Bula do Analgesin produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Analgesin®
Comprimido 100mg
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
ácido acetilsalicílico
APRESENTAÇÃO
Embalagem contendo 200 comprimidos.
USO ORAL
USO PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 100mg contém:
ácido acetilsalicílico.......................................................................................................100mg
Excipientes q.s.p..................................................................................................1comprimido
Excipientes: croscarmelose sódica, ciclamato de sódio, corante amarelo de tartrazina, ácido
esteárico, vanilina, manitol, celulose microcristalina, sacarina sódica e dióxido de silício.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
-para o alívio sintomático da cefaleia, odontalgia, dor de garganta relacionada a resfriados,
dismenorreia, mialgia ou artralgia, lombalgia e dor artrítica de pequena intensidade;
-no resfriado comum ou na gripe, para o alívio sintomático da dor e da febre.
O ácido acetilsalicílico vem sendo usado como analgésico e antipirético por milhares de
pessoas desde a sua descoberta há mais de cem anos. A despeito da sua idade, o ácido
acetilsalicílico ainda é o padrão para comparação e avaliação de novas substâncias e uma
das drogas mais amplamente estudadas.
Consequentemente, não é possível listar todas as pesquisas que provam sua eficácia clínica.
As indicações incluem alívio sintomático de dores leves a moderadas, como cefaleia, dor de
dente, dor de garganta relacionada a resfriados, dor nas costas, dores musculares e nas
articulações, dismenorreia e também febre em resfriados comuns.
Propriedades Farmacodinâmicas
O ácido acetilsalicílico pertence ao grupo dos fármacos anti-inflamatórios não esteroides,
com propriedade analgésica, antipirética e anti-inflamatória. Seu mecanismo de ação
baseia-se na inibição irreversível da enzima ciclo-oxigenase, envolvida na síntese das
prostaglandinas.
O ácido acetilsalicílico, em doses orais de 0,3 a 1,0g, é usado para o alívio da dor e de
quadros febris, tais como resfriados e gripes, para controle da temperatura e alívio das dores
musculares e das articulações.Também é usado nos distúrbios inflamatórios agudos e
crônicos, tais como artrite reumatoide, osteoartrite e espondilite anquilosante.
O ácido acetilsalicílico também inibe a agregação plaquetária, bloqueando a síntese do
tromboxano A2 nas plaquetas. Por esta razão, é usado em várias indicações relativas ao
sistema vascular, geralmente em doses diárias de 75 a 300mg.
Propriedades Farmacocinéticas
Após a administração oral, o ácido acetilsalicílico é rápida e completamente absorvido no
trato gastrintestinal. Durante e após a absorção, o ácido acetilsalicílico é convertido a ácido
salicílico, seu principal metabólito ativo. Os níveis plasmáticos máximos do ácido
acetilsalicílico são atingidos após 10 a 20 minutos e os do ácido salicílico após 0,3 a 2
horas.
Tanto o ácido acetilsalicílico quanto o ácido salicílico ligam-se extensivamente às proteínas
plasmáticas e são rapidamente distribuídos por todo o organismo. O ácido salicílico passa
para o leite materno e atravessa a placenta.
O ácido salicílico é eliminado predominantemente por metabolismo hepático. Seus
metabólitos são o ácido salicilúrico, o glicuronídeo salicílico fenólico, o glicuronídeo
salicilacílico, o ácido gentísico e o ácido gentisúrico.
A cinética da eliminação do ácido salicílico é dose-dependente, uma vez que o metabolismo
é limitado pela capacidade das enzimas hepáticas. A meia-vida de eliminação varia de 2 a 3
horas após doses baixas até cerca de 15 horas com doses altas. O ácido salicílico e seus
metabólitos são excretados principalmente por via renal.
Dados de segurança pré-clínicos
O perfil de segurança pré-clínico do ácido acetilsalicílico está bem documentado.
Nos estudos com animais, os salicilatos em altas doses provocaram dano renal, mas não
causaram outras lesões orgânicas.
O ácido acetilsalicílico tem sido extensamente estudado in vivo e in vitro quanto à
mutagenicidade. Não foi observada nenhuma evidência relevante de potencial mutagênico
ou carcinogênico.
Os salicilatos apresentaram efeitos teratogênicos em estudos com animais de espécies
diferentes. Foram descritos distúrbios de implantação, efeitos embriotóxicos e fetotóxicos,
e comprometimento da capacidade de aprendizado da prole após exposição pré-natal.
-hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico, a outros salicilatos ou a qualquer outro
componente do produto;
-história de asma induzida pela administração de salicilatos ou substâncias com ação
similar, principalmente anti-inflamatórios não esteroides;
-úlceras gastrintestinais agudas;
-diátese hemorrágica;
-insuficiência renal grave;
-insuficiência hepática grave;
-insuficiência cardíaca grave;
-associado ao metotrexato em doses iguais ou maiores que 15 mg/semana (veja item “6.
Interações medicamentosas”);
-último trimestre de gravidez (veja item “5. Advertências e precauções”, Gravidez).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Analgesin®
deve ser utilizado com cautela nos seguintes casos:
-hipersensibilidade a analgésicos, agentes anti-inflamatórios ou anti-reumáticos, ou na
presença de outras alergias;
-história de úlceras gastrintestinais, incluindo úlcera crônica ou recorrente, ou história de
sangramentos gastrintestinais;
-tratamento concomitante com anticoagulantes (veja item “6. Interações medicamentosas”);
-pacientes com comprometimento da função renal ou da circulação cardiovascular (por
exemplo: doença reno-vascular, insuficiência cardíaca congestiva, depleção de volume,
cirurgia de grande porte, sepsis ou eventos hemorrágicos graves) uma vez que o ácido
acetilsalicílico pode aumentar o risco de comprometimento renal e insuficiência renal
aguda;
-comprometimento da função hepática.
O ácido acetilsalicílico pode desencadear broncoespasmo e crises de asma ou outras
reações de hipersensibilidade. Os fatores de risco são: asma pré-existente, rinite alérgica,
pólipos nasais ou doença respiratória crônica. Este conceito também se aplica para
pacientes que apresentem reações alérgicas (por exemplo, reações cutâneas, prurido e
urticária) a outras substâncias.
Devido ao efeito inibitório da agregação plaquetária, o qual persiste por vários dias após a
administração, o ácido acetilsalicílico pode levar a um aumento da tendência a
sangramentos durante e após intervenções cirúrgicas (inclusive cirurgias de pequeno porte,
como por exemplo, extrações dentárias).
Em doses baixas, o ácido acetilsalicílico reduz a excreção do ácido úrico, podendo
desencadear crises de gota em pacientes predispostos.
Em pacientes que sofrem de deficiência grave de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD),
o ácido acetilsalicílico pode induzir a hemólise ou anemia hemolítica. Dose elevada, febre
ou infecções agudas são fatores que podem aumentar o risco de hemólise.
-Crianças
Produtos contendo ácido acetilsalicílico não devem ser utilizados por crianças e
adolescentes para quadros de infecções virais, com ou sem febre, sem antes consultar um
médico. Em determinadas doenças virais, especialmente as causadas por varicela e vírus
influenza A e B, há o risco da Síndrome de Reye, uma doença muito rara, mas com possível
risco de morte, que requer intervenção médica imediata. Embora a relação causal não tenha
sido comprovada, o risco pode aumentar com o uso de ácido acetilsalicílico. A ocorrência
de vômitos persistentes na vigência destas doenças pode ser um sinal da Síndrome de Reye.
Crianças ou adolescentes não devem usar este medicamento para catapora ou
sintomas gripais antes que um médico seja consultado sobre a Síndrome de Reye, uma
rara, mas grave doença, associada a este medicamento.
-Gravidez e lactação
Gravidez
O uso do ácido acetilsalicílico é contraindicado no último trimestre de gestação,
apresentando categoria de risco na gravidez D para tal período. Durante os dois primeiros
trimestres de gestação, o ácido acetilsalicílico deve ser utilizado com cautela, se realmente
necessário, apresentando categoria de risco na gravidez C para tal período.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
A inibição da síntese das prostagladinas pode afetar adversamente a gravidez e/ou o
desenvolvimento embrionário/fetal. Dados de estudos epidemiológicos levantam a questão
de um aumento do risco de aborto e de malformações após o uso de inibidores da síntese de
prostaglandinas no início da gravidez. Acredita-se que o risco aumente com a dose e a
duração do tratamento. Os dados disponíveis não confirmam qualquer associação entre a
ingestão do ácido acetilsalicílico e um aumento do risco de aborto. Para o ácido
acetilsalicílico, os dados epidemiológicos disponíveis sobre malformações não são
consistentes, mas não se pode excluir um risco aumentado de gastroquise. Um estudo
prospectivo com aproximadamente 14.800 gestantes expostas precocemente durante a
gestação (1° ao 4° mês) não demonstrou qualquer associação com uma elevada taxa de
malformação.
Estudos em animais têm demonstrado toxicidade reprodutiva (veja item “3. Características
Farmacológicas”, Dados de Segurança Pré-Clínicos).
Durante o primeiro e segundo trimestre da gravidez, medicamentos contendo ácido
acetilsalicílico não devem ser administrados, exceto se realmente necessários. Durante o
primeiro e segundo trimestre da gravidez ou em mulheres que estejam tentando engravidar,
as doses e o tempo de tratamento com medicamentos contendo ácido acetilsalicílico devem
ser os menores possíveis.
Durante o terceiro trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese de prostaglandinas
podem expor:
O feto a:
-toxicidade cardiopulmonar (com fechamento prematuro do ducto arterioso e hipertensão
pulmonar);
-disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal com oligohidramnio.
A mãe e a criança no final da gravidez a:
-possível aumento do tempo de sangramento, um efeito antiagregante plaquetário que pode
ocorrer até mesmo após doses muito baixas;
-inibição das contrações uterinas provocando trabalho de parto prolongado.
Consequentemente, o ácido acetilsalicílico é contraindicado durante o terceiro
trimestre de gestação.
Lactação
Os salicilatos e seus metabólitos metabólitos são excretados no leite materno em pequenas
quantidades. Como não foram observados até o momento efeitos adversos no lactente após
uso eventual, a interrupção da amamentação é geralmente desnecessária. Entretanto, a
amamentação deve ser descontinuada durante o uso regular (contínuo) ou de altas doses
deste medicamento.
-Efeitos sobre a capacidade para dirigir veículos e operar máquinas
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Não há necessidade de recomendações especiais para o uso do produto em idosos, crianças
(acima de 12 anos) ou pacientes de grupos de risco, desde que observadas as advertências,
Interações contraindicadas
-metotrexato em doses iguais ou maiores que 15mg/semana
Aumento da toxicidade hematológica do metotrexato (diminuição da depuração renal do
metotrexato por agentes anti-inflamatórios em geral e deslocamento do metotrexato, ligado
às proteínas plasmáticas, pelos salicilatos) (veja item “4. Contraindicações”).
Interações que requerem precaução para o uso
-metotrexato em doses inferiores a 15 mg/semana
às proteínas plasmáticas, pelos salicilatos).
-anticoagulantes, trombolíticos/ outros inibidores da agregação plaquetária/ homeostasia
Aumento do risco de sangramento.
-outros anti-inflamatórios não-esteroides com salicilatos em altas doses
Aumento do risco de úlceras e sangramento gastrintestinal devido ao efeito sinérgico.
-inibidores seletivos da recaptação de serotonina (SSRIs)
Aumento do risco de sangramento gastrintestinal alto devido a possível efeito sinérgico.
-digoxina
Aumento da concentração plasmática de digoxina devido a diminuição na excreção renal.
-medicamentos para diabetes, como por exemplo, insulina e sulfonilureias
Aumento do efeito hipoglicemiante por altas doses do ácido acetilsalicílico via ação
hipoglicêmica do ácido acetilsalicílico e deslocamento da sulfonilureia de sua ligação à
proteína plasmática.
-diuréticos em associação com o ácido acetilsalicílico em altas doses
Diminuição da filtração glomerular por diminuição da síntese das prostaglandinas renais.
-glicocorticoides sistêmicos, exceto hidrocortisona usada como terapia de reposição na
doença de Addison
Diminuição dos níveis de salicilato plasmático durante o tratamento com corticosteroides e
risco de sobredose de salicilato após interrupção do tratamento, por aumento da eliminação
de salicilatos pelos corticosteroides.
-inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) em associação com o ácido
acetilsalicílico em altas doses
Diminuição da filtração glomerular por inibição das prostaglandinas vasodilatadoras. Além
disso, diminuição do efeito anti-hipertensivo.
-ácido valproico
Aumento da toxicidade do ácido valproico devido ao deslocamento dos sítios de ligação às
proteínas.
-álcool
Aumento do dano à mucosa gastrintestinal e prolongamento do tempo de sangramento
devido a efeitos aditivos do ácido acetilsalicílico e do álcool.
-uricosúricos como benzobromarona e probenecida
Diminuição do efeito uricosúrico (competição pela eliminação de ácido úrico no túbulo
renal).
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30°C).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Aspecto físico e características organolépticas: Comprimido circular de cor branca com
leve odor característico.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Tomar os comprimidos preferencialmente após as refeições, com bastante líquido.
Adultos: 1 a 2 comprimidos. Se necessário, repetir a cada 4 a 8 horas, não excedendo 8
comprimidos por dia.
Crianças a partir de 12 anos: 1 comprimido. Se necessário, repetir a cada 4 a 8 horas, até 3
vezes por dia.
Analgesin®
não deve ser administrado por mais de 3 a 5 dias sem consultar seu médico ou
cirurgião-dentista.
No caso de administração acidental ou uso em crianças, veja o item “5. Advertências e
precauções”.
Distúrbios do trato gastrintestinal superior e inferior como sinais e sintomas de dispepsia,
dor gastrintestinal e abdominal, raramente inflamação gastrintestinal, úlcera gastrintestinal,
levando potencialmente, mas muito raramente, a úlcera gastrintestinal com hemorragia e
perfuração, com respectivos sinais e sintomas clínicos e laboratoriais.
Devido a seu efeito inibitório sobre a agregação plaquetária, o ácido acetilsalicílico pode
estar associado com o aumento do risco de sangramento. Foram observados sangramentos
tais como hemorragia intra e pós-operatória, hematomas, epistaxe, sangramento urogenital
e sangramento gengival.
Foram raros a muito raros os relatos de sangramentos graves, como hemorragia do trato
gastrintestinal e hemorragia cerebral (especialmente em pacientes com hipertensão não
controlada e/ ou em uso concomitante de agentes anti-hemostáticos), que em casos isolados
podem ter potencial risco de morte.
A hemorragia pode provocar anemia pós-hemorrágica/ anemia por deficiência de ferro (por
exemplo, sangramento oculto), crônica ou aguda, com respectivos sinais e sintomas clínicos
e laboratoriais, tais como astenia, palidez e hipoperfusão.
Reações de hipersensibilidade com suas respectivas manifestações clínicas e laboratoriais
incluem asma, reações leves a moderadas que afetam potencialmente a pele, o trato
respiratório, o trato gastrintestinal e o sistema cardiovascular, com sintomas tais como rash
cutâneo, urticária, edema, prurido, rinite, congestão nasal, alterações cardiorrespiratórias e,
muito raramente, reações graves, como choque anafilático.
Disfunção hepática transitória com aumento das transaminases hepáticas tem sido relatada
muito raramente.
Há relatos de tinitos e tonturas, que podem ser indicativos de uma sobredose.
Há relatos de hemólise e anemia hemolítica em pacientes que sofrem de deficiência grave
de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD).
Há relatos de comprometimento renal e insuficiência renal aguda.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
A toxicidade por salicilatos (doses acima de 100mg/kg/dia por mais de 2 dias consecutivos
podem ser tóxicas) pode resultar de intoxicação crônica, terapeuticamente adquirida e de
intoxicação aguda (sobredose) com potencial risco de morte, que pode ser causada por
ingestão acidental em crianças ou intoxicação acidental.
A intoxicação crônica por salicilatos pode ser insidiosa, uma vez que os sinais e sintomas
não são específicos. A intoxicação crônica leve por salicilatos, ou salicilismo, normalmente
ocorre somente após o uso repetido de altas doses. Os sintomas incluem tontura, vertigem,
tinitos, surdez, sudorese, náuseas e vômitos, dor de cabeça e confusão, podendo ser
controlados pela redução da dose. Tinitos podem ocorrer com concentrações plasmáticas
entre 150 e 300mcg/mL. Reações adversas mais graves ocorrem com concentrações acima
de 300mcg/mL.
A principal manifestação da intoxicação aguda é uma alteração grave do equilíbrio ácido -
base, o qual pode variar com a idade e a gravidade da intoxicação. A apresentação mais
comum nas crianças é a acidose metabólica. A gravidade da intoxicação não pode ser
estimada apenas pela concentração plasmática. A absorção do ácido acetilsalicílico pode ser
retardada devido à diminuição do esvaziamento gástrico, formação de concreções no
estômago, ou como resultado da ingestão de preparações com revestimento entérico. O
tratamento da intoxicação por ácido acetilsalicílico é determinado por sua extensão, estágio
e sintomas clínicos e de acordo com as técnicas de tratamento padrão. Dentre as principais
medidas deve-se acelerar a excreção do fármaco, bem como restaurar o metabolismo ácido-
base e eletrolítico.
Devido aos efeitos fisiopatológicos complexos da intoxicação por salicilatos, sinais e
sintomas/ achados investigativos podem incluir:
Sinais e sintomas Achados investigativos Medidas terapêuticas
Intoxicação leve a moderada Lavagem gástrica,
administração repetida de
carvão ativado e diurese
alcalina forçada.
Taquipneia, hiperventilação e
alcalose respiratória.
Alcalemia, alcalúria Manuseio de fluídos e
eletrólitos
Diaforese
Náusea e vômito
Intoxicação moderada a
grave
Lavagem gástrica,
administrações repetidas de
carvão ativado, diurese alcalina
forçada e hemodiálise nos
casos graves
Alcalose respiratória com
acidose metabólica
compensatória
Acidemia, acidúria Manuseio de fluídos e
Hiperpirexia Manuseio de fluídos e
Respiratórios: desde
hiperventilação, edema
pulmonar não cardiogênico até
parada respiratória e asfixia
Cardiovasculares: desde
arritmias e hipotensão à parada
cardíaca
por exemplo: pressão arterial,
alteração do ECG
Perda de fluídos e eletrólitos:
desidratação, desde oligúria até
insuficiência renal
por exemplo: hipocalemia,
hipernatremia, hiponatremia e
alteração da função renal
Manuseio de fluídos e
Alteração do metabolismo da
glicose e cetose
Hiperglicemia, hipoglicemia
(especialmente em crianças)
Aumento dos níveis de cetona
Tinitos e surdez
Gastrintestinais: sangramento
gastrintestinal
Hematológicos: desde inibição
da agregação plaquetária até a
coagulopatias
por exemplo: prolongamento
do tempo de protrombina,
hipoprotrombinemia
Neurológicos: encefalopatia
tóxica e depressão do Sistema
Nervoso Central com
manifestações variando desde
letargia e confusão até coma
e convulsões
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.