Bula do Aminolex produzido pelo laboratorio Halex Istar Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
BULA PROFISSIONAL DE SAÚDE
AMINOLEX
HALEX ISTAR
SOLUÇÃO INJETÁVEL
24 mg/ml
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Aminolex
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES
Solução injetável 24 mg/ml. Ampola de vidro de 10 mL
Solução injetável 24 mg/ml. Caixa com 50 e 100 ampolas de 10 mL
SOLUÇÃO PARENTERAL
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL da solução contém:
Aminofilina (DCB 00685)......................................................................................24mg
Veículo q.s.p...........................................................................................................1 mL
Excipientes: (etilenodiamina e água para injetáveis)
pH: 8,8 a 10,0
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O aminolex é indicado para o alívio sintomático da asma brônquica aguda e para o tratamento do broncoespasmo reversível
associado com bronquite crônica e enfisema.
Diversos estudos clínicos demonstraram que as metilxantinas intravenosas são efetivas no controle da exacerbação aguda da asma.
Nos estudos clínicos nos quais a concentração sérica é bem controlada, nenhum caso de eventos adversos sérios foi reportado. Os
casos em que o uso da teofilina seria apropriado são em pacientes com exacerbação aguda da asma ou em crises refratárias ao
tratamento convencional, como teria adjuvante. A aminofilina é considerada adequada no controle da asma aguda quando associada
à agonistas beta² e corticosteróides endovenosos.
Montserrat et all1 trataram pacientes hospitalizados por causa de uma exacerbação da asma com aminofilina intravenosa ou placebo
em adição ao tratamento padrão com salbutamol inalável e corticosteróides intravenosos em um estudo randomizado, duplo-cego,
controlado por placebo. No grupo tratado com aminofilina, o nível plasmático médio aumentou para 15.2 +/- 3.6 mcg/ml e a
capacidade vital forçada (CVF) e o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) também aumentou. O aumento nas
funções pulmonares no grupo tratado com aminofilina foi significativamente maior do que no grupo tratado com placebo. Nenhuma
reação adversa foi descrita para aminofilina injetável. Este estudo demonstrou que, quando administrada em níveis terapêuticos
plasmáticos em exacerbações severas da asma, aminofilina intravenosa aumentou moderadamente o fluxo aéreo sem alterar a troca
gasosa pulmonar.
Mitenko e Ogilvie² examinaram as respostas fisiológicas da administração intravenosa da aminofilina em nove pacientes
hospitalizados com asma e examinaram a relação entre a função pulmonar e a administração da droga. Melhora contínua do CVF e
V EF1 foi observada em uma faixa de concentração plasmática de teofilina de 5-20 mcg/ml. Em relação aos efeitos adversos, três
Aminolex
dos nove pacientes experimentaram taquicardia com taxas de 100-120 b.p.m na maior concentração de teofilina (até 24.6 mcg/ml).
Apenas um desses três pacientes experimentou náusea. Sua concentração plasmática máxima de teofilina foi 24.62 mcg/ml. Nenhum
evento adverso sério foi reportado. Neste estudo a relação dose resposta foi observada em uma faixa de concentração plasmática de
teofilina de 5-20 mcg/ml. Os autores sugeriram que a teofilina intravenosa é segura e aceitável para o tratamento da asma dentro
dessa faixa de concentração plasmática.
Wrenn et al3 conduziram um estudo intervencional randomizado, duplo cego, controlado por placebo para verificar o papel da
aminofilina no tratamento da exacerbação aguda da asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) quando utilizada em
combinação aos agonistas beta2 adrenérgicos. Houve uma queda da taxa de admissão de pacientes em hospitais para os pacientes
tratados com aminofilina comparado com aqueles tratados com placebo. Em relação aos eventos adversos, não houve diferença
significativa na sua freqüência entre os grupos tratados.
Referências Bibliográficas:
1 Montserrat JM, Barbera JA, Viegas C, Rocca J, Rodorigue-Roisin R. Gas Exchange response to intravenous aminophylline in
patients with a severe exacerbation of asthma. Eur. Respir. J. 1995; 8: 28-33.
2 Mitenko PA, Ogilvie RI. Rational intravenous doses of theophylline. N. Engl. J. Med. 1973; 289: 600-3.
3 Wrenn K, Slove CM, Murphy F, Greenberg RS. Aminophylline therapy for acute bronchospastic diseases in the emergency room.
Ann Intern. Med. 1991; 115: 241-247.
A teofilina, cuja estrutura química é 1,3-dimetilxantina, é uma xantina metilada, com baixa solubilidade, mas que aumenta muito
pela formação de complexos com grande variedade de compostos, sendo o mais notável deles o complexo formado entre a teofilina
e a etilenodiamina, produzindo a aminofilina.
A aminofilina causa dilatação dos brônquios e dos vasos pulmonares através do relaxamento da musculatura lisa. Dilata também as
artérias coronárias e aumenta o débito cardíaco e a diurese. A aminofilina exerce efeito estimulante sobre o SNC e a musculatura
esquelética. Pode ser administrada durante períodos prolongados.
Seu mecanismo de ação ainda não está totalmente esclarecido, mas envolve a inibição da fosfodiasterase e o conseqüente aumento
das concentrações de AMP cíclico no músculo liso, bloqueio dos receptores da adenosina, alteração da concentração dos íons cálcio
e inibição dos efeitos das prostaglandinas bem como da liberação de histamina e leucotrienos. Estimula o centro respiratório
medular, talvez por aumentar a sensibilidade do mesmo às ações estimulantes do dióxido de carbono e aumentar a ventilação
alveolar.
A teofilina é distribuída para todos os compartimentos corpóreos, atravessa a placenta e passa para o leite materno. O volume de
distribuição aparente geralmente varia entre 0,4-0,6 litro/Kg. Estes valores são significativamente maiores nos lactentes prematuros.
Em concentrações terapêuticas, a ligação da teofilina às proteínas plasmáticas é, em media, de cerca de 60%, mas diminui para cerca
de 40% nos lactentes recém-nascidos e nos adultos com cirrose hepática.
A teofilina metabolizada no fígado resulta nos metabólitos: ácido 1,3-dimetilurico e ácido 1-metilurico, através do 1-metilxantina
intermediário e 3- metilxantina. A demetilação resulta na 3-metilxantina e possivelmente a 1-metilxantina, catalisada pela isoenzima
CYP1A2 do citocromo P450; a hidroxilação ao ácido 1-metilurico é catalisada por CYPE1 e por CYPA3.
Os metabólitos são excretados na urina. Nos adultos, aproximadamente 10% de uma dose de teofilina é excretada inalterada na
urina, mas nos neonatos em torno de 50% é excretada inalterada e uma proporção grande excretada como cafeína. As diferenças
inter-individuais consideráveis na taxa do metabolismo hepático da teofilina resultam em variações grandes nas concentrações
séricas e na meia-vida. O metabolismo hepático é afetado mais por fatores tais como: a idade, fumante, doença, dieta e interações da
droga. A meia-vida sérica da teofilina, em um adulto asmático de outra maneira saudável, não fumante é 6 a 12 horas, nas crianças 1
a 5 horas, em fumantes 4 a 5 horas e nos neonatos e em prematuros 10 a 45 horas. A meia-vida sérica da teofilina pode ser
aumentada nas pessoas idosas e nos pacientes cardíacos ou com doenças hepáticas.
O aminolex é contraindicado em pacientes com gastrite ativa; úlcera péptica ativa ou história de úlcera péptica; hipersensibilidade
conhecida à aminofilina ou teofilina ou a qualquer outro componente da formulação.
Gravidez: Categoria de risco C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Este medicamento é contraindicado para menores de 6 meses de idade.
Podem ocorrer reações cruzadas de sensibilidade entre xantinas. A anestesia pelo halotano na presença de aminofilina pode causar
taquicardia sinusal ou arritmias ventriculares.
Atenção: não misture medicamentos diferentes. A troca pode ser fatal.
Certifique-se de que está sendo administrado o medicamento prescrito.
Deve-se ter extremo cuidado para não trocar as ampolas com soluções diferentes.
Gravidez e lactação: não é recomendado seu uso durante a gravidez e a lactação. Só deve ser administrada a gestantes ou lactantes
se o médico julgar que os benefícios potenciais ultrapassem os possíveis riscos.
Gravidez: Categoria de risco C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco: a administração intavenosa de aminolex deve ser feita com especial cautela em
pacientes idosos (acima de 65 anos), portadores de insuficiência cardíaca, cor pulmonare, insuficiência hepática e na pediatria. Leia
Várias drogas podem interferir com o metabolismo da aminofilina e a administração concomitante do aminolex e outros
medicamentos deve ser sempre avaliada.
Adrenocorticoides, glicocorticoides e mineralocorticoides: o uso simultâneo com o aminolex e injeção de cloreto de sódio pode
resultar em hipernatremia.
Fenitoína, primidona ou rifampicina: o uso simultâneo pode estimular o metabolismo hepático, aumentando a depuração da
teofilina. O uso simultâneo da fenitoína com as xantinas pode inibir a absorção da fenitoína, resultando em concentrações séricas
menores de fenitoína; as concentrações séricas dessas substâncias devem ser determinadas durante a terapia, podendo ser
necessários ajustes na posologia, tanto da fenitoína como da teofilina.
Betabloqueadores: o uso simultâneo pode resultar em inibição mútua dos efeitos terapêuticos; além disso, pode haver diminuição
da depuração da teofilina, especialmente em fumantes.
Cimetidina, eritromicina, ranitidina ou troleandomicina: o uso simultâneo com as xantinas pode diminuir a depuração hepática
da teofilina, resultando em concentrações séricas aumentadas de teofilina e/ou toxicidade.
Fumo: a cessação do hábito de fumar pode aumentar os efeitos terapêuticos das xantinas, diminuindo o metabolismo e
consequentemente, aumentar a concentração sérica; a normalização da farmacocinética da teofilina pode demorar de 3 meses a 2
anos para ocorrer, podendo ser necessários ajustes da posologia. O uso das xantinas em fumantes resulta em depuração aumentada
da teofilina e concentrações séricas diminuídas de teofilina, sendo que os fumantes podem requerer uma posologia 50 a 100%
maior.
O aminolex injetável deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30° C). Proteger da luz e umidade.
Aspectos físicos: ampola de vidro incolor contendo 10mL.
Características organolépticas: líquido límpido, incolor e inodoro. Isento de partículas estranhas.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O profissional deverá inspecionar, antes de sua utilização, se a solução no interior da ampola está na forma líquida, livre de
fragmentos ou de alguma substância que possa comprometer a eficácia e a segurança do medicamento. Não utilizar o medicamento
ao verificar qualquer alteração no produto que possa comprometer a saúde do paciente.
O aminolex deve ser administrada por via IV. A injeção intramuscular é em geral dolorosa e essa via de administração só deve ser
considerada se absolutamente necessária; nesse caso as injeções devem ser profundas.
A posologia deve ser determinada de acordo com a severidade da doença, a idade, a existência de outras afecções e a resposta do
paciente.
Dose de ataque:
Adultos: em pacientes que não estejam recebendo concorrentemente outros produtos que contenham aminofilina, uma dose de
ataque de 6mg aminolex/kg deve ser administrada numa taxa de infusão que não exceda 25mg/minuto. A dose de ataque deve ser
reduzida em pacientes que estejam recebendo algum produto contendo teofilina.
Crianças: as doses são proporcionalmente menores e devem ser determinadas de acordo com o peso da criança.
Dose de manutenção:
As taxas de infusão de manutenção recomendadas para infusão intravenosa contínua de aminolex estão descritas na tabela abaixo:
Taxa de infusão de manutenção de aminolex (mg/kg/hora)
Grupos de pacientes Primeiras 12 horas Além de 12 horas
Crianças 6 meses- 9 anos 1.2 1.0
Crianças 9 a 16 anos e adultos jovens
fumantes
1.0 0.8
Adultos não fumantes 0.7 0.5
Pacientes idosos e pacientes com cor
pulmonare
0.6 0.3
Pacientes com insuficiência renal ou
hepática
0.5 0.1-0.2
A injeção de aminolex pode ser administrada lentamente por via IV ou diluída com solução isotônica de glicose a 5% ou cloreto de
sódio 0,9% também em infusão lenta, podendo ser conservada por um período máximo de 24 horas após a diluição.
As doses terapêuticas são muitas vezes próximas das doses tóxicas. O ideal é acertar a dose através da dosagem sérica da teofilina,
evitando assim os quadros tóxicos. Níveis séricos de teofilina devem ser medidos em todos os pacientes em tratamento crônico com
a teofilina. Em obesos deve-se utilizar o peso corpóreo seco.
45°
Posição adequada para abertura da ampola de vidro.
As reações adversas são incomuns em níveis séricos de teofilina abaixo de 20mcg/ml, apesar de que ocasionalmente elas podem
aparecer em níveis séricos mais baixos.
Em um nível sérico entre 20-25 mcg/ml, as reações adversas geralmente experimentadas foram náuseas, vômitos, diarréia, dores de
cabeça e insônia.
Sistema imunológico: reações de hipersensibilidade.
Sistema cardiovascular: taquicardia, palpitações, extra-sístoles, hipotensão, arritmia atrial e ventricular, vasoconstrição periférica.
Sistema nervoso central: dor de cabeça, insônia, confusão, irritabilidade, vertigem, hiperexcitabilidade reflexa, tremor, ansiedade,
convulsão.
Distúrbios dos olhos: distúrbios visuais.
Sistema gastrintestinal: náusea, vômito, dor epigástrica, cólica abdominal, anorexia, diarréia, refluxo gastroesofágico, sangramento
gastrintestinal, hematêmese.
Geniturinário: albuminúria, freqüência unirária aumentada.
Sistema respiratório: taquipnéia.
Outros: febre.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Em um nível sérico acima de 30mcg/ml, as reações adversas que apareceram representam os sintomas de superdosagem. Essas são,
adicionalmente às citadas acima, no item “Reações Adversas”, hematêmese, hiperexcitabilidade reflexa, convulsões generalizadas
clônicas e tônicas, taquicardia, falência circulatória, arritmia ventricular, taquipnéia e albuminúria.
Não há antídoto específico. O tratamento da superdosagem é sintomático e suportivo. Lavagem gástrica ou medicação emética
podem ser úteis. Evite administrar drogas simpatomiméticas. Utilize fluidos intravenosos, oxigênio e outras medidas de apoio para
prevenir a hipotensão e controlar a desidratação. O estímulo do SNC pode responder a barbitúricos de curta ação. Deve-se controlar
os níveis séricos até que fiquem inferiores a 20 mcg/mL.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.