Bula do Alphacaine para o Profissional

Bula do Alphacaine produzido pelo laboratorio Dfl Indústria e Comércio S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Alphacaine
Dfl Indústria e Comércio S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO ALPHACAINE PARA O PROFISSIONAL

ALPHACAINE 1:50.000 / 1:80.000 / 1:100.000/ 1:200.000

cloridrato de lidocaína + epinefrina

APRESENTAÇÃO:

- Solução estéril injetável de Cloridrato de lidocaína 2% (20mg/mL) +Epinefina 20 g /mL acondicionada em tubetes de vidro de 1,8

mL. Cada embalagem contém 50 tubetes.

- Solução estéril injetável de Cloridrato de lidocaína 2% (20mg/mL) +Epinefina 12,5 g /mL acondicionada em tubetes de vidro de 1,8

- Solução estéril injetável de Cloridrato de lidocaína 2% (20mg/mL) +Epinefina 10 g /mL acondicionada em tubetes de vidro de 1,8

- Solução estéril injetável de Cloridrato de lidocaína 2% (20mg/mL) +Epinefina 5 g /mL acondicionada em tubetes de vidro de 1,8 mL.

Cada embalagem contém 50 tubetes.

PARA USO EXCLUSIVO POR INFILTRAÇÃO OU POR BLOQUEIO DE NERVO VIA SUBMUCOSA E INTRAGENGIVAL.

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSICÃO:

Cada mL da solução injetável de ALPHACAINE 1:50.000 contém:

Cloridrato de Lidocaína........................................... 20,0 mg

Epinefrina base........................................................ 20,0 g

Excipientes q.s.p........................................................1,0 mL

Excipientes: Bissulfito de Sódio, Cloreto de Sódio e Água para Injeção.

Cada mL da solução injetável de ALPHACAINE 1:80.000 contém:

Epinefrina base........................................................12,5 g

Cada mL da solução injetável de ALPHACAINE 1:100.000 contém:

Epinefrina base........................................................10,0 g

Excipientes: Bissulfito de Sódio, Cloreto de Sódio e Água

para Injeção.

Cada mL da solução injetável de ALPHACAINE 1:200.000 contém:

Epinefrina base............................................................5,0 g

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES:

O produto é indicado para a anestesia local por bloqueio de nervo ou por infiltração, para intervenções odontológicas em geral, extrações

múltiplas, próteses imediatas e procedimentos endodônticos e procedimentos periodontais simples e complexos.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Estudos clínicos têm avaliado a capacidade dos anestésicos de bloquear a condução nos axônios do sistema nervoso periférico

(Friedman, P.M. and others: Comparative study of the efficacy of four topical anesthetics, Dermatol Surg 25:12, 1999/Buckley, J.A.;

Ciancio, S.G.; Mc Mullen, J.A.: Efficacy of epinephrine concentration in local anesthesia during periodontal surgery, J. Periodontol

55:653-657, 1984) e sua eficácia no controle da dor quando associados a diferentes vasoconstritores (Jacob, W.: Local anaesthesia and

vasoconstrictive additional components, Newslett Int Fed Dent Anesthesiol Soc 2(1):3, 1989/Bennett, C.R.: Monheim's local anesthesia

and pain control in dental practice, ed 7, St. Louis, 1983, Mosby-Year Book).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS:

Cloridrato de Lidocaína

Classificação: Amida

Sinônimos: Lignocaína, Xilocaína

Fórmula química: Cloridrato de 2-dietilamino-2',6-acetoxilidida

Potência: 2 (procaína = 1)

Toxicidade: 2 (em comparação com a procaína).

Modo de Ação: Estabiliza a membrana neuronal inibindo o fluxo de íons necessários ao início e condução dos impulsos, causando por

isto um efeito de anestesia local.

Absorção: A lidocaína é completamente absorvida seguindo-se a administração parenteral e sua margem de absorção depende do local

da administração e da presença ou não de vasoconstritores. A ligação à proteínas plasmáticas é dependente da concentração da droga e a

fração ligada decresce conforme o aumento da concentração. Atravessa as barreiras hematoencefálica e placentária, presumivelmente por

difusão passiva.

Metabolismo: É metabolizada no fígado, por oxidases microssômicas até monoetilglicerina e xilidida; a xilidida é um anestésico local

potencialmente tóxico.

Excreção: Se dá pelos rins; menos de 10% inalterados, mais de 80% na forma de vários metabólitos.

Propriedade vasodilatadora: Consideravelmente menor que a da procaína, entretanto, maior do que a da prilocaína ou a da

mepivacaína.

Início da ação: Rápido (2 a 3 minutos).

Meia-vida anestésica: 1,6 hora.

Ação anestésica tópica: Sim, nas concentrações clinicamente aceitáveis.

Epinefrina

Sinônimo: Adrenalina

É uma amina simpaticomimética, sendo quimicamente conhecida como álcool 3,4-dihidroxi (metilamino) metil benzílico. Atua nos

receptores alfa e beta adrenérgicos, predominando os efeitos beta. Tem sido usada em concentrações mínimas que permitem um efeito

anestésico prolongado necessário para longas cirurgias e/ou quando ocorre um sangramento importante.

4. CONTRA-INDICAÇÕES

O uso do produto em pacientes com conhecida hipersensibilidade aos componentes da fórmula ou que estejam fazendo uso de

medicamentos que sabidamente provocam alterações na pressão sangüínea, como inibidores da monoaminoxidase (IMAO),

antidepressivos tricíclicos e fenotiazinas, é contra-indicado.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

A segurança e a eficácia dos anestésicos locais dependem da dosagem recomendada, da técnica correta, de uma anamnese previamente

realizada, das precauções adequadas e da rapidez e habilidade do profissional na intervenção nos casos emergenciais. Deve-se usar a

menor dosagem capaz de proporcionar uma anestesia eficaz. A administração de doses freqüentes de lidocaína pode causar acentuado

aumento nos níveis plasmáticos devido à absorção sistêmica, ao aumento da quantidade de droga e seus metabólitos ou ainda devido à

lenta degradação metabólica. A tolerância pode variar de acordo com o estado do paciente já que pacientes debilitados, com idade

avançada e portadores de doenças graves e crianças devem receber doses reduzidas, calculadas de acordo com a idade e suas condições

físicas. Recomenda-se cuidado especial na administração freqüente em pacientes com distúrbios hepáticos ou renais graves, uma vez que

o metabolismo nestes pacientes está comprometido. Atenção especial deve ser tomada na administração de anestésicos locais em

pacientes com histórico de sensibilidade ou alergia aos componentes da fórmula. Em pacientes com doenças vasculares periféricas há

um pequeno risco potencial de vasoconstritores, como a epinefrina, causarem isquemia ou necrose local. A presença de bissulfito de

sódio na formulação deve ser levada em conta para pacientes com quadro de asma. Os responsáveis por crianças ou pacientes com

distúrbios mentais devem ser alertados para observar os mesmos, a fim de evitar possíveis traumas indesejados nos lábios. Este produto

não deve ser utilizado se a solução estiver amarelada ou com presença de partículas.

Em pacientes idosos, nos quais as funções metabólicas, renais e hepáticas encontram-se geralmente diminuídas, deve-se ter o cuidado de

administrar a menor dose necessária e suficiente para proporcionar uma anestesia específica eficaz. ALPHACAINE deve ser

administrado com cautela em pacientes com disfunção hepática, disfunção renal e em pacientes asmáticos. O uso em crianças menores

de 10 anos deve seguir as recomendações do item Posologia.

Como ainda não estão disponíveis estudos adequados e bem controlados em pacientes grávidas e que estão amamentando o uso de

ALPHACAINE neste grupo de risco deve ser feito com cautela sob supervisão do profissional responsável

Não há dados ainda disponíveis sobre a possível excreção da lidocaína no leite humano e, como muitos fármacos são excretados desta

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Segundo estudos de P. Henry e J. Van der Driessche do laboratório de farmacologia do Centro Hospitalar Universitário de Rennes, o uso

de anestésico local associado ao consumo de álcool e medicamentos tranqüilizantes, interfere diretamente na eficiência do anestésico,

podendo aumentar ou diminuir seu tempo de ação, bem como sua potência. ALPHACAINE não deve ser usado em pacientes que

estejam fazendo uso de medicamentos que sabidamente provocam alterações na pressão sangüínea, como inibidores da

monoaminoxidase (IMAO), antidepressivos tricíclicos e fenotiazinas. Sérias arritmias cardíacas podem ocorrer se preparações contendo

vasoconstritores forem empregadas em pacientes durante ou após a administração de halotano, tricloroetileno, ciclopropano ou

clorofórmio. A administração simultânea de drogas vasopressoras e de drogas oxitócicas do tipo ergot pode causar hipertensão severa

persistente ou acidentes vasculares cerebrais.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Evitar o calor excessivo (temperatura superior a 40°C) e proteger da luz.

O prazo de validade desse produto é de 24 meses, contados a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem

Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Como ocorre com todos os anestésicos locais, a dosagem varia e depende da área a ser anestesiada, da vascularização dos tecidos, do

número de segmentos nervosos a serem bloqueados, da tolerância individual e da técnica anestésica usada. Deve-se usar a menor dose

necessária e suficiente para proporcionar uma anestesia específica. A dosagem necessária deve ser determinada em bases individuais. A

dose máxima sugerida pelo Conselho de Terapêutica Odontológica da Associação Americana de Odontologia e pela Convenção da USP

é de 4,4 mg/Kg, com ou sem vasoconstritor. Esta dose ainda permite o uso de um volume significativo da droga para se obter uma

anestesia clínica profunda, com um risco um pouco menor de reações tóxicas (superdosagem). A dose máxima recomendada para

crianças com menos de 10 anos, com peso e desenvolvimento normal, deve ser determinada através de fórmula pediátrica padrão (ex.:

Regra de Clark). A dose máxima recomendada de epinefrina é de 0,2 mg (ou o equivalente a 5,5 carpules de ALPHACAINE 50, 8,8

carpules de ALPHACAINE 80 ou 11 carpules de ALPHACAINE 100) para pacientes adultos saudáveis. A dose máxima recomendada

para os indivíduos sensíveis à epinefrina, como determinados pacientes ASA III ou ASA IV e pacientes clinicamente hipertireóideos, é

de 0,04 mg por consulta (1 carpule de ALPHACAINE 50, 1 e ½ carpule de ALPHACAINE 80 ou 2 carpules de ALPHACAINE 100).

Na infiltração oral e/ou bloqueio mandibular, a dose inicial usualmente efetiva é de 1 a 5 mL de lidocaína (½ a 2e ½ carpules). Em

crianças menores de 10 anos raramente é necessário administrar mais que 0,9 a 1,0 mL (½ carpule) de lidocaína por procedimento, para

alcançar anestesia local envolvendo um único dente. Durante a aplicação, recomenda-se fazer aspiração para evitar os riscos da injeção

intravascular.

Doses máximas: 4,4 mg de cloridrato de lidocaína/Kg

0,2 mg de epinefrina/consulta

(Cada carpule de 1,8 mL contém 36 mg de Cloridrato de Lidocaína)

Peso

(Kg)

Nº Carpules

ALPHACAINE 50

ALPHACAINE-80

ALPHACAINE 100

ALPHACAINE 200

10 1 (44 mg) 1 (44 mg) 1 (44 mg) 1 (44 mg)

20 2 (88 mg) 2 (88 mg) 2 (88 mg) 2 (88 mg)

30 3,5 (132 mg 3,5 (132 mg) 3,5 (132 mg) 3,5 (132 mg)

40 4,5 (176 mg) 4,5 (176 mg) 4,5 (176 mg) 4,5 (176 mg)

50 6 (220 mg) 6 (220 mg) 6 (220 mg) 6 (220 mg)

60 6 (220 mg) 7 (264 mg) 7 (264 mg) 7 (264 mg)

70 6 (220 mg) 8 (300 mg) 8 (300 mg) 8 (300 mg)

80 6 (220 mg) 8 (300 mg) 8 (300 mg) 8 (300 mg)

90 6 (220 mg) 8 (300 mg) 8 (300 mg) 8 (300 mg)

100 6 (220 mg) 8 (300 mg) 8 (300 mg) 8 (300 mg)

As doses indicadas são o máximo sugerido para indivíduos saudáveis normais; as doses devem ser reduzidas nos pacientes debilitados

ou idosos.

Aconselha-se desinfetar a capa do carpule (tubete) que entrará em contato com a agulha com algodão embebido em álcool a 70%. Não

imergir os carpules (tubetes) em hipótese nenhuma, qualquer que seja a solução.

Durante a administração, recomenda-se realizar aspiração, para evitar os riscos de injeção intravascular. Para realizar a aspiração, a

agulha deve ser reposicionada até que não ocorra nenhum retorno de sangue com a aspiração. Contudo, deve-se observar que a ausência

de sangue na seringa não garante que a injeção intravascular foi evitada e uma dupla aspiração é sempre recomendada. Carpules

parcialmente usados não deverão ser reaproveitados.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Os efeitos colaterais são similares àqueles observados com outros anestésicos locais do tipo amida. As reações adversas são em geral

relativas a dosagem e podem ser resultantes de altos níveis plasmáticos causados por dosagem excessiva, absorção rápida ou injeção

intravascular não intencional, ou ainda podem resultar de uma hipersensibilidade, idiossincrasia ou tolerância reduzida por parte do

paciente. Podem ocorrer efeitos que envolvem o sistema cardiovascular e o SNC. As manifestações no SNC são excitatórias e/ou

depressivas e podem ser caracterizadas por fotofobia, nervosismo, apreensão, euforia, confusão, tontura, sonolência, zumbidos, visão

borrada, vômitos, sensação de calor, frio ou dormência, tremores, perda da consciência, depressão e parada respiratória. As

manifestações cardiovasculares são normalmente depressivas e caracterizadas por bradicardia, hipotensão e colapso cardiovascular, que

pode levar a uma parada cardíaca. Sinais e sintomas de uma função cardiovascular depressiva podem comumente ser resultado de uma

reação vasovagal, mas podem eventualmente ser o resultado e um efeito direto da droga. Tratamentos de suporte para estas

manifestações devem estar ao alcance do profissional para uma rápida ação. Equipamentos de ressuscitação, oxigênio e outras drogas

para ressuscitação devem estar disponíveis para uso imediato. A alergia a anestésicos locais do tipo amida praticamente inexiste. Embora

possíveis, as reações alérgicas documentadas e reprodutíveis são extremamente raras. As manifestações alérgicas brandas podem incluir

lesões cutâneas, urticária e edema. Reações anafiláticas são extremamente raras. As manifestações neurológicas, como por exemplo,

deficiência neurológica persistente, associada ao uso de anestésicos locais pode estar relacionada com a técnica utilizada, a dose total de

anestésico administrada, a rota da administração e as condições físicas do paciente.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.