Bula do Alopurinol produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
alopurinol
Medley Indústria Farmacêutica Ltda.
Comprimidos
100 mg e 300 mg
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Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 100 mg e 300 mg: embalagens com 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 10 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
alopurinol ....................................................... 100 mg ................................................. 300 mg
excipientes q.s.p. ............................................ 1 comprimido ...................................... 1 comprimido
(lactose monoidratada, amido, croscarmelose sódica, estearato de magnésio)
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O alopurinol é indicado para redução da formação de urato/ácido úrico nas principais manifestações de depósito
dessas duas substâncias – o que ocorre em indivíduos com artrite gotosa, tofos cutâneos e nefrolitíase ou naqueles
que apresentam um risco clínico potencial (por exemplo, que estão em tratamento de tumores que podem
desencadear nefropatia aguda por ácido úrico).
As principais patologias clínicas que podem levar ao depósito de urato/ácido úrico são:
- gota idiopática;
- litíase por ácido úrico;
- nefropatia aguda por ácido úrico;
- doença neoplásica ou doença mieloproliferativa com altas taxas de processamento celular, situações em que
ocorrem níveis elevados de uratos espontaneamente ou após tratamento citotóxico;
- certas disfunções enzimáticas que levam a uma superprodução de urato, como as de:
- hipoxantina-guanina fosforibosil transferase (que inclui a síndrome Lesch-Nyhan);
- glicose-6-fosfatase (que inclui a doença de armazenamento de glicogênio);
- fosforibosilpirofosfato sintetase;
- fosforibosilpirofosfato amidotransferase;
- adenina fosforibosil transferase.
O alopurinol é indicado para o controle de cálculos renais de 2,8-diidroxiadenina (2,8-DHA), relacionados com
atividade deficiente de adenina fosforibosil transferase.
Este medicamento também é indicado para o controle de cálculos renais mistos de oxalato de cálcio recorrentes, na
presença de hiperuricosúria, quando tiverem falhado medidas de hidratação, dietéticas e semelhantes.
O alopruinol reduziu a recorrência de cálculos renais de oxalato de cálcio em 81,2%, em comparação ao placebo
(63,4%) (p< 0,001) (1)
.
Eficácia Terapêutica
Inibidores da xantina oxirredutase diminuem o nível sérico de ácido úrico, sendo, portanto drogas hipouricêmicas. O
alopurinol é o protótipo dos inibidores da xantina oxirredutase e tem sido largamente prescrito nos casos de gota e
hiperuricemia (2)
. Sua indicação está relacionada a patologias ou circunstâncias que cursem com níveis séricos
elevados de ácido úrico.
Schlesinger N et al, numa revisão de junho de 2009 sobre a terapia da gota, discorre sobre as novas possibilidades
terapêuticas, mas enfatiza o alopurinol como uma das pedras fundamentais no tratamento da gota (3)
. Nesse estudo o
2
alopurinol foi a droga de eleição no tratamento da hiperuricemia e da artrite gotosa crônica, apresentando também
excelente tolerabilidade e segurança mesmo em grupos de risco como idosos, pacientes com insuficiência renal e
nos tratados com ciclosporina, apenas atentando-se para a redução das doses prescritas (4)
Bruce et al num estudo duplo cego randomizado, avaliou a eficácia do alopurinol na prevenção e na recorrência dos
cálculos renais de oxalato de cálcio (5)
.Concluíram que o alopurinol pode ter uma atividade protetora em 15 a 20%
dos pacientes que apresentem cálculos de oxalato de cálcio e hiperuricosúria isolada,embora não tenha nenhum
efeito sobre os pacientes com hipercalciúria.
Numa revisão recente, Jeannie Chao et al (2009) concluíram que o alopurinol tem sido usado em subdoses (<300
mg/dia), o que pode explicar alguns fracassos no tratamento da gota ou da hiperuricemia (6)
. A dose pode ser
aumentada progressivamente até 800 mg/dia, com segurança, buscando alcançar 6 mg/dL de ácido úrico sérico. O
alopurinol vem sendo usado em doses menores, principalmente pelo medo a reações de hipersensibilidade severa,
que além de infrequentes, não são dose dependente.
A Síndrome de Lise Tumoral (TLS) é uma constelação de distúrbios metabólicos observados em tumores com alto
turnover. Está associada à alta morbimortalidade. A TLS caracteriza-se pelo aumento na liberação de conteúdos
intracelulares (ácido úrico, potássio, fósforo) no compartimento extracelular, que acaba por ultrapassar a capacidade
de clearence do organismo.
TLS é usualmente causada pela quimioterapia, ainda que possa ocorrer espontaneamente. Uma vez que o ácido
úrico, o potássio e fósforo sejam eliminados pelos rins, TLS pode causar hiperuricemia, hipercalemia e
hiperfosfatemia evoluindo com insuficiência renal. A patofisiologia da insuficiência renal da TLS é provavelmente
multifatorial (7)
, no entanto um sinal cardinal é a hiperuricemia levando a nefropatia pelo ácido úrico. O tratamento
adequado da TLS consiste de hidratação venosa generosa, terapia diurética, alcalinização da urina, e inibição da
produção de altos níveis de ácido úrico com doses elevadas de alopurinol (8)
Suzuki et al fizeram uma revisão (2009), onde são propostas novas indicações terapêuticas para o uso do alopurinol,
avaliando um possível papel na síndrome metabólica, na esteatose hepática, na esteatohepatite e na doença
cardiovascular, diminuindo o risco de morte por doença cardíaca, além de importante papel como antioxidante (9)
Referências bibliográficas
1. Ettinger B et al. Randomized trial of allopurinol in the prevention of calcium oxalate calculi. N Engl Med J. 1986;
315(22): 1386-1389.
2. Okamoto K. Inhibitors of xanthine oxido reductase. Nippon Rinsho. 2008 Apr; 66(4): 748-753.
3. Schlesinger N, Dalbeth N, Perez-Ruiz F. Gout - what are the treatment options. Expert Opin Pharmacother. 2009
Jun; 10(8): 1319-1328.
4. Fam AG. Managing problem gout. Ann Acad Med Singapore. 1998 Jan; 27(1): 93-99.
5. Ettinger B et al. Randomized trial of allopurinol in the prevention of calcium oxalate calculi. The New England
Journal of Medicine. 1986 Nov, 439 - 442.
6. Chao J, Terkeltaub R. A critical reappraisal of allopurinol dosing, safety, and efficacy for hyperuricemia in gout.
Curr Rheumatol Rep. 2009 Apr; 11(2):135-140.
7. Jeha S. Tumor lysis syndrome. Semin Hematol. 2001 Oct; 38(4 Suppl 10): 4-8
8. Rampello E, Fricia T, Malaguarnera M. The management of tumor lysis syndrome. Nat Clin Pract Oncol. 2006
Aug; 3(8): 438-47
9. Suzuki I et al. Allopurinol, an inhibitor of uric acid synthesis - Can it be used for the treatment of metabolic
syndrome and related disorders? Drugs Today (Barc). 2009 May; 45(5): 363-368
Propriedades farmacodinâmicas
O alopurinol é um inibidor da xantina oxidase.
O alopurinol e o oxipurinol, seu principal metabólito, diminuem os níveis de ácido úrico no plasma e na urina
através da inibição da xantina oxidase, enzima que catalisa a oxidação de hipoxantina em xantina e de xantina em
ácido úrico.
Além da inibição do catabolismo da purina, ocorre a inibição da biossíntese de novo da purina pelo mecanismo de
retroalimentação de hipoxantina-guanina fosforibosil transferase em alguns dos pacientes hiperuricêmicos, mas não
em todos.
Propriedades farmacocinéticas
3
Absorção
O alopurinol é ativo quando administrado por via oral e é rapidamente absorvido no trato gastrintestinal superior.
Estudos realizados detectaram o alopurinol no sangue 30 a 60 minutos após a administração. Estimativas da
biodisponibilidade variam de 67% a 90%.
Os picos plasmáticos do alopurinol geralmente ocorrem aproximadamente 1,5 hora após a administração oral, mas
caem rapidamente e quase não são detectados após 6 horas. Os picos plasmáticos do oxipurinol geralmente ocorrem
3 a 5 horas após a administração oral de alopurinol e são muito mais sustentáveis. O tempo médio estimado para
início da ação farmacológica do medicamento é de uma a duas semanas (efeito máximo).
Distribuição
A ligação do alopurinol às proteínas plasmáticas é desprezível, e por isso não se espera que variações nessa ligação
alterem significativamente o clearence. O volume de distribuição aparente do alopurinol é de aproximadamente 1,6
L/kg, o que sugere captação relativamente alta pelos tecidos. As concentrações tissulares do alopurinol não foram
relatadas em humanos, mas é provável que o alopurinol e o oxipurinol estejam presentes em concentrações mais
altas no fígado e na mucosa intestinal, onde a atividade da xantina oxidase é alta.
Metabolismo
O metabólito principal do alopurinol é o oxipurinol. Outros metabólitos do alopurinol são o alopurinol-ribosídeo e o
oxipurinol-7-ribosídeo.
Eliminação
Aproximadamente 20% do alopurinol ingerido é excretado nas fezes. Sua eliminação é feita principalmente pela
conversão metabólica em oxipurinol pelas xantina e aldeído oxidase, com menos de 10% da droga inalterada
excretada na urina.
O alopurinol tem meia-vida plasmática de cerca de 0,5 a 1,5 hora.
O oxipurinol é um inibidor da xantina oxidase menos potente que o alopurinol, mas sua meia-vida plasmática é
muito mais prolongada (segundo estimativa, de 13 a 30 horas no homem).
Dessa forma, a inibição eficaz da xantina oxidase é mantida pelo período de 24 horas com uma única dose diária de
alopurinol. Pacientes com função renal normal acumularão o oxipurinol de forma gradual até que seja atingida uma
concentração plasmática no estado de equilíbrio. Ao receber 300 mg de alopurinol por dia, esses pacientes
geralmente apresentarão concentrações plasmáticas de oxipurinol de 5 a 10 mg/L.
O oxipurinol é eliminado inalterado na urina, mas, por sofrer reabsorção tubular, tem uma longa meia-vida de
eliminação: os valores variam de 13,6 a 29 horas, conforme descrito. A grande discrepância entre esses números
pode ser resultado de variações no esquema do estudo e/ou deverem-se ao clearence da creatinina dos pacientes.
Farmacocinética em pacientes com insuficiência renal
O clearance do alopurinol e do oxipurinol é muito reduzido em pacientes com insuficiência da função renal, o que
resulta em níveis plasmáticos mais altos em caso de terapia crônica. Há relatos de que em pacientes com valores de
clearance de creatinina entre 10 e 20 mL/min observaram-se concentrações plasmáticas de oxipurinol de cerca de 30
mL/L após tratamento prolongado com 300 mg de alopurinol por dia. Essa é, aproximadamente, a concentração que
seria atingida com doses diárias de 600 mg em indivíduos com função renal normal. Assim, é necessária uma
redução da dose de alopurinol em caso de insuficiência renal.
Farmacocinética em pacientes idosos
Não é provável que a cinética da droga seja alterada por outras causas além da deterioração da função renal.
Este medicamento não deve ser administrado a indivíduos com conhecida hipersensibilidade ao alopurinol ou a
qualquer outro componente da fórmula.
Uso na gravidez – categoria C
Não há evidência suficiente da segurança de alopurinol na gravidez humana. O uso na gravidez deve ser considerado
apenas quando não houver alternativa mais segura e quando a doença em si representar riscos para a mãe ou para o
feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
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Uso na lactação
Relatos indicam que o alopurinol é excretado no leite materno, porém não são conhecidos os efeitos dessa excreção
para o bebê.
Este medicamento é contraindicado para o uso por mulheres em período de amamentação.
Este medicamento é contraindicado para menores de 10 anos.
O alopurinol deve ser descontinuado IMEDIATAMENTE quando ocorrer rash cutâneo ou outra evidência de
hipersensibilidade à droga.
As doses devem ser reduzidas em caso de insuficiência hepática ou renal. Pacientes em tratamento de hipertensão ou
insuficiência cardíaca, que usam diuréticos ou inibidores da ECA, podem apresentar prejuízo da função renal, e o
alopurinol deve ser utilizado com cautela nesse grupo de pacientes.
Por si só, a hiperuricemia assintomática geralmente não é considerada uma indicação de uso de alopurinol. A
modificação da dieta e da ingestão de líquidos, com controle da causa subjacente, pode corrigir essa condição.
Ataques agudos de gota
O tratamento com alopurinol não deve ser iniciado até que um ataque agudo de gota tenha terminado
completamente, pois pode desencadear novos ataques.
No início do tratamento com alopurinol, assim como com outros agentes uricosúricos, pode desencadear-se um
ataque agudo de artrite gotosa. Dessa forma, é aconselhável administrar, de maneira profilática, um agente anti-
inflamatório adequado ou colchicina, por alguns meses.
Deve-se consultar a literatura para detalhes sobre dose apropriada, precauções e advertências.
Caso ocorra um ataque agudo de gota em pacientes que usam alopurinol, o tratamento deve ser mantido com a
mesma dose e o ataque agudo deve ser tratado com um agente anti-inflamatório adequado.
Depósito de xantina
Em condições em que a velocidade de formação de urato é muito aumentada (por exemplo, em doenças malignas e
seu tratamento e na síndrome de Lesch-Nyhan), a concentração absoluta de xantina na urina pode, em raros casos,
aumentar o suficiente para permitir o depósito no trato urinário. Esse risco pode ser minimizado com hidratação
adequada para permitir uma diluição ótima na urina.
Cálculos renais de ácido úrico impactados
O tratamento adequado com alopurinol levará à dissolução de grandes cálculos renais de ácido úrico, com a remota
possibilidade de impactação no ureter.
Gravidez e lactação - categoria de risco C.
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não há evidência suficiente da segurança de alopurinol na gravidez humana, não obstante este medicamento tenha
sido largamente usado, por muitos anos, sem consequência danosa aparente.
O uso na gravidez deve ser considerado apenas quando não houver alternativa mais segura e quando a doença em si
representar riscos para a mãe ou para o feto.
Relatos indicam que o alopurinol e o oxipurinol são excretados no leite humano. Foram demonstradas concentrações
de 1,4 mg/L de alopurinol e 53,7 mg/L de oxipurinol no leite de uma paciente que recebia 300 mg/dia de alopurinol.
No entanto, não há dados relativos aos efeitos do alopurinol ou de seus metabólitos no lactente.
Alteração na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Este medicamento pode causar sonolência e tonteira e dar sensação de desequilíbrio quando o paciente ficar em pé
ou andar. Dessa forma, o paciente que faz tratamento com alopurinol deve ter cuidado ao dirigir veículos, operar
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máquinas ou participar de qualquer outra atividade perigosa, até que esteja certo de que este medicamento não afeta
seu desempenho.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
Para o tratamento de pacientes com condições de alta substituição de urato, insuficiência renal e hepática, ver
maiores informações sobre a dosagem adequada em Posologia.
O uso em crianças é raramente indicado, exceto em condições malignas (especialmente leucemia) e em certas
disfunções enzimáticas, como a síndrome de Lesch-Nyhan.
Em pacientes idosos, na ausência de dados específicos, deve-se usar a menor dose que produza redução satisfatória
de urato. Deve-se dispensar especial atenção aos casos de disfunção renal.
6-mercaptopurina e azatioprina
A azatioprina é metabolizada para 6-mercaptopurina, a qual é inativada pela ação da xantinaoxidase.
Quando a 6-mercaptopurina ou a azatioprina são administradas concomitantemente com alopurinol, deve ser
utilizado apenas 1/4 da dose usual desses citostáticos, porque a inibição da xantina-oxidase prolongará a atividade
dos mesmos.
Vidarabina (adenina arabinosídeo)
Evidências sugerem que a meia-vida plasmática da vidarabina é aumentada na presença do alopurinol. Quando os
dois produtos são usados concomitantemente é necessário redobrar a vigilância, a fim de identificar o aumento de
efeitos tóxicos.
Salicilatos e agentes uricosúricos
O oxipurinol, principal metabólito do alopurinol, é por si só, terapeuticamente ativo, sendo excretado pelos rins de
modo semelhante ao urato. Por isso, as drogas com atividade uricosúrica, como a probenecida e o salicilato (este em
altas doses), podem acelerar a excreção do oxipurinol. Dessa forma pode-se diminuir a atividade terapêutica de
alopurinol, mas o significado disso deve ser avaliado em cada caso.
Clorpropamida
Quando o alopurinol for administrado em associação com a clorpropamida e a função renal for reduzida, pode haver
um aumento do risco de prolongamento da atividade hipoglicêmica, pois o alopurinol e a clorpropamida podem
competir pela excreção no túbulo renal.
Anticoagulantes cumarínicos
Há raros casos de aumento do efeito da varfarina ou de outro anticoagulante cumarínico quando esses medicamentos
foram administrados concomitantemente com o alopurinol; portanto, todos os pacientes que tomem anticoagulantes
devem ser cuidadosamente controlados.
Fenitoína
O alopurinol pode inibir a oxidação hepática da fenitoína, mas a importância clínica dessa possibilidade ainda não
foi demonstrada.
Teofilina
Foi relatada inibição do metabolismo da teofilina. O mecanismo de interação pode ser explicado pelo envolvimento
da xantina oxidase na biotransformação da teofilina no homem.
Os níveis de teofilina devem ser controlados no início da terapia com alopurinol e quando suas doses são
aumentadas.
Ampicilina/amoxicilina
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Foi relatado um aumento da frequência de rash cutâneo entre os pacientes que usavam ampicilina ou amoxicilina
concomitantemente com o alopurinol, em comparação aos que não recebiam as duas primeiras drogas. Não foi
estabelecida a causa da associação. No entanto, recomenda-se que seja utilizada, sempre que possível, uma
alternativa à ampicilina ou à amoxicilina em pacientes em tratamento com alopurinol.
Ciclofosfamida, doxorrubicina, bleomicina, procarbazina, mecloroetamina
Foi relatado aumento da supressão da medula óssea por ciclofosfamida e outros agentes citotóxicos entre pacientes
com doença neoplásica (outras que não a leucemia) que tomavam o alopurinol. Contudo, em um estudo bem
controlado de pacientes tratados com ciclofosfamida, doxorrubicina, bleomicina, procarbazina e/ou mecloroetamina
(cloridrato de mustina), o alopurinol não pareceu aumentar a reação tóxica desses agentes citotóxicos.
Ciclosporina
Relatos sugerem que a concentração plasmática da ciclosporina pode ser aumentada durante o tratamento
concomitante com alopurinol. A possibilidade de aumento da toxicidade da ciclosporina deve ser considerada se as
drogas forem administradas simultaneamente.
Didanosina
Em voluntários sadios e em pacientes HIV - positivos que recebiam didanosina, a Cmáx e a ASC (área sob a curva)
de didanosina plasmática apresentaram valores aproximadamente dobrados com a administração concomitante de
alopurinol (300mg diários), sem afetar a meia-vida terminal. Dessa forma, reduções das doses de didanosina podem
ser requeridas quando essa droga é administrada concomitantemente com alopurinol.
Interações com etanol/alimentos
O uso concomitante de álcool pode diminuir a efetividade do alopurinol. Com o uso de suplemento de ferro pode
haver aumento da captação de ferro pelo fígado. Altas doses de vitamina C (ácido ascórbico) podem acidificar a
urina e aumentar o risco de formação de cálculos renais.
Interações Medicamento-Exame Laboratorial e Não Laboratorial
Desconhece-se que o alopurinol altere a exatidão de exames laboratoriais ou não laboratoriais.
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Este medicamento se apresenta na forma de:
- alopurinol 100 mg: comprimido circular, biconvexo, monossectado, na cor branca.
- alopurinol 300 mg: comprimido circular, biconvexo, sem vinco, na cor branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O alopurinol pode ser tomado uma vez ao dia, por via oral, após a refeição. É bem tolerado, especialmente quando
usado depois da ingestão de alimentos.
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As doses devem ser ajustadas por meio do controle das concentrações séricas de urato/ácido úrico em intervalos
adequados. Se a dose diária exceder 300 mg e houver manifestação de intolerância gastrintestinal, pode ser
apropriado um esquema de doses divididas.
Adultos e crianças maiores de 10 anos
Recomenda-se iniciar o tratamento com uma dose baixa (100 mg/dia) a fim de reduzir os riscos de reações adversas.
A dose deve ser aumentada somente se a resposta referente à redução de urato for insatisfatória. Deve-se ter
precaução extra se a função renal estiver comprometida.
O seguinte esquema de dosagem deve ser considerado:
- de 100 a 200 mg diários em condições leves;
- de 300 a 600 mg diários em condições moderadamente graves;
- de 700 a 900 mg diários em condições graves.
Se for requerida uma dosagem em função de mg/kg de peso corporal, a dosagem de 2 a 10 mg/kg de peso corporal
por dia deve ser usada.
Crianças menores de 10 anos
De 10 a 20 mg/kg de peso corporal por dia, até o máximo de 400 mg diários. O uso em crianças é raramente
indicado, exceto em condições malignas (especialmente leucemia) e em certas disfunções enzimáticas, como a
síndrome de Lesch-Nyhan.
Idosos
Na ausência de dados específicos, deve-se usar a menor dose que produza redução satisfatória de urato. Deve-se
dispensar especial atenção aos casos de disfunção renal e às situações descritas no item Advertências.
Insuficiência renal
Como o alopurinol e seus metabólitos são excretados pelos rins, o comprometimento da função renal pode levar à
retenção do fármaco e/ou de seus metabólitos, com consequente prolongamento das meias-vidas plasmáticas. Na
presença de insuficiência renal grave pode ser aconselhável utilizar doses menores que 100 mg/dia ou doses únicas
de 100 mg em intervalos maiores que um dia.
Se houver disponibilidade de controle das concentrações plasmáticas do oxipurinol, a dose deve ser ajustada para
que os níveis plasmáticos dessa substância (principal metabólito do alopurinol) sejam mantidos abaixo de 100
µmol/L (15,2 mg/L).
O alopurinol e seus metabólitos são removidos por diálise renal. Se for necessária diálise duas a três vezes por
semana, deve-se considerar um esquema posológico alternativo de 300 a 400 mg de alopurinol imediatamente após
cada sessão, sem doses intermediárias.
Insuficiência hepática
Devem ser utilizadas doses reduzidas em pacientes com insuficiência hepática.
Nos estágios iniciais do tratamento, recomenda-se que sejam realizados testes periódicos da função hepática.
Tratamento de condições de alta substituição de urato, ou seja, neoplasias e síndrome de Lesch-Nyhan
É aconselhável corrigir com alopurinol a hiperuricemia e/ou a hiperuricosúria existentes antes de iniciar o
tratamento citotóxico. É importante assegurar a hidratação adequada do paciente para que se mantenha ótima diurese
e seja obtida a alcalinização da urina, aumentando-se assim a solubilidade de urato/ácido. A dose de alopurinol deve
estar na faixa mais baixa das doses recomendadas.
Se a nefropatia por urato ou outra patologia comprometer a função renal, devem-se seguir as recomendações de dose
do item Posologia (Insuficiência Renal). Dessa forma pode-se reduzir o risco de depósito de xantina e/ou oxipurinol,
evitando que a situação clínica se complique (vide também “Interações Medicamentosas” e “Reações
Adversas”).
Modo de uso
Pode ser tomado uma vez ao dia, por via oral. Se a dose diária exceder 300 mg e houver manifestação de
intolerância gastrintestinal, pode ser apropriado um esquema de doses divididas.
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Os comprimidos de alopurinol devem ser tomados após as refeições, com um copo de água. A ingestão de bastante
líquido é recomendada para permitir a eliminação de uma urina neutra ou ligeiramente alcalina e uma diurese de
aproximadamente 2 litros por dia (em adultos).
Duração de tratamento
A dosagem de alopurinol é baseada nas condições clínicas e resposta do paciente ao tratamento.
Este medicamento deverá ser usado regularmente para que o paciente possa se beneficiar dos seus efeitos
terapêuticos. Para tratamento da gota poderá ser necessário toma-lo por várias semanas até que o efeito desejado seja
obtido. Você poderá ter ainda outras crises de gota durante vários meses após ter iniciado o tratamento com este
medicamento até que o seu corpo remova o ácido úrico em excesso. O alopurinol não é analgésico. Para alívio da
dor produzida pela gota, continue tomando também os seus medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios
prescritos nas crises de gota, como orientado por seu médico.
Algumas pessoas podem apresentar reações adversas ao fazer uso de alopurinol. Se você sentir algum dos sintomas
abaixo enquanto usar este medicamento, pare de ingeri-lo e informe seu médico o mais rápido possível.
A divisão das reações adversas em categorias, por frequência, foi feita por estimativa, uma vez que não estão
disponíveis dados adequados para calcular a incidência da maior parte delas. As raras e muito raras foram
identificadas por meio da farmacovigilância pós-comercialização. A seguinte classificação de frequência tem sido
utilizada: muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), comum (ocorre
entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento), rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento) e muito
rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
São raras as reações adversas a alopurinol na população global tratada com este medicamento, além de terem, na
maioria dos casos, pouca importância. A incidência é mais alta na presença de disfunção renal e/ou hepática.
Reações comuns - rash (o risco aumenta pela utilização de ampicilina ou amoxicilina), náuseas, vômitos,
insuficiência ou disfunção renal. As reações de pele são as mais comuns e podem ocorrer a qualquer tempo durante
o tratamento. Podem ser pruriginosas, maculopapulares, às vezes escamosas, às vezes purpúricas e raramente
esfoliativas. O alopurinol deve ser descontinuado IMEDIATAMENTE caso ocorram essas reações.
Após a recuperação da reação leve, o alopurinol pode ser novamente administrado, em doses mais baixas (por
exemplo, de 50 mg/dia), aumentadas gradualmente. Caso o rash cutâneo ocorra novamente, este medicamento deve
ser PERMANENTEMENTE suspenso, pois podem acontecer reações de hipersensibilidade mais graves. Relatos
posteriores sugerem que as náuseas e vômitos parecem não serem tão graves e poderem ser evitados quando se
administra o alopurinol após as refeições.
Reações incomuns - reações de hipersensibilidade e aumento assintomático nos testes de função hepática.
Reações raras - hepatite (incluindo necrose hepática e hepatite granulomatosa). Foi relatada disfunção hepática sem
evidências de hipersensibilidade generalizada.
Reações muito raras - furunculose, agranulocitose, anemia aplástica, trombocitopenia. Foram recebidos relatos
muito raros de trombocitopenia, agranulocitose e anemia aplásica, especialmente em indivíduos com função renal
e/ou hepática comprometida, o que reforça a necessidade de cuidados especiais nestes grupos de pacientes.
Linfadenopatia angioimunoblástica. Reações graves de hipersensibilidade, podem se relacionar ao uso da droga
como reações de pele esfoliativas, febre, linfadenopatia, artralgia e/ou eosinofilia, incluindo também Síndrome de
Stevens-Johnson e a necrólise epidérmica tóxica, que ocorrem raramente.
A vasculite e a resposta tissular podem estar associadas ao uso da droga, e podem se manifestar de diversas maneiras
tais como hepatite, disfunção renal e, muito raramente, convulsão. Muito raramente foram reportados choques
anafiláticos agudos. Essas reações podem ocorrer a qualquer tempo durante o tratamento, caso em que o alopurinol
deve ser suspenso IMEDIATA E PERMANENTEMENTE.
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Os corticosteroides podem ser benéficos para superar manifestações de hipersensibilidade cutânea. Quando
ocorreram reações de hipersensibilidade generalizada, estavam presentes disfunções renais e/ou hepáticas,
especialmente nos casos em que o desfecho foi fatal.
Linfadenopatia angioimunoblástica foi descrita muito raramente após biópsia de linfadenopatia generalizada. Parece
ser reversível com a suspensão do medicamento.
Diabetes mellitus, hiperlipidemia, hipertensão, hematêmese recorrente, esteatorreia, estomatite e alterações dos
hábitos intestinais. Depressão, coma, paralisia, ataxia, neuropatia, parestesia, sonolência, dor de cabeça, alteração do
paladar, catarata, distúrbios visuais, alterações maculares, vertigem, angina e bradicardia. Angioedema, erupções
crônicas, alopecia, descoloração dos cabelos.
Tem sido reportada a ocorrência de angioedema, com ou sem sinais e sintomas de hipersensibilidade generalizada ao
alopurinol.
Hematúria, uremia, infertilidade masculina, disfunção erétil, ginecomastia, edema, mal-estar generalizado, astenia,
febre.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Foi relatada ingestão de até 22,5 g de alopurinol, sem efeitos adversos. Sinais e sintomas como náusea, vômito,
diarreia e tonteira foram observados em um paciente que ingeriu 20 g de alopurinol. Houve recuperação após
medidas gerais de suporte.
A absorção maciça de alopurinol pode conduzir a uma considerável inibição da atividade da xantina oxidase, a qual
não produz efeitos indesejáveis, a não ser afetar o efeito de alguma medicação concomitante, especialmente a
mercaptopurina e/ou azatioprina. A hidratação adequada do paciente para manter ótima diurese facilita a excreção
do alopurinol e de seus metabólitos. Se for considerada necessária, pode ser utilizada hemodiálise.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.