Bula do Alprazolam produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
alprazolam
Comprimido 0,5mg, 1mg e 2mg
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS
AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Comprimido 0,5mg
Embalagens contendo 10, 30, 60, 90, 200 e 500 comprimidos.
Comprimido 1mg
Comprimido 2mg
USO ORAL
USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 0,5mg contém:
alprazolam.................................................................................................................0,5mg
Excipiente q.s.p.............................................................................................1 comprimido
Excipientes: celulose microcristalina, laurilsulfato de sódio, dióxido de silício,
croscarmelose sódica, amido, óleo vegetal hidrogenado e corante amarelo crepúsculo
laca de alumínio.
Cada comprimido de 1mg contém:
alprazolam....................................................................................................................1mg
croscarmelose sódica, amido, óleo vegetal hidrogenado, corante vermelho eritrosina
laca alumínio e corante de azul indigotina laca.
Cada comprimido de 2mg contém:
alprazolam....................................................................................................................2mg
croscarmelose sódica, amido e óleo vegetal hidrogenado.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Alprazolam é indicado no tratamento de transtornos de ansiedade.
Alprazolam não deve ser administrado como substituição do tratamento apropriado de
psicose.
Os sintomas de ansiedade podem variavelmente incluir: ansiedade, tensão, medo,
apreensão, intranquilidade, dificuldades de concentração, irritabilidade, insônia e/ou
hiperatividade neurovegetativa, resultando em manifestações somáticas variadas.
Este medicamento também é indicado no tratamento dos transtornos de ansiedade
associados com outras manifestações, como a abstinência ao álcool.
Alprazolam também está indicado no tratamento do transtorno do pânico, com ou sem
agorafobia, cuja principal característica é a crise de pânico não esperada, um ataque
súbito de apreensão intensa, medo ou terror.
Estudos Clínicos
Transtornos de Ansiedade
Alprazolam foi comparado ao placebo em estudos duplo-cegos (doses de até 4mg/dia)
em pacientes com um diagnóstico de ansiedade ou ansiedade associada a sintomas de
depressão. Alprazolam foi significativamente melhor do que o placebo para cada
período de avaliação destes estudos de 4 semanas, conforme a observação de vários
instrumentos psicométricos, como a Escala de Impressão Clínica Global do Médico,
Escala de Hamilton de Ansiedade, Escala de Impressão Clínica Global do Paciente e
Escala de Autoavaliação dos Sintomas.
Transtorno do Pânico
Três estudos de curto prazo (de até 10 semanas), duplo-cegos, controlados por placebo,
dão suporte ao uso de alprazolam no tratamento do transtorno de pânico, conforme
diagnóstico estabelecido utilizando-se o critério do DSM-III-R para este transtorno.
A dose média de alprazolam foi de 5-6mg/dia em dois destes estudos, e as doses foram
fixadas em 2 e 6mg/dia no terceiro estudo. Em todos os estudos clínicos, alprazolam foi
superior ao placebo na variável definida como o número de pacientes com nenhum
ataque de pânico (37 a 83% dos pacientes alcançaram este critério), bem como na
variável sobre o escore de melhora global. Em dois destes estudos, alprazolam foi
superior ao placebo na mudança do número de ataques de pânico por semana em
comparação à linha de base (que variou de 3,3 a 5,2) e também na escala de fobia. Um
terceiro subgrupo de pacientes que melhoraram com alprazolam durante o tratamento de
curto prazo continuou em um estudo aberto de até 8 meses, sem perda aparente do
benefício do medicamento.
Referências:
Elie, R.;Lamontagne,Y.: Alprazolam and Diazepam in the Treatment of Generalized
Anxiety. Journal of Clinical Psychopharmacology, 1984: Volume 4 (3).
Andersch et al: Efficacy and safety of alprazolam, imipramine and placebo in treating
panic disorder A Scandinavian multicenter study. Acta Psychiatrica Scandinavica, 1984:
83(365), 18-27.
Sheehan,D.V.; Raj,A.B.; Harnett-Sheehan,K.; Soto,S.; Knapp,E.: The relative efficacy
of high-dose buspirone and alprazolam in the treatment of panic disorder: a double-
blind placebo-controlled study. Acta Psychiarica Scandinavica, 88(1), 1-11.
Lydiard,R.; Lesser,I; Ballenger,J; Rubin,R.; Laraia,M.; Dupont,R.: A Fixed-Dose Study
of Alprazolam 2mg, Alprazolam 6mg, and Placebo in Panic Disorder. Journal of
Clinical Psychopharmacology, 1992: 12(2).
Propriedades Farmacodinâmicas
Este medicamento contem alprazolam, de nome químico 8-cloro-1-metil-6-fenil-4H-s-
triazolo-(4,3-alfa) (1,4) benzodiazepina, triazolo análogo da classe de 1,4-
benzodiazepínicos que atuam no sistema nervoso central.
Esses fármacos, presumivelmente, exercem seus efeitos através da ligação com
receptores estéreo-específicos em vários locais no sistema nervoso central. O
mecanismo de ação exato é desconhecido. Clinicamente, todos os benzodiazepínicos
causam um efeito depressor, relacionado com a dose, que varia de um
comprometimento leve do desempenho de tarefas à hipnose.
Propriedades Farmacocinéticas
Após a administração oral, o alprazolam é rapidamente absorvido. Os picos de
concentração plasmática ocorrem em 1 a 2 horas após a administração. As
concentrações plasmáticas são proporcionais às doses administradas; dentro do intervalo
posológico de 0,5mg a 3,0mg, foram observados picos de 8,0 a 37ng/mL. Com a
utilização de uma metodologia de ensaio específico, foi observado que a meia-vida de
eliminação plasmática média do alprazolam é de aproximadamente 11,2 horas (variando
entre 6,3 – 26,9h) em adultos saudáveis.
Os metabólitos predominantes são alfa-hidroxi-alprazolam e uma benzofenona derivada
do alprazolam. A atividade biológica do alfa-hidroxi-alprazolam é aproximadamente
metade da atividade biológica do alprazolam.
O metabólito benzofenona é essencialmente inativo. Os níveis plasmáticos desses
metabólitos são extremamente baixos, o que impede a descrição precisa da
farmacocinética. Entretanto, suas meias-vidas parecem ter a mesma ordem de
magnitude que a do alprazolam. O alprazolam e seus metabólitos são excretados
principalmente através da urina.
A capacidade do alprazolam de induzir os sistemas de enzimas hepáticas em humanos
ainda não foi determinada.
Entretanto, essa não é uma propriedade dos benzodiazepínicos em geral. Além disso, o
alprazolam não afetou os níveis plasmáticos de protrombina ou varfarina em voluntários
do sexo masculino que receberam a varfarina sódica por via oral.
In vitro, a ligação do alprazolam às proteínas séricas humanas é de 80%.
Foram relatadas alterações na absorção, distribuição, metabolismo e excreção dos
benzodiazepínicos em uma variedade de doenças, incluindo alcoolismo, insuficiência
hepática e insuficiência renal. Também foram demonstradas alterações em pacientes
geriátricos. Em indivíduos idosos sadios, foi observado que a meia-vida média do
alprazolam é de 16,3 horas (variando de 9,0 – 26,9 horas; n=16), comparado a 11,0
horas (variando de 6,6 – 15,8 horas; n=16) em indivíduos adultos sadios. Em pacientes
com doença alcoólica do fígado, a meia-vida do alprazolam variou de 5,8 – 65,3 horas
(média de 19,7 horas; n=17); quando comparado a 6,3 – 26,9 horas em indivíduos
sadios (média: 11,4 horas; n=17). Em um grupo de indivíduos obesos a meia-vida do
alprazolam variou entre 9,9 e 40,4 horas (média de 21,8 horas; n=12); quando
comparado a indivíduos sadios, cuja variação foi de 6,3 – 15,8 horas (média de 10,6
horas, n=12).
Devido à semelhança com outros benzodiazepínicos, presume-se que o alprazolam
atravesse a placenta e seja excretado pelo leite materno.
Dados de segurança pré-clínica
Mutagênese, Carcinogênese, Fertilidade e Efeitos Oculares
O alprazolam não foi mutagênico no teste de micronúcleo em ratos em doses de até
100mg/kg, que é uma dose 500 vezes a dose diária máxima de 10mg/dia recomendada
para humanos. O alprazolam também não foi mutagênico no ensaio de eluição
alcalina/lesão de DNA ou ensaio de Ames.
Não foram observadas evidências de potencial carcinogênico nos estudos de bioensaio
de 2 anos do alprazolam em ratos que receberam doses de até 30mg/kg/dia (150 vezes a
dose diária máxima recomendada para humanos - 10mg/dia) e em camundongos que
receberam doses de até 10mg/kg/dia (50 vezes a dose diária máxima recomendada para
seres humanos).
O alprazolam não produziu comprometimento da fertilidade em ratos em doses de até
5mg/kg/dia, que são 25 vezes a dose diária máxima de 10mg/dia recomendada para
humanos.
Quando ratos foram tratados oralmente com alprazolam, 3, 10 e 30mg/kg/dia (15 a 150
vezes a dose humana máxima recomendada diária de 10mg/dia) por dois anos, uma
tendência para um aumento da dose relacionados no número de catarata (feminino) e
vascularização (machos) foi observada. Estas lesões não aparecem até depois de 11
meses de tratamento.
Alprazolam é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida a esse
fármaco, a outros benzodiazepínicos ou a qualquer componente do produto, e em
pacientes portadores de miastenia gravis ou glaucoma de ângulo estreito agudo.
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.
Gerais
Recomenda-se atenção especial no tratamento de pacientes com insuficiência renal ou
hepática.
Habituação e dependência emocional/física podem ocorrer com benzodiazepínicos,
inclusive com este medicamento.
Assim como com todos os benzodiazepínicos, o risco de dependência aumenta com
doses maiores e utilização em longo prazo, e é ainda maior em pacientes com história de
alcoolismo ou abuso de drogas.
Sintomas de abstinência ocorreram após diminuição rápida ou descontinuação abrupta
de benzodiazepínicos, inclusive de alprazolam. Esses sintomas podem variar de leve
disforia e insônia a uma síndrome mais importante, que pode incluir cãibras musculares
e cólicas abdominais, vômitos, sudorese, tremores e convulsões.
Adicionalmente, crises epilépticas ocorreram com a diminuição rápida ou
descontinuação abrupta do tratamento com alprazolam (vide item 8 - Posologia e Modo
de Usar – Descontinuação do Tratamento).
Transtornos do pânico têm sido associados a transtornos depressivos maiores primários
e secundários e a relatos aumentados de suicídio entre pacientes não tratados. Dessa
forma, deve-se ter cautela quando doses mais altas de alprazolam forem utilizadas no
tratamento de pacientes com transtornos do pânico, a exemplo do que ocorre no
tratamento de pacientes deprimidos com fármacos psicotrópicos ou naqueles em que há
razões para se presumir planos ou pensamentos suicidas ocultos.
A administração a pacientes suicidas ou gravemente deprimidos deve ser realizada com
as devidas precauções e com a prescrição de doses apropriadas.
Episódios de hipomania e mania têm sido relatados em associação com o uso de
alprazolam em pacientes com depressão.
A utilização de alprazolam não foi estabelecida em certos tipos de depressão (vide item
1 - Indicações).
Se alprazolam for combinado a outros agentes psicotrópicos ou anticonvulsivantes,
deve-se considerar cuidadosamente a farmacologia dos agentes a serem empregados,
particularmente, tratando-se de agentes que possam potencializar a ação dos
benzodiazepínicos (vide item 6 - Interações Medicamentosas).
O médico deve reavaliar periodicamente a utilidade do medicamento para cada paciente.
Alprazolam não deve ser empregado como substituto ao tratamento adequado para
psicose (vide item 1 - Indicações).
Os pacientes devem ser advertidos para não ingerirem simultaneamente bebidas
alcoólicas e outros fármacos depressores do sistema nervoso central durante o
tratamento com alprazolam (vide item 6 – Interações Medicamentosas).
Uso durante a Gravidez
Os dados relacionados à teratogenicidade e aos efeitos sobre o desenvolvimento e o
comportamento pós-natais após tratamento com benzodiazepínicos são inconsistentes.
Existem evidências de alguns estudos iniciais com outros membros da classe dos
benzodiazepínicos em que a exposição in utero pode estar associada a malformações.
Estudos posteriores com fármacos da classe dos benzodiazepínicos não forneceram
evidência clara de qualquer tipo de defeito. Há descrições de crianças expostas a
benzodiazepínicos durante o fim do terceiro trimestre de gestação ou durante o parto
que apresentaram tanto a síndrome da criança hipotônica (floppy infant syndrome)
quanto sintomas neonatais de retirada do fármaco. Se alprazolam for utilizado durante a
gravidez, ou se a paciente engravidar enquanto estiver utilizando este medicamento, ela
deve ser informada do dano potencial ao feto.
Alprazolam é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez.
Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica.
Uso durante a Lactação
As concentrações de benzodiazepínicos, inclusive de alprazolam, são baixas no leite
materno. No entanto, não se deve amamentar durante a utilização deste medicamento.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Os pacientes devem ser advertidos sobre o uso de alprazolam durante a condução de
veículos ou iniciar outras atividades perigosas até que seja provado que eles não se
tornem debilitados ao receber o medicamento.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas,
pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
A segurança e a eficácia deste medicamento em indivíduos com menos de 18 anos de
idade não foram estabelecidas.
Recomenda-se cautela ao tratar pacientes com alteração de função renal ou hepática.
Os pacientes idosos são mais sensíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos. Eles
apresentam elevadas concentrações plasmáticas de alprazolam devido à redução do
clearance do medicamento quando comparado à população jovem que recebeu a mesma
dose. Recomenda-se que a dose seja limitada à menor dose eficaz para evitar o
desenvolvimento de ataxia ou hipersedação, que pode ser um problema particular em
Os benzodiazepínicos, incluindo o alprazolam, produzem efeitos depressores aditivos
do sistema nervoso central, quando coadministrados com álcool ou outros fármacos que
produzem depressão do sistema nervoso central.
Podem ocorrer interações farmacocinéticas quando alprazolam é administrado com
fármacos que interferem no seu metabolismo. Compostos que inibem determinadas
enzimas hepáticas (particularmente o citocromo P450 3A4) podem aumentar a
concentração de alprazolam e acentuar sua atividade. Os dados obtidos a partir de
estudos clínicos com alprazolam, estudos in vitro com alprazolam e estudos clínicos
com fármacos metabolizados similarmente ao alprazolam mostram interações de
variados graus e possibilidade de interação com alprazolam para uma quantidade de
fármacos. Baseando-se no grau de interação e no tipo de dados disponíveis, recomenda-
se o seguinte:
- a coadministração de alprazolam com cetoconazol, itraconazol e outros antifúngicos
azólicos não é recomendada;
- recomenda-se cautela e consideração de redução da dose quando alprazolam é
coadministrado com nefazodona, fluvoxamina e cimetidina;
- também se recomenda cautela quando alprazolam é coadministrado com fluoxetina,
propoxifeno, anticoncepcionais orais, diltiazem, ou antibióticos macrolídeos como
eritromicina e troleandomicina;
- as interações envolvendo inibidores da protease do HIV (por exemplo, ritonavir) e
alprazolam são complexas e dependentes do tempo. Baixas doses de ritonavir
resultaram em grande alteração do clearance de alprazolam, prolongaram sua meia-vida
de eliminação e aumentaram seus efeitos clínicos. No entanto, sob exposição
prolongada ao ritonavir, a CYP3A compensou essa inibição. Essa interação torna
necessário um ajuste de dose ou descontinuação do alprazolam.
-Aumento nas concentrações de digoxina tem sido reportado quando alprazolam é
administrado, especialmente em idosos (> 65 anos de idade). Pacientes que recebem
alprazolam e digoxina devem, portanto ser monitorados em relação à sinais e sintomas
relacionados à toxicidade da digoxina.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO
CARTUCHO DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE
(15 A 30°C). PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características físicas e organolépticas do produto:
Alprazolam 0,5mg: Comprimido oblongo de cor alaranjada.
Alprazolam 1mg: Comprimido oblongo de cor roxa.
Alprazolam 2mg: Comprimido circular de cor branca.
Uso em Adultos
A dose ótima de alprazolam deve ser individualizada com base na gravidade dos
sintomas e na resposta individual do paciente. A dose habitual (vide quadro) é suficiente
para as necessidades da maioria dos pacientes. Nos pacientes que requeiram doses mais
elevadas, essas devem ser aumentadas com cautela, a fim de evitar reações adversas.
Em geral, os pacientes que não tenham sido previamente tratados com medicamentos
psicotrópicos necessitarão de doses menores que aqueles previamente tratados com
tranquilizantes menores, antidepressivos ou hipnóticos.
Uso em Crianças
A segurança e a eficácia de alprazolam em indivíduos com menos de 18 anos de idade
não foram estabelecidas.
Uso em Pacientes Idosos ou Debilitados
Recomenda-se usar a menor dose eficaz para os pacientes idosos ou debilitados para
evitar sedação excessiva ou ataxia (vide quadro).
Duração do Tratamento
Os dados disponíveis corroboram a utilização da medicação por até 6 meses para
transtornos ansiosos e por até 8 meses no tratamento dos transtornos de pânico.
Descontinuação do Tratamento
Para descontinuar o tratamento com alprazolam, a dose deve ser reduzida lentamente,
conforme prática médica adequada. É sugerido que a dose diária de alprazolam seja
reduzida em não mais que 0,5mg a cada 3 dias. Alguns pacientes podem necessitar de
redução de dose ainda mais lenta (vide item 5 - Advertências e Precauções).
Dosagem Recomendada
Indicação Dose inicial* Limites da dose habitual
Transtornos de
ansiedade
0,25mg a 0,5mg,
administrados 3
vezes ao dia
0,5mg a 4,0mg ao dia, administrados
em doses divididas.
Transtorno do pânico 0,5mg a 1,0mg antes
de dormir ou 0,5mg,
A dose deve ser ajustada de acordo
com a resposta do paciente.
Os ajustes de dose devem ser
aumentados no máximo 1mg a cada 3
ou 4 dias. Com alprazolam, doses
adicionais podem ser acrescentadas
até que seja alcançada uma posologia
de 3 ou 4 vezes diariamente.
A dose média em um grande estudo
multiclínico foi 5,7 ± 2,27mg, com
pacientes necessitando,
ocasionalmente, de um máximo de
10mg diariamente.
Pacientes geriátricos
ou na presença de
condições
debilitantes
0,25mg
administrados 2 ou 3
0,5mg a 0,75mg ao dia, administrados
em doses divididas; podem ser
gradualmente aumentadas se
necessário e tolerado.
*Se ocorrerem efeitos colaterais, a dose deve ser diminuída.
Este medicamento não deve ser mastigado.
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça de utilizar este medicamento no horário estabelecido, deve
fazê-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve
desconsiderar a dose esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve
utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.
O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Os eventos adversos de alprazolam, se presentes, geralmente são observados no início
do tratamento e habitualmente desaparecem com a continuidade do tratamento ou
diminuição da dose.
Os eventos adversos associados ao tratamento com alprazolam em pacientes
participantes de estudos clínicos controlados foram os seguintes: Reações muito
comuns (≥ 1/10): sedação e sonolência. Reações comuns (≥ 1/100 e < 1/10):
diminuição do apetite, confusão, depressão, desorientação, diminuição da libido, ataxia,
perturbação do equilíbrio, falta de coordenação motora, comprometimento da memória,
disartria, dificuldades de concentração, hipersonia, letargia, tontura, cefaleia, visão
turva, constipação, boca seca, náusea, fadiga e irritabilidade. Reações incomuns (≥
1/1.000 e < 1/100): ansiedade, insônia, nervosismo, amnésia, tremor, fraqueza muscular
e alteração do peso.
Na experiência pós-comercialização, os seguintes eventos adversos adicionais foram
relatados: Reações comuns (≥ 1/100 e < 1/10): sensação de cabeça vazia. Reações
incomuns (≥ 1/1.000 e < 1/100): hiperprolactinemia, hipomania, mania (vide item 5 –
Advertências e Precauções), alucinações, raiva, comportamento agressivo ou hostil,
agitação, alterações da libido, pensamentos invasivos, pensamento anormal,
hiperatividade psicomotora, estimulação, distonia, alterações gastrintestinais, hepatite,
função hepática anormal, icterícia, dermatite, incontinência urinária, retenção urinária,
disfunção sexual, irregularidades menstruais e aumento da pressão intraocular.
Frequência desconhecida: desequilíbrio autonômico do sistema nervoso (aumento da
frequência cardíaca, diminuição da pressão arterial quando há mudança de posição,
dilatação da pupila), angioedema (inchaço das mucosas que pode afetar as vias aéreas) e
edema periférico (inchaço dos membros) e reação de fotossensibilidade.
Em muitos dos relatos de casos espontâneos de efeitos comportamentais adversos, os
pacientes estavam recebendo outros fármacos de ação no sistema nervoso central
concomitantemente e/ou tinham doenças psiquiátricas subjacentes. Pacientes que
apresentam um distúrbio de personalidade limítrofe, história prévia de comportamento
violento ou agressivo ou abuso de bebidas alcoólicas ou outras substâncias podem ser
pacientes de risco para esses eventos. Foram relatados casos de irritabilidade,
hostilidade e pensamentos invasivos durante a interrupção da administração de
alprazolam em pacientes com distúrbio de estresse pós-traumático.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em http:
//www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.
As manifestações de superdose do alprazolam são extensões da sua ação farmacológica
e incluem sonolência, fala arrastada, comprometimento da coordenação motora, coma e
depressão respiratória. Sequelas graves são raras, exceto quando há ingestão
concomitante de outros fármacos e/ou etanol.
Tratamento geral da superdose
Os relatos de superdose de alprazolam são limitados. Como em todos os casos de
superdose, a respiração, o pulso e a pressão arterial devem ser monitorados. Devem ser
instituídas medidas gerais de suporte, juntamente com lavagem gástrica imediata.
Devem ser administrados líquidos intravenosos e a permeabilidade das vias aéreas deve
ser mantida.
Se ocorrer hipotensão, esta pode ser tratada com vasopressores. O valor da diálise não
foi determinado. Como em todos os casos de superdosagem intencional de qualquer
fármaco, deve-se ter em mente que múltiplos agentes podem ter sido ingeridos.
O flumazenil, um antagonista específico dos receptores de benzodiazepínicos, está
indicado na reversão completa ou parcial dos efeitos sedativos dos benzodiazepínicos e
pode ser usado em situações em que a superdosagem de benzodiazepínicos foi
confirmada ou é presumida. Antes da administração do flumazenil, devem ser
instituídas as medidas necessárias para assegurar a permeabilidade das vias aéreas, a
ventilação e um acesso intravenoso. O flumazenil destina-se a ser usado como um
adjuvante do tratamento apropriado da superdosagem de benzodiazepínicos e não como
um substituto. Os pacientes tratados com flumazenil devem ser monitorados para
diagnosticar nova sedação, depressão respiratória e outros efeitos residuais dos
benzodiazepínicos durante um período apropriado após o tratamento. O médico deve
estar ciente do risco de crise convulsiva em associação ao tratamento com flumazenil,
particularmente nos pacientes que recebem, durante períodos prolongados,
benzodiazepínicos e na superdosagem de antidepressivos cíclicos. Antes do uso de
flumazenil, deve-se consultar a bula completa deste produto.
Estudos em Animais
Quando ratos foram tratados com alprazolam nas doses de 3, 10 e 30mg/kg/dia
(correspondente a 15-150 vezes a dose máxima recomendada para humanos), por via
oral, por 2 anos, a tendência para um aumento do número de catarata, relacionado à
dose, foi observada em ratas e uma tendência para um aumento da vascularização da
córnea, relacionada à dose, foi observada nos animais machos. Estas lesões não
surgiram até 11 meses após o início do tratamento.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais
orientações.