Bula do Ancoron para o Profissional

Bula do Ancoron produzido pelo laboratorio Libbs Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Ancoron
Libbs Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO ANCORON PARA O PROFISSIONAL

ANCORON®

(cloridrato de amiodarona)

Libbs Farmacêutica Ltda.

Suspensão oral

200 mg/mL

 

ANCO.G._v.12-15 1

cloridrato de amiodarona

APRESENTAÇÕES

Suspensão oral (gotas) com 200 mg/mL de cloridrato de amiodarona. Embalagem com 1 frasco de 30 mL.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada mL (aproximadamente 20 gotas) de ANCORON®

suspensão oral contém:

cloridrato de amiodarona...............................................................................................................................200 mg

veículo q.s.p......................................................................................................................................................1 mL

Excipientes: crospovidona, polissorbato 80, propilenoglicol, simeticona, metilparabeno, propilparabeno,

sucralose, corante vermelho Ponceau, ácido cítrico monoidratado, citrato de sódio di-hidratado, essência de

laranja e água purificada.

Cada 100 mg de cloridrato de amiodarona contém 94,55 mg de amiodarona base.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Ancoron®

é indicado para os seguintes casos:

- distúrbios graves do ritmo cardíaco, inclusive aqueles resistentes a outras opções terapêuticas;

- taquicardia ventricular sintomática;

- taquicardia supraventricular sintomática;

- alterações do ritmo associadas à síndrome de Wolff-Parkinson-White.

Devido às propriedades farmacológicas da amiodarona, Ancoron®

é particularmente indicado quando as

alterações do ritmo cardíaco forem capazes de agravar uma doença clínica subjacente (ex.: insuficiência

coronária, insuficiência cardíaca).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O cloridrato de amiodarona – denominado simplesmente ‘amiodarona’ - tem sido progressivamente

reconhecido como um efetivo agente antiarrítmico da classe III, após a sua introdução em 1967 como fármaco

antianginoso devido às propriedades vasodilatadoras.1,2

Rosenbaum e cols.(1976)3

foram dos primeiros a demonstrar a eficácia clínica da amiodarona em uma variedade

de arritmias cardíacas, incluindo as que complicam a síndrome de Wolff-Parkinson-White. Investigadores da

Europa, da América do Sul e dos Estados Unidos comprovaram a eficácia da amiodarona como antiarrítmico,

principalmente nas arritmias refratárias aos agentes convencionais.4,2

A amiodarona tem amplo espectro de efeitos

eletrofisiológicos. Embora seja classificada como antiarrítmico de classe III (bloqueador de canais de potássio),

apresenta atividades de outras classes, pois apresenta propriedades dos bloqueadores de canais de sódio e de cálcio e

de bloqueio não competitivo dos adrenorreceptores  e β, além de ação vasodilatadora. Devido a este mecanismo de

ação multifatorial, a amiodarona presta-se para o tratamento de arritmias supraventriculares e ventriculares.5,6

A

amiodarona está disponível em preparações para uso oral e intravenoso. Em função da via de administração, as

propriedades eletrofisiológicas de cada formulação apresentam diferenças que estão demonstradas na Tabela 1.

Tabela 1. Efeitos eletrofisiológicos da amiodarona [Adaptado de McKee6

].

Efeitos Cardíacos

Efeitos da Amiodarona

Oral Intravenosa

Prolongamento da duração do PA atrial e ventricular +++ +

Bloqueio do canal de sódio +++ ++

Desaceleração da despolarização de fase 4 do nó sinusal +++ +

Bloqueio do canal de cálcio +++ +++

Período refratário efetivo do nó AV  

Período refratário efetivo atrial  

Período refratário efetivo ventricular  

Duração do complexo QRS  

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Duração do QTc  /–

Frequência cardíaca  /–

Interação tireoidiana +++ –

PA- potencial de ação; AV- atrioventricular; QTc – QT corrigido

Tomando por base os resultados de estudos clínicos randomizados e as principais recomendações das diretrizes,

comitê da OMS concluiu que a amiodarona é efetiva para o tratamento das alterações do ritmo cardíaco e

apresenta benefícios tanto em sua morbidade como na mortalidade.5

Com relação à mortalidade, a incidência de morte súbita cardíaca por arritmias em pacientes que sofrem infarto

agudo do miocárdio ou desenvolvem insuficiência cardíaca permanece alta e nem todos têm condição de receber

um cardioversor-desfibrilador implantável (CDI), sendo necessária a utilização de alternativas farmacológicas.

Nesse sentido, Piccini e cols. (2009)7

conduziram metanálise de estudos clínicos randomizados sobre a

amiodarona em comparação com placebo ou controle ativo para a prevenção da morte súbita cardíaca. Foram

identificados15 estudos que randomizaram 8522 pacientes para amiodarona ou placebo/controle ativo. A

amiodarona reduziu a incidência de morte súbita cardíaca [7,1 vs. 9,7%; OR: 0,71 (0,61-0,84), P<0,001] e de

morte cardiovascular [14,0 vs. 16,3%; OR: 0,82 (0,71-0,94), P=0.004]. Foi observada redução de 1,5% no risco

absoluto de morte por todas as causas, atribuída à amiodarona, mas que não alcançou significância estatística

(P=0,093). A redução do risco de morte súbita cardíaca com a amiodarona foi de 29% e a de morte cardiovascular

de 18%, demonstrando que o fármaco constitui uma alternativa importante para a prevenção da morte súbita

cardíaca em pacientes que não tenham acesso ao CDI. Há que se considerar que a terapia está associada a aumento

de duas e cinco vezes no risco de toxicidade pulmonar e da tireoide, respectivamente.

Referências Bibliográficas

1. Canada AT, Lesko LJ, Haffajee CI, et al. Amiodarone for tachyarrhythmias: pharmacology, kinetics, and efficacy. Drug Intell

Clin Pharm. 1983; 17:100-4.

2. Haffajee CI, Love JC, Canada AT, et al. Clinical pharmacokinetics and efficacy of amiodarone for refractory tachyarrhythmias.

Circulation. 1983; 67:1347-55.

3. Rosenbaum MB, Chiale PA, Halpern MS, et al. Clinical efficacy of amiodarone as an antiarrhythmic agent. Am J Cardiol.

1976; 38:934-44.

4 Haffajee CI, Love JC, Alpert JS, et al. Efficacy and safety of long-term amiodarone in treatment of cardiac arrhythmias: dosage

experience. [Eficácia e segurança do tratamento prolongado das arritmias cardíacas com amiodarona: Estudo posológico. Am

Heart J 1983; 106(4 Pt 2):935-43.

5 WHO - NHS Centre for the Evaluation of Effectiveness of Health Care (CeVEAS). 17th Expert Committee on the Selection

and Use of Essential Medicines. Proposal for the inclusion of amiodarone as an anti-arrhythmic and/or for the treatment of

chronic heart failure in the who model list of essential medicines. Geneva, 2009. Disponível em:

http://www.who.int/selection_medicines/committees/expert/17/application/amiodarone_inclusion.pdf. Acesso em 5/7/2012.

6. McKee MR. Amiodarone – an “old” drug with new recommendations. Curr Opin Pediatr 2003;15:193-9.

7. Piccini JP, Berger JS, O’Connor CM. Amiodarone for the prevention of sudden cardiac death: a meta-analysis of

randomized controlled trials. Eur Heart J 2009;30:1245-53.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

A amiodarona é um agente antiarrítmico com as seguintes propriedades:

Propriedade antiarrítmica

- prolongamento da fase 3 do potencial de ação da fibra cardíaca devido principalmente à redução da corrente

de potássio (classe III de Vaughan Williams); este prolongamento não está relacionado com a frequência

cardíaca;

- diminuição do automatismo sinusal, levando a bradicardia que não responde à administração de atropina;

- inibição alfa e beta adrenérgica não competitiva;

- retardo da condução sino-atrial, atrial e nodal, mais nítido quando a frequência cardíaca for mais rápida;

- nenhuma alteração na condução intra-ventricular;

- aumento dos períodos refratários e diminuição da excitabilidade miocárdica em nível atrial, nodal e

ventricular;

ANCO.G._v.12-15 3

- diminuição da condução e aumento dos períodos refratários das vias acessórias atrioventriculares.

Propriedade anti-isquêmica

- diminuição do consumo de oxigênio por redução moderada da resistência periférica e da frequência cardíaca;

- propriedades antagonistas não competitivas alfa e beta-adrenérgicas;

- aumento do débito coronário por efeito direto sobre a musculatura lisa das artérias miocárdicas;

- manutenção do débito cardíaco devido à diminuição da pressão aórtica e da resistência periférica.

Propriedades farmacocinéticas

A amiodarona é metabolizada principalmente pelo CYP 3A4, e também pelo CYP 2C8.

A amiodarona e seu metabólito, desetilamiodarona, apresentam, in vitro, potencial para inibir os CYP: 1A1,

1A2, 2C9, 2C19, 2D6, 3A4, 2A6, 2B6 e 2C8. Tem também potencial para inibir alguns transportadores, tais

como glicoproteína-P e transportador de cátions orgânicos - OCT2 (um estudo mostrou aumento de 1,1% na

concentração de creatinina - substrato de OCT2). Dados in vivo demonstraram interação da amiodarona com

substratos dos CYP: 3A4, 2C9, 2D6 e da Gp-P.

A amiodarona apresenta trânsito lento e alta afinidade aos tecidos. Sua biodisponibilidade por via oral varia de

30 a 80% (valor médio 50%) entre os indivíduos. O pico de concentração plasmática é atingido em 3 a 7 horas

após dose oral única. A atividade terapêutica é, geralmente, obtida em uma semana (variando de alguns dias a

duas semanas) de acordo com a dose de ataque.

A meia-vida da amiodarona é longa, incluindo variabilidade interpaciente considerável (20 a 100 dias). Durante

os primeiros dias de tratamento com Ancoron®

o produto se acumula em quase todos os tecidos,

particularmente no tecido adiposo. A eliminação ocorre após alguns dias e a concentração plasmática no estado

de equilíbrio é atingida entre o período de um a alguns meses dependendo de cada paciente.

Essas características justificam o emprego de doses de ataque, que visam criar rapidamente a impregnação

tissular necessária à atividade terapêutica.

A iodina é parcialmente removida da molécula e é encontrada na urina como ioduro; isto corresponde a 6

mg/24 horas quando uma dose de 200 mg de amiodarona é administrada diariamente. A parte remanescente da

molécula, portanto incluindo a maior parte de iodina, é eliminada nas fezes após excreção hepática. A

amiodarona é eliminada essencialmente por via biliar.

O clearance plasmático da amiodarona é baixo e a excreção renal insignificante o que permite o emprego de

Ancoron®

nas posologias habituais nos pacientes com insuficiência renal.

Após a interrupção do tratamento a eliminação continua durante muitos meses. A persistência de uma atividade

residual durante 10 dias a um mês deve ser levada em conta durante a condução do tratamento.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Ancoron®

é contraindicado nos seguintes casos:

- bradicardia sinusal, bloqueio sino-atrial e doença do nó sinusal (risco de parada sinusal), distúrbios severos de

condução atrioventricular, a menos que o paciente esteja com um marcapasso implantado;

- associação com medicamentos que possam induzir torsade de pointes (vide Interações Medicamentosas);

- disfunção da tireoide;

- hipersensibilidade ao iodo, à amiodarona ou a quaisquer componentes da fórmula;

- gestação, exceto em circunstâncias excepcionais (vide Gravidez);

- lactação (vide Lactação).

Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem

orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Todas estas contraindicações listadas não se aplicam quando a amiodarona for utilizada na sala de emergência

em casos de fibrilação ventricular resistente à ressuscitação cardiopulmonar por choque.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Distúrbios cardíacos (vide item Reações Adversas)

Foi reportado o aparecimento de novas arritmias ou a piora de arritmias tratadas, algumas vezes de forma fatal.

É importante, porém difícil, diferenciar uma falta de efeito do medicamento de um efeito pró-arrítmico

associado ou não a uma piora da condição cardíaca. Os efeitos pró-arrítmicos são mais raramente reportados

com amiodarona do que com outros agentes antiarrítmicos, e geralmente ocorrem no contexto de fatores que

prolongam o intervalo QT, tais como interações medicamentosas ou distúrbios eletrolíticos (vide item

Interações Medicamentosas e item Reações Adversas). Apesar do prolongamento do intervalo QT, a

amiodarona exibe baixa atividade torsadogênica.

A ação farmacológica da amiodarona induz alterações no ECG, tais como prolongamento do intervalo QT

(relacionado ao prolongamento da repolarização) com possível desenvolvimento de onda U. Entretanto, estas

alterações não indicam intoxicação.

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Em pacientes idosos, a redução da frequência cardíaca pode ser mais pronunciada.

O tratamento deve ser descontinuado no caso de aparecimento de bloqueio atrioventricular (alteração

eletrocardiográfica) de 2º ou 3º grau, bloqueio sino-atrial ou de bloqueio bi-fascicular.

Distúrbios pulmonares (vide item Reações Adversas)

O aparecimento de dispneia ou tosse não produtiva pode estar relacionado à toxicidade pulmonar tal como

pneumonite intersticial. Casos muito raros de pneumonite intersticial têm sido relatados com o uso intravenoso

de amiodarona. Deve-se realizar raio-X de tórax, quando há suspeita de pneumonite em pacientes que

desenvolveram dispneia de esforço, isolada ou associada com piora do estado geral (fadiga, perda de peso,

febre). A terapia com amiodarona deve ser reavaliada visto que a pneumonite intersticial é geralmente

reversível após a retirada precoce de amiodarona (sinais clínicos geralmente regridem dentro de 3 a 4 semanas,

seguido por lenta melhora da função pulmonar e radiológica dentro de alguns meses), e deve ser considerado

um tratamento com corticosteroides.

Foram observados casos muito raros de complicações respiratórias severas, às vezes fatais, geralmente no

período imediato após uma cirurgia (síndrome de angústia respiratória do adulto); isto pode estar relacionado

com altas concentrações de oxigênio (vide item Interações Medicamentosas e item Reações Adversas).

Distúrbios hepáticos

Um monitoramento cuidadoso dos testes de função hepática (transaminases) é recomendável assim que o uso da

amiodarona for iniciado e regularmente durante o tratamento. Podem ocorrer distúrbios hepáticos agudos

(incluindo insuficiência hepatocelular severa ou insuficiência hepática, algumas vezes fatal) e crônicos, com o

uso de amiodarona nas formas oral e intravenosa e nas primeiras 24 horas da administração por via IV.

Portanto, a dose de amiodarona deve ser reduzida ou o tratamento descontinuado se o aumento de

transaminases exceder três vezes o valor normal.

Os sinais clínicos e biológicos de insuficiência hepática crônica decorrentes do uso oral de amiodarona podem

ser mínimos (hepatomegalia, aumento das transaminases em até 5 vezes os valores normais) e reversíveis após

a suspensão do tratamento, contudo foram relatados casos fatais.

Anestesia (vide item Interações Medicamentosas e item Reações Adversas)

Antes da cirurgia, o anestesista deve ser informado sobre o tratamento com amiodarona.

Hipertireoidismo (vide item Interações Medicamentosas e item Reações Adversas)

O hipertireoidismo pode ocorrer durante o tratamento com amiodarona ou em até alguns meses após a

descontinuação. As características clínicas, normalmente sem importância, como a perda de peso, princípio de

arritmia, angina e insuficiência cardíaca congestiva devem alertar o médico. O diagnóstico é sustentado por

uma diminuição clara nos níveis séricos de TSH ultra-sensível. Nesse caso, a administração de amiodarona

deve ser suspensa. A recuperação geralmente ocorre dentro de alguns meses após a suspensão do tratamento; a

recuperação clínica antecede a normalização dos testes da função tireoidiana. Casos graves, com presença

clínica de tireotoxicose, às vezes fatais, requerem tratamento terapêutico de emergência. O tratamento deve ser

ajustado individualmente: medicamentos antitireoidianos (que nem sempre são efetivas), terapia com

corticosteroides, beta-bloqueadores.

Distúrbios neuromusculares (vide item Reações Adversas)

A amiodarona pode induzir a neuropatia sensitivo-motora periférica e/ou miopatia. A recuperação após

suspensão do tratamento geralmente ocorre dentro de alguns meses, mas algumas vezes de forma incompleta.

Distúrbios oculares

Se ocorrer diminuição da visão ou a mesma ficar embaçada, deve-se fazer prontamente um exame

oftalmológico completo, incluindo fundoscopia. O aparecimento de neuropatia óptica e/ou neurite óptica que

são distúrbios do nervo óptico requer a suspensão do tratamento com amiodarona, já que pode levar à cegueira.

PRECAUÇÕES

Uma vez que os efeitos adversos (vide item Reações Adversas) são geralmente dose-relacionados, deve ser

administrada a dose mínima efetiva de manutenção.

Durante o tratamento com Ancoron®

, os pacientes devem ser instruídos a evitar a exposição aos raios solares e

utilizarem medidas de proteção (vide item Reações Adversas).

Monitoramento (vide item Advertências e item Reações Adversas)

Antes do início do tratamento com amiodarona, é recomendada a realização de ECG e avaliação de potássio

sérico. O monitoramento das transaminases e ECG é recomendado durante o tratamento.

Além disso, como a amiodarona pode induzir o hipotireoidismo ou hipertireoidismo, particularmente em

pacientes com histórico de distúrbios da tireoide, o monitoramento clínico e biológico (TSH ultra-sensível) é

recomendado antes de iniciar o tratamento com amiodarona. Este monitoramento deve ser conduzido durante o

tratamento e por vários meses após a sua descontinuação. O nível sérico de TSH ultra-sensível deve ser

avaliado quando há suspeita de disfunção da tireoide.

Em particular, no contexto da administração crônica de medicamentos antiarrítmicos, foram relatados casos de

aumento na desfibrilação ventricular e/ou arritmia do marcapasso ou do aparelho desfibrilador cardioversor

ANCO.G._v.12-15 5

implantável, afetando potencialmente sua eficácia. Portanto, verificações repetidas da função do aparelho são

recomendadas antes do início e durante o tratamento com amiodarona.

Anormalidades do hormônio tireoidiano (vide item Reações Adversas)

A presença de iodo na molécula da amiodarona pode alterar o resultado de alguns testes tireoidianos (fixação do

iodo radioativo, PBI), mas isto não impede a avaliação da função da tireoide através de outros testes (T3 livre,

T4 livre e TSH ultra-sensível).

A amiodarona inibe a conversão periférica de tiroxina (T4) em triiodotiroxina (T3) e pode causar alterações

bioquímicas isoladas (aumento do nível sérico de T4 livre, com leve redução ou mesmo nível normal de T3

livre), em pacientes clinicamente eutireoidianos (função normal da tireoide). Nesses casos, não há razão para a

descontinuação do tratamento.

Deve-se suspeitar de hipotireoidismo se os seguintes sinais clínicos, geralmente leves, ocorrerem: ganho de

peso, intolerância ao frio, diminuição das atividades, bradicardia excessiva. O diagnóstico é comprovado pelo

claro aumento do nível sérico de TSH ultra-sensível. O eutireoidismo é geralmente obtido dentro de 1 a 3 meses

após a descontinuação do tratamento. Em situações onde haja risco de vida, a terapia com amiodarona pode ser

continuada, em combinação com L-tiroxina. A dose de L-tiroxina deve ser ajustada de acordo com os níveis de

TSH.

Gravidez e lactação

A amiodarona é contraindicada durante a gravidez em virtude de seus efeitos na glândula tireoide do feto, a

menos que os benefícios superem os riscos ao feto.

A amiodarona é excretada no leite materno em quantidades significativas e, por isso, é contraindicada em

lactantes.

Populações especiais

Idosos: em pacientes idosos, a redução da frequência cardíaca pode ser mais pronunciada com o uso da

amiodarona.

Uso pediátrico: a segurança e eficácia da amiodarona em pacientes pediátricos não foram estabelecidas de

forma definitiva; sua indicação deve ser feita a critério médico. A amiodarona está particularmente indicada

para o tratamento das arritmias pediátricas, nos casos refratários a outros antiarrítmicos. Quando se utiliza a

amiodarona simultaneamente com digoxina, pode ocorrer mais interação em crianças do que em adultos. Nas

crianças, a frequência de efeitos adversos da amiodarona é baixa e o crescimento parece não ser afetado, apesar

do risco de alterações na função tireoidiana. O início e a duração da ação da amiodarona podem ser mais curtos.

Alterações na capacidade de dirigir e operar máquinas

De acordo com os dados de segurança da amiodarona, não existem evidências de que a amiodarona prejudique

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interações Farmacodinâmicas

Medicamentos que induzem torsade de pointes ou prolongamento do QT

Medicamentos que induzem torsade de pointes

As associações com medicamentos que podem induzir torsade de pointes são contraindicadas (vide

Contraindicações):

- Medicamentos antiarrítmicos tais como: da Classe Ia, sotalol, bepridil;

- Medicamentos não antiarrítmicos tais como: vincamina, alguns agentes neurolépticos, cisaprida, eritromicina

IV, pentamidina (quando administradas por via parenteral), uma vez que existe aumento do risco de ocorrer

torsade de pointes potencialmente letal.

Medicamentos que causam prolongamento do QT

A administração concomitante de amiodarona com medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo QT

deve estar baseada em uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios potenciais para cada paciente, pois o

risco de torsade de pointes pode aumentar (vide Advertências) e os pacientes devem ser monitorados quanto ao

prolongamento do intervalo QT.

Fluoroquinolonas devem ser evitadas por pacientes recebendo amiodarona.

Medicamentos que reduzem a frequência cardíaca ou que causam distúrbios de automatismo ou

condução

As associações com estes medicamentos não são recomendadas.

ANCO.G._v.12-15 6

- Betabloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio que reduzem a frequência cardíaca (verapamil,

diltiazem), uma vez que podem ocorrer distúrbios de automatismo (bradicardia excessiva) e de condução;

Medicamentos que podem induzir hipocalemia:

As associações com os seguintes medicamentos não são recomendadas.

- Laxativos estimulantes podem levar a hipocalemia e consequentemente, aumento do risco de torsade de

pointes. Por isso, devem ser utilizados outros tipos de laxantes;

Deve-se ter cautela quando os seguintes medicamentos são utilizados em associação com Ancoron®

:

- Alguns diuréticos indutores de hipocalemia, isolados ou combinados;

- Corticosteroides sistêmicos (gluco-, mineralo-), tetracosactida;

- Anfotericina B (IV);

Deve-se prevenir o início de hipocalemia (e corrigir a hipocalemia); o intervalo QT deve ser monitorado e, em

caso de torsade de pointes, não administrar antiarrítmicos (instituir marcapasso ventricular; pode ser

administrado magnésio IV).

Anestesia geral (vide Precauções e Reações adversas):

Foram relatadas complicações potencialmente severas em pacientes submetidos à anestesia geral: bradicardia

(não responsiva à atropina), hipotensão, distúrbios da condução, redução do débito cardíaco.

Foram observados casos muito raros de complicações respiratórias severas (síndrome de angústia respiratória

aguda do adulto), às vezes fatais, geralmente no período pós-cirúrgico imediato. Isto pode estar relacionado

com uma possível interação com altas concentrações de oxigênio.

Efeitos de Ancoron®

sobre outros produtos

A amiodarona e/ou seu metabólito, a desetilamiodarona, inibem os CYP: 1A1, 1A2, 3A4, 2C9, 2D6 e a

glicoproteína P e podem aumentar a exposição de seus substratos.

Devido à meia-vida longa da amiodarona, os efeitos das interações podem ser observadas por vários meses após

a descontinuação da amiodarona.

Substratos da Gp-P

A amiodarona é um inibidor da Gp-P. A administração concomitante com substratos da Gp-P deverá resultar

em aumento de suas exposições.

- Digitálicos

Pode ocorrer perturbação no automatismo (bradicardia excessiva) e na condução atrioventricular (ação

sinérgica). Além disso, um aumento na concentração plasmática da digoxina é possível devido à redução do

clearance de digoxina. Devem ser monitorados os níveis de digoxina plasmática e o ECG. Os pacientes devem

ser observados quanto aos sinais clínicos de toxicidade digitálica. Pode ser necessário ajuste posológico do

digitálico.

- Dabigatrana

Deve-se ter cautela quando a amiodarona for administrada com dabigatrana, devido ao risco de sangramento. Se

necessário, recomenda-se ajustar a dose de dabigatrana de acordo com as informações de sua bula.

Substratos do CYP2C9

A amiodarona aumenta as concentrações de substratos da CYP 2C9 tais como varfarina ou fenitoína através da

inibição do citocromo P450 2C9.

- Varfarina

A combinação de varfarina com amiodarona pode exacerbar o efeito do anticoagulante oral, elevando o risco de

sangramento. É necessário monitorar os níveis de protrombina (INR) regularmente e ajustar as doses orais do

anticoagulante durante e após o tratamento com amiodarona.

- Fenitoína:

A combinação de fenitoína com amiodarona pode resultar em superdose de fenitoína, resultando em sinais

neurológicos. Deve ser empregada monitoração clínica e a dose de fenitoína deve ser reduzida logo que

surgirem sinais de superdose. Devem ser determinados os níveis de fenitoína plasmática.

Substratos do CYP2D6

- Flecainida:

A amiodarona aumenta as concentrações plasmáticas da flecainida, por inibir o CYP2D6. Portanto, a dose de

flecainida deve ser ajustada.

Substratos do citocromo P450 CYP3A4:

Quando tais substâncias são administradas concomitantemente com amiodarona, um inibidor do CYP3A4, pode

ocorrer um aumento de suas concentrações no plasma, o que poderá acarretar num possível aumento de sua

toxicidade.

ANCO.G._v.12-15 7

- Ciclosporina: a combinação com amiodarona pode aumentar os níveis plasmáticos de ciclosporina. A dose

deve ser ajustada.

- Fentanila: a combinação com amiodarona pode acentuar os efeitos farmacológicos da fentanila e aumentar o

risco de toxicidade.

- Estatinas: o risco de toxicidade muscular é aumentado pela administração concomitante de amiodarona e

estatinas metabolizadas pelo CYP 3A4, tais como sinvastatina, atorvastatina e lovastatina. Recomenda-se o uso

de estatinas não metabolizadas pelo CYP3A4 quando administradas com amiodarona.

- Outros medicamentos metabolizados pelo CYP3A4: lidocaína, tacrolimus, sildenafila, midazolam, triazolam,

diidroergotamina, ergotamina e colchicina.

Efeito de outros produtos sobre o Ancoron®

Os inibidores do CYP 3A4 e do CYP 2C8 podem ter um potencial para inibir o metabolismo da amiodarona e

aumentar a sua exposição.

Recomenda-se evitar inibidores do CYP 3A4 (por exemplo, suco de toranja e determinados medicamentos)

durante o tratamento com amiodarona.

Alimentos: Evitar o consumo de suco de toranja.

Interferência em exames laboratoriais: não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência da

amiodarona em exames laboratoriais.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30°C), protegido da luz e da umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Após aberto, válido por 30 dias.

Ancoron®

gotas é uma suspensão rosa clara e com odor característico de laranja.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe

alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

MODO DE ADMINISTRAÇÃO

Geral

O tratamento pode ou não ser iniciado com dose de ataque e tem como base a escolha da dose de manutenção.

Por ser um agente com meia-vida longa, eventual falha de administração por alguns dias pode não alterar

significativamente o perfil farmacodinâmico da amiodarona.

A dose de amiodarona não precisa ser reduzida em pacientes com insuficiência renal (deve-se monitorizar a

função tireoidiana); em contrapartida, recomenda-se a redução da dose em caso de insuficiência hepática.

ANCORON®

deve ser agitado antes do uso, a fim de homogeneizar a suspensão oral.

POSOLOGIA

Dose oral usual para adultos: arritmias ventriculares

De ataque: de 800 mg a 1.200 mg (em média 1.000 mg) ao dia durante período de uma a duas semanas (ou

mais, se necessário; em média: 10 dias) até que se produza a resposta terapêutica inicial e/ou a impregnação

eletrocardiográfica ou apareçam reações adversas; para doses acima de 1.000 mg ao dia, ou se aparecerem

reações adversas gastrintestinais, podem-se administrar doses fracionadas com as refeições. Quando for

atingido o controle adequado, ou se aparecerem reações adversas significativas, a dose deverá ser reduzida para

600 a 800 mg ao dia durante um mês e, posteriormente, até a mínima dose de manutenção eficaz.

De manutenção: 200 a 400 mg ao dia; a dose deve ser aumentada ou reduzida conforme a necessidade. Nos

pacientes com arritmias ventriculares complexas persistentes e assintomáticas após infarto do miocárdio,

administram-se 1.000 mg ao dia durante um período de cinco dias (ou mais, se necessário). Quando for atingido

o controle adequado da arritmia ou se surgirem reações adversas significativas, a dose deverá ser reduzida.

No caso de angina do peito concomitante à arritmia, recomenda-se o uso das doses preconizadas de acordo com

o tipo de arritmia. Nos pacientes com angina do peito, recomenda-se a administração de 600 mg ao dia durante

duas semanas e, posteriormente, a dose deverá ser reduzida a 400 mg ao dia durante duas semanas ou mais. A

dose de manutenção mínima eficaz será determinada por meio do resultado terapêutico e/ou da impregnação

eletrocardiográfica; varia, em média, entre 200 mg a 400 mg ao dia.

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Dose oral usual para adultos: taquicardia supraventricular

De ataque: 600 a 800 mg ao dia durante uma semana ou até que se produza resposta terapêutica inicial e/ou

impregnação eletrocardiográfica ou apareçam reações adversas significativas. Quando for atingido o controle

adequado da arritmia, a dose deverá ser reduzida para 400 mg ao dia durante três semanas.

De manutenção: 200 mg a 400 mg ao dia.

Dose oral usual para crianças

De ataque: 10 mg/kg de peso corpóreo ao dia ou 800 mg/1,72 m² de superfície corporal ao dia durante 10 dias

ou até que se produza resposta terapêutica inicial e/ou impregnação eletrocardiográfica ou apareçam reações

adversas significativas. Quando for atingido o controle adequado da arritmia, a dose deverá ser reduzida para 5

mg/kg de peso ou 400 mg/1,72 m² de superfície corpórea ao dia durante várias semanas e, posteriormente, até a

mínima dose eficaz de manutenção.

De manutenção: 2-4 mg/kg de peso ao dia ou 200 mg/1,72 m² de superfície corpórea ao dia.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As seguintes definições de frequência são usadas: muito comum (≥10%), comum (≥ 1% e < 10%), incomum (≥

0,1% e < 1%), raro (≥ 0,01% e < 0,1%) e muito raro (<0,01%).

Reação Adversa Frequência

Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático

Anemia hemolítica, anemia aplástica e trombocitopenia Muito raro

Distúrbios cardíacos

Bradicardia geralmente moderada e dose dependente Comum

Aparecimento ou piora da arritmia, seguida, às vezes, por parada cardíaca (vide item

Advertências e item Interações Medicamentosas)

Incomum

Alterações da condução (bloqueio sino-atrial e atrio-ventricular de vários graus) (vide

item Advertências)

Bradicardia acentuada ou parada sinusal em pacientes com disfunção do nódulo sinusal

e/ou em pacientes idosos

Muito raro

Torsade de pointes (vide item Advertências e item Interações farmacodinâmicas) Frequência

desconhecida

Distúrbios endócrinos

Hipotireoidismo Comum

Hipertireoidismo, algumas vezes fatal Comum

Síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH) Muito raro

Distúrbios oftálmicos

Microdepósitos na córnea, geralmente limitados à área subpupilar. Eles podem ser

associados com a percepção de halos coloridos, sob luz intensa ou de visão turva. Os

microdepósitos na córnea consistem em depósitos de complexos lipídicos e são

reversíveis algum tempo após a suspensão do tratamento

Muito comum

Neuropatia ótica/ neurite, que pode progredir para a cegueira (vide item Advertências). Muito raro

Distúrbios gastrintestinais

Distúrbios gastrintestinais benignos (náuseas, vômitos, disgeusia) podem ocorrer em

decorrência da dose de ataque e desaparecem com a redução da dose

Distúrbios gerais

Granuloma, incluindo granuloma de medula óssea. Frequência

Distúrbios hepato-biliares

Aumento isolado das transaminases séricas, que são normalmente moderadas (1,5 a 3

vezes o valor normal) no início da terapia. Os níveis podem retornar ao normal com

redução da dose ou mesmo espontaneamente

Distúrbios hepáticos agudos com aumento das transaminases séricas e/ou icterícia,

incluindo insuficiência hepática, que às vezes pode ser fatal

Comum

Doença hepática crônica (pseudo hepatite alcoólica, cirrose), às vezes fatal Muito raro

Distúrbios do sistema imunológico

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Edema angioneurótico (Edema de Quincke) Frequência

Investigação

Aumento do nível sérico de creatinina Muito raro

Distúrbios do sistema nervoso

Tremor extra-piramidal, pesadelos e distúrbios do sono Comum

Neuropatia periférica sensorimotor e/ou miopatia são geralmente reversíveis com a

descontinuação do tratamento

Ataxia cerebelar, hipertensão intracraniana benigna (pseudo tumor cerebral), cefaleia Muito raro

Distúrbios do sistema reprodutivo

Epididimites, disfunção erétil Muito raro

Distúrbios respiratórios, torácicos e no mediastino

Toxicidade pulmonar (pneumonite alveolar/ intersticial ou fibrose, pleurite, bronquiolite

obliterante com pneumonia em organização) às vezes fatal (vide item Advertências)

Hemorragia pulmonar Frequência

Broncoespasmo em pacientes com insuficiência respiratória severa, especialmente em

pacientes asmáticos. Síndrome de angústia respiratória do adulto, algumas vezes fatal,

geralmente no período pós cirúrgico imediato (possível interação com elevadas

concentrações de oxigênio) (vide item Advertência e item Interações Medicamentosas)

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Fotossensibilidade Muito comum

Pigmentação grisácea ou azulada da pele no caso de utilização prolongada ou de altas

doses diárias. Com a interrupção do tratamento essa pigmentação desaparece lentamente

Eritema durante o uso de radioterapia, “rash” cutâneos, normalmente inespecíficos,

dermatite esfoliativa, alopecia

Urticária Frequência

Distúrbios vasculares

Vasculite Muito raro

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.