Bula do Apidra produzido pelo laboratorio Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
APIDRA®
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Solução injetável
100 UI/mL
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Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
insulina glulisina
APRESENTAÇÕES
Solução Injetável 100 UI/mL
APIDRA refil: embalagem com 1 refil com 3 mL para utilização com caneta compatível para aplicação de insulina.
USO SUBCUTÂNEO. USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 4 ANOS.
APIDRA frasco-ampola: embalagem com 1 frasco-ampola com 10 mL.
USO SUBCUTÂNEO OU INTRAVENOSO. USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 4 ANOS.
COMPOSIÇÃO
APIDRA refil e frasco-ampola 100 UI/mL:
Cada mL contém 3,49 mg de insulina glulisina equivalente a 100 UI de insulina humana.
Excipientes: metacresol, trometamol, cloreto de sódio, polissorbato 20, hidróxido de sódio, ácido clorídrico concentrado e
água para injetáveis.
APIDRA SOLOSTAR é indicada para o tratamento do diabetes mellitus que requer tratamento com insulina.
Estudos clínicos
A eficácia e a segurança de APIDRA foram estudadas em pacientes adultos com diabetes Tipo 1 e Tipo 2 (n = 2.408). O
parâmetro primário de eficácia foi o controle glicêmico, medido pela hemoglobina glicada (GHb) e expresso como
equivalentes de hemoglobina A1c (A1C).
Diabetes Tipo 1 – Pacientes adultos
Um estudo controlado por medicamento ativo, randomizado, aberto e de 26 semanas de duração (n = 672) foi conduzido
em pacientes com diabetes Tipo 1 para avaliar a segurança e a eficácia de APIDRA em comparação à insulina lispro por
via SC em até 15 minutos antes de uma refeição. A insulina glargina foi administrada uma vez por dia à noite como
insulina basal. Antes do início do estudo, houve um período de introdução de 4 semanas com a combinação da insulina
lispro e da insulina glargina seguido da randomização. O controle glicêmico e as taxas de hipoglicemia que necessitaram de
intervenção de terceiros foram equivalentes entre os dois regimes terapêuticos. O número de administrações diárias de
insulina e as doses diárias totais de APIDRA e insulina lispro foram semelhantes. Foi observada diminuição da A1C em
pacientes tratados com APIDRA sem aumento da dose basal de insulina. (vide Tabela 1). (Dreyer M et al, 2005).
Tabela 1: Diabetes Mellitus Tipo 1 – Pacientes adultos
Duração do tratamento 26 semanas
Tratamento em combinação com as seguintes insulinas
basais: insulina glargina
APIDRA insulina lispro
Número de indivíduos tratados 339 333
A1C (%)
Média ao final do estudo 7,46 7,45
Alteração média ajustada em relação à Fase Basal -0,14 -0,14
APIDRA - insulina lispro 0,00
IC de 95% para diferença entre os tratamentos (-0,09; 0,10)
Dose da insulina basal (UI/dia)
Média ao final do estudo 24,16 26,43
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Alteração média ajustada em relação à Fase Basal 0,12 1,82
Dose de insulina de curta duração (UI/dia)
Média ao final do estudo 29,03 30,12
Alteração média ajustada em relação à Fase Basal -1,07 -0,81
Hipoglicemia (eventos/mês/paciente)* 0,02 0,02
Número médio de administrações de insulina ação curta
por dia
3,36 3,42
* eventos que necessitaram de assistência de terceiros nos últimos 3 meses do estudo
Diabetes Tipo 1 – Pacientes pediátricos
Um estudo clínico de Fase III controlado por medicamento ativo, aberto e com duração de 26 semanas (n = 572) avaliou a
eficácia e segurança da insulina glulisina em crianças e adolescentes com diabetes mellitus Tipo 1, em comparação com a
insulina lispro, ambas administradas por via subcutânea pelo menos 15 minutos antes de uma refeição. Como insulina
basal, os pacientes receberam insulina glargina uma vez ao dia (à noite) ou NPH (protamina neutra de Hagedorn) duas
vezes ao dia (de manhã e à noite). O estudo foi constituído por um período de introdução de 4 semanas, no qual os
pacientes receberam NPH ou insulina glargina combinada com insulina lispro, seguido de uma fase de tratamento de 26
semanas. O controle glicêmico, as taxas de hipoglicemia que necessitaram de intervenções de terceiros, e a frequência de
episódios de hipoglicemia relatados como eventos adversos graves, foram comparáveis nos dois regimes de tratamento. Os
pacientes que receberam a insulina glulisina necessitaram de aumentos significativamente menores das doses diárias de
insulina basal, de ação rápida e total, da fase basal até o desfecho, para alcançar um controle glicêmico similar aos
pacientes que receberam a insulina lispro (vide Tabela 2).
Tabela 2: Diabetes Mellitus Tipo 1 – Pacientes pediátricos
Tratamento em combinação com:
NPH ou insulina glargina
HbA1c (%)
Número de pacientes 271 291
Média na Fase Basal 8,20 8,17
Alteração média ajustada em relação à Fase Basal 0,10 0,16
APIDRA - insulina lispro -0,06
IC de 95% para diferença entre os tratamentos (-0,24; 0,12)
Dose de insulina basal (UI/dia)
Média ao final do estudo 28,41 28,86
Alteração média ajustada em relação à Fase Basal 1,09 2,22
Dose de insulina de ação rápida (UI/dia)
Média ao final do estudo 25,48 26,97
Alteração média ajustada em relação à Fase Basal 1,36 2,71
Porcentagem de pacientes com uma média de injeções
de insulina de ação rápida por dia ≥ 3
77,0 80,3
Diabetes Tipo 2 – Pacientes adultos
Um estudo controlado por medicamento ativo, randomizado, aberto e de 26 semanas (n = 876) foi conduzido em pacientes
com diabetes Tipo 2 tratados com insulina para avaliar a segurança e a eficácia de APIDRA administrada em até 15
minutos antes de uma refeição em comparação à insulina humana regular administrada 30 a 45 minutos antes de uma
refeição. A insulina humana NPH foi administrada duas vezes por dia como insulina basal. Todos os pacientes participaram
de um período de introdução de 4 semanas com a combinação da insulina humana regular com a insulina humana NPH. O
índice de massa corpórea (IMC) médio dos pacientes foi de 34,55 kg/m2
. No momento da randomização, 58% dos
pacientes estavam recebendo um agente antidiabético oral e foram orientados a continuar o uso na mesma dose. A maioria
dos pacientes (79%) misturou uma insulina de curta duração com a insulina humana NPH imediatamente antes da
administração. Foi observada uma redução maior em relação à A1C da Fase Basal no grupo recebendo tratamento com
APIDRA. Ao final do período de tratamento, os níveis de glicemia pós-prandial no grupo recebendo tratamento com
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APIDRA foram menores do que no grupo insulina humana regular. As taxas de hipoglicemia, que necessitaram de
intervenção de terceiros, foram equivalentes entre os dois regimes terapêuticos. Não foram observadas diferenças entre os
grupos APIDRA e insulina humana regular no número de administrações diárias ou doses de insulina basal ou de curta
duração. (vide Tabela 3). (Dailey G et al, 2004).
Tabela 3: Diabetes Mellitus Tipo 2 – Pacientes adultos
Tratamento em associação com as seguintes insulinas
basais:
insulina humana NPH
APIDRA insulina humana regular
Número de indivíduos tratados 435 441
Média ao final do estudo 7,11 7,22
Alteração média ajustada em relação à Fase Basal -0,46 -0,30
APIDRA - insulina humana regular -0,16
IC de 95% para diferença entre os tratamentos (-0,26; -0,05)
Média ao final do estudo 65,34 63,05
Alteração média ajustada em relação à Fase Basal 5,73 6,03
Média ao final do estudo 35,99 36,16
Alteração média ajustada em relação à Fase Basal 3,69 5,00
Hipoglicemia (eventos/mês/paciente)* 0,00 0,00
Número médio de administrações de insulina de curta
duração por dia
2,27 2,24
Administração pré e pós-refeição (Diabetes Tipo 1):
Um estudo controlado por medicamento ativo, randomizado, aberto e de 12 semanas de duração (n = 860) foi conduzido
em pacientes com diabetes Tipo 1 para avaliar a segurança e a eficácia de APIDRA administrada em diferentes pontos de
tempo em relação a uma refeição. APIDRA foi administrada por via SC em até 15 minutos antes de uma refeição ou
imediatamente após uma refeição e a insulina humana regular foi administrada por via SC 30 a 45 minutos antes de uma
refeição. As comparações realizadas neste estudo foram APIDRA pré-refeição em comparação à insulina humana regular,
APIDRA pós-refeição em comparação à insulina humana regular e APIDRA pós-refeição em comparação à APIDRA pré-
refeição. A insulina glargina foi administrada uma vez por dia ao deitar como insulina basal. Antes do início do estudo,
houve um período de introdução de 4 semanas com a combinação de insulina humana regular e insulina glargina seguido
da randomização. O controle glicêmico e as taxas de hipoglicemia que necessitaram de intervenção de terceiros foram
equivalentes para os esquemas terapêuticos. Foram observadas reduções significativas da A1C em relação à Fase Basal em
todos os três esquemas terapêuticos. Não foram observadas alterações em relação à Fase Basal entre os tratamentos no
número diário total de administrações de insulina. Foi observado um aumento da dose diária de insulina de curta duração
com a insulina humana regular. (vide Tabela 4). (Garg S et al, 2005).
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Tabela 4: Diabetes Mellitus Tipo 1 – Pacientes adultos
Duração do tratamento 12 semanas 12 semanas 12 semanas
basais: insulina
glargina
insulina
APIDRA
pré-refeição
pós-refeição insulina
humana regular
Número de indivíduos tratados 286 296 278
Média ao final do estudo 7,46 7,58 7,52
Alteração média ajustada em relação à Fase Basal* -0,26 -0,11 -0,13
Média ao final do estudo 29,49 28,77 28,46
Alteração média ajustada em relação à Fase Basal 0,99 0,24 0,65
Média ao final do estudo 28,44 28,06 29,23
Alteração média ajustada em relação à Fase Basal -0,88 -0,47 1,75
Hipoglicemia 0,05 0,05 0,13
(eventos/meses/paciente)**
3,15 3,13 3,03
* Diferença entre os tratamentos da alteração média ajustada em relação à Fase Basal (IC de 98,33% para diferença entre
os tratamentos): APIDRA pré-refeição versus insulina humana regular - 0,13 (-0,26; 0,01); APIDRA pós-refeição
versus insulina humana regular 0,02 (-0,11; 0,16); APIDRA pós-refeição versus pré-refeição 0,15 (0,02; 0,29).
** eventos que necessitaram de assistência de terceiros durante toda a fase de tratamento.
Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
A atividade principal das insulinas e dos análogos de insulina, incluindo a insulina glulisina, é a regulação do metabolismo
de glicose. As insulinas diminuem os níveis de glicemia estimulando a captação periférica de glicose por músculos
esqueléticos e gordura e inibindo a produção de glicose hepática. As insulinas inibem a lipólise nos adipócitos, inibem a
proteólise e aumentam a síntese de proteínas.
Após a administração subcutânea, o efeito de APIDRA apresenta início de ação mais rápido e duração mais curta do que a
insulina humana regular.
As atividades hipoglicemiantes de APIDRA e da insulina humana regular são equipotentes quando administradas por via
intravenosa.
Os estudos em voluntários saudáveis e pacientes diabéticos demonstraram que APIDRA apresenta início de ação mais
rápido e duração de atividade mais curta do que a insulina humana regular quando administrada por via subcutânea.
Em um estudo em pacientes com diabetes Tipo 1 (n = 20), os perfis de redução de glicose de APIDRA e da insulina
humana regular, na dose de 0,15 UI/kg, foram avaliados em vários pontos de tempo em relação a uma refeição padrão.
(vide Figura 1).
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Figura 1
Efeito hipoglicemiante por 6 horas. APIDRA administrada 2 minutos (APIDRA - pré) antes do início de uma refeição em
comparação à insulina humana regular administrada 30 minutos (Regular - 30 min.) antes do início da refeição (Figura 1A)
e em comparação à insulina humana regular (Regular - pré) administrada 2 minutos antes de uma refeição (Figura 1B).
APIDRA administrada 15 minutos (APIDRA - pós) após o início de uma refeição em comparação à insulina humana
regular (Regular - pré) administrada 2 minutos antes de uma refeição (Figura 1C). No eixo X, zero (0) é o início de uma
refeição de 15 minutos.
Figura 1A Figura 1B
Início de uma refeição de 15 minutos
Figura 1C
Propriedades farmacocinéticas
Absorção e biodisponibilidade
Os perfis farmacocinéticos em voluntários saudáveis e pacientes diabéticos (Tipo 1 ou 2) demonstraram que a absorção da
insulina glulisina foi cerca de 2 vezes mais rápida com concentração máxima aproximadamente 2 vezes maior do que a da
Em um estudo em pacientes com diabetes Tipo 1 (n=20) após a administração SC de 0,15 UI/kg, o Tmáx foi de 55 minutos e
a Cmáx de 82 µUI/mL para insulina glulisina em comparação a Tmáx de 82 minutos e Cmáx de 46 µUI/mL para insulina
humana regular. O tempo médio de residência da insulina glulisina foi menor (98 min) do que o da insulina humana regular
(161 minutos). (vide Figura 2).
Figura 2
Perfil farmacocinético da insulina glulisina e da insulina humana regular em pacientes com diabetes Tipo 1 após uma dose
de 0,15 UI/kg.
Tempo- Hora
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Quando APIDRA foi administrada por via SC em diferentes regiões do corpo, as curvas de concentração versus tempo
foram semelhantes com uma absorção um pouco mais rápida quando administrada no abdome do que no músculo deltoide
ou na coxa. A biodisponibilidade absoluta da insulina glulisina após administração SC é de cerca de 70%,
independentemente da região de administração (abdome 73%, deltoide 71%, coxa 68%).
Distribuição e eliminação
A distribuição e a eliminação da insulina glulisina e da insulina humana regular após a administração intravenosa são
semelhantes com volumes de distribuição de 13 L e 21 L e meias-vidas de 13 e 17 minutos, respectivamente.
Após a administração subcutânea, a insulina glulisina é eliminada mais rapidamente do que a insulina humana regular com
meia-vida aparente de 42 minutos em comparação a 86 minutos.
Populações especiais
Raça e Sexo
Não estão disponíveis informações sobre os efeitos da raça e do sexo sobre a farmacocinética de APIDRA. No entanto, em
estudos clínicos Fase III em adultos (n=2.408), as análises de subgrupo por sexo não mostraram diferenças de segurança e
eficácia entre APIDRA e outras formulações de insulina de curta duração.
Pacientes pediátricos
As propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas de APIDRA e da insulina humana regular foram avaliadas em um
estudo conduzido em pacientes pediátricos com diabetes Tipo 1 ([crianças de 7 - 11 anos, n = 10] e adolescentes [ 12 - 16
anos, n = 10]). As diferenças relativas na farmacocinética e na farmacodinâmica entre APIDRA e insulina humana regular
em pacientes pediátricos com diabetes Tipo 1 foram semelhantes àquelas observadas em adultos saudáveis e adultos com
diabetes Tipo 1.
Insuficiência hepática
O efeito da insuficiência hepática sobre a farmacocinética de APIDRA não foi estudado. No entanto, alguns estudos com
insulina humana demonstraram aumento dos níveis circulantes de insulina em pacientes com insuficiência hepática (vide
“Advertências e Precauções”).
Obesidade
O início de ação mais rápido e a duração da atividade mais curta de APIDRA e da insulina lispro em comparação à insulina
humana regular foram mantidos em uma população obesa não diabética. A manutenção do início de ação rápida com a
insulina glulisina foi melhor do que com a insulina lispro (vide Figura 3).
Figura 3
Velocidades de infusão da glicose (VIG) após administração SC de 0,3 UI/kg de APIDRA, insulina lispro ou insulina
humana regular em uma população obesa.
Tempo- min
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Insuficiência renal
Os estudos com insulina humana demonstraram aumento dos níveis circulantes de insulina em pacientes com insuficiência
renal. Em um estudo realizado em 24 indivíduos não diabéticos com uma ampla variedade de função renal (CrCl > 80
mL/min; 30-50 mL/min; <30 mL/min), as propriedades farmacocinéticas de APIDRA foram geralmente mantidas (vide
Gravidez
O efeito da gravidez sobre a farmacocinética e a farmacodinâmica de APIDRA não foi estudado.
DADOS PRÉ-CLÍNICOS DE SEGURANÇA
Carcinogênese
Ainda não foram realizados estudos padrão de carcinogenicidade de 2 anos de duração em animais para avaliar o potencial
carcinogênico de APIDRA.
Em ratos Sprague Dawley, foi realizado um estudo de toxicidade de dose repetida de 12 meses com insulina glulisina nas
doses de 2,5; 5; 20 ou 50 UI/kg duas vezes por dia (dose que resulta em uma exposição equivalente de aproximadamente
26, 54, 258, 662 vezes a Cmáx humana na dose média em seres humanos, respectivamente).
Houve uma incidência não dose dependente maior de tumores da glândula mamária em ratas tratadas com APIDRA em
comparação aos controles não tratados.
A incidência de tumores mamários com APIDRA e insulina humana regular foi semelhante. A importância desses achados
para humanos ainda é desconhecida.
Nesse estudo, os efeitos da insulina glulisina sobre a proliferação celular nas glândulas mamárias foram avaliados por
imunohistoquímica para Ki-67. Não houve diferença significativa de proliferação das células mamárias entre a insulina
glulisina, a insulina humana regular e os grupos controle.
Mutagênese
APIDRA não foi mutagênica nos seguintes testes: teste de Ames, teste in vitro de aberração cromossômica em mamíferos
em células V79 e teste in vivo de aberração cromossômica em mamíferos (teste de micronúcleo de eritrócitos).
Teratogenicidade
Foram realizados estudos de teratologia e reprodução por via SC com insulina glulisina em ratos e coelhos utilizando
insulina humana regular como agente comparador. O medicamento foi administrado a ratas durante toda a gestação até 10
UI/kg uma vez por dia (dose que resulta em uma exposição equivalente a aproximadamente 50 vezes a Cmáx humana na
dose média em humanos). A insulina glulisina não apresentou efeitos tóxicos sobre o desenvolvimento embrio-fetal em
ratos.
O medicamento foi administrado a coelhas durante toda a gestação até 1,5 UI/kg/dia. Foram observados efeitos adversos
sobre o desenvolvimento embrio-fetal apenas em doses tóxicas maternas indutoras de hipoglicemia. Foi observada maior
incidência de perdas pós implantação e defeitos esqueléticos na dose de 1,5 UI/kg uma vez por dia (dose que resulta em
uma exposição equivalente a aproximadamente 25 vezes a Cmáx humana na dose média em humanos) que também causou
mortalidade em fêmeas. Foi observada incidência um pouco aumentada de perdas pós implantação no nível de dose mais
baixa seguinte de 0,5 UI/kg uma vez por dia (dose que resulta em uma exposição equivalente a aproximadamente 5 vezes a
Cmáx humana na dose média em humanos) que também foi associada a hipoglicemia severa, mas não houve defeitos nessa
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dose. Não foram observados efeitos em coelhos na dose de 0,25 UI/kg uma vez por dia (dose que resulta em uma exposição
equivalente a aproximadamente 3 vezes a Cmáx humana na dose média em humanos).
Os efeitos de APIDRA não diferiram daqueles observados com a insulina humana regular subcutânea nas mesmas doses e
foram atribuídos a efeitos secundários da hipoglicemia materna.
Comprometimento da fertilidade
Em estudos de fertilidade em ratos machos e fêmeas nas doses SC até 10 UI/kg uma vez por dia (dose que resulta em uma
exposição equivalente a aproximadamente 50 vezes a Cmáx humana na dose média em humanos), não foram observados
efeitos adversos sobre a fertilidade masculina e feminina ou no desempenho reprodutivo geral dos animais.
APIDRA SOLOSTAR é contraindicada em pacientes com alergia à insulina glulisina ou a qualquer um dos componentes
da fórmula.
Em decorrência da curta duração de ação de APIDRA SOLOSTAR, os pacientes diabéticos também necessitam de uma
insulina de ação mais prolongada ou de uma terapia com bomba de infusão de insulina para manter o controle adequado da
glicose.
Qualquer alteração da insulina deve ser feita com cautela e apenas sob supervisão médica. As alterações na potência
da insulina, no fabricante, no tipo (p. ex., regular, NPH, análogos), na espécie (animal, humana) ou no modo de fabricação
(rDNA versus insulina de origem animal) podem resultar na necessidade de alteração da dose.
O tratamento antidiabético oral concomitante pode necessitar ser ajustado.
As necessidades de insulina podem ser alteradas durante condições intercorrentes, como doenças, distúrbios emocionais ou
estresse.
Hipoglicemia
O tempo de ocorrência de hipoglicemia depende do perfil de ação das insulinas usadas e pode, portanto, variar quando o
esquema terapêutico é alterado.
Em determinadas condições, como ocorre com todas as insulinas, os sintomas de alerta de hipoglicemia podem ser
alterados, menos pronunciados ou ausentes, por exemplo:
− se o controle glicêmico estiver consideravelmente melhor;
− se a hipoglicemia estiver se desenvolvendo gradativamente;
− em pacientes idosos;
− quando uma neuropatia autônoma estiver presente;
− em pacientes com longa história de diabetes;
− em pacientes recebendo tratamento concomitante com alguns medicamentos (vide “Interações Medicamentosas”).
Essas situações podem resultar em hipoglicemia severa (e, possivelmente, perda de consciência) antes que o paciente tenha
consciência da hipoglicemia.
A monitoração da glicose no sangue é recomendada em todos os pacientes diabéticos.
Gravidez
Não existem estudos clínicos bem controlados do uso de APIDRA SOLOSTAR em mulheres grávidas.
Uma quantidade limitada de dados em mulheres grávidas (menos de 300 resultados reportados) expostas à insulina
glulisina indicou que não há problemas de segurança no uso da insulina glulisina durante a gravidez, no feto e nos recém
nascidos.
É primordial às pacientes diabéticas ou com histórico de diabetes gestacional a manutenção de um bom controle metabólico
antes da concepção e durante toda a gravidez.
As necessidades de insulina podem diminuir durante o primeiro trimestre da gravidez, geralmente aumentam durante o
segundo e o terceiro trimestres e rapidamente diminuem após o parto.
O monitoramento rigoroso do controle glicêmico nessas pacientes é essencial.
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Deve-se questionar as pacientes diabéticas se elas estão grávidas ou se estão planejando engravidar.
Lactação
Não se sabe ao certo se APIDRA SOLOSTAR é excretada no leite materno.
A dose de insulina e a dieta podem precisar de ajuste em mulheres lactantes.
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica.
Populações especiais
Pacientes idosos
A hipoglicemia pode ser difícil de ser reconhecida em idosos (vide “Advertências e Precauções”).
Crianças
APIDRA SOLOSTAR pode ser administrada em crianças com idade igual ou superior a 4 anos. A administração de
APIDRA SOLOSTAR em crianças menores de 4 anos ainda não foi estudada.
Insuficiência renal
As necessidades de APIDRA SOLOSTAR, como ocorre com todas as insulinas, podem ser menores em pacientes com
insuficiência renal (vide “Características Farmacológicas – Propriedades farmacocinéticas”).
Insuficiência hepática
Em pacientes com insuficiência hepática, as necessidades de insulina podem ser menores devido a uma menor capacidade
de gliconeogênese e redução do metabolismo de insulina (vide “Características Farmacológicas – Propriedades
farmacocinéticas”).
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
A capacidade de concentração e reação do paciente pode estar prejudicada como resultado da hipoglicemia ou
hiperglicemia ou, por exemplo, em decorrência de comprometimento visual. Isso pode constituir um risco em situações em
que essas habilidades são de especial importância (p. ex., dirigir um carro ou operar máquinas).
Os pacientes devem ser aconselhados a tomar precauções para evitar a hipoglicemia durante a condução de veículos. Isso é
particularmente importante nos pacientes que apresentam nível de consciência diminuído ou ausente dos sintomas de alerta
da hipoglicemia ou que apresentam episódios frequentes de hipoglicemia. Deve-se considerar se é aconselhável dirigir
veículos ou operar máquinas nessas circunstâncias.
Medicamento-medicamento:
Várias substâncias afetam o metabolismo da glicose e podem exigir ajuste na dose da insulina humana.
As substâncias que podem intensificar o efeito hipoglicemiante e aumentar a susceptibilidade à hipoglicemia são: agentes
hipoglicemiantes orais, inibidores da ECA, disopiramida, fibratos, fluoxetina, inibidores da MAO, pentoxifilina,
propoxifeno, salicilatos e antibióticos sulfonamida.
As substâncias que podem reduzir o efeito hipoglicemiante são: corticosteroides, danazol, diazóxido, diuréticos, glucagon,
isoniazida, estrogênios e progestogênios (p. ex., em contraceptivos orais), derivados de fenotiazina, somatropina, agentes
simpatomiméticos (p. ex., epinefrina, salbutamol, terbutalina), hormônios tireoideanos, inibidores da protease e
medicamentos antipsicóticos atípicos (p. ex., olanzapina e clozapina).
Betabloqueadores, clonidina ou sais de lítio podem tanto potencializar quanto enfraquecer o efeito hipoglicemiante da
insulina. A pentamidina pode causar hipoglicemia, que pode ocasionalmente ser seguida de hiperglicemia.
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Além disso, sob a influência de medicamentos simpatolíticos, como betabloqueadores, clonidina, guanetidina e reserpina,
os sinais de contrarregulação adrenérgica podem estar reduzidos ou ausentes.
Medicamento - substância química
Álcool
Pode tanto potencializar quanto enfraquecer o efeito de diminuição da glicose no sangue, decorrente da insulina.
Nicotina
O efeito do fumo na farmacocinética e farmacodinâmica de APIDRA não foi estudado.
Medicamento-exame laboratorial
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de insulina glulisina em exames laboratoriais.
APIDRA SOLOSTAR (fechada) deve ser mantida em sua embalagem original, sob refrigeração em temperatura entre 2 e
8°C e protegida da luz.
Não guardar em freezer. Não congelar. Descartar em caso de congelamento.
APIDRA SOLOSTAR aberta (em uso)
Após aberta, APIDRA SOLOSTAR deve ser utilizada em até 28 dias (4 semanas). Durante esse período, a caneta pode ser
armazenada à temperatura ambiente (temperatura até 25°C), protegida da luz e calor diretos, e não deve ser armazenada em
geladeira.
Não utilize a caneta após esse período.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após aberto, válido por 28 dias (4 semanas).
Características físicas e organolépticas
Solução límpida, incolor, sem nenhuma partícula sólida visível e de consistência aquosa.
Verifique sempre o prazo de validade que se encontra na embalagem do produto e confira o nome para não haver enganos.
Não utilize APIDRA SOLOSTAR caso haja sinais de violação ou danificações da embalagem.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
POSOLOGIA
APIDRA SOLOSTAR deve ser administrada por via subcutânea.
APIDRA SOLOSTAR é uma insulina humana recombinante análoga que demonstrou ser equipotente à insulina humana.
Uma unidade internacional de APIDRA SOLOSTAR tem o mesmo efeito hipoglicemiante de uma unidade internacional de
insulina humana regular. Após a administração subcutânea, seu início de ação é mais rápido e sua duração de ação mais
curta.
A dose de APIDRA SOLOSTAR deve ser individualizada e determinada de acordo com as necessidades do paciente.
APIDRA deve normalmente ser usada em esquemas que incluem uma insulina de ação mais prolongada ou uma insulina
basal análoga.
MODO DE USAR
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APIDRA SOLOSTAR deve ser administrada por via subcutânea em até 15 minutos antes ou imediatamente após uma
refeição.
A injeção subcutânea deve ser administrada na parede abdominal, na coxa ou no músculo deltoide. Como ocorre com todas
as insulinas, os locais de injeção dentro de uma determinada área (abdome, coxa ou deltoide) devem ser alternados de uma
administração para a outra.
Como ocorre com todas as insulinas, a taxa de absorção e, consequentemente, o início e a duração da ação podem ser
alterados pelo local da administração, exercícios e outras variáveis.
Preparo e manipulação
Antes do primeiro uso, APIDRA SOLOSTAR deve ser mantida em temperatura ambiente por 1 a 2 horas.
APIDRA SOLOSTAR não permite que o seu conteúdo seja misturado a nenhuma outra insulina.
APIDRA SOLOSTAR só deve ser utilizada se a solução estiver límpida, incolor, sem nenhuma partícula sólida visível e se
tiver consistência aquosa.
As canetas vazias nunca devem ser reutilizadas, devendo ser adequadamente descartadas.
• Como utilizar a caneta
Verifique sempre o manual para utilização de APIDRA SOLOSTAR e siga estritamente suas recomendações.
Não há estudos dos efeitos de APIDRA SOLOSTAR administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e
para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via subcutânea
Populações especiais
Em pacientes com insuficiência hepática ou renal, as exigências de insulina podem ser menores (vide “Advertências e
Precauções”).
Conduta necessária caso haja esquecimento de administração
Caso tenha sido esquecida a administração de uma dose ou caso tenha sido administrada uma dose muito baixa de APIDRA
SOLOSTAR, o nível glicêmico pode se elevar demasiadamente. Deve-se verificar o nível glicêmico frequentemente e
corrigir a hiperglicemia de acordo com a necessidade.
Os eventos adversos observados foram os conhecidos para essa classe farmacológica e, consequentemente, comuns às
insulinas.
Reação muito comum (≥ 1/10): Hipoglicemia, em geral, a reação adversa mais frequente da terapia com insulina, pode
ocorrer se a dose de insulina for muito alta em relação à necessidade de insulina.
Reações comuns (≥ 1/100 e < 1/10): Alergia local em pacientes ocorre eventualmente como vermelhidão, inchaço e
prurido no local da administração da insulina. Essas reações geralmente desaparecem em alguns dias ou poucas semanas.
Em alguns casos, essas reações podem estar relacionadas a fatores diferentes da insulina, como irritantes em agentes de
limpeza da pele ou técnica inadequada de administração.
Reações incomuns (≥ 1/1.000 e < 1/100): Reações alérgicas sistêmicas à insulina. Essas reações à insulina (incluindo a
insulina glulisina) podem, por exemplo, estar associadas à erupção cutânea (incluindo prurido) no corpo todo, falta de ar,
sibilos, redução da pressão arterial, pulso rápido ou sudorese. Casos severos de alergia generalizada, incluindo reação
anafilática, podem ser potencialmente fatais.
Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1.000): Como ocorre com qualquer terapia com insulina, pode ocorrer lipodistrofia no local da
administração e atraso na absorção da insulina. O rodízio contínuo do local de injeção na região de administração pode
ajudar a reduzir ou prevenir essas reações.
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Foram relatados erros de medicação nos quais outras insulinas, particularmente insulinas de ação prolongada, foram
administradas acidentalmente ao invés de insulina glulisina.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível
em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Sintomas
Hipoglicemia pode ocorrer em decorrência de um excesso de insulina em relação à ingestão de alimentos, gasto de energia
ou ambos.
Caso tenha sido administrada uma dose muito alta de APIDRA SOLOSTAR, poderá ocorrer hipoglicemia. Em geral, para
evitar hipoglicemia deve-se ingerir uma quantidade maior de alimentos e monitorar o nível de glicose no sangue.
Tratamento
Os episódios leves/moderados de hipoglicemia podem, em geral, ser tratados com carboidratos orais. Podem ser
necessários ajustes na dose do medicamento, nos padrões de refeição ou na atividade física.
Os episódios severos com coma, convulsão ou comprometimento neurológico podem ser tratados com glucagon
intramuscular/subcutâneo ou glicose intravenosa concentrada. Pode ser necessária uma ingestão contínua de carboidratos e
observação porque a hipoglicemia pode retornar após a recuperação clínica aparente.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.