Bula do Allurene para o Profissional

Bula do Allurene produzido pelo laboratorio Bayer S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Allurene
Bayer S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO ALLURENE PARA O PROFISSIONAL

1

Allurene®

Bayer S.A.

Comprimido

2 mg

2

Allurene

dienogeste

APRESENTAÇÕES

Cartucho contendo 2 envelopes com blíster contendo 14 comprimidos cada.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido contém 2 mg de dienogeste.

Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, amido, povidona, estearato de

magnésio, talco e crospovidona.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÃO

Tratamento da endometriose.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Foi demonstrada a superioridade de Allurene®

em relação ao placebo na redução da dor pélvica

associada à endometriose (DPAE) e redução clinicamente significativa da dor comparada aos

valores iniciais em um estudo de 3 meses incluindo 102 pacientes com Allurene®

.

A DPAE foi medida em uma escala visual analógica (EVA) (0 – 100 mm). Após 3 meses de

tratamento com Allurene®

(dienogeste), foram demonstradas diferenças estatisticamente

significativas em comparação ao placebo (∆ = 12,3 mm; IC de 95%: 6,4–18,1; p < 0,0001) e

redução clinicamente significativa da dor em comparação com os valores iniciais (redução

média = 27,4 mm ± 22,9).

Após 3 meses de tratamento, foi alcançada redução da DPAE de cerca de 50% ou mais sem

aumento relevante da medicação concomitante para dor em 37,3% das pacientes tratadas com

Allurene®

(versus placebo: 19,8%); uma redução de DPAE de cerca de 75% ou mais sem

aumento relevante da medicação para dor foi alcançada em 18,6% das pacientes tratadas com

(versus placebo: 7,3%).

Este estudo controlado com placebo foi estendido de forma aberta e seus resultados

demonstraram melhora contínua da endometriose associada à dor pélvica com uma duração de

tratamento de até 15 meses (redução média ao final do tratamento = 43,2 ± 21,7 mm) da EVA.

Adicionalmente, a eficácia na dor pélvica associada à endometriose foi demonstrada em um

estudo comparativo de 6 meses com Allurene®

comparado ao análogo do GnRH acetato de

leuprorrelina (AL) incluindo 120 pacientes em tratamento com Allurene®

. A DPAE também foi

avaliada por meio de EVA (0–100 mm). Foi observada redução clinicamente significativa da

3

dor em comparação aos valores iniciais em ambos os grupos de tratamento (Allurene®

: 47,5 ±

28,8 mm versus AL: 46,0 ± 24,8 mm). Foi demonstrada não-inferioridade de Allurene®

versus o

AL com base em uma margem pré-definida de 15 mm (p < 0,0001).

Três estudos incluindo um total de 252 pacientes que receberam diariamente 2 mg de dienogeste

demonstraram redução substancial das lesões endometrióticas após 6 meses de tratamento.

Em um estudo pequeno (n = 8 por grupo de dose), uma dose diária de 1 mg de dienogeste

demonstrou induzir um estado anovulatório após 1 mês de tratamento. Allurene®

não foi testado

para eficácia contraceptiva em estudos maiores

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

 Propriedades farmacodinâmicas

O dienogeste é um derivado da nortestosterona com atividade antiandrogênica de

aproximadamente um terço da atividade do acetato de ciproterona. O dienogeste liga-se ao

receptor de progesterona no útero humano com apenas 10% da afinidade relativa da

progesterona. Apesar de sua baixa afinidade pelo receptor de progesterona, o dienogeste

apresenta potente efeito progestogênico in vivo. O dienogeste não apresenta atividade

androgênica, mineralocorticoide ou glicocorticoide significativa in vivo.

- Mecanismo de ação

O dienogeste age na endometriose reduzindo a produção endógena de estradiol e desta forma,

suprimindo os efeitos tróficos deste hormônio tanto sobre o endométrio eutópico quanto no

ectópico. Quando administrado continuamente, o dienogeste leva a um ambiente endócrino

hipoestrogênico, hipergestagênico, causando inicialmente decidualização do tecido endometrial

e, em seguida, atrofia das lesões endometrióticas. Propriedades adicionais, tais como efeitos

imunológicos e antiangiogênicos, parecem contribuir para a ação inibitória do dienogeste sobre

a proliferação celular.

- Dados de segurança

Os níveis de estrogênio endógeno são apenas moderadamente suprimidos durante o tratamento

com Allurene®

.

A densidade mineral óssea (DMO) foi avaliada em 21 pacientes adultas antes e após 6 meses do

tratamento e não houve redução na média da DMO. Não foi observado impacto significativo

nos parâmetros laboratoriais padrão, incluindo hematologia, bioquímica do sangue, enzimas

hepáticas, lipídeos e hemoglobina glicosilada (HbA1C) durante o tratamento com Allurene®

(dienogeste) até 15 meses (n = 168).

 Propriedades farmacocinéticas

- Absorção

4

O dienogeste administrado por via oral é rapidamente e quase completamente absorvido.

Concentrações séricas máximas de 47 ng/mL são alcançadas em aproximadamente 1,5 horas

após ingestão de dose única. A biodisponibilidade é cerca de 91%. A farmacocinética do

dienogeste é proporcional à dose no intervalo de 1 a 8 mg.

- Distribuição

O dienogeste liga-se á albumina sérica e não se liga à globulina de ligação dos hormônios

sexuais (SHBG) nem à globulina de ligação dos corticoides (CBG). Dez por cento do total das

concentrações séricas do medicamento é representado pelo esteroide livre e 90% pelo esteroide

ligado de forma não específica à albumina.

O volume aparente de distribuição (Vd/F) do dienogeste é de 40 L.

- Metabolismo / Biotransformação

O dienogeste é completamente metabolizado pelas vias conhecidas do metabolismo dos

esteroides, com a formação de metabólitos em sua maior parte endocrinologicamente inativos.

Com base em estudos in vitro e in vivo, a enzima 3A4 do citocromo P450 (CYP3A4) é a

principal enzima envolvida no metabolismo do dienogeste. Os metabólitos são excretados muito

rapidamente e a fração predominante no plasma é a forma inalterada do dienogeste.

A taxa de depuração metabólica sérica Cl/F é de 64 mL/min.

- Eliminação / Excreção

Os níveis séricos de dienogeste diminuem em duas fases. A fase de disposição terminal é

caracterizada por meia-vida de aproximadamente 9 a 10 horas. O dienogeste é excretado na

forma de metabólitos que são excretados em uma razão urina/fezes de cerca de 3:1, após

administração oral de 0,1 mg/Kg. A meia-vida de excreção urinária dos metabólitos é de 14

horas. Após administração oral, aproximadamente 86% da dose administrada é eliminada dentro

de 6 dias, a maior parte sendo excretada dentro das primeiras 24 horas, principalmente na urina.

- Condições no estado de equilíbrio

A farmacocinética do dienogeste não é influenciada pelos níveis de SHBG. Após ingestão

diária, os níveis séricos do medicamento aumentam cerca de 1,24 vezes, alcançando as

condições do estado de equilíbrio após 4 dias de tratamento. A farmacocinética do dienogeste

após administração repetida de Allurene®

(dienogeste) pode ser prevista a partir da

farmacocinética de dose única.

 Dados pré-clínicos de segurança

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Os dados pré-clínicos não revelaram risco especial para seres humanos com base em estudos

convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade,

potencial carcinogênico e toxicidade para a reprodução. No entanto, deve-se ter em mente que

esteroides sexuais podem promover o crescimento de certos tecidos e tumores dependentes

desses hormônios.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Allurene®

não deve ser utilizado na presença de qualquer uma das condições listadas

abaixo, as quais são parcialmente provenientes de informação sobre outros medicamentos

contendo somente progestógeno. Caso a paciente apresente qualquer uma dessas condições

durante o uso de Allurene®

, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente:

- distúrbio tromboembólico venoso em atividade;

- presença ou histórico de doença cardiovascular e arterial (por exemplo, infarto do

miocárdio, acidente vascular cerebral, doença cardíaca isquêmica);

- diabetes mellitus com envolvimento vascular;

- presença ou histórico de hepatopatia grave enquanto os valores da função hepática não

retornarem ao normal;

- presença ou histórico de tumor hepático (benigno ou maligno);

- suspeita ou diagnóstico de neoplasias dependentes de hormônios sexuais;

- sangramento vaginal não diagnosticado;

- hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos componentes da formulação.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Antes de iniciar o tratamento com Allurene®

, deve-se excluir a possibilidade de gravidez

(veja o item “Gravidez e lactação”). Durante o tratamento, as pacientes devem ser

orientadas a utilizar métodos contraceptivos não hormonais (por exemplo, método de

barreira), caso seja necessário prevenir a gravidez.

Allurene®

não foi investigado quanto à eficácia contraceptiva, mas foi demonstrado em um

estudo envolvendo 8 mulheres, que 1 mg de dienogeste é capaz de induzir a um estado

anovulatório após 1 mês de tratamento.

Gestações que ocorrem entre usuárias de contraceptivos contendo somente progestógeno

(por exemplo, minipílula) têm maior probabilidade de serem ectópicas do que as gestações

entre usuárias de contraceptivos orais combinados. Portanto, em mulheres com histórico

de gravidez extrauterina ou de alteração da função das trompas, o uso de Allurene®

deve

ser decidido apenas após cuidadosa avaliação da relação risco/benefício.

é um medicamento que contém somente progestógeno, portanto, deve-se

considerar que as precauções e advertências para o uso de todos os medicamentos que

contêm somente progestógeno são válidas também para o seu uso, embora nem todas as

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precauções e advertências estejam baseadas em achados dos estudos clínicos realizados

com Allurene®

.

Caso qualquer uma das condições/fatores de risco descritos abaixo esteja presente ou se

agrave, deve-se analisar individualmente a relação risco/benefício antes de iniciar ou

continuar o tratamento com Allurene®

 Distúrbios circulatórios

A partir de estudos epidemiológicos, há pouca evidência de associação entre o uso de

medicamentos contendo somente progestógeno e o risco aumentado de infarto do

miocárdio ou tromboembolismo cerebral. O risco de eventos cerebrais e cardiovasculares

está mais relacionado ao aumento da idade, hipertensão e tabagismo. Em mulheres com

hipertensão, o risco de acidente vascular cerebral pode ser levemente aumentado por

medicamentos contendo somente progestógeno.

Alguns estudos indicam que pode haver risco levemente aumentado de tromboembolismo

venoso (trombose venosa profunda, embolia pulmonar), sem significância estatística,

associado ao uso de medicamentos contendo somente progestógeno. Fatores de risco para

tromboembolismo venoso (TEV) geralmente reconhecidos incluem: histórico pessoal ou

familiar positivo (TEV em um irmão ou parente em idade relativamente jovem), idade,

obesidade, imobilização prolongada, cirurgia de grande porte ou trauma extenso. Em caso

de imobilização prolongada, é recomendável descontinuar o uso de Allurene®

(no caso de

cirurgia eletiva, com pelo menos 4 semanas de antecedência) e não reiniciar o tratamento

até que sejam decorridas 2 semanas após a recuperação completa da mobilidade.

O risco aumentado de tromboembolismo no puerpério deve ser considerado.

O tratamento deve ser interrompido imediatamente caso haja suspeita ou sintomas de

evento trombótico venoso ou arterial.

 Tumores

Em uma metanálise de 54 estudos epidemiológicos foi relatado leve aumento do risco

relativo (RR = 1,24) de câncer de mama diagnosticado em usuárias de contraceptivos orais

(COs), principalmente aqueles contendo a combinação progestógeno-estrogênio. O excesso

de risco desaparece gradualmente ao longo dos 10 anos subsequentes à suspensão do

contraceptivo oral combinado (COC). Uma vez que o câncer de mama é raro em mulheres

com menos de 40 anos, o aumento de cânceres de mama diagnosticados em usuárias atuais

e recentes de COCs é pequeno em relação ao risco global de câncer de mama. O risco de

ter câncer de mama diagnosticado em usuárias de pílulas contendo somente progestógeno

é possivelmente de magnitude semelhante àquele associado ao COC. No entanto, para

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medicamentos contendo somente progestógeno, a evidência é baseada em populações de

usuárias muito menores e, portanto, é menos conclusiva do que para COCs. Estes estudos

não fornecem evidência de relação causal. O padrão observado de aumento de risco pode

ser devido ao diagnóstico mais precoce de câncer de mama em usuárias de COCs, aos

efeitos biológicos dos COCs ou à combinação de ambos. Casos de câncer de mama

diagnosticados em usuárias habituais de COCs tendem a ser clinicamente menos

avançados do que os diagnosticados em mulheres que nunca utilizaram COCs.

Em casos raros, tumores hepáticos benignos, e ainda mais raramente, tumores hepáticos

malignos foram relatados em usuárias de substâncias hormonais, tais como a contida em

. Em casos isolados, estes tumores provocaram hemorragias intra-abdominais

com risco para a vida da paciente. A possibilidade de tumor hepático deve ser considerada

no diagnóstico diferencial em caso de dor abdominal superior intensa, hepatomegalia ou

sinais de hemorragia intra-abdominal em usuárias de Allurene®

 Alterações no padrão de sangramento

O tratamento com Allurene®

afeta o padrão de sangramento menstrual na maioria das

mulheres (veja o item “Reações Adversas”).

Sangramento uterino, por exemplo, em mulheres com adenomiose ou leiomiomatose

uterinas, pode ser agravado pelo uso de Allurene®

(dienogeste). Se o sangramento for

intenso e contínuo, ao longo do tempo pode levar à anemia (grave em alguns casos). Nestes

casos, deve-se considerar a descontinuação de Allurene®

 Outras condições

Pacientes que apresentam histórico de depressão devem ser cuidadosamente observados e

o medicamento deve ser descontinuado em caso de agravamento da depressão.

De modo geral, Allurene®

parece não afetar a pressão arterial em mulheres normotensas.

Entretanto, caso hipertensão clinicamente significativa se desenvolva e se mantenha

durante o uso de Allurene®

, recomenda-se descontinuar o uso do medicamento e tratar a

hipertensão.

Recorrência de icterícia colestática e/ou prurido que ocorreram durante gravidez ou uso

anterior de esteroides sexuais requer a descontinuação de Allurene®

pode apresentar leve efeito sobre a resistência periférica à insulina e tolerância

à glicose. Mulheres diabéticas, sobretudo aquelas com histórico de diabetes mellitus

gestacional, devem ser cuidadosamente observadas durante o uso de Allurene®

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Ocasionalmente pode ocorrer cloasma, principalmente em mulheres com histórico de

cloasma gravídico. Mulheres com tendência a cloasma devem evitar exposição ao sol ou à

radiação ultravioleta durante o tratamento com Allurene®

Podem ocorrer folículos ovarianos persistentes (frequentemente referidos como cistos

funcionais de ovário) durante o uso de Allurene®

. A maioria destes folículos é

assintomática, embora alguns possam ser acompanhados de dor pélvica.

 Exames médicos

Deve-se obter histórico médico completo, bem como realizar exames físico e ginecológico

antes do início ou reinstituição do uso de Allurene®

, considerando os itens descritos em

“Contraindicações” e “Advertências e Precauções”. Estes acompanhamentos devem ser

repetidos regularmente durante o tratamento com Allurene®

. A frequência e a natureza

destas avaliações devem ser individualizadas para cada mulher, mas em geral, devem

dedicar atenção especial à pressão arterial, mamas, abdome e órgãos pélvicos, e incluir

citologia cervical.

 Gravidez

Dados sobre o uso de dienogeste em mulheres grávidas são limitados. Estudos em animais

e dados de mulheres expostas ao dienogeste durante a gestação não revelaram riscos

especiais para a gravidez, o desenvolvimento embrionário/fetal, o nascimento ou o

desenvolvimento pós-natal para humanos (veja o item “Dados pré-clínicos de segurança”).

Entretanto, Allurene®

não deve ser administrado a mulheres grávidas uma vez que não há

necessidade de tratar a endometriose durante a gravidez.

Categoria B – “Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem

orientação médica ou do cirurgião-dentista.”

 Lactação

durante a lactação não é recomendado. Propriedades físico-

químicas e dados de animais indicam que o dienogeste é excretado no leite materno. Deve-

se optar por descontinuar a amamentação ou o tratamento com Allurene®

, levando-se em

consideração os benefícios da amamentação para a criança e os da terapia para a mulher.

 Fertilidade

Com base nos dados disponíveis, a ovulação é inibida na maioria das pacientes durante o

tratamento com Allurene®

. Entretanto, Allurene®

não é um contraceptivo.

Caso seja necessário prevenir a gravidez, deve-se utilizar um método contraceptivo não-

hormonal (veja item “Advertências e Precauções”).

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Com base nos dados disponíveis, o ciclo menstrual retorna ao normal no período de 2

meses após a interrupção do tratamento com Allurene®

 Efeitos na habilidade de dirigir veículos e operar máquinas

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Deve-se consultar também as informações contidas na bula do medicamento utilizado

concomitantemente para verificar possíveis interações.

 Efeitos de outros medicamentos sobre Allurene®

(dienogeste)

As progestinas, incluindo o dienogeste, são metabolizadas principalmente pela enzima 3A4

do sistema do citocromo P450 (CYP 3A4) localizado na mucosa intestinal e no fígado.

Portanto, indutores ou inibidores do CYP3A4 podem afetar o metabolismo de um

progestógeno.

A depuração aumentada de hormônios sexuais devido à indução enzimática pode diminuir

o efeito terapêutico de Allurene®

(dienogeste) e resultar em reações adversas, tais como,

alterações no perfil de sangramento uterino.

A depuração reduzida de hormônios sexuais devido à inibição enzimática pode aumentar

a exposição ao dienogeste e resultar em reações adversas.

- Substâncias que aumentam a depuração de hormônios sexuais (redução da eficácia pela

indução enzimática), por exemplo:

fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e possivelmente também

oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina e produtos contendo erva-de-São

João.

A indução enzimática já pode ser observada após alguns dias de tratamento. De modo

geral, observa-se indução enzimática máxima dentro de algumas semanas. Após a

interrupção do tratamento a indução enzimática pode ser mantida durante

aproximadamente 4 semanas.

O efeito indutor da rifampicina sobre o CYP3A4 foi estudado em mulheres sadias na pós-

menopausa. A coadministração de rifampicina com comprimidos de valerato de

estadiol/dienogeste causou quedas significativas das concentrações no estado de equilíbrio

e nas exposições sistêmicas do dienogeste. A exposição sistêmica ao dienogeste no estado de

equilíbrio, medida pela área sob a curva (0 – 24h), foi diminuída em cerca de 83%.

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- Substâncias com efeitos variáveis na depuração de hormônios sexuais, por exemplo:

Quando coadministrados com hormônios sexuais, muitos inibidores das proteases e

inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa dos vírus da imunodeficiência

humana (HIV) e da hepatite C (HCV), podem aumentar ou diminuir as concentrações

plasmáticas da progestina. Em alguns casos, estas alterações podem ser clinicamente

relevantes.

- Substâncias que diminuem a depuração de hormônios sexuais (inibidores enzimáticos)

O dienogeste é um substrato da enzima 3A4 do citocromo P450 (CYP).

Inibidores potentes e moderados do CYP3A4, tais como antifúngicos azólicos (por

exemplo, itraconazol, voriconazol, fluconazol), verapamil, macrolídeos (por exemplo,

claritromicina, eritromicina), diltiazem e suco de toranja (“grapefruit”) podem aumentar

as concentrações plasmáticas desta progestina.

Em um estudo que investigou o efeito de inibidores do CYP3A4 (cetoconazol,

eritromicina) na combinação valerato de estradiol/dienogeste, os níveis plasmáticos no

estado de equilíbrio de dienogeste aumentaram. A coadministração com o potente inibidor

cetoconazol resultou em aumento de 2,86 vezes da AUC (0-24 h) de dienogeste, no estado

de equilíbrio para o dienogeste. Quando coadministrado com o inibidor moderado

eritromicina, a AUC (0-24 h) de dienogeste no estado de equilíbrio aumentou em 1,62

vezes. A relevância clínica destas interações é desconhecida.

 Efeitos do Allurene®

em outros medicamentos

Com base em estudos de inibição in vitro, é improvável que haja interação clinicamente

relevante entre Allurene®

e o metabolismo de outros medicamentos mediado pelo

citocromo P450.

 Interações com alimentos

Uma refeição padronizada com alto teor de gordura não afetou a biodisponibilidade de

Allurene®

.

 Outras formas de interação

O uso de progestinas pode influenciar os resultados de certos exames laboratoriais,

incluindo parâmetros bioquímicos do fígado, da tireoide, das funções renal e adrenal,

níveis plasmáticos de proteínas (carreadoras), por exemplo, frações lipoproteicas/lipídicas,

parâmetros do metabolismo de carboidratados e parâmetros da coagulação e fibrinólise.

De modo geral, as alterações laboratoriais permanecem dentro da faixa normal.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

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Allurene®

(dienogeste) deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).

(dienogeste) na apresentação com envelope: Este medicamento tem validade de 24

meses a partir da data de sua fabricação.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”

“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.”

é um comprimido redondo, branco a quase branco.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

 Método de administração

Uso oral

A ingestão dos comprimidos de Allurene®

pode ser iniciada em qualquer dia do ciclo menstrual.

A dose de Allurene®

é de um comprimido por dia sem intervalo de pausa, tomado,

preferencialmente, no mesmo horário todos os dias, com um pouco de líquido, se necessário. Os

comprimidos devem ser tomados continuamente, independentemente de sangramento vaginal.

Ao término de uma cartela, a próxima deve ser iniciada, sem interrupção.

A eficácia de Allurene®

pode estar reduzida em caso de esquecimento da tomada de

comprimidos, vômito e/ou diarreia (se ocorrer dentro de 3 a 4 horas após a ingestão de um

comprimido). Em caso de comprimido(s) esquecido(s), a mulher deve tomar apenas um

comprimido assim que se lembrar e continuar no dia seguinte a tomar os comprimidos no

horário habitual. Um comprimido não absorvido devido a vômito ou diarreia deve ser

igualmente substituído por outro comprimido.

 Informações adicionais para populações especiais

- Pacientes pediátricas

Allurene®

não é indicado para crianças e jovens antes da menarca. A segurança e eficácia de

em adolescentes (menarca a 18 anos) não foi estabelecida.

- População geriátrica

Não há indicação relevante para o uso de Allurene®

na população geriátrica.

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- Pacientes com alteração hepática

é contraindicado em pacientes com presença ou histórico de doença hepática grave

(veja o item “Contraindicações”).

- Pacientes com alteração renal

Não há dados que sugiram a necessidade de ajuste de dose em pacientes com alteração renal.

9. REAÇÕES ADVERSAS

- Resumo do perfil de segurança

As reações adversas são mais frequentes durante os primeiros meses após o início da

ingestão de Allurene®

e diminuem ao longo do tratamento. As seguintes reações adversas

foram relatadas em usuárias de Allurene®

.

As reações adversas relatadas mais frequentemente durante o tratamento com Allurene®

que foram consideradas pelo menos possivelmente relacionadas à Allurene®

foram:

cefaleia (9,0%), desconforto nas mamas (5,4%), humor deprimido (5,1%) e acne (5,1%).

- Lista tabulada das reações adversas

Tabela 1: Frequências das reações adversas ao medicamento de acordo com a classificação

por sistema corpóreo (MedDRA SOCs) relatadas com Allurene®

estão resumidas na tabela

abaixo. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão apresentadas em

ordem decrescente de frequência. As frequências são definidas como comum (≥ 1/100 a <

1/10) e incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100)*. As frequências estão baseadas nos dados

agrupados de 4 estudos clínicos, incluindo 332 pacientes (100,0%).

Classificação por sistema

corpóreo

Comum Incomum

Distúrbios do sistema

sanguíneo e linfático

Anemia (1; 0,3%)

Distúrbios metabólicos e

nutricionais

Aumento de peso (12; 3,6%) Diminuição de peso (1;

0,3%)

Aumento de apetite (1;

Distúrbios psiquiátricos Humor deprimido (17;

5,1%)

Distúbrios do sonoI

(7;

2,1%)

Nervosismo (5; 1,5%)

Perda de libido (5; 1,5%)

Ansiedade (2; 0,6%)

Depressão (2; 0,6%)

Oscilações de humor (1;

13

Humor alterado (4; 1,2%)

nervoso

Cefaleia (30; 9,0%)

Enxaqueca (4; 1,2%)

Desequilíbrio do sistema

nervoso autônomo (3; 0,9%)

Distúrbio da atenção (2;

0,6%)

Distúrbios oculares Ressecamento dos olhos (1;

Distúrbios auditivos e do

labirinto

Zumbido (1; 0,3%)

Distúrbios cardíacos Distúrbios inespecíficos do

sistema circulatório (1;

Palpitações (1; 0,3%)

Distúrbios vasculares Hipotensão (1; 0,3%)

Distúrbios respiratórios,

torácicos e do mediastino

Dispneia (1; 0,3%)

Distúrbios gastrintestinais Náuseas (14; 4,2%)

Dor abdominalII

(12; 3,6%)

Flatulência (10; 3,0%)

Distensão abdominal (4;

1,2%)

Vômitos (4; 1,2%)

Diarreia (2; 0,6%)

Constipação (2; 0,6%)

Desconforto abdominal (2;

Inflamação gastrintestinalIII

(2; 0,6%)

Gengivite (1; 0,3%)

14

Distúrbios da pele e dos

tecidos subcutâneos

Acne (17; 5,1%)

Alopecia (5; 1,5%)

Pele seca (3; 0,9%)

Hiperidrose (2; 0,6%)

Prurido (2; 0,6%)

Hirsutismo (1; 0,3%)

Onicólise (1; 0,3%)

Caspa (1; 0,3%)

Dermatite (1; 0,3%)

Crescimento anormal de

pelos (1; 0,3%)

Reação de fotossensibilidade

(1; 0,3%)

Distúrbio de pigmentação

Distúrbios

músculoesqueléticos e do

tecido conjuntivo

Dor nas costas (4; 1,2%) Dor óssea (1; 0,3%)

Espasmos musculares (1;

Dor na extremidade (1;

Peso nas extremidades (1;

Distúrbios renais e urinários Infecção do trato urinárioIV

reprodutivo e das mamas

Desconforto das mamasV

(18; 5,4%)

Cisto ovarianoVI

(10; 3,0%)

Ondas de calor (9; 2,7%)

Sangramento

uterino/vaginal incluindo

gotejamento (“spotting”)VII

VIII

(5; 1,5%)

Candidíase vaginal (3;

0,9%)

Ressecamento

vulvovaginalIX

(3; 0,9%)

Corrimento genitalX

(2;

Dor pélvica (2; 0,6%)

Vulvovaginite atrófica (1;

Nódulo(s) mamário(s) (1;

15

Doença fibrocística da

mama (1; 0,3%)

Endurecimento da mama (1;

Distúrbios gerais e

condições no local da

administração

Condições astênicasXI

(10;

3,0%)

Irritabilidade (5; 1,5%)

Edema XII

* Foi utilizado o termo MedDRA (versão 11.0) mais apropriado para descrever uma

determinada reação adversa. Sinônimos ou condições relacionadas não estão listados, mas

também devem ser considerados.

I

distúrbios do sono consistem em distúrbio do sono (5; 1,5%), insônia (2; 0,6%)

II

dor abdominal consiste em dor no abdome (5; 1,5%), dor abdominal inferior (5; 1,5%),

dor abdominal superior (2; 0,6%).

III

inflamação gastrintestinal consiste de inflamação gastrintestinal (1; 0,3%), gastrite (1;

IV

infecção do trato urinário consiste em infecção do trato urinário (1; 0,3%), cistite (1;

V

desconforto nas mamas consiste em desconforto nas mamas (11; 3,3%), ingurgitamento

das mamas (4; 1,2%), dor nas mamas (3; 0,9%)

VI

cisto ovariano consiste em cisto ovariano (9; 2,7%), cisto ovariano hemorrágico (1;

VII

sangramento vaginal/uterino incluindo gotejamento (“spotting”) consiste de

sangramento uterino disfuncional (1; 0,3%), metrorragia (1; 0,3%), menorragia (1; 0,3%),

hemorragia uterina (1; 0,3%), hemorragia vaginal (1; 0,3%)

de acordo com os registros de sangramento, ocorreram irregularidades no

sangramento menstrual mais frequentemente, mas de modo geral, não foram relatados

como reação adversa pelas pacientes. Veja o texto abaixo da tabela para mais informações.

IX

ressecamento vulvovaginal consiste em ressecamento vulvovaginal (2; 0,6%),

ressecamento da mucosa vaginal (1; 0,3%)

X

corrimento genital consiste em corrimento genital (1; 0,3%) e corrimento vaginal (1;

XI

condições astênicas consistem em fadiga (6; 1,8%), astenia (2; 0,6%), mal-estar (2;

XII

edema consiste de edema (1; 0,3%), edema facial (1; 0,3%)

 Irregularidades do sangramento uterino

Os padrões de sangramento menstrual foram avaliados sistematicamente utilizando os

diários das pacientes, e foram analisados utilizando o método do período de referência de

16

90 dias (OMS). Durante o primeiro período de referência (por exemplo, primeiros 90 dias

de tratamento com Allurene®

), os seguintes padrões de sangramento foram observados (n

= 290; 100%): amenorreia (1,7%), sangramento pouco frequente (27,2%), sangramento

frequente (13,4%), sangramento irregular (35,2%), sangramento prolongado (38,3%),

sangramento normal, isto é, nenhuma das categorias anteriores (19,7%)XIII

. Durante o

quarto período de referência os seguintes padrões de sangramento foram observados (n =

149; 100%): amenorreia (28,2%), sangramento pouco frequente (24,2%), sangramento

frequente (2,7%), sangramento irregular (21,5%), sangramento prolongado (4,0%),

sangramento normal, isto é, nenhuma das categorias anteriores (22,8%) XIII

. Alterações

nos padrões de sangramento menstrual foram relatados apenas ocasionalmente como

reações adversas pelas pacientes (veja Tabela 1).

XIII

Totaliza mais de 100% porque uma paciente pode ser enquadrada em mais de uma

categoria simultaneamente, por exemplo “sangramento frequente” e “sangramento

irregular”.

“Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado

eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem

ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos

adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.”

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.