta-se na forma de suspensão branca, homogênea e com odor característico de abacaxi.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Modo de usar
A suspensão deve ser bem agitada antes do uso.
Nenhum procedimento especial, como jejum ou uso de agente purgante, é necessário.
Com o objetivo de obter cura completa no caso de infestação por Enterobius vermicularis, deve-se prescrever medidas de
higiene tanto para os pacientes quanto para os indivíduos que utilizam a moradia dos pacientes.
Posologia
Indicações Idade Dose Período
Ascaris lumbricoides
Necator americanus
Trichuris trichiura
Adultos e crianças acima de 2
anos de idade
10mL da suspensão a 4% Dose única
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Em casos comprovados de contaminação por Hymenolepis nana, recomenda-se um ciclo de tratamento em 10 a 21 dias.
Se o paciente não apresentar melhora após três semanas, um segundo ciclo de tratamento pode ser necessário.
Pacientes idosos
A experiência com pacientes de 65 anos ou mais é limita. Os dados indicam que nenhum ajuste de dosagem é necessário,
entretanto o albendazol deve ser usado com precaução em pacientes idosos com evidência de insuficiência hepática (ver, em
Características Farmacológicas, os itens Propriedades Farmacocinéticas e Insuficiência hepática).
Insuficiência renal
Como a eliminação renal do albendazol e de seu metabólito primário, o sulfóxido de albendazol, se mostra insignificante, é
improvável que o clearance desses componentes seja alterado nesses pacientes.
Nenhum ajuste de dose é necessário, entretanto os pacientes com evidência de insuficiência renal devem ser monitorados
cuidadosamente.
Insuficiência hepática
Como o albendazol é rapidamente metabolizado pelo fígado em seu metabólito primário farmacologicamente ativo – o
sulfóxido de albendazol –, espera-se que, nos casos de insuficiência hepática, haja efeito significativo na farmacocinética do
sulfóxido de albendazol. Pacientes que apresentam resultados anormais dos testes de função hepática (transaminases) devem
ser cuidadosamente monitorados antes de iniciar terapia com albendazol.
Crianças
Devem ser observadas as mesmas precauções aplicadas aos adultos.
Dados de diversos estudos clínicos foram usados para determinar a frequência das reações adversas muito comuns às raras.
Todas as outras reações adversas (ou seja, as que ocorreram na proporção de <1/1.000) tiveram sua frequência determinada
com o uso de dados pós-comercialização e mais relacionada com o número de relatos do que com a frequência real.
Têm-se utilizado os seguintes parâmetros para classificação das reações adversas:
Muito comuns ≥1/10
Comuns ≥1/100 e <1/10
Incomuns ≥1/1.000 e <1/100
Raras ≥1/10.000 e <1/1.000
Muito raras <1/10.000
Enterobius vermicularis
Ancylostoma duodenale
Adultos e crianças acima de 2
anos de idade
10mL da suspensão a 4% Dose única
Strongyloides stercoralis
Taenia spp
Hymenolepis nana
10mL da suspensão a 4% 1 dose por dia
durante 3 dias
Giardíase (Giardia lamblia,
G. duodenalis, G. intestinalis)
Crianças de 2 a 12 anos de
idade
durante 5 dias
Larva migrans cutânea Adultos e crianças acima de 2
durante 1 a 3 dias
Opistorquíase (Opisthorchis
viverrini)
10mL da suspensão a 4% 2 doses por dia
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Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100): sintomas relacionados ao trato gastrintestinal superior (como dor epigástrica ou
abdominal, náusea e vômito), diarreia, cefaleia e vertigens.
Reações raras (≥1/10.000 e 1/1.000): reações de hipersensibilidade, que incluem rash, prurido e urticária; elevações das
enzimas hepáticas.
Reações muito raras (<1/10.000): eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson.
Em caso de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível
em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.