Bula do Amoxicilina + Clavulanato de Potássio para o Profissional

Bula do Amoxicilina + Clavulanato de Potássio produzido pelo laboratorio Nova Quimica Farmacêutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Amoxicilina + Clavulanato de Potássio
Nova Quimica Farmacêutica S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO AMOXICILINA + CLAVULANATO DE POTáSSIO PARA O PROFISSIONAL

Amoxicilina + Clavulanato de Potássio

NOVA QUÍMICA FARMACÊUTICA LTDA

Comprimido Revestido

500MG + 125MG

amoxicilina + clavulanato de potássio

“medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999”

APRESENTAÇÕES

Comprimidos Revestidos. Caixas com 6, 12 ou 18 comprimidos revestidos.

Embalagem hospitalar com, 100, 300 ou 600 comprimidos revestidos.

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS.

USO ORAL.

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

amoxicilina tri-hidratada*................................................................................................................573,95mg

*equivalente a 500mg de amoxicilina.

clavulanato de potassio**..............................................................................................................148,907mg

**equivalente a 125mg de acido clavulânico.

excipiente q.s.p. .............................................................................................................................1 com. rev.

(amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, dióxido

de silício, etilcelulose, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, cloreto de metileno, álcool etílico e

água purificada).

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1.INDICAÇÕES

Amoxicilina + clavulanato de potássio deve ser utilizado de acordo com as diretrizes locais para

prescrição de antibióticos e dados de sensibilidade.

Amoxicilina + clavulanato de potássio é indicado para tratamento das infecções bacterianas causadas por

germes sensíveis aos componentes da fórmula.

Amoxicilina + clavulanato de potássio, bactericida que atua contra ampla gama de microrganismos, é

efetivo nas seguintes condições:

- infecções do trato respiratório superior (inclusive ouvido, nariz e garganta), como amigdalite, sinusite e

otite média;

- infecções do trato respiratório inferior, como bronquite aguda e crônica, pneumonia lobar e

broncopneumonia;

- infecções do trato geniturinário, como cistite, uretrite e pielonefrites;

- infecções de pele e tecidos moles, como furúnculos, abscessos, celulite e ferimentos infectados;

- infecções de ossos e articulações, como osteomielite;

- outras infecções, como aborto séptico, sepse puerperal e sepse intra-abdominal.

A sensibilidade à amoxicilina + clavulanato de potássio irá variar com a região e com o tempo. Sempre

que disponíveis, dados de sensibilidade locais devem ser consultados. Sempre que necessário, mostragem

microbiológica e testes de sensibilidade devem ser realizados.

Embora amoxicilina + clavulanato de potássio seja indicado apenas para os processos infecciosos

referidos anteriormente, as infecções causadas por germes sensíveis à amoxicilina (ampicilina) também

podem ser tratadas com amoxicilina + clavulanato de potássio, devido à presença da amoxicilina em sua

fórmula. Assim, as infecções mistas causadas por microrganismos sensíveis à amoxicilina e por

microrganismos produtores de betalactamases sensíveis a amoxicilina + clavulanato de potássio não

devem exigir a adição de outro antibiótico.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Dados recentes indicam que as taxas de sucesso clínico para a amoxicilina /clavulanato no tratamento da

infecção do trato respiratório e otite média aguda (OMA) são mantidas ~ 90%. A amoxicilina /

clavulanato, é portanto, um tratamento de grande valia para as infecções do trato respiratório, em especial

porque o médico muitas vezes não é capaz de determinar o patógeno causador subjacente, e nestes casos

faz-se necessária a terapia empírica.( White AR, Kaye C, et al. Augmentin® (amoxicillin/clavulanate) in

the treatment of community-acquired respiratory tract infection: a review of the continuing development

of an innovative antimicrobial agent. Journal of Antimicrobial Chemotherapy (2004) 53, Suppl. S1, i3–

i20).

Em um estudo duplo-cego envolvendo 324 pacientes com evidência clínica de pneumonia adquirida na

comunidade (PAC) ou uma exacerbação aguda da bronquite crônica, que foram randomizados para

receber tratamento de 10 dias com amoxicilina / clavulanato 875/125 mg duas vezes ao dia ou

amoxicilina / ácido clavulânico 500/125 mg três vezes ao dia. No final da terapia, as taxas de sucesso

clínico foram de 92,4% para o regime de duas vezes por dia e 94,2% para o de três vezes ao dia. (Balgos

AA, Rodriguez-Gomez G, et al. Efficacy of twice-daily amoxycillin/clavulanate in lower respiratory tract

infections. Int J Clin Pract. 1999; 53(5):325-30.)

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

Código ATC J01CR02

Mecanismo de ação

Amoxicilina + clavulanato de potássio é um antibiótico de amplo espectro que possui a propriedade de

atuar contra microrganismos gram-positivos e gram-negativos, produtores ou não de betalactamases.

A amoxicilina é uma penicilina semissintética com amplo espectro de ação e deriva do núcleo básico da

penicilina, o ácido 6-aminopenicilânico. O ácido clavulânico é uma substância produzida pela

fermentação do Streptomyces clavuligerus, que possui a propriedade especial de inativar de modo

irreversível as enzimas betalactamases, permitindo, dessa forma, que os microrganismos se tornem

sensíveis à rápida ação bactericida da amoxicilina. Ambos os sais possuem propriedades farmacocinéticas

muito equivalentes: os níveis máximos ocorrem 1 hora após a administração oral, têm baixa ligação

proteica e podem ser administrados com as refeições porque permanecem estáveis na presença do ácido

clorídrico do suco gástrico.

Amoxicilina + clavulanato de potássio contém como princípios ativos a amoxicilina, quimicamente D-(-)-

alfa-amino-p-hidroxibenzilpenicilina, e o clavulanato de potássio, sal potássico do ácido clavulânico.

O ácido clavulânico é um betalactâmico estruturalmente relacionado às penicilinas que possui a

capacidade de inativar uma gama de enzimas betalactamases comumente encontradas em microrganismos

resistentes às penicilinas e às cefalosporinas. Tem, em particular, boa atividade contra o plasmídeo

mediador das betalactamases, clinicamente importante para a transferência de resistência à droga.

A formulação da amoxicilina com o ácido clavulânico protege a amoxicilina da degradação das enzimas

betalactamases e estende de forma efetiva o espectro antibiótico desse fármaco por abranger muitas

bactérias normalmente resistentes a esse e a outros antibióticos betalactâmicos. Assim, amoxicilina +

clavulanato de potássio possui a propriedade única de antibiótico de amplo espectro e de inibidor de

betalactamases.

A amoxicilina é um antibiótico com largo espectro de atividade bactericida contra muitos microrganismos

gram-positivos e gramnegativos. É, todavia, suscetível à degradação por betalactamases; portanto, seu

espectro de atividade não inclui os organismos que produzem essas enzimas.

Efeitos Farmacodinâmicos

Na lista abaixo, os microrganismos foram categorizados de acordo com a sensibilidade in vitro a

amoxicilina/ clavulanato.

Espécies comumente sensíveis

Bactérias gram-positivas:

- aeróbias – Staphylococcus aureus (sensível a meticilina)*, Staphylococcus saprophyticus (sensível a

meticilina), Staphylococcus coagulase-negativo (sensível a meticilina), Enterococcus faecalis,

Streptococcus pyogenes*†, Bacillus anthracis, Listeria monocytogenes, Nocardia asteroides,

Streptococcus agalactiae*†, Streptococcus spp. (outros β-hemolíticos)*†.

- anaeróbias – Clostridium sp., Peptococcus niger, Peptostreptococcus magnus, Peptostreptococcus

micros, Peptostreptococcus spp.

Bactérias gram-negativas:

- aeróbias – Bordetella pertussis, Haemophilus influenzae*, Haemophilus parainfluenzae, Helicobacter

pylori, Moraxella catarrhalis, Neisseria gonorrhoeae, Vibrio cholerae, Pasteurella multocida.

- anaeróbias – Bacteroides spp. (inclusive B. fragilis), Capnocytophaga spp., Eikenella corrodens,

Fusobacterium spp. (inclusive F. nucleatum), Porphyromonas spp. Prevotella spp.

Outras: Borrelia burgdorferi, Leptospira ictterohaemorrhagiae, Treponema pallidum.

Espécies que a resistência adquirida pode se tornar um problema

Aeróbias: Escherichia coli*, Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae*, Klebsiella spp., Proteus

mirabilis, Proteus vulgaris, Proteus spp., Salmonella spp., Shigella spp.

Aeróbias: Corynebacterium sp., Enterococcus faecium, Streptococcus pneumoniae*†, Streptococcus do

grupo Viridans.

Organismos inerentemente resistentes

Aeróbias: Acinetobacter spp., Citrobacter freundii, Enterobacter spp., Hafnia alvei, Legionella

pneumophila, Morganella morganii,Providencia spp., Pseudomonas spp., Serratia spp., Stenotrophomas

maltophilia, Yersinia enterolitica

Outras: Chlamydia pneumoniae, Chlamydia psittaci, Chlamydia spp. , Coxiella burnetti, Mycoplasma

spp.

* a eficácia clínica de amoxilicina-ácido clavulânico foi demonstrada em estudos clínicos

† microrganismos que não produzem beta-lactamase. Se um microrganismo isolado é sensível a

amoxicilina, pode ser considerado sensível a Amoxicilina + clavulanato de potássio.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Os dois componentes, de amoxicilina-clavulanato, amoxicilina e ácido clavulânico são totalmente

dissociados em solução aquosa em pH fisiológico. Ambos os componentes são rapidamente e bem

absorvidos por administração via oral. Absorção de amoxicilina-clavulanato é otimizada quando tomado

no início de uma refeição.

As concentrações séricas da amoxicilina alcançadas com o uso de amoxicilina + clavulanato de potássio

são similares às produzidas pela administração de dosagens equivalentes e isoladas desse fármaco. A

meia-vida da amoxicilina após a administração de amoxicilina + clavulanato de potássio é de 1,3 hora e a

do ácido clavulânico de 1,0 hora.

São apresentados na tabela abaixo, os resultados farmacocinéticos de dois estudos separados, em que a

amoxicilina-clavulanato 250/125 (375) ou 2 x 250/125 e 500/125 (625) mg em comprimidos (em

comparação com os dois ativos dados separadamente) foram administrados em jejum.

Ativo Dose Cmáx Tmáx AUC T1/2

Tratamento (mg) (mg/l) (h) (mg.h/l) (h)

amoxicilina

Amoxicilina-

clavulanato

250/125mg

250 3.7 1.1 10.9 1.0

500 5.8 1.5 20.9 1.3

250/125mg x 2

500/125mg

500 6.5 1.5 23.2 1.3

500 mg

500 6.5 1.3 19.5 1.1

Clavulanato

250/125 mg

125 2.2 1.2 6.2 1.2

500/125 mg

125 2.8 1.3 7.3 0.8

acido clavulânico

125 mg

125 3.4 0.9 7.8 0.7

250/125 mg x 2

250 4.1 1.3 11.8 1.0

As concentrações séricas de amoxicilina obtidas com amoxicilina-clavulanato são semelhantes àquelas

produzidas pela administração oral de doses equivalentes de amoxicilina isolada.

Distribuição

Estudos de reprodução em animais demonstraram que tanto a amoxicilina quanto o ácido clavulânico

penetram na barreira placentária.

No entanto, não foi detectada nenhuma evidência de diminuição da fertilidade ou dano ao feto.

Nenhum dos componentes de amoxicilina + clavulanato de potássio apresenta forte ligação protéica; o

percentual de ligação protéica do ácido clavulânico é de aproximadamente 25%, enquanto o da

amoxicilina é de 18%.

A amoxicilina, como a maioria das penicilinas, pode ser detectada no leite materno. Com relação ao ácido

clavulânico, não existem dados disponíveis a esse respeito Traços de clavulanato também podem ser

detectados. Com exceção do risco de sensibilização associado a esta excreção, não são conhecidos efeitos

nocivos ao lactente.

Os estudos de reprodução em animais demonstraram que tanto a amoxicilina quanto o ácido clavulânico

No entanto, nenhuma evidência de diminuição da fertilidade ou dano ao feto foi detectado.

Não há evidências em estudos animais que os componentes do amoxicilina + clavulanato de potássio se

acumulam em algum órgão.

A amoxicilina distribui-se rapidamente nos tecidos e fluidos do corpo, mas não no cérebro e seus fluidos.

Os resultados de experimentos que envolveram a administração do ácido clavulânico em animais sugerem

que essa substância, do mesmo modo que a amoxicilina, é bem distribuída pelos tecidos corporais.

Metabolismo

A amoxicilina é parcialmente excretada na urina na forma de ácido penicilóico em quantidades

equivalentes a 10- 25% da dose inicial. O ácido clavulânico é amplamente metabolizado em 2,5 – diidro-

4-(2-hidroxietil)-5-oxo-1H-pirrol-3 ácido carboxílico e 1-amino-4-hidroxi-butan-2-ona sendo eliminado

na urina e fezes.

Eliminação

Como com outras penicilinas, a principal via de eliminação da amoxicilina é através dos rins, enquanto

que para clavulanato os mecanismos de eliminação são renal e não-renal.

Aproximadamente 60% a 70% de amoxicilina e 40% a 65% de ácido clavulânico são excretados sem

modificações na urina durante as primeiras 6 horas após a administração de dose única de um

comprimido de 500mg ou de 10mL de suspensão oral de 250mg de amoxicilina + clavulanato de

potássio.

O uso concomitante de probenecida retarda a excreção de amoxicilina, mas não a excreção renal de ácido

clavulânico (ver Interações Medicamentosas).

4. CONTRAINDICAÇÕES

Amoxicilina + clavulanato de potássio é contraindicada para pacientes com história de reações alérgicas,

hipersensibilidade a penicilinas e disfunção hepática/icterícia associadas a este medicamento ou a outras

penicilinas.

Deve-se dar atenção à possível sensibilidade cruzada com outros antibióticos betalactâmicos, como as

cefalosporinas.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Antes de iniciar o tratamento com amoxicilina + clavulanato de potássio, deve-se fazer uma pesquisa

cuidadosa sobre as reações prévias de hipersensibilidade a penicilinas e cefalosporinas ou a outros

alérgenos.

Há relatos de reações de hipersensibilidade (anafilactoides) graves e ocasionalmente fatais em pacientes

que recebem tratamento com derivados penicilânicos (ver Contraindicações). Essas reações ocorrem,

mais provavelmente, em indivíduos com história de hipersensibilidade à penicilina e/ou a múltiplos

alérgenos. Caso haja reação alérgica, recomenda-se descontinuar imediatamente o uso de amoxicilina +

clavulanato de potássio e instituir uma terapia adequada. As reações anafilactoides graves requerem

tratamento de emergência com epinefrina. Se necessário, pode-se também instituir oxigênio, esteroides

intravenosos e assistência respiratória, inclusive entubação.

Deve-se evitar o uso de amoxicilina + clavulanato de potássio em pacientes sob suspeita de

mononucleose, uma vez que a ocorrência de rash cutâneo de aspecto morbiliforme tem sido associada à

amoxicilina.

O uso prolongado também pode, ocasionalmente, resultar em crescimento excessivo de organismos não

sensíveis. Foi relatada colite pseudomembranosa com o uso de antibióticos, que pode ter gravidade

variada entre leve e risco à vida. Portanto, é importante considerar o diagnóstico de doentes que

desenvolvam diarreia durante ou após o uso de antibióticos. Se ocorrer diarreia prolongada ou

significativa, ou o paciente sentir cólicas abdominais, o tratamento deve ser interrompido imediatamente e

a condição do paciente investigada.

Houve relatos raros de prolongamento anormal do tempo de protrombina (aumento da razão normalizada

internacional, INR) em alguns pacientes que receberam tratamento com amoxicilina + clavulanato de

potássio e anticoagulantes orais. Deve-se fazer o monitoramento apropriado quando anticoagulantes

forem prescritos para uso concomitante.

Podem ser necessários ajustes de dose de anticoagulantes orais para manter o nível desejado de

anticoagulação.

Observaram-se mudanças da função hepática em alguns pacientes sob tratamento com amoxicilina +

clavulanato de potássio. A importância clínica dessas mudanças é incerta, mas amoxicilina + clavulanato

de potássio deve ser usado com cautela em pacientes que apresentam evidência de disfunção hepática.

Houve relatos raros de icterícia colestática, que pode ser grave, mas geralmente é reversível. Os sinais e

sintomas talvez não se manifestem no período de até seis semanas após a interrupção do tratamento.

Para os pacientes com disfunção renal, deve-se ajustar a dosagem (ver Posologia e Modo de Usar).

Nos pacientes que apresentaram redução do volume de produção de urina, muito raramente se observou

cristalúria, que ocorreu sobretudo com terapia parenteral. Durante a administração de altas doses de

amoxicilina + clavulanato de potássio, deve-se manter ingestão adequada de líquidos, assim como

eliminação normal de urina, a fim de minimizar a possibilidade de cristalúria.

A insuficiência renal não retarda a excreção do clavulanato de potássio nem da amoxicilina. Contudo,

para os pacientes com insuficiência renal moderada ou grave, deve-se ajustar a dose de amoxicilina +

clavulanato de potássio (ver Posologia e Modo de Usar).

Embora amoxicilina + clavulanato de potássio tenha a característica de baixa toxicidade do grupo dos

antibióticos penicilânicos, recomenda-se, durante tratamentos prolongados, o acompanhamento periódico

das funções orgânicas, inclusive renais, hepáticas e hematopoiéticas.

Deve-se considerar a possibilidade de superinfecções por fungos ou bactérias durante o tratamento. Se

ocorrer superinfecção (que usualmente envolve Pseudomonas ou Candida), recomenda-se descontinuar a

droga e/ou instituir terapia apropriada.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas

Não se observaram efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas.

Gravidez e lactação

Gravidez

Estudos sobre reprodução em animais (camundongos e ratos) nos quais amoxicilina + clavulanato de

potássio foi administrado por via oral e parenteral não demonstraram efeitos teratogênicos. Em um único

estudo, feito com mulheres que haviam tido parto prematuro com ruptura precoce da bolsa amniótica,

relatou-se que o uso profilático de amoxicilina + clavulanato de potássio pode estar associado ao aumento

do risco de o neonato apresentar enterocolite necrotizante. Como ocorre com todos os medicamentos,

deve-se evitar o uso de amoxicilina + clavulanato de potássio na gravidez, especialmente durante o

primeiro trimestre, a menos que o médico o considere essencial.

Lactação

amoxicilina + clavulanato de potássio pode ser administrado durante o período de lactação. Com exceção

do risco de sensibilidade associado à excreção de pequenas quantidades da droga no leite materno, não

existem efeitos nocivos para a criança.

Categoria B de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A probenecida retarda a excreção renal da amoxicilina. Seu uso concomitante com o de amoxicilina +

clavulanato de potássio pode resultar em aumento do nível de amoxicilina no sangue, mas não de ácido

clavulânico, não sendo, portanto, recomendável.

A administração concomitante de alopurinol e amoxicilina aumenta consideravelmente a incidência de

rash em comparação ao uso isolado de amoxicilina. Não se sabe se essa potencialização do efeito da

amoxicilina se deve ao alopurinol ou à hiperuricemia presente nesses casos. Não há dados sobre a

administração concomitante de amoxicilina + clavulanato de potássio e alopurinol. Da mesma forma que

outros antibióticos, amoxicilina + clavulanato de potássio pode afetar a flora intestinal e assim reduzir a

reabsorção de estrógenos. Com isso, se amoxicilina + clavulanato de potássio é usado em combinação

com contraceptivos orais, estes podem ter sua eficácia reduzida.

A ingestão de álcool deve ser evitada durante e vários dias após o tratamento com amoxicilina +

clavulanato de potássio.

Amoxicilina + clavulanato de potássio não deve ser administrado junto com dissulfiram.

Relatou-se prolongamento do tempo de sangramento e do tempo de protrombina em alguns pacientes

tratados com amoxicilina + clavulanato de potássio. Assim, este medicamento deve ser usado com cautela

nos pacientes sob tratamento com anticoagulantes.

Há, na literatura, raros casos de aumento da INR em pacientes em uso de acenocumarol ou varfarina que

recebem um ciclo de tratamento com amoxicilina. Se a coadministração for necessária, o tempo de

protrombina e a INR devem ser cuidadosamente monitorados com o início ou interrupção da terapia com

amoxicilina + clavulanato de potássio.

Em pacientes que receberam micofenolato de mofetila, foi relatada uma redução na concentração do

metabólito ativo ácido micofenólico de cerca de 50% após o início do uso de amoxicilina + ácido

clavulânico por via oral. A mudança no nível pré-dose pode não representar com precisão alterações na

exposição geral ao MPA.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de conservação

Conserve o produto ao abrigo da umidade e em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). O prazo de

validade é de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem do produto.

Apenas remova o envelope para o uso do produto. Os comprimidos devem ser utilizados em até 14 dias

após a abertura do envelope.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico/características organolépticas

Comprimido oval, biconvexo, com revestimento de cor branca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar

Para minimizar a potencial intolerância gastrintestinal, recomenda-se administrar o medicamento no

início da refeição. Essa forma de administração favorece a absorção de amoxicilina + clavulanato de

potássio.

O tratamento não deve ser estendido por mais de 14 dias sem revisão.

Posologia para tratamento de infecções

Tabela posológica de amoxicilina + clavulanato de potássio

Idade Apresentação Dosagem

Adultos e crianças acima de 12

anos*

Comprimidos revestidos de 500mg +

125mg

1 comprimido três vezes ao

dia

* A dose diária usual recomendada é de 25 mg**/kg, divididos, de 8 em 8 horas.

A posologia deve ser aumentada a critério médico, nos casos de infecções graves, usando-se até 50

mg/kg/dia, divididos, de 8 em 8 horas.

** Cada dose de 25 mg de amoxicilina + clavulanato de potássio fornece 20 mg de amoxicilina e 5 mg de

ácido clavulânico.

Os comprimidos de amoxicilina + clavulanato de potássio não são recomendados para crianças menores

de 12 anos.

Posologia para insuficiência renal

Adultos

Insuficiência leve

(clearance de creatinina

>30 mL/min)

Insuficiência moderada

10-30 mL/min)

Insuficiência grave

<10 mL/min)

Sem alterações de dosagem 1 comprimido de 500 mg + 125 mg

de 12 em 12 horas

Os comprimidos de 500 mg +

125 mg não são recomendados

Crianças

Sem alterações de dosagem 18,75 mg*/kg duas vezes ao dia

(máximo de duas doses de 625mg

ao dia)

18,75 mg*/kg em dose única

diária (máximo de 625mg)

* Cada dose de 18,75 mg de amoxicilina + clavulanato de potássio fornece 15 mg de amoxicilina e 3,75

mg de ácido clavulânico.

Posologia para insuficiência hepática

O tratamento deve ser cauteloso; monitore a função hepática em intervalos regulares.

Em casos de infecção grave, deve-se aumentar a posologia.

No caso de crianças que pesam 40 kg ou mais, deve-se aplicar a posologia para adultos.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Usaram-se dados de estudos clínicos feitos com grande número de pacientes para determinar a frequência

das reações indesejáveis (de muito comuns a raras). A frequência de todas as outras reações indesejáveis

(isto é, aquelas que ocorreram em nível menor que 1/10.000) foi determinada utilizando-se

principalmente dados de pós-comercialização e se refere à taxa de relatos, e não à frequência real.

Utilizou-se a seguinte convenção na classificação da frequência das reações: muito comuns (≥ 1/10),

comuns (≥ 1/100 e ˂ 1/10), incomuns (≥ 1/1.000 e ˂ 1/100), raras (≥ 1/10.000 e ˂ 1/1.000) e muito raras

(˂1/10.000).

Reações muito comuns (≥ 1/10): diarreia (em adultos)

Reações comuns (≥ 1/100 e ˂ 1/10):

- candidíase mucocutânea

- náusea e vômitos (em adultos)*

- vaginite

Reações incomuns (≥ 1/1.000 e ˂ 1/100):

- tontura

- dor de cabeça

- indigestão

- aumento moderado de AST e/ou ALT em pacientes tratados com antibióticos betalactâmicos, mas o

significado desse achado

ainda é desconhecido**

- rash, prurido e urticária

Reações raras (≥ 1/10.000 e ˂ 1/1.000):

- leucopenia reversível (inclusive neutropenia) e trombocitopenia

- eritema multiforme

Reações muito raras (<1/10.000)

- agranulocitose reversível e anemia hemolítica, prolongamento do tempo de sangramento e do tempo de

protrombina

- edema angioneurótico, anafilaxia, síndrome semelhante à doença do soro e vasculite de

hipersensibilidade

- hiperatividade reversível e convulsões (estas podem ocorrer em pacientes com função renal reduzida ou

naqueles que tomam altas doses)

- colite associada a antibióticos (entre elas, colite pseudomembranosa e hemorrágica) (ver Advertências e

Precauções)

- língua pilosa negra

- hepatite e icterícia (esses eventos foram observados também com outros penicilínicos e

cefalosporínicos)**

- síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, dermatite exfoliativa bolhosa e exantema

pustuloso generalizado agudo

- nefrite intersticial e cristalúria

Outras reações adversas

- trombocitopenia e púrpura

- ansiedade, insônia e confusão mental (relatos raros)

- glossite

Se ocorrer qualquer reação dermatológica de hipersensibilidade, o tratamento deve ser descontinuado.

* A náusea está comumente associada a altas dosagens orais. Caso reações gastrintestinais se tornem

evidentes, é possível minimizá-las administrando-se a dose do produto no início das refeições.

** Houve relatos de eventos hepáticos, predominantemente em homens idosos, que podem estar

associados a tratamentos prolongados. São muito raros os relatos desses eventos em crianças.

Crianças e adultos: alguns sinais e sintomas usualmente ocorrem durante o tratamento ou logo após, mas

em certos casos podem não se tornar aparentes até várias semanas depois do término da terapia. São

normalmente reversíveis. Os eventos hepáticos podem ser graves; em circunstâncias extremamente raras,

houve relatos de mortes. Estas ocorreram quase sempre entre pacientes com doença subjacente grave ou

que faziam uso de outros medicamentos com conhecido potencial para provocar efeitos hepáticos

indesejáveis.

Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.