Bula do Amilorid para o Profissional

Bula do Amilorid produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Amilorid
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a - Profissional

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BULA COMPLETA DO AMILORID PARA O PROFISSIONAL

AMILORID®

(hidroclorotiazida + cloridrato de

amilorida)

Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.

Comprimido

50mg + 5mg

Amilorid®

- Comprimido - Bula para o profissional da saúde 1

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:

hidroclorotiazida + cloridrato de amilorida

APRESENTAÇÕES

Comprimidos de 50mg + 5mg em embalagens contendo 30 e 500* comprimidos.

*Embalagem hospitalar

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de Amilorid®

de 50mg + 5mg contém:

hidroclorotiazida.....................................................................................................................................50mg

cloridrato de amilorida..............................................................................................................................5mg

excipientes q.s.p….……………………………………………….......................................... 1 comprimido

(cellactose, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício, corante amarelo

tartrazina, amido, estearato de magnésio e povidona).

- Comprimido - Bula para o profissional da saúde 2

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE:

1. INDICAÇÕES

Amilorid®

é indicado para pacientes nos quais há suspeita de depleção de potássio ou naqueles em que

essa depleção é prevista. A combinação do cloridrato de amilorida com a hidroclorotiazida minimiza a

possibilidade de desenvolvimento de perda excessiva de potássio em pacientes submetidos a uma diurese

intensa por períodos prolongados. Amilorid®

, com o componente cloridrato de amilorida conservador de

potássio, está especialmente indicado para as condições em que o efeito positivo sobre o balanço de

potássio for particularmente importante.

pode ser usado isoladamente ou como adjuvante a outros anti-hipertensivos para o tratamento

de:

• hipertensão;

• edema de origem cardíaca;

• cirrose hepática com ascite e edema.

2. RESULTADO DE EFICÁCIA

é um medicamento diurético/anti-hipertensivo que combina a forte ação natriurética da

hidroclorotiazida (HCTZ), com a ação poupadora de potássio pelo cloridrato de amilorida. Amilorid®

é

indicado para o tratamento de pacientes com hipertensão arterial, edema de origem cardíaca ou cirrose

hepática com ascite e edema nos quais a depleção de potássio pode ser esperada. Amilorid®

minimiza a

possibilidade do desenvolvimento da perda excessiva de potássio em pacientes que recebem terapia com

tiazídicos por períodos prolongados. Amilorid®

é indicado especialmente para condições em que o efeito

conservador de potássio é importante.

Hipertensão

O hidroclorotiazida + cloridrato de amilorida 50mg+5mg demonstrou atividade anti-hipertensiva, quando

utilizado na dose de 1 a 4 comprimidos ao dia. Em um estudo clínico multicêntrico de hipertensão de 12

semanas, 74% dos pacientes que receberam 1 ou 2 comprimidos diários de hidroclorotiazida + cloridrato

de amilorida apresentaram resposta na Semana 4 (pressão arterial diastólica na posição supina igual ou

menor que 90mmHg, ou diminuição da pressão arterial diastólica na posição supina ≥ 10mmHg) e 74%

apresentaram resposta na conclusão do estudo. Reduções semelhantes foram mantidas no primeiro

período de extensão duplo-cega. No final da 12ª semana os seguintes níveis médios séricos de potássio

foram obtidos para os grupos de tratamento de hidroclorotiazida + cloridrato de amilorida e HCTZ.

POTÁSSIO SÉRICO MÉDIO (mEq/L)

(Semana 12)

TRATAMENTO NÚMERO DE

PACIENTES

MÉDIA DO

PERÍODO

BASAL

MÉDIA DE

TRATAMENTO

ALTERAÇÃO

hidroclorotiazida

+ cloridrato de

amilorida

45 4,24 3,86 —0,38++

HCTZ 53 1,15 3,56 —0,59++

++ Redução significativa em relação ao baseline, p < 0.01.

Um estudo clínico multicêntrico (8 centros) de 12 semanas foi realizado para avaliar os efeitos anti-

hipertensivos e conservadores de potássio e ao perfil de segurança da amilorida 5mg e hidroclorotiazida +

cloridrato de amilorida 50mg+5mg e da HCTZ 50mg em pacientes com hipertensão essencial não-

complicada leve a moderada. Durante esse estudo, 14 dos 62 pacientes (22,6%) que receberam HCTZ, 1

de 57 pacientes (2%) que receberam hidroclorotiazida + cloridrato de amilorida, e nenhum dos 60

pacientes que receberam amilorida apresentaram uma ou mais reduções clinicamente importantes (abaixo

de 3,0mEq/L) nos níveis séricos de potássio durante o período de tratamento de 12 semanas. Além disso,

a hipocalemia, que ocorreu no grupo HCTZ, tendeu a persistir. A ação poupadora de potássio da

amilorida quando utilizada com HCTZ na combinação fixa do medicamento hidroclorotiazida +

cloridrato de amilorida geralmente preveniu a ocorrência de hipocalemia clinicamente importante.

Um estudo multi-clínico duplo-cego foi conduzido para comparar os efeitos anti-hipertensivos de

hidroclorotiazida + cloridrato de amilorida (25mg+2,5mg) com HCTZ 25mg em 30 pacientes com

hipertensão leve a moderada. Após 6 semanas, em cada grupo de tratamento, foram observadas reduções

médias significativas da pressão arterial na posição supina tanto diastólica como sistólica [pressão arterial

diastólica (PAD) de 10,6mmHg para hidroclorotiazida + cloridrato de amilorida e 10,5mmHg para

- Comprimido - Bula para o profissional da saúde 3

HCTZ, e para pressão arterial sistólica (PAS) de 19,9mmHg para hidroclorotiazida + cloridrato de

amilorida e de 18,1mmHg para HCTZ]. A diferença entre os dois grupos não foi significativa. Uma

redução média em relação ao pré-tratamento foi observada na 6ª semana com o grupo de HCTZ (-

0,34mmol/l), embora os valores séricos de potássio dentro do grupo que recebeu hidroclorotiazida +

cloridrato de amilorida tenham ficado praticamente inalterados (0,03mmol/L). Uma diferença estatística

foi observada entre os dois grupos.

Edema de Origem Cardíaca

Um estudo clínico aberto, de desenho paralelo, multicêntrico (4 centros) com 7-8 semanas de duração foi

conduzido em 69 pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca congestiva compensada, que

estavam recebendo digitálicos. Os efeitos diuréticos e poupadores de potássio de hidroclorotiazida +

cloridrato de amilorida 50mg+5mg em comparação com triantereno 50mg/HCTZ 25mg ou HCTZ mais

suplementação de potássio foram avaliados após um período de basal de 1 ou 2 semanas com HCTZ

50mg. O tratamento consistiu de hidroclorotiazida + cloridrato de amilorida (1 ou 2 comprimidos 1x/dia),

triantereno 50mg/HCTZ 25mg (2 ou 4 cápsulas 1x/dia), ou HCTZ (50 ou 100mg 1x/dia), mais KCl

40mEq/30mL (30 ou 60mL 1x/dia). O grupo que recebeu hidroclorotiazida + cloridrato de amilorida

apresentou reduções estatisticamente significativas no peso corporal em comparação com o período basal

de 2 e 4 semanas de tratamento, e aumentos estatisticamente significativos nos níveis séricos de potássio

em todas as semanas de tratamento. Nenhum dos outros grupos apresentaram reduções estatisticamente

significativas de peso, e apenas o grupo de triantereno 50mg/HCTZ 25mg apresentou aumento

estatisticamente significativo de potássio sérico (em uma semana de tratamento).

Em um estudo que incluiu 15 pacientes com insuficiência cardíaca congestiva compensada, amilorida

20mg e HCTZ 200mg (equivalente a hidroclorotiazida + cloridrato de amilorida 4 comprimidos por dia)

foram administradas concomitantemente durante um período de três semanas de tratamento. Quando

HCTZ 200mg/dia foi administrada isoladamente, o nível sérico médio de potássio no final das 3 primeiras

semanas de tratamento foi de 3,6mEq/L. Com a terapia concomitante com amilorida/HCTZ, o nível sérico

médio de potássio foi de 4,3mEq/L no final do segundo período de três semanas de tratamento.

Cirrose Hepática com Ascite e Edema

Um estudo randômico, duplo-cego, de 12 semanas, avaliou os efeitos diuréticos e conservadores de

potássio de hidroclorotiazida + cloridrato de amilorida 50mg+5mg e hidroclorotiazida 50mg em 21

pacientes ambulatoriais com cirrose hepática. A hidroclorotiazida + cloridrato de amilorida foi utilizado

na dose de 1 a 4 comprimidos por dia, e a dose média foi de 2 comprimidos. O peso corporal seco foi

mantido por ambos os grupos de tratamento. No entanto, o grupo hidroclorotiazida + cloridrato de

amilorida manteve um padrão eletrolítico sérico mais equilibrado com níveis séricos de potássio mais

altos durante a terapia diurética. No final de 9 e 12 semanas de tratamento, o nível médio de potássio

sérico para o grupo hidroclorotiazida + cloridrato de amilorida foi de 3,9mEq/L (período basal de

4,2mEq/L), enquanto o nível de potássio sérico médio para o grupo de HCTZ foi de 3,4mEq/L (período

basal de 4,3mEq/L). Quatro dos 11 pacientes que receberam Amilorid® apresentaram um ou mais valores

de potássio sérico abaixo de 3,5mEq/L durante o tratamento (normal = 3,5-5,5mEq/L), enquanto todos os

10 pacientes que receberam HCTZ apresentaram um ou mais valores de potássio sérico abaixo de

3,5mEq/L. Nenhum paciente apresentou hipercalemia, potássio sérico superior a 5,5mEq/L.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Amilorid®

é um diurético/anti-hipertensivo que combina a potente ação natriurética da hidroclorotiazida

com a propriedade conservadora de potássio do cloridrato de amilorida.

proporciona atividade diurética e anti-hipertensiva (principalmente pela hidroclorotiazida),

enquanto o componente amilorida age prevenindo a perda excessiva de potássio que pode ocorrer em

pacientes que recebem um diurético tiazídico. Por causa da amilorida, a excreção urinária de magnésio é

menor com Amilorid®

do que com uma tiazida ou um diurético de alça usado isoladamente.

As ações diurética e anti-hipertensiva leves do cloridrato de amilorida são adicionais às atividades

natriurética, diurética e anti-hipertensiva da tiazida e, ao mesmo tempo, minimizam a perda excessiva de

potássio e bicarbonato, diminuindo a chance de desequilíbrio ácido-base.

O início da ação diurética de Amilorid®

ocorre em duas horas e pode manter-se por aproximadamente 24

horas.

hidroclorotiazida: a hidroclorotiazida é um diurético e anti-hipertensivo eficaz por via oral. O início de

ação após a administração oral ocorre em duas horas e atinge o efeito máximo em mais ou menos quatro

horas, enquanto a atividade diurética persiste por aproximadamente seis a doze horas. A hidroclorotiazida

não afeta a pressão arterial normal.

cloridrato de amilorida: o cloridrato de amilorida é um medicamento poupador de potássio que possui

leve atividade natriurética, diurética e anti-hipertensiva. Sua principal função é a conservação do potássio

- Comprimido - Bula para o profissional da saúde 4

em pacientes que sofrem de perda excessiva de potássio (ou nos quais esse tipo de perda é prevista) e que

recebem agentes diuréticos.

O início de ação do cloridrato de amilorida geralmente ocorre até duas horas após a administração oral.

Seu efeito sobre a excreção de eletrólitos atinge o máximo entre 6 e 10 horas e dura cerca de 24 horas. Os

níveis plasmáticos máximos são obtidos em 3 a 4 horas e a meia-vida plasmática varia de 6 a 9 horas.

Farmacologia clínica

normalmente começa a agir até 2 horas após a administração. Os efeitos diuréticos e

natriuréticos são máximos em torno da quarta hora e sua atividade é detectável por aproximadamente 24

horas; a ação diurética efetiva do produto, porém, só persiste durante aproximadamente 12 horas. A ação

conservadora de potássio do cloridrato de amilorida é observada nas primeiras 2 horas após a

administração e alcança o pico de atividade entre a sexta e a décima hora após a administração oral. A

ação efetiva do medicamento persiste por pelo menos 12 horas, apesar de existir ação anticaliurética

detectável por 24 horas.

cloridrato de amilorida: é um medicamento poupador de potássio (anticaliurético), com fraca ação

natriurética, diurética e anti-hipertensiva em comparação com os diuréticos tiazídicos.

Esses efeitos foram parcialmente aditivos aos efeitos dos diuréticos tiazídicos em alguns estudos clínicos.

Quando administrado com um tiazídico ou um diurético de alça, o cloridrato de amilorida reduziu o

aumento da excreção urinária de magnésio que acontece quando um tiazídico ou diurético de alça é usado

isoladamente. O cloridrato de amilorida exerce atividade conservadora de potássio em pacientes que

recebem agentes diuréticos caliuréticos.

O cloridrato de amilorida interfere com o mecanismo envolvido na troca de sódio por potássio no túbulo

contornado distal e no túbulo coletor do néfron, o que diminui o potencial líquido negativo do lúmen

tubular e reduz a secreção de potássio e hidrogênio e sua subsequente excreção. Esse mecanismo

responde em grande parte pela ação conservadora de potássio da amilorida.

O cloridrato de amilorida não é um antagonista da aldosterona e os efeitos são observados até mesmo na

sua ausência, sugerindo assim uma ação tubular direta do medicamento. A excreção de sódio aumenta

moderadamente, embora a excreção de cloreto possa permanecer inalterada ou aumentar lentamente com

a continuidade do tratamento. Esse efeito pode diminuir o risco de alcalose hipoclorêmica de alguns

agentes saluréticos.

A retenção de potássio até o ponto de hipercalemia pode ser evitada mantendo-se a dosagem de cloridrato

de amilorida abaixo de 20mg por dia.

hidroclorotiazida: é um agente diurético e anti-hipertensivo que afeta o mecanismo tubular renal de

reabsorção eletrolítica.

A hidroclorotiazida aumenta a excreção de sódio e cloreto em quantidades aproximadamente

equivalentes. A natriurese pode ser acompanhada por alguma perda de potássio, magnésio e bicarbonato e

a excreção urinária de cálcio pode ser diminuída.

O início da ação diurética da hidroclorotiazida ocorre em 2 horas e o pico da atividade, em

aproximadamente 4 horas. A atividade diurética dura de 6 a 12 horas, aproximadamente.

O mecanismo de ação anti-hipertensiva dos tiazídicos pode ser relacionado à excreção e redistribuição de

sódio corporal. A hidroclorotiazida normalmente não causa mudanças clinicamente importantes na

pressão sanguínea normal.

Farmacocinética

cloridrato de amilorida: normalmente começa a agir até 2 horas após a administração de uma dose oral.

O efeito da excreção eletrolítica alcança o pico entre 6 e 10 horas e dura aproximadamente 24 horas. O

pico do nível plasmático é obtido em 3 a 4 horas e a meia-vida plasmática varia de 6 a 9 horas. Os efeitos

nos eletrólitos aumentam com doses únicas de cloridrato de amilorida de até aproximadamente 15mg.

O cloridrato de amilorida não é metabolizado pelo fígado, mas é excretado inalterado pelos rins.

Aproximadamente 50% de uma dose de 20mg de cloridrato de amilorida são excretados na urina e 40%,

nas fezes, em 72 horas. O cloridrato de amilorida exerce pouco efeito na taxa de filtração glomerular ou

no fluxo sanguíneo renal. Em função do cloridrato de amilorida não ser metabolizado pelo fígado, não se

espera acúmulo do medicamento em pacientes com disfunção hepática, mas pode ocorrer se houver

desenvolvimento de síndrome hepatorrenal.

hidroclorotiazida: a sua meia-vida plasmática é de 5,6-14,8 horas, quando os níveis plasmáticos podem

ser observados por pelo menos 24 horas. A hidroclorotiazida não é metabolizada, mas é eliminada

rapidamente pelos rins; pelo menos 61% da dose oral é eliminada inalterada em 24 horas. A

hidroclorotiazida cruza a placenta, mas não a barreira hematoencefálica, e é excretada no leite materno.

4. CONTRAINDICAÇÕES

• Hipercalemia (definida como >5,5mEq/L).

Amilorid®

- Comprimido - Bula para o profissional da saúde 5

• Suplementação de potássio ou outras terapias anticaliuréticas concomitantes (veja ADVERTÊNCIAS E

PRECAUÇÕES).

• Insuficiência renal, anúria, insuficiência renal aguda, doença renal grave progressiva e nefropatia

diabética (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

• Hipersensibilidade a qualquer componente deste produto ou a outros medicamentos derivados das

sulfonamidas.

Gravidez e Amamentação: Categoria de risco: B.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação do médico ou do

cirurgião-dentista.

O Amilorid®

50mg +5mg contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de

natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido

acetilsalicílico.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Hipercalemia: foi observada hipercalemia (potássio sérico >5,5mEq/L) em pacientes que receberam

cloridrato de amilorida isolada ou concomitantemente com outros diuréticos. A hipercalemia foi

observada especialmente em pacientes idosos e em pacientes hospitalizados com cirrose hepática ou

edema cardíaco e que sabidamente apresentavam comprometimento renal, estavam gravemente doentes

ou haviam sido submetidos à terapia diurética intensa. Esses pacientes devem ser monitorizados

cuidadosamente quanto a evidências clínicas, laboratoriais ou eletrocardiográficas (ECG) de

hipercalemia. Foram relatadas algumas mortes nesse grupo de pacientes.

A suplementação de potássio, por meio de medicação ou dieta rica em potássio, não deve ser realizada

com Amilorid®

, exceto nos casos graves e/ou refratários de hipocalemia; se realizada, recomenda-se

monitorização cuidadosa dos níveis séricos de potássio.

Tratamento de hipercalemia: se ocorrer hipercalemia em pacientes tratados com Amilorid®

, o

medicamento deve ser descontinuado imediatamente e, se necessário, deve-se empregar medidas

ativas para reduzir o nível plasmático de potássio.

Insuficiência renal comprometida: os diuréticos tiazídicos são ineficazes quando a depuração de

creatinina diminui para menos de 30mL/min.

Pacientes com aumento no nível sérico de ureia acima de 30mg/100 mL, com níveis séricos de creatinina

sérica de 1,5mg/100 mL ou com valores da ureia no sangue total acima de 60mg/100 mL ou com diabete

melittus não devem receber Amilorid®

sem monitorização cuidadosa e frequente de eletrólitos séricos e

níveis séricos de ureia. A retenção de potássio decorrente da insuficiência renal é acentuada pela adição

de um agente anticaliurético e pode resultar no desenvolvimento rápido de hipercalemia.

Desequilíbrio eletrolítico: embora a probabilidade de desequilíbrio eletrolítico seja reduzida com

Amilorid®

, deve-se observar com cautela sinais de desequilíbrio hídrico e eletrolítico: hiponatremia,

alcalose hipoclorêmica, hipocalemia e hipomagnesemia. É particularmente importante realizar

determinações séricas e urinárias dos eletrólitos quando o paciente estiver vomitando excessivamente ou

recebendo fluidos parenterais. Os sinais alarmantes ou sintomas de desequilíbrio hídrico e eletrolítico

incluem: boca seca, sede, fraqueza, letargia, sonolência, inquietude, convulsões, confusão, dores ou

cãibras musculares, fadiga muscular, hipotensão, oligúria, taquicardia e distúrbios gastrintestinais, como

náuseas e vômitos. Pode-se desenvolver hipocalemia com a hidroclorotiazida ou com outros diuréticos

potentes, especialmente quando se promove diurese brusca, após tratamento prolongado ou quando há

cirrose hepática grave. A hipocalemia pode sensibilizar ou exagerar a resposta do coração aos efeitos

tóxicos dos digitálicos (como maior irritabilidade ventricular).

A hiponatremia induzida pelos diuréticos é geralmente leve e assintomática. Em raros casos, pode se

tornar grave e sintomática; nesses casos, os pacientes necessitam atenção imediata e tratamento adequado.

Os tiazídicos podem diminuir a excreção urinária de cálcio e causar elevação intermitente e discreta do

cálcio sérico na ausência de distúrbios do metabolismo deste íon. Os tiazídicos devem ser descontinuados

antes da realização de exames de função da paratireoide.

Azotemia: a azotemia pode ser precipitada ou aumentada pela hidroclorotiazida. Os efeitos cumulativos

do medicamento podem desenvolver-se em pacientes com disfunção renal; se ocorrer oligúria ou

azotemia durante o tratamento de doença renal, o diurético deve ser descontinuado.

Hepatopatia: os tiazídicos devem ser usados com cautela em pacientes com insuficiência hepática ou

hepatopatia progressiva, pois pequenas alterações no balanço hidroeletrolítico podem precipitar o coma

hepático.

Metabolismo: pode ocorrer hiperuricemia ou precipitação de gota em certos pacientes tratados com

terapia tiazídica.

A terapia tiazídica pode prejudicar a tolerância à glicose. Podem ser necessários ajustes posológicos dos

agentes antidiabéticos, incluindo a insulina.

- Comprimido - Bula para o profissional da saúde 6

Aumentos nos níveis de colesterol e triglicérides podem ser associados com a terapia diurética tiazídica.

Para minimizar o risco de hipercalemia em diabéticos ou pacientes com suspeita de diabetes, o grau de

função renal deve ser conhecido antes do início do tratamento com Amilorid®

. O tratamento deve ser

suspenso por pelo menos três dias antes do exame de tolerância à glicose.

O tratamento anticaliurético deve ser instituído apenas, e com cautela, para os pacientes gravemente

doentes, nos quais possa ocorrer acidose metabólica ou respiratória, tais como pacientes com doença

cardiopulmonar ou diabetes não controlado adequadamente. Mudanças no balanço ácido-base alteram o

equilíbrio intra e extracelular do potássio e o desenvolvimento de acidose pode estar associado com

rápidos aumentos dos níveis séricos de potássio.

Reações de hipersensibilidade: tem sido relatada a possibilidade de exacerbação ou ativação de lúpus

eritematoso sistêmico com o uso de tiazídicos.

Gravidez e Amamentação: Categoria de risco: B.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação do médico ou do

cirurgião-dentista.

O uso rotineiro de diuréticos por gestantes saudáveis, com ou sem edema leve, não é recomendado e

expõe a mulher e o feto a riscos desnecessários. Os diuréticos não previnem o desenvolvimento de

toxemia gravídica e não há evidência satisfatória de que sejam úteis para o tratamento da toxemia.

Os tiazídicos cruzam a barreira placentária e aparecem no sangue do cordão umbilical; portanto, para

administrar Amilorid®

a mulheres grávidas ou sob suspeita de gravidez, é necessário que os benefícios do

medicamento superem os riscos potenciais para o feto, que incluem icterícia fetal ou neonatal,

trombocitopenia e possivelmente outras reações adversas que ocorreram no adulto.

Uso em Nutrizes: os tiazídicos aparecem no leite materno. Se o uso do medicamento for considerado

essencial, a paciente deve parar de amamentar.

Uso Pediátrico: o uso do cloridrato de amilorida em crianças não foi pesquisado; portanto, Amilorid®

não

é recomendado para este grupo etário.

Uso em Idosos: observou-se hipercalemia (potássio sérico ≥5,5mEq/L) em pacientes que receberam

observada especialmente em pacientes mais idosos e em pacientes hospitalizados com cirrose hepática ou

ou haviam sido submetidos à terapia diurética intensa. Esses pacientes devem ser monitorados

Dirigir e operar máquinas: não há dados sugestivos de que Amilorid®

afete a habilidade de dirigir e

operar máquinas.

Este medicamento pode causar doping.

O Amilorid®

50mg + 5mg contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de

natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

lítio: geralmente não deve ser administrado com diuréticos, pois estes reduzem a depuração plasmática do

lítio e aumentam o risco de toxicidade. Recomenda-se a leitura das informações para uso das preparações

de lítio antes de usá-las.

Anti-inflamatórios não esteroides incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2 (COX-2):

Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), incluindo inibidores seletivos da

ciclooxigenase-2 (COX-2), podem reduzir o efeito de medicamentos anti-hipertensivos, incluindo

diuréticos, natriuréticos e efeitos anti-hipertensivo de diuréticos.

Em alguns pacientes com função renal comprometida (por exemplo, pacientes idosos ou hipovolêmicos,

incluindo aqueles sob terapia diurética) que são tratados com medicamentos anti-infamatórios não

esteroides, incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2, a coadministração de receptores de

antagonistas da angiotensina II ou inibidores ECA pode resultar em deteriorização adicional da função

renal, incluindo possível falência renal aguda. Esses efeitos são normalmente reversíveis. Dessa forma, a

combinação deve ser administrada com cautela para pacientes com função renal comprometida.

A administração concomitante de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e agentes

conservadores de potássio, incluindo o cloridrato de amilorida, pode causar hipercalemia e insuficiência

renal, particularmente em pacientes idosos; portanto, quando o cloridrato de amilorida é usado

concomitantemente com AINEs, a função renal e o nível sérico de potássio devem ser monitorados

cuidadosamente.

cloridrato de amilorida: Quando se administra cloridrato de amilorida concomitantemente com um

inibidor da enzima conversora de angiotensina, um antagonista receptor da angiotensina II, ciclosporina

Amilorid®

- Comprimido - Bula para o profissional da saúde 7

ou tacrolimo, o risco de hipercalemia pode ser aumentado; portanto, se o uso concomitante desses agentes

for indicado por causa da presença de hipocalemia demonstrada, eles devem ser usados mediante

monitoração frequente e cautelosa do nível sérico do potássio.

hidroclorotiazida: quando usados concomitantemente, os seguintes medicamentos podem causar

interações com os diuréticos tiazídicos.

Álcool, barbitúricos e narcóticos: pode ocorrer potencialização da hipotensão ortostática.

Medicações antidiabéticas (orais e insulina): podem ser necessários ajustes posológicos das

medicações antidiabéticas.

Outras medicações anti-hipertensivas: exercem efeito aditivo. Deve-se descontinuar o tratamento

diurético por 2-3 dias antes do início do tratamento com um inibidor da ECA para reduzir a possibilidade

de hipotensão de primeira dose.

Colestiramina e colestipol: a absorção da hidroclorotiazida é prejudicada na presença de resinas de troca

aniônica. Doses únicas de colestiramina ou colestipol ligam-se à hidroclorotiazida e reduzem sua

absorção no trato gastrintestinal em até 85% e 43%, respectivamente.

Corticosteroides, ACTH: depleção eletrolítica intensificada, particularmente hipocalemia.

Aminas vasoativas (por exemplo, norepinefrina): possível diminuição da resposta a esses

medicamentos, mas não suficiente para contraindicar o uso.

Relaxantes musculares, não despolarizantes (por exemplo, tubocurarina): possível resposta

exacerbada ao relaxante muscular.

Interações com exames laboratoriais: em razão dos efeitos no metabolismo do cálcio, os tiazídicos

podem interferir com os exames de função da paratireoide (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO

deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30° C), protegido da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

50mg+5mg apresenta-se na forma de comprimido circular, semiabaulado, sulcado e de cor

laranja.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Hipertensão: a posologia usual é de 1 comprimido de Amilorid®

50mg+5mg, administrado uma vez ao

dia ou em doses fracionadas. Alguns pacientes podem necessitar de apenas meio comprimido de

Amilorid®

50mg+5mg.

Edema de Origem Cardíaca: o início de tratamento com Amilorid®

50mg+5mg pode ser feito com a

posologia de 1 comprimido ao dia. A posologia pode ser aumentada, se necessário, mas não deve exceder

2 comprimidos ao dia. A posologia ideal é determinada pela resposta diurética adequada e pelo nível

sérico de potássio. Uma vez obtida a diurese inicial, deve-se reduzir a posologia para o tratamento de

manutenção, o qual também pode ser feito de forma intermitente.

Cirrose Hepática com Ascite (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES): o tratamento deve ser

iniciado com uma pequena dose de Amilorid®

50mg+5mg: 1 comprimido uma vez ao dia. Se necessário,

a posologia pode ser aumentada gradualmente até que haja diurese efetiva. A posologia não deve exceder

dois comprimidos ao dia.

A posologia de manutenção pode ser mais baixa que a necessária para iniciar a diurese; portanto, quando

o peso do paciente estiver estabilizado, deve-se tentar reduzir a dose diária da medicação. A perda de peso

gradual é especialmente desejável para pacientes com cirrose, para reduzir a possibilidade de reações

indesejadas, associadas ao tratamento diurético.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Amilorid®

é geralmente bem tolerado, apesar de algumas reações adversas sem muita importância terem

sido relatadas com certa frequência; as reações significativas têm sido infrequentes.

As reações adversas relatadas com Amilorid®

são geralmente aquelas associadas ao uso de diuréticos,

terapia tiazídica ou com a doença de base que está sendo tratada. Os estudos clínicos não demonstraram

que a combinação de amilorida com hidroclorotiazida aumente o risco de reações adversas além daquelas

observadas com cada um dos componentes da associação isoladamente.

A frequência das reações adversas é classificada conforme o seguinte: muito comum (>1/10); comum

(≥1/100, <1/10); incomum (≥1/1000, <1/100); rara (≥1/10,000, <1/1000); muito rara, (<1/10,000);

desconhecida (não pode ser estimada a partir de dados disponíveis)

- Comprimido - Bula para o profissional da saúde 8

Foram relatadas as seguintes reações adversas com Amilorid®

, cloridrato de amilorida e hidroclorotiazida,

respectivamente:

- Amilorid®

:

Distúrbios imunológicos: reação anafilática

Distúrbios metabólicos e nutricionais:

Comum: anorexia*.

Incomuns: desidratação, desequilíbrio eletrolítico, gota, hiponatremia (veja ADVERTÊNCIAS E

PRECAUÇÕES) e hiponatremia sintomática.

Desconhecida: alterações de apetite.

Distúrbios psiquiátricos:

Incomuns: depressão, confusão mental e nervosismo.

Desconhecida: sonolência e insônia.

Distúrbios do sistema nervoso:

Comuns: tontura* e cefaleia*.

Incomuns: gosto ruim e parestesia.

Rara: estupor e síncope.

Distúrbios dos olhos:

Incomum: distúrbios visuais.

Distúrbios do ouvido e labirinto:

Desconhecida: vertigem.

Distúrbios cardíacos:

Comum: arritmia.

Incomuns: angina pectoris e taquicardia.

Distúrbios vasculares:

Incomuns: hipotensão ortostática.

Rara: ruborização.

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais

Comum: dispneia.

Incomum: congestão nasal.

Distúrbios gastrintestinais:

Comuns: náusea*, diarreia e dor abdominal.

Incomuns: empachamento, vômito, constipação, flatulência e soluços.

Rara: sangramento gastrintestinal.

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo:

Comuns: prurido e erupções cutâneas.

Rara: diaforese.

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo:

Comum: dor nas pernas.

Incomuns: dor nas costas, dor nas articulações e cãibras.

Distúrbios renais e urinários:

Incomuns: disúria, incontinência e noctúria.

Rara: disfunção renal (incluindo insuficiência renal).

Distúrbios do sistema reprodutivo e mamário:

Incomum: impotência.

Distúrbios gerais e condições do local de aplicação:

Comuns: fadiga, fraqueza*.

Incomuns: dor torácica e sede*.

Desconhecida: mal estar.

Investigações:

Desconhecida: níveis séricos de potássio elevados (>5,5 mEq/L).

Lesão, envenenamento e complicações de procedimento:

Desconhecida: toxicidade digitálica.

*Reações adversas mais frequentemente relatadas durante estudos clínicos controlados com

hidroclorotiazida + cloridrato de amilorida.

- cloridrato de amilorida:

Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático: anemia aplástica e neutropenia.

Distúrbios psiquiátricos: diminuição da libido.

Distúrbios do sistema nervoso: encefalopatia, sonolência e tremores.

Distúrbios dos ouvidos e labirinto: zumbido.

- Comprimido - Bula para o profissional da saúde 9

Distúrbios cardíacos: palpitação; um paciente com bloqueio cardíaco parcial desenvolveu bloqueio

completo.

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: tosse.

Distúrbios gastrintestinais: ativação de úlcera péptica provavelmente preexistente, boca seca e

dispepsia.

Distúrbios hepatobiliares: icterícia.

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: alopecia.

Distúrbios musculoesqueléticos dos tecidos conectivo e ósseo: pescoço/ombro dolorido, dor nas

extremidades.

Distúrbios renais e urinários: espasmo de bexiga, poliúria e frequência urinária.

Investigações: função hepática anormal e pressão intraocular aumentada.

- hidroclorotiazida:

Infecções e infestações: sialadenite.

Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático: agranulocitose, anemia aplástica, anemia hemolítica,

leucopenia, púrpura e trombocitopenia.

Distúrbios metabólicos e nutricionais: hiperglicemia, hiperuricemia e hipocalemia.

Distúrbios psiquiátricos: inquietude.

Distúrbios oculares: turvação transitória da visão e xantopsia.

Distúrbios vasculares: angeíte necrosante (vasculite, vasculite cutânea).

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: distúrbios respiratórios (incluindo pneumonite e

edema pulmonar).

Distúrbios gastrintestinais: cólica, irritação gástrica e pancreatite.

Distúrbios hepatobiliares: icterícia colestática intra-hepática.

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: fotossensibilidade, necrólise epidérmica tóxica e urticária.

Distúrbios renais e urinários: glicosúria e nefrite intersticial.

Distúrbios gerais e condições do local de aplicação: febre.

Em casos de eventos adversos, notifique ao sistema de Notificação em Vigilância Sanitária

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.