Bula do Albendazol produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
albendazol
Comprimido mastigável 400mg
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÃO
Embalagens contendo 1, 5 e 50 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 ANO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 400mg contém:
albendazol......................................................................................................................400mg
Excipiente q.s.p...................................................................................................1 comprimido
Excipientes: álcool etílico, dióxido de silício, celulose microcristalina, crospovidona,
estearato de magnésio, laurilsulfato de sódio, manitol, povidona, aroma de banana e óleo de
rícino polietoxilado hidrogenado.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O albendazol é um carbamato benzimidazólico com atividade anti-helmíntica e
antiprotozoária indicado para o tratamento contra os seguintes parasitas intestinais e dos
tecidos: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Necator americanus, Ancylostoma
duodenale, Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis, Taenia spp. e Hymenolepis nana
(somente nos casos de parasitismo a eles associado). São indicações ainda a opistorquíase
(Opisthorchis viverrini) e a larva migrans cutânea, bem como a giardíase (Giardia lamblia,
G. duodenalis, G. intestinalis) em crianças.
O albendazol em dose única diária demonstrou eficácia de 100% no tratamento de
ascaridíase e enterobíase, 92% no de ancilostomíase, 90% no de tricuríase e 97% no de
giardíase em crianças. No tratamento contra Necator americanus a erradicação foi de 75%.
A dose única diária utilizada por três dias consecutivos teve eficácia de 86% no tratamento
da teníase e de 62% na estrongiloidíase.
1) JAGOTA, SC. et al. Albendazole, a broad-spectrum anthelmintic, in the treatment of
intestinal nematode and cestode infection: a multicenter study in 480 patients. Clin Ther,
8(2): 226-23, 1986.
2) HORTON, J. Albendazole: a broad spectrum anthelminthic for treatment of individuals
and populations. Curr Opin Infect Dis, 15(6): 599-608, 2002.
3) DUTTA, AK. et al. A randomised multicentre study to compare the safety and efficacy
of albendazole and metronidazole in the treatment of giardiasis in children. Indian J Pediatr,
61(6): 689-693, 1994.
Propriedades farmacodinâmicas
Este medicamento contém como princípio ativo o albendazol, quimicamente [metil-5-
(propil-tio)-1H-benzimidazol-2-il] carbamato, que em estudos em animais e no homem
exibe propriedade ovicida, larvicida e helminticida.
Mecanismo de ação
A droga exerce sua atividade anti-helmíntica por inibição da polimerização dos túbulos;
com isso, o nível de energia do helminto se torna inadequado à sua sobrevivência. O
albendazol inicialmente imobiliza os helmintos e posteriormente os mata.
Propriedades farmacocinéticas
No homem, após uma dose oral, o albendazol tem pequena absorção (menos de 5%). A
maior parte de sua ação anti-helmíntica se dá na luz intestinal. Com uma dose de
albendazol de 6,6 mg/kg de peso, a concentração plasmática de seu principal metabólito,
um sulfóxido, atinge o máximo de 0,25 a 0,30 µg/mL após aproximadamente 2,5 horas. A
vida média de eliminação do sulfóxido plasmático é de 8,5 horas. O metabólito é
essencialmente eliminado pela urina.
Pacientes idosos
Apesar de não ter sido estudada a farmacocinética do sulfóxido de albendazol em relação à
idade, dados obtidos de 26 pacientes com cisto hidático (pacientes de até 79 anos) sugerem
uma farmacocinética similar à de pacientes adultos saudáveis. O número de pacientes
idosos tratados de doença hidática ou neurocisticercose é limitado, mas não se observaram
problemas associados a populações mais idosas.
Insuficiência renal/insuficiência hepática
A farmacocinética do albendazol em pacientes com insuficiência renal e/ou hepática não foi
estudada.
Este medicamento não deve ser administrado durante a gravidez nem em mulheres que
planejam engravidar. O albendazol é contraindicado para pacientes com conhecida
hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.
Categoria C de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Deve-se assegurar, antes de utilizar o produto, que não há possibilidade de gravidez para
mulheres em idade fértil. Recomenda-se a administração de albendazol na primeira semana
da menstruação ou após o resultado negativo de um teste de gravidez.
O tratamento com albendazol pode revelar casos de neurocisticercose preexistente,
principalmente em áreas com alta incidência de teníase. Os pacientes podem apresentar
sintomas neurológicos, como convulsões, aumento da pressão intracraniana e sinais focais
resultantes de uma reação inflamatória causada por morte do parasita no interior da massa
encefálica. Os sintomas podem ocorrer logo após o tratamento; a terapia com esteroides e
anticonvulsivantes deve ser iniciada imediatamente.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas
Não se observou interferência do produto sobre a capacidade de dirigir veículos ou de
operar máquinas.
Gravidez e lactação
O albendazol não deve ser administrado durante a gravidez nem a mulheres que podem
estar grávidas ou pensam em engravidar (veja o item Contraindicações).
Não se sabe se o albendazol ou seus metabólitos são excretados no leite materno. Dessa
forma, o albendazol não deve ser usado durante a amamentação, a não ser que os benefícios
Houve relatos de aumento dos níveis plasmáticos do metabólito ativo do albendazol com o
uso de cimetidina, praziquantel e dexametasona. O ritonavir, a fenitoína, a carbamazepina e
o fenobarbital podem reduzir as concentrações plasmáticas do metabólito ativo do
albendazol; albendazol sulfóxido. A relevância clínica é desconhecida, mas pode resultar
em diminuição eficácia, especialmente no tratamento de infecções por helmintos. Para
eficácia do tratamento, os pacientes devem ser monitorados e pode-se exigir regimes de
doses alternativas ou terapias alternativas.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Aspecto físico e características organolépticas: Comprimido oblongo de cor branca a
bege com aroma de banana.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
Modo de uso
Os comprimidos podem ser partidos ou tomados com água. Algumas pessoas,
particularmente crianças, podem ter dificuldade de engolir os comprimidos inteiros. Nesse
caso, devem ser incentivadas a mastigar os comprimidos com um pouco de água.
Alternativamente os comprimidos podem ser triturados.
Nenhum procedimento especial, como jejum ou uso de agente purgante, é necessário.
Com o objetivo de obter cura completa no caso de infestação pelo Enterobius vermicularis,
deve-se prescrever medidas de higiene tanto para os pacientes quanto para os indivíduos
que utilizam a moradia dos pacientes.
Posologia
Indicações Idade Dose Período
Ascaris
lumbricoides
Necator americanus
Trichuris trichiura
Adultos e crianças
acima de 2 anos de
idade
400mg (1 comprimido de
400mg) Dose única
Crianças de 1 a -2
anos de idade
200mg
Enterobius
vermicularis
Ancylostoma
duodenale
400mg)
Dose única
Strongyloides
stercoralis
Taenia sp.
Hymenolepis nana
1 dose por
dia durante
3 dias
Giardíase
(Giardia lamblia, G.
duodenalis, G.
intestinalis)
Crianças de 2 a 12
5 dias
Larva migrans
cutânea
dia por 1 a 3
dias
Opistorquíase
(Opisthorchis
viverrini)
2 doses por
Em casos comprovados de contaminação por Hymenolepis nana, recomenda-se um
segundo ciclo de tratamento em 10 a 21 dias.
Se o paciente não apresentar melhora após três semanas, um segundo ciclo de tratamento
pode ser necessário.
Paciente idosos
A experiência com pacientes de 65 anos ou mais é limitada. Os dados indicam que nenhum
ajuste de dosagem é necessário, entretanto o albendazol deve ser usado com precaução em
pacientes idosos com evidência de insuficiência hepática (veja, em Características
Farmacológicas, os itens Propriedades Farmacocinéticas e Insuficiência Hepática).
Insuficiência renal
Como a eliminação renal do albendazol e de seu metabólito primário, sulfóxido de
albendazol, se mostra insignificante, é improvável que o clearance desses componentes
seja alterado nesses pacientes.
Nenhum ajuste de dose é necessário, entretanto os pacientes com evidência de insuficiência
renal devem ser monitorados cuidadosamente.
Insuficiência hepática
Como o albendazol é rapidamente metabolizado pelo fígado em seu metabólito primário
farmacologicamente ativo – o sulfóxido de albendazol –, espera-se que, nos casos de
insuficiência hepática, haja efeito significativo na farmacocinética do sulfóxido de
albendazol. Pacientes que apresentam resultados anormais dos testes de função hepática
(transaminases) devem ser cuidadosamente monitorados antes de iniciar terapia com
albendazol.
Crianças
Devem ser observadas as mesmas precauções aplicadas aos adultos.
Dados de diversos estudos clínicos foram usados para determinar a frequência das reações
adversas muito comuns às raras. Todas as outras reações adversas (ou seja, as que
ocorreram na proporção de <1/1.000) tiveram sua frequência determinada com o uso de
dados pós-comercialização e mais relacionada com o número de relatos do que com a
frequência real.
Têm-se utilizado os seguintes parâmetros para classificação das reações adversas:
Muito comuns: ≥1/10
Comuns: ≥1/100 e <1/10
Incomuns: ≥1/1.000 e <1/100
Raras: ≥1/10.000 e <1/1.000
Muito raras: <1/10.000
Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): sintomas relacionados ao trato gastrintestinal
superior (como dor epigástrica ou abdominal, náusea e vômito), diarreia, dor de cabeça e
vertigens.
Reações raras (≥1/10.000 e 1/1.000): reações de hipersensibilidade, que incluem rash,
prurido e urticária; elevações das enzimas hepáticas.
Reações muito raras (<1/10.000): eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
O manejo adicional deve ser feito de acordo com as indicações clínicas ou conforme
recomendado pelo centro de controle de intoxicações local, quando disponível.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.