Bula do Antux para o Profissional

Bula do Antux produzido pelo laboratorio Aché Laboratórios Farmacêuticos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Antux
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.a. - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO ANTUX PARA O PROFISSIONAL

Antux

Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.

Xarope

30mg/5mL

ANTUX xarope_BU _VPS02

BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE

Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009

I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

ANTUX

levodropropizina

APRESENTAÇÃO

Xarope 30mg/5mL: frasco de 120 ml, acompanhado de copo-medida de 10 ml.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS

COMPOSIÇÃO

Cada 5 ml contém:

levodropropizina ............................................................................................... 30 mg

Excipientes: sorbitol, glicerol, álcool etílico, propilenoglicol, ciclamato de sódio, sacarina sódica di-

hidratada, metilparabeno, citrato de sódio di-hidratado, propilparabeno, ácido cítrico, glicirrizinato de

amônio, povidona, cloreto de sódio, aroma de cereja, corante amarelo FDC n. 5, corante vermelho FDC

n. 40, sacarose e água purificada.

A graduação alcoólica de ANTUX xarope: 4,075%

II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado ao tratamento sintomático da tosse não produtiva, irritativa e seca,

consequente à patologia obstrutiva (bronquite) e constritiva (laringite e traqueíte), e também de tosses

associadas a processo de base infecciosa.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

ANTUX gotas_BU _VPS02

A eficácia clínica e a tolerabilidade da levodropropizina em pacientes pediátricos foram avaliadas em

vários estudos. Um estudo com 258 pacientes, com tosse não produtiva tratados com levodropropizina,

2mg/Kg três vezes ao dia (n=132) ou dropropizina 1mg/Kg três vezes ao dia (n=126), verificou-se

redução estatisticamente significativa do número de acessos de tosse em ambos os grupos (p < 0,001),

observou-se máxima redução da frequência de tosse 3 horas após a dosagem (Tabela 1).

Tabela 1: Número médio de acessos de tosse por hora (avaliada em períodos de 5 horas) antes e após o

tratamento (dias 1 e 3) em pacientes pediátricos com levodropropizina 6 mg/kg ou dropropizina 3

mg/kg/dia.

Números de Acessos de Tosse ( DP)

Período

levodropropizina dropropizina

Basal

12,4  1,5 (n=124) 12,1  1,1 (n=120)

Dia 1

7,4  0,7 * (n=125) 8,2  0,8 * (n=119)

Dia 3

4,0  0,4 * (n=124) 4,4  0,6 * (n=117)

* p < 0,025 vs basal

Além da significativa redução do número de crises de tosse, observou-se redução progressiva no decorrer

do tratamento, na frequência do despertar noturno de 39% para 26 e 14% nos dias 1 a 3 para os pacientes

que tomaram levodropropizina, comparada a 38% versus 26% e 18% para dropropizina no mesmo

período (Tabela 2).

O estudo de tolerabilidade demonstrou uma incidência de sonolência diurna duas vezes mais frequente

com a dropropizina comparada com levodropropizina (10,3% e 5,3% respectivamente). Embora tal índice

não tenha alcançado diferença estatisticamente significativa, deve ser ressaltado o fato de a

levodropropizina ter sido utilizado em dosagem máxima de 6mg/Kg/dia.

Outros efeitos adversos ocorreram em um número menor de casos, relatando-se vômitos e/ou dor

abdominal e diarreia em 7 casos. Não foi observada nenhuma mudança significativa nos parâmetros

hemodinâmicos, bioquímicos e hematológicos.

Em resumo, levodropropizina mostrou alta eficácia antitussígena com menor risco de sonolência diurna

que a dropropizina em crianças.

Tabela 2: Frequência de períodos de despertar noturno relacionados à tosse em pacientes pediátricos

tratados com levodropropizina 6 mg/kg/dia e dropropizina 3 mg/kg/dia por 3 dias.

Frequência de despertar

noturno

levodropropizina

(n=130)

dropropizina

(n=125)

1,3  0,2 1,4  0,2

0,7  0,1 * 0,9  0,2 *

0,3  0,1 * 0,4  0,1 *

Em outro estudo multicêntrico avaliando 180 pacientes com idade variando entre 6 meses e 12 anos,

apresentando tosse persistente por várias causas (incluindo coqueluche), a levodropropizina foi

administrado em dose de 3-6 mg/Kg/dia por uma semana.

Observou-se abolição do sintoma da tosse em 2/3 dos casos e melhora significativa no restante da

casuística, com apenas 4,4% de efeitos colaterais atribuídos ao tratamento e suspensão do tratamento

motivada por efeitos adversos em 1,7% dos casos.

Sonolência foi relatada em 1% dos casos e a tolerabilidade foi considerada ótima ou boa em 97% dos

casos.

Índices semelhantes de eficácia e tolerabilidade foram observados em outro estudo envolvendo 70

pacientes com idades entre 2 meses e 14 anos (média de 4,6 anos) portadores de tosse por diversas causas

agudas. A levodropropizina foi utilizada por pelo menos 5 dias na dose de 2mg/kg/dia, com eficácia

clínica em 98,6% dos casos (p < 0,01), sendo que em apenas 4 casos foi necessário um período de

tratamento superior a 6 dias. A tolerabilidade foi considerada ótima ou boa na maioria dos pacientes e

sonolência foi relatada em 3 casos (4,3%).

Em um estudo controlado, comparativo entre levodropropizina e placebo envolvendo 40 pacientes adultos

que apresentavam diversas patologias respiratórias, comparou-se objetivamente a redução das crises de

tosse, através de registro dos episódios, entre o dia 0 (anterior ao tratamento) e o dia 2 (após 48 horas de

tratamento). Após 1 dia de tratamento com levodropropizina, observou-se 69% de redução nas crises de

tosse, percentual que aumentou para 76% após 2 dias de tratamento. Observou-se a eficácia do

medicamento em 19 dos 20 casos. Entre os pacientes que receberam placebo, não se observou efeito na

redução da frequência das crises.

Banderalli G.; Riva E.; et al. Efficacy and tolerability of levodropropizine and dropopizine in children

with non-productive cough. The Jorn Int Med Res, 1995. 23: 175-183.

Tamburrano D.; Romandini S.; Studio multicentrico sulla tolerabilitá ed efficacia della levodropropizina

um nuovo fármaco antitosse in uma ampia casistica pediátrica. Ter Ess Clin, 1989. 4:3-7.

Fiochi A.; Zuccotti G.; et al. Valutazione del tratamento de levodropropizina nelle affezioni respiratory

del bambino. Ped Med Chir, 1989. 2: 519-522.

Allegra L.; Bossi R.; Clinical trials with the new antitussive levodropropazine in adult bronchitic patients.

Arzneimitell Fourchung/Drug Research, 1998: 38 (II), 8: 1163-1166.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

A levodropropizina é um antitussígeno de ação predominantemente periférica, que age por inibição do

arco reflexo da tosse, através da redução da excitabilidade dos receptores traqueobrônquicos. Desta

maneira, é um sedativo da tosse com ação miorrelaxante brônquica, produzindo melhora na ventilação

pulmonar; é isento das reações secundárias dos antitussígenos de ação central, em especial a depressão

respiratória e o efeito emético. Tem também ação lítica sobre o broncoespasmo produzido pela histamina

e, portanto, alguma atividade sobre as tosses de origem alérgica. O fármaco não deprime a função

respiratória ou o “clearance” mucociliar.

Farmacologia Clínica: A levodropropizina reduz a tosse induzida por aerossol de ácido cítrico em

voluntários sadios. O efeito antitussígeno se mantém por pelo menos 6 horas. Quando utilizado na dose

terapêutica, o produto não apresenta efeitos detectáveis pela via eletroencefalográfica nem efeitos clínicos

do tipo sedativo do sistema nervoso central. É igualmente isento de efeitos indesejáveis no aparelho

respiratório.

Toxicidade: A toxicidade aguda por via oral é de 886,5 mg/kg, 1287 mg/kg, 2492 mg/kg no rato, no

camundongo e na cobaia respectivamente. Em cães a levodropropizina foi tolerada sem mortalidade com

doses de até 200 mg/kg por via oral tanto de forma aguda como mediante administração repetida.

Farmacocinética: Em estudos de farmacocinética efetuados no rato e no homem, a cinética e o quadro

metabólico tiveram resultados semelhantes. A levodropropizina é rapidamente absorvida e distribuída

pelo organismo no homem após administração oral. A administração repetida no homem indicou que o

intervalo de administração de 6 a 8 horas não altera o perfil cinético da dose única. A farmacocinética e a

biodisponibilidade da forma farmacêutica solução oral (gotas) é igual àquela da forma farmacêutica

xarope.

Em estudos realizados com levodropropizina o número de episódios de tosse foi significativamente

reduzido após 3 e 6 horas utilizando-se doses de 30mg. A inibição máxima da tosse foi observada 6 horas

ANTUX gotas_BU _VPS02

após a administração da droga, mostrando seu efeito de longa duração, obtendo-se redução de 38% dos

episódios de tosse na dose de 30mg.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado nos casos de hipersensibilidade à levodropropizina ou a qualquer dos

componentes de sua fórmula.

Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

ANTUX não deve ser utilizado por longo período. Após breve período de tratamento sem resultados

apreciáveis, o paciente deve consultar o médico.

Embora ANTUX possa raramente causar sedação, o paciente deve evitar dirigir veículos ou operar

máquinas. O paciente deve ser informado quanto à possibilidade de ocorrência deste efeito.

O risco/benefício do uso de ANTUX em crianças com idade inferior a 2 anos deve ser avaliado por um

médico, pois a segurança e eficácia não foram ainda estabelecidas.

Em pacientes com insuficiência renal grave (“clearance” de creatinina abaixo de 35 ml/min) deve ser

administrado com cautela após avaliação do risco/benefício.

ANTUX é contraindicado em pacientes que apresentem hipersensibilidade a quaisquer dos componentes

de sua fórmula. Deve ser evitada a administração de ANTUX em pacientes com hipersecreção brônquica

e função mucociliar reduzida (síndrome de Kartagener, discinesia ciliar) e em pacientes com insuficiência

hepática severa.

ANTUX não poderá ser utilizado juntamente com bebidas alcoólicas nem simultaneamente com

medicamentos destinados ao tratamento de doenças do sistema nervoso central, como por exemplo,

medicamentos para o tratamento de insônia, nervosismo e ansiedade, exceto sob orientação médica.

Categoria de risco na gravidez: D.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou amamentando, sem orientação

médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez ou se estiver

amamentando.

Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza

alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

ANTUX gotas_BU _VPS02

Os estudos de farmacologia em animais evidenciaram que a levodropropizina não potencializa o efeito de

substâncias ativas sobre o sistema nervoso central (ex. benzodiazepínicos, fenitoína, imipramina).

Outros estudos em animais também demonstram que a levodropropizina não modifica a atividade de

anticoagulantes orais como a varfarina e não interfere sobre a ação hipoglicemiante da insulina.

Nos estudos de farmacologia clínica, a associação com benzodiazepínicos não modifica o quadro do EEG

(eletroencefalograma). Todavia, é necessário ter cautela no caso de administração simultânea de fármacos

sedativos, em pacientes particularmente sensíveis.

Dados clínicos não demonstraram interações com fármacos utilizados no tratamento de patologias

broncopulmonares como agonista 2, metilxantina e derivados, corticosteroides, antibióticos,

mucorreguladores e anti-histamínicos.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30C). Proteger da luz e umidade.

Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24

meses a contar da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico

ANTUX gotas é um líquido de coloração alaranjada com odor de mel-limão.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Crianças acima de 2 anos de idade: A posologia recomendada é de 1 mg/kg de peso corporal, até três

vezes ao dia, totalizando uma dose diária de 3 mg/kg, ou a critério médico. Cada ml contém 30 gotas e

cada gota contém 1 mg. Por exemplo, uma criança com 15 kg receberia 15 gotas, até três vezes ao dia. O

medicamento deve ser administrado por via oral e as gotas devem ser preferencialmente diluídas em um

pouco de água, antes da administração.

Este medicamento deve ser administrado entre as refeições, uma vez que a sua interação com alimentos

ainda não foi estabelecida.

A dose máxima diária não deverá ultrapassar 120 gotas.

Durante o tratamento: O tratamento deve ser mantido de acordo com a prescrição médica até o

desaparecimento da tosse. Entretanto, se após 4 a 5 dias de tratamento a tosse não desaparecer ou

surgirem outros sintomas, deve-se procurar novamente orientação médica. A tosse é um sintoma e merece

estudo para ser tratada de acordo com a patologia causal.

ANTUX gotas_BU _VPS02

9. REAÇÕES ADVERSAS

EFEITOS CARDIOVASCULARES

Reação comum (> 1/100 e < 1/10): palpitação.

Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): dor precordial.

EFEITOS DERMATOLÓGICOS

Reação rara (> 1/10.000 e < 1/ 1.000): rash cutâneo.

EFEITOS GASTROINTESTINAIS

Reação comum (> 1/100 e < 1/10): dor abdominal, vômito e diarreia.

EFEITOS MUSCULOESQUELÉTICOS

Reação comum (> 1/100 e < 1/10): astenia.

Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): fadiga.

EFEITOS NEUROLÓGICOS

Reação comum (> 1/100 e < 1/10): sonolência.

Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): cefaleia, tonturas, torpor.

EFEITOS OFTÁLMICOS

Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): hiperemia conjuntival.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária-

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.