Bula do Amoxicilina + Clavulanato de Potássio produzido pelo laboratorio Aurobindo Pharma Indústria Farmacêutica Limitada
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Modelo de Bula para Profissionais de Saúde
amoxicilina + clavulanato de potássio
Aurobindo Pharma Indústria Farmacêutica Ltda.
Pó para solução injetável
1g + 200mg
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Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Pó para solução injetável.
Apresentado em embalagem com 10 frascos-ampola de 1,2g (1 g + 200 mg).
VIA DE ADMINISTRAÇÃO:USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de 1 g + 200 mg contém:
amoxicilina (na forma sódica) .................................................. 1.000 mg*
ácido clavulânico (na forma de clavulanato de potássio) ................. 200 mg**
*Cada 1060mg de amoxicilina sódica é equivalente a 1000mg de amoxicilina.
**Cada 238mg de clavulanato de potássio é equivalente a 200mg de ácido clavulânico
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Amoxicilina + clavulanato de potássio deve ser utilizado de acordo com os guias locais para prescrição de antibióticos e dados de
sensibilidade.
Amoxicilina + clavulanato de potássio é indicado para tratamentos de curta duração de infecções bacterianas dos seguintes sítios:
- infecções do trato respiratório superior (inclusive ouvido, nariz e garganta), como amigdalite, sinusite e otite média;
- infecções do trato respiratório inferior, como bronquite aguda e crônica, pneumonia lobar e broncopneumonia;
- infecções do trato geniturinário, como cistite, uretrite, pielonefrite e infecções genitais femininas;
- infecções da pele e dos tecidos moles, como furúnculos, abscessos, celulite e ferimentos infectados;
- infecções dos ossos e das articulações, como osteomielite;
- outras infecções, como aborto séptico, sepse puerperal, sepse intra-abdominal, sepse, peritonite e infecções pós-cirúrgicas.
Amoxicilina + clavulanato de potássio também é indicado para profilaxia de infecções que podem ser associadas a procedimentos
cirúrgicos de grande porte, tais como gastrintestinais, pélvicos, de cabeça e pescoço, cardíacos, renais, de restauração de articulações
e do trato biliar.
Embora este medicamento seja indicado apenas para as condições listadas acima, as infecções causadas por microrganismos
sensíveis à amoxicilina também podem ser tratadas com amoxicilina + clavulanato de potássio devido à presença desse fármaco
em sua fórmula. Assim, as infecções mistas causadas por microrganismos sensíveis à amoxicilina e por microrganismos produtores
de betalactamases sensíveis a amoxicilina + clavulanato de potássio não devem exigir a adição de outro antibiótico.
A sensibilidade à amoxicilina + clavulanato de potássio irá variar com a região e com o tempo. Sempre que disponíveis, dados de
sensibilidade locais devem ser consultados. Sempre que necessário, amostragem microbiológica e testes de sensibilidade devem ser
realizados.
Em um estudo comparativo e multicêntrico, foram randomizados 102 pacientes com diagnóstico de infecção de trato respiratório
inferior e idade variando entre 3 meses e 12 anos, que receberam sulbactam-cefotaxime ou amoxicilina e clavulanato de potássio IV
por até 7 dias. A taxa de sucesso clínico obtida foi de 93,9% para sulbactam-cefotaxime, e 89.8% para amoxicilina e clavulanato de
potássio, não havendo portanto diferença estatística em relação à eficácia de ambas medicações (p < 0,05).
Fonte: Pareek A, et al. Comparative evaluation of efficacy and safety of cefotaxime-sulbactam with amoxicillin-clavulanic acid in
children with lower respiratory tract infections. Expert Opin. Pharmacother. (2008) 9(16):2751-2757
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Uma avaliação retrospectiva, que analisou 172 neonatos (aproximadamente 19 dias de vida) que apresentaram diagnóstico
confirmado de infecção do trato urinário e receberam tratamento endovenoso com amoxicilina +clavulanato de potássio e
gentamicina ou ampicilina e gentamicina, demonstrou que ambos os tratamentos foram eficazes, não havendo portanto falência do
tratamento ou recidiva da infecção. Aproximadamente 80% dos pacientes apresentaram –se afebril 24horas após o ínicio do
tratamento. A duração média do tratamento endovenoso foi de 4 dias. Após este período o tratamento foi complementado com
amoxicilina+clavulanato de potássio via oral.
Fonte: Magín EC, et al. Efficacy of Short-Term Intravenous Antibiotic in Neonates With Urinary Tract Infection. Pediatric
Emergency Care 2007; 23(2): 83-86.
Em um outro estudo clínico prospectivo, randomizado, multinacional que comparou o uso da terapia sequencial de moxifloxacino
IV/VO 1x ao dia com amoxicilina + clavulanato de potássio IV/VO 3x ao dia por 7 a 21 dias em pacientes hospitalizados com
diagnóstico de infecção de pele e tecidos moles, demonstrou que a taxa de sucesso clínico nos 804 pacientes avaliados foi de 80,6%
para moxifloxacino e 84,5% para amoxicilina + clavulanato, não havendo portanto diferença estatística significativa entre ambos os
medicamentos usados.
Fonte: Lohsiriwat D, et al. Efficacy and Safety of Parenteral Amoxycillin/Clavulanate for Prevention of Surgical Site Infection
Following Abdominal Surgery. J Med Assoc Thai 2009; 92(9): 1167-70.
Amoxicilina + clavulanato de potássio contém como princípios ativos a amoxicilina, quimicamente a D-(-)-alfa-amino-p-
hidroxibenzilpenicilina, e o clavulanato de potássio, sal potássico do ácido clavulânico.
Amoxicilina + clavulanato de potássio é um antibiótico de amplo espectro que possui a propriedade de atuar contra
microrganismos gram-positivos e gram-negativos, produtores ou não de betalactamases.
A amoxicilina é uma penicilina semissintética com amplo espectro de ação e deriva do núcleo básico da penicilina, o ácido 6-
aminopenicilânico. O ácido clavulânico é uma substância produzida pela fermentação do Streptomyces clavuligerus, que tem a
propriedade especial de inativar de modo irreversível as enzimas betalactamases, permitindo, dessa forma, que os microrganismos
se tornem sensíveis à rápida ação bactericida da amoxicilina. Ambos os sais possuem propriedades farmacocinéticas muito
equivalentes.
Tanto a amoxicilina quanto o clavulanato de potássio são bem absorvidos não apenas pela via entérica como também pela
parenteral.
As concentrações séricas da amoxicilina alcançadas com o uso de amoxicilina + clavulanato de potássio são similares às
produzidas pela administração de dosagens equivalentes e isoladas desse fármaco. A meia-vida da amoxicilina após a administração
de amoxicilina + clavulanato de potássio é de 1,3 hora e a do ácido clavulânico é de 1,0 hora.
Aproximadamente 60% a 70% de amoxicilina e 40% a 65% de ácido clavulânico são excretados na urina, sem modificações,durante
as primeiras 6 horas após a administração.
Nenhum dos componentes de amoxicilina + clavulanato de potássio apresenta forte ligação proteica; o índice de ligação proteica do
ácido clavulânico é de 25%, enquanto o da amoxicilina é de 18%.
A amoxicilina, como a maioria das penicilinas, pode ser detectada no leite materno. Com relação ao ácido clavulânico, não existem
dados disponíveis a esse respeito.
A amoxicilina se espalha rapidamente nos tecidos e fluidos intersticiais, mas não no cérebro e seus fluidos. Os resultados de
experimentos que envolvem a administração do ácido clavulânico em animais sugerem que essa substância, do mesmo modo que a
amoxicilina, é bem distribuída pelos tecidos corporais.
Cada frasco-ampola de amoxicilina+ clavulanato de potássio 1 g + 200 mg contém 1,0 mEq de potássio.
A amoxicilina é um antibiótico semissintético com largo espectro de atividade bactericida contra muitos microrganismos gram-
positivos e gram-negativos. É também, todavia, suscetível à degradação por betalactamases; portanto, seu espectro de atividade não
inclui os microrganismos que produzem essas enzimas.
O ácido clavulânico é um betalactâmico estruturalmente relacionado às penicilinas que possui a capacidade de inativar uma gama de
enzimas betalactamases comumente encontradas em microrganismos resistentes às penicilinas e às cefalosporinas. Tem, em
particular, boa atividade contra o plasmídeo mediador das betalactamases clinicamente importante para a transferência de resistência
à droga.
Na lista abaixo, os microrganismos foram categorizados de acordo com a sensibilidade in vitro a amoxicilina/ clavulanato.
Espécies comumente sensíveis
Bactérias gram-positivas:
- aeróbias – Staphylococcus aureus (sensível a meticilina)*
,Staphylococcus coagulase negativos (sensível a meticilina)*
,
Enterococcus faecalis*,
Streptococcus pneumoniae*†
, Streptococcus pyogenes*†
, Streptococcus viridans†
, Streptococcus agalactiae*†
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Bacillus anthracis, Listeria monocytogenes, Gardnerella vaginalis, Nocardia asteroides, Streptococcus sp. (outro β-hemolítico)*†
Staphylococcus saprophyticus (sensível a meticilina).
- anaeróbias – Clostridium sp., Peptostreptococcus sp., Peptococcus niger, Peptostreptococcus magnus, Peptostreptococcus micros
Bactérias gram-negativas:
- aeróbias –Haemophilus influenzae*
, Moraxella catarrhalis*,
Neisseria gonorrhoeae, Bordetella pertussis, Vibrio cholerae,
Pasteurella multocida, Heliobacter pylori, Haemophilus parainfluenzae
- anaeróbias –Bacteroides sp. (inclusive B. fragilis), Fusobacterium sp., Capnocytophaga sp., Eikenella corrodens, Fusobacterium
nucleatum, Porphyromonas sp., Prevotella sp.
Outras: Borrelia burgdorferi, Leptospira ictterohaemorrhagiae, Treponema pallidum
Espécies que a resistência adquirida pode se tornar um problema
Aeróbias: Escherichia coli*,
Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae*,
Klebsiella sp.
Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Proteus sp., Salmonella sp., Shigella sp.
Aeróbias: Corynebacterium sp., Enterococcus faecium
Organismos inerentemente resistentes
Aeróbias:Acinetobacter sp., Citrobacter freundii, Enterobacter sp., Hafnia alvei, Legionella pneumophila, Morganella morganii,
Providencia sp., Pseudomonas sp., Serratia sp., Stenotrophomas maltophilia, Yersinia enterolitica
Outras: Chlamydia pneumoniae, Chlamydia psittaci, Chlamydia sp. , Coxiella burnetti, Mycoplasma sp.
*
a eficácia clínica de amoxicilina-ácido clavulânico foi demonstrada em estudos clínicos
†
microrganismos que não produzem beta-lactamase. Se um microrganismo isolado é sensível a amoxicilina, pode ser considerado
sensível a amoxicilina + clavulanato de potássio.
Propriedades Farmacocinéticas
Os resultados dos estudos de farmacocinética nos quais amoxicilina + clavulanato de potássio foi administrado a grupos de
indivíduos sadios como 500/100 (600) mg ou 100/200 (1,2g) por injeção i.v em bolus ou 2000/200 (2,2g) como infusão i.v por 30
minutos são apresentados abaixo.
a) Injeção i.v. em bolus
Dose administrada Parâmetros farmacocinéticos médios: amoxicilina
Dose de
amoxicilina
Pico de concentração
sérica média (µ/mL)
t 1/2 (h) AUC
(h.mg/L)
Recuperação na
urina (%, 0 to 6 h )
500 mg de
amoxicilina – 100
mg de clavulanato
500 mg 32.2 1.07 25.5 66.5
1000 mg de
amoxicilina – 200
1 g 105.4 0.9 76.3 77.4
Dose administrada Parâmetros farmacocinéticos médios: clavulanato
clavulanato
100 mg 10.5 1.12 9.2 46.0
200 mg 28.5 0.9 27.9 63.8
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b) Infusão intravenosa por 30 min
Dose administrada Parâmetros farmacocinéticos médios:
Dose Pico de concentração
2000 mg de
mg de ácido
clavulânico
2 g 108.3 - 119.3 74.4
200 mg 13.9 - 18.2 1.4
Absorção
Não aplicável.
Distribuição
Após a administração i.v, as concentrações terapêuticas de amoxicilina e ácido clavulânico podem ser detectadas nos tecidos e
fluidos intersticiais. As concentrações terapêuticas de ambos fármacos foram encontradas na vesícula biliar, tecidos abdominais,
pele, tecido adiposo e muscular. Entre os fluidos em que foram encontrados níveis terapêuticos, estão os fluidos sinoviais e
peritoniais, bile e pus.
Nem a amoxicilina ou o ácido clavulânico são altamente ligáveis a proteínas. Estudos mostram que aproximadamente de 13% a 20%
do conteúdo do fármaco plasmático total de cada componente é ligado a proteínas.
Estudos realizados em animais não apresentaram evidências que sugerem que os componentes se acumulam em qualquer órgão.
A amoxicilina, assim como a maioria das penicilinas, pode ser detectada no leite materno. Traços de clavulanato também podem ser
detectados no leite materno.
Com exceção do risco de sensibilização associado a essa excreção, não há efeitos prejudiciais conhecidos para o lactente.
Estudos de reprodução em animais mostraram que tanto a amoxicilina quanto o ácido clavulânico penetram a barreira placentária.
No entanto, não há evidências de danos a fertilidade ou ao feto.
Eliminação
Assim como ocorre com outras penicilinas, a principal via de eliminação da amoxicilina é através dos rins, enquanto para o
clavulanato a eliminação é tanto renal, quanto por mecanismos não-renais.
Aproximadamente de 60 a 70 % da amoxicilina e aproximadamente 40 a 65% do ácido clavulânico são excretados inalterados na
urina durante as primeiras seis horas após a administração de uma administração única de 500/100 mg ou 1000/200 mg por injeção
i.v. em bolus.
O uso concomitante de probenecida e amoxicilina + clavulanato de potássio atrasa a excreção renal da amoxicilina mas não do
clavulanato (ver Interações).
Metabolismo
A amoxicilina é excretada na urina como ácido peniciloico inativo em quantidades equivalentes a 10 a 25% da dose inicial.
Ácido clavulânico é extensivamente metabolizado em homens a 2,5 dihidro-4-(2-hidroxietil)-5-oxo-1H-pirrol-3-ácido carboxílico e
1-amino-4-hidroxibuta-2-nona e eliminado na urina e fezes e como dióxido de carbono no ar expirado.
Amoxicilina + clavulanato de potássio é contraindicado para pacientes com história de reações alérgicas, hipersensibilidade a
penicilinas e disfunção hepática/icterícia associadas a este medicamento ou a outras penicilinas.
Deve-se dar atenção à possível sensibilidade cruzada com outros antibióticos betalactâmicos, como as cefalosporinas.
Antes de iniciar tratamento com um derivado penicilânico, deve-se realizar uma pesquisa criteriosa e minuciosa sobre o passado
alérgico do paciente no que diz respeito a reações a penicilinas, cefalosporinas ou outros alérgenos.
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Há relatos de reações de hipersensibilidade (anafilactoides) graves e ocasionalmente fatais em pacientes que recebem tratamento
com derivados penicilânicos. Essas reações ocorrem, mais provavelmente, em indivíduos com história de hipersensibilidade à
penicilina (ver Contraindicações).
Mudanças na função hepática foram observadas em alguns pacientes que recebiam amoxicilina + clavulanato de potássio . A
importância clínica dessas mudanças é incerta, mas amoxicilina + clavulanato de potássio deve ser usado com cautela em
pacientes com evidências de disfunção hepática grave.
Houve relatos raros de icterícia colestática, que pode ser grave, mas geralmente reversível. Os sinais e sintomas podem não se tornar
aparentes por até seis semanas após a interrupção do tratamento.
Para os pacientes com insuficiência renal, deve-se ajustar a dose de amoxicilina + clavulanato de potássio conforme se recomenda
no item Posologia e Modo de Usar.
Deve-se evitar o uso de amoxicilina + clavulanato de potássio em pacientes sob suspeita de mononucleose, uma vez que a
ocorrência de rash cutâneo de aspecto morbiliforme tem sido associada à amoxicilina em pacientes com essa condição.
O uso prolongado também pode ocasionalmente resultar em crescimento excessivo de organismos não sensíveis.
Foi relatada colite pseudomembranosa com o uso de antibióticos, que pode ter gravidade variada entre leve e risco à vida. Portanto,
é importante considerar o diagnóstico de doentes que desenvolvam diarréia durante ou após o uso de antibióticos. Se ocorrer diarréia
prolongada ou significativa, ou o paciente sentir cólicas abdominais, o tratamento deve ser interrompido imediatamente e a condição
do paciente investigada.
Houve relatos raros de prolongamento anormal do tempo de protrombina (aumento da razão normalizada internacional, INR) em
alguns pacientes que receberam tratamento com amoxicilina + clavulanato de potássio e anticoagulantes orais. Deve-se fazer o
monitoramento apropriado quando anticoagulantes forem prescritos para uso concomitante.
Podem ser necessários ajustes de dose de anticoagulantes orais para manter o nível desejado de anticoagulação.
Se a administração parenteral de altas doses for necessária, deve-se considerar o teor de sódio dos pacientes sob dieta com restrição
de sal.
Em pacientes com oligúria, muito raramente se observou cristalúria, predominantemente com terapia parenteral. Durante a
administração de altas doses de amoxicilina + clavulanato de potássio, deve-se manter ingestão de líquidos e diurese adequadas a
fim de minimizar a possibilidade de cristalúria (ver Superdosagem).
A presença do ácido clavulânico na fórmula de amoxicilina + clavulanato de potássio pode causar uma ligação não específica de
IgG e albumina, pela membrana dos glóbulos vermelhos, levando a resultado falso-positivo do teste de Coombs.
Embora a anafilaxia seja mais frequente após tratamento parenteral, pode também ocorrer em pacientes que recebem terapia oral.
Há relatos de casos de pacientes com história de hipersensibilidade à penicilina que tiveram graves reações quando tratados com
cefalosporinas. Caso ocorra uma reação alérgica, deve-se descontinuar imediatamente o uso de amoxicilina + clavulanato de
potássio e instituir terapia adequada. As reações anafilactoides graves requerem tratamento de emergência com epinefrina. Pode-se
também, se necessário, instituir oxigênio, esteroides intravenosos e assistência respiratória, inclusive entubação.
Embora amoxicilina + clavulanato de potássio tenha a característica de baixa toxicidade do grupo dos antibióticos penicilânicos,
recomenda-se, durante tratamentos prolongados, o acompanhamento periódico das funções orgânicas, inclusive a renal, a hepática e
a hematopoiética.
Deve-se considerar a possibilidade de superinfecções por fungos ou bactérias durante o tratamento. Se ocorrer superinfecção (que
usualmente envolve Pseudomonas ou Candida), recomenda-se descontinuar a droga e/ou instituir terapia apropriada.
Gravidez e lactação
Gravidez
Estudos sobre reprodução em animais (camundongos e ratos) nos quais amoxicilina + clavulanato de potássio foi administrado por
via oral e parenteral não demonstraram efeitos teratogênicos. Em um único estudo, feito com mulheres pré-termo com ruptura
precoce da bolsa amniótica relatou-se que o tratamento profilático com amoxicilina + clavulanato de potássio pode estar associado
ao aumento do risco de enterocolite necrotizante em neonatos. Como ocorre com todos os medicamentos, deve-se evitar o uso de
amoxicilina + clavulanato de potássio na gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre, a menos que o médico o considere
essencial.
Lactação
Amoxicilina + clavulanato de potássio pode ser administrado durante o período de lactação. Com exceção do risco de
sensibilização, associado à excreção de pequenas quantidades da droga no leite materno, não existem efeitos nocivos para a criança.
Categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas
Não se observaram efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas.
A probenecida retarda a excreção renal da amoxicilina. Seu uso concomitante com o de amoxicilina + clavulanato de potássio
pode resultar em aumento e prolongamento do nível de amoxicilina no sangue, mas não de ácido clavulânico, não sendo, portanto,
recomendável.
A administração concomitante de alopurinol e amoxicilina aumenta consideravelmente a incidência de rash em comparação com o
uso isolado de amoxicilina. Não se sabe se essa potencialização do efeito da amoxicilina se deve ao alopurinol ou à hiperuricemia
presente nesses casos. Não há dados sobre a administração concomitante de amoxicilina + clavulanato de potássio e alopurinol.
A ingestão de álcool deve ser evitada durante e vários dias após o tratamento com amoxicilina + clavulanato de potássio.
Amoxicilina + clavulanato de potássio não deve ser administrado junto com dissulfiram.
Da mesma forma que outros antibióticos, amoxicilina + clavulanato de potássio pode afetar a flora intestinal e assim diminuir a
reabsorção de estrógenos, levando à redução da eficácia dos contraceptivos orais combinados.
A presença do ácido clavulânico na fórmula de amoxicilina + clavulanato de potássio pode causar uma ligação não específica de
IgG e albumina, pela membrana dos glóbulos vermelhos, levando a resultado falso-positivo do teste de Coombs.
Há, na literatura, raros casos de aumento da INR em pacientes em uso de acenocumarol ou varfarina que recebem um ciclo de
tratamento com amoxicilina. Se a coadministração for necessária, o tempo de protrombina e a INR devem ser cuidadosamente
monitorados sempre que se adiciona ou se interrompe o tratamento com amoxicilina + clavulanato de potássio.
Em pacientes que receberam micofenolato de mofetila, foi relatada uma redução na concentração do metabólito ativo ácido
micofenólico de cerca de 50% após o início do uso de amoxicilina + ácido clavulânico por via oral. A mudança no nível pré-dose
pode não representar com precisão alterações na exposição geral ao MPA.
Cuidados de conservação
O medicamento deve ser armazenado em temperatura ambiente (15°C a 30°C) e protegido da luz e umidade. O prazo de validade é
de 24 meses apartir da data de fabricação, impressa na embalagem do produto.
Para informações sobre a estabilidade de amoxicilina + clavulanato de potássio após a reconstituição, ver, em Posologia e Modo
de Usar, o item Estabilidade e Compatibilidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico/características organolépticas
Amoxicilina + clavulanato de potássio pó para solução injetável apresenta-se em frasco-ampola na forma de pó.
Uma coloração rósea transitória pode ou não aparecer durante a reconstituição. As soluções reconstituídas são normalmente
incolores ou de cor esbranquiçada a amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Administração
Amoxicilina + clavulanato de potássio pode ser administrado tanto por injeção intravenosa como por infusão intermitente. Não é
adequado para administração intramuscular.
- Amoxicilina + clavulanato de potássio 1 g + 200 mg: para reconstituir, dissolva em 20 mL de água para injeção (volume final
20,9 mL).
Uma coloração rósea transitória pode ou não aparecer durante a reconstituição. A coloração das soluções constituídas vão,
normalmente, de cor esbranquiçada a amarelada.
Injeção intravenosa
A estabilidade da solução de amoxicilina + clavulanato de potássio depende da concentração; assim, amoxicilina + clavulanato
de potássio deve ser usado imediatamente após a reconstituição e administrado por injeção intravenosa lenta pelo período de 3 a 4
minutos. Amoxicilina + clavulanato de potássio deve ser usado no período de 20 minutos após a reconstituição. Não congele. A
solução pode ser injetada diretamente na veia ou através de equipo.
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Infusão intravenosa
Como alternativa, pode-se preparar infusão de amoxicilina + clavulanato de potássio com água para injeção ou injeção intravenosa
de cloreto de sódio (0,9% p/v). Acrescente imediatamente o conteúdo de um frasco-ampola de amoxicilina + clavulanato de
potássio 1,2 g (1 g + 200 mg) reconstituído a 100 mL com fluido para infusão. A infusão deve ser administrada durante o período
de 30 a 40 minutos. As soluções assim reconstituídas, para infusão, quando misturadas com água estéril para injeção ou solução
estéril de cloreto de sódio (0,9%) permanecem estáveis por até 4 horas se forem mantidas na temperatura de 25oC. Para obter
informações sobre outros fluidos apropriados para infusão, ver (abaixo) o item Estabilidade e Compatibilidade.
Quaisquer soluções residuais de antibiótico devem ser descartadas.
Amoxicilina + clavulanato de potássio não deve ser misturado a derivados do sangue, a outros fluidos proteináceos, tais como
proteínas hidrolisadas, nem a emulsões de lipídeo intravenosas.
Se amoxicilina + clavulanato de potássio for prescrito em conjunto com um aminoglicosídeo, os antibióticos não devem ser
misturados na seringa, no frasco de fluido intravenoso nem através de equipo, uma vez que pode ocorrer perda de atividade do
aminoglicosídeo em tais condições.
O tratamento pode ter início por via parenteral e continuar com uma preparação oral.
O tratamento não deve ser prolongado além de 14 dias sem revisão.
Estabilidade e compatibilidade
As infusões intravenosas de amoxicilina + clavulanato de potássio podem ser administradas em diferentes fluidos intravenosos.
Pode-se manter concentrações satisfatórias do antibiótico a 5o
C e a 25o
C no volume recomendado dos fluidos para infusão
mencionados abaixo. Uma vez reconstituídas e mantidas em temperatura ambiente, as infusões devem ser administradas dentro dos
prazos estabelecidos.
Fluidos para infusão intravenosa Período de estabilidade a 25°
C
Água para injeção BP 4 horas
Infusão intravenosa de cloreto de sódio BP (0,9% p/v) 4 horas
Infusão intravenosa de lactato de sódio BP (1,66 molar) 4 horas
Infusão intravenosa de cloreto de sódio composto BP (solução de Ringer) 3 horas
Infusão intravenosa de lactato de sódio composto BP (solução de Ringer lactato; solução
de Hartmann)
3 horas
Infusão intravenosa de cloreto de sódio e cloreto de potássio BP 3 horas
As soluções reconstituídas não devem ser congeladas.
Amoxicilina + clavulanato de potássio é menos estável em infusões que contêm glicose, dextrano ou bicarbonato. A solução
reconstituída não deve, portanto, ser adicionada a tais infusões, mas pode ser injetada no tubo gotejador durante o período de 3 a 4
minutos.
Para armazenagem a 5°
C, deve-se adicionar a solução reconstituída à bolsa para infusão pré-refrigerada. A bolsa pode ser
armazenada por até 8 horas. A partir daí, a infusão deve ser administrada imediatamente após atingir a temperatura ambiente.
Fluidos para infusão intravenosa Período de estabilidade a 5°
Água para injeção BP 8 horas
Infusão intravenosa de cloreto de sódio BP (0,9% p/v) 8 horas
Posologia para tratamento de infecção
. Adultos e crianças acima de 12 anos
A dose usual de amoxicilina + clavulanato de potássio é de 1,2 g (1 g + 200 mg) de 8 em 8 horas. Em infecções mais graves, deve-
se diminuir o intervalo para 6 horas.
. Crianças de 3 meses a 12 anos
A dose é de 30 mg/kg* de 8 em 8 horas. Em infecções mais graves, deve-se diminuir o intervalo para 6 horas.
. Crianças de 0 a 3 meses
A dose é de 30 mg/kg* a cada 12 horas para crianças prematuras ou recém-nascidas durante o período perinatal, aumentando para
intervalos de 8 em 8 horas posteriormente.
* Cada dose de 30 mg de amoxicilina + clavulanato de potássio fornece 5 mg de ácido clavulânico e 25 mg de amoxicilina.
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Posologia para profilaxia cirúrgica
. Adultos
A profilaxia cirúrgica com amoxicilina + clavulanato de potássio deve ter como objetivo proteger o paciente durante o período de
risco de infecções. Dessa forma, para adultos, procedimentos que durem menos de 1 hora podem ser cobertos por 1,2 g (1 g + 200
mg) de amoxicilina + clavulanato de potássio administrado na indução da anestesia. Cirurgias mais longas requerem doses
subsequentes de 1,2 g (1 g + 200 mg) de amoxicilina + clavulanato de potássio (até quatro doses em 24 horas). Essas doses são
geralmente administradas em intervalos de 0, 8, 16 (e 24) horas. Pode-se continuar com tal esquema posológico durante vários dias
se o procedimento aumentar significativamente o risco de infecções.
Sinais clínicos claros de infecção na cirurgia requerem um curso normal de terapia intravenosa ou oral com amoxicilina+
clavulanato de potássio no pós operatório.
Posologia para insuficiência renal
Insuficiência leve
(clearance de creatinina >30 mL/min)
Sem mudanças de posologia
Insuficiência moderada
(clearance de creatinina 10-30 mL/min)
1,2 g (1 g + 200 mg) IV seguidos de 600 mg (500 mg + 100
mg) IV de 12 em 12 horas
Insuficiência grave
(clearance de creatinina <10 mL/min)
mg) IV a cada 24 horas (a diálise reduz as concentrações
séricas de amoxicilina + clavulanato de potássio e uma dose
adicional de 600 mg (500 mg + 100 mg) IV pode ser necessária
durante e no final da diálise
. Crianças
Reduções similares de dose podem ser feitas para crianças.
Posologia para insuficiência hepática
Para pacientes com insuficiência hepática, a definição da posologia deve ser feita com cautela, avaliando-se a função hepática a
intervalos regulares.
Cada frasco de 1,2 g (1 g + 200 mg) de amoxicilina + clavulanato de potássio contém 1,0 mmol de potássio e 2,7 mmol de sódio
(aproximadamente).
Usaram-se dados de extensos estudos clínicos para determinar a frequência das reações indesejáveis, de muito comuns a raras. A
frequência de todas as outras reações indesejáveis (isto é, aquelas que ocorreram em nível menor que 1/10.000) foi determinada
utilizando-se principalmente dados de pós-comercialização e se refere à taxa de relatos, e não à frequência real.
Utilizou-se a seguinte convenção na classificação por frequência das reações: muito comuns (>1/10); comuns (>1/100 e <1/10);
incomuns (≥1/1.000 e <1/100); raras (≥1/10.000 e <1/1.000); e muito raras (<1/10.000).
Reações comuns (>1/100 e <1/10)
- candidíase mucocutânea, diarreia
Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100)
- tontura, dor de cabeça
- náusea, vômito, indigestão
- aumento moderado de AST e/ou ALT (em pacientes tratados com antibióticos betalactâmicos, mas o significado desse achado
ainda é desconhecido )
- rash, prurido, urticária
Reações raras (>1/10.000 e <1.000)
- leucopenia reversível (inclusive neutropenia) e trombocitopenia
- tromboflebite no sítio de administração
- eritema multiforme
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Reações muito raras (<1/10.000)
- agranulocitose reversível e anemia hemolítica, prolongamento do tempo de sangramento e do tempo de protrombina
- edema angioneurótico, anafilaxia, síndrome semelhante à doença do soro e vasculite de hipersensibilidade
- convulsões (que podem ocorrer em pacientes com disfunção renal ou naqueles que recebem altas doses)
- agitação, ansiedade, insônia e confusão mental (reações raramente relatadas)
- colites associadas a antibióticos, inclusive colite pseudomembranosa e hemorrágica (ver Advertências e Precauções), menos
prováveis após administração parenteral
- hepatite e icterícia colestática (eventos notados com outros penicilânicos e cefalosporínicos); os eventos hepáticos reportados
ocorreram predominantemente em homens e idosos e podem estar associados a tratamento prolongado. Em geral, os sinais e
sintomas (normalmente reversíveis) ocorrem durante ou logo depois do tratamento, mas em alguns casos podem não ser aparentes
até várias semanas após o término do tratamento. As reações hepáticas podem ser graves, mas os relatos de morte são extremamente
raros. Os óbitos ocorreram quase sempre em pacientes com doença subjacente grave ou que faziam uso de outros medicamentos
cujo potencial de efeitos hepáticos indesejáveis era conhecido.
- síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, dermatite exfoliativa bolhosa e exantema pustuloso generalizado agudo
- nefrite intersticial, cristalúria (ver Superdose)
Se ocorrer qualquer reação dermatológica de hipersensibilidade, o tratamento deve ser descontinuado.
Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.