Bula do Aracytin produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
ARACYTIN CS
LABORATÓRIOS PFIZER LTDA
Solução injetável
20mg/mL e 100mg/mL
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13/mai/2014
Aracytin® CS
citarabina
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
Nome comercial: Aracytin® CS
Nome genérico: citarabina
APRESENTAÇÕES
Aracytin® CS solução injetável (20 mg/mL) em embalagens contendo 5 frascos-ampola de 5 mL (100 mg) ou 1
frasco-ampola de 25 mL (500 mg).
Aracytin® CS solução injetável (100 mg/mL) em embalagens contendo 1 frasco-ampola de 10 mL (1 g).
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INJETÁVEL POR VIA INTRAVENOSA, SUBCUTÂNEA,
INTRATECAL OU INFUSÃO INTRAVENOSA
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL de Aracytin® CS 100 mg e 500 mg contém o equivalente a 20 mg de citarabina.
Excipientes: cloreto de sódio, hidróxido de sódioa
, ácido clorídricoa
e água para injetáveis.
a = para ajuste de pH, quando necessário
Cada mL de Aracytin® CS 1 g contém o equivalente a 100 mg de citarabina.
Excipientes: hidróxido de sódioa
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II - INFORMAÇÕES AO PACIENTE
A principal indicação de Aracytin® CS (citarabina) solução injetável é para o tratamento de leucemias agudas
não linfocíticas (câncer da medula óssea, também conhecido como “tutano do osso”, que é o órgão responsável
pela produção do sangue) em adultos e crianças. É também útil no tratamento de outras leucemias, como
leucemia linfocítica aguda e leucemia mielocítica crônica (fase blástica). Aracytin® CS pode ser utilizado
sozinho ou em combinação com outros agentes antineoplásicos (que combatem o câncer). Frequentemente, os
melhores resultados são obtidos com a terapia combinada. Têm sido curtas as remissões (desaparecimento
temporário da doença) induzidas pelo Aracytin® CS e quando não acompanhadas por terapias de manutenção.
Em regimes de altas doses com ou sem agentes quimioterápicos adicionais, Aracytin® CS mostrou-se efetiva
para o tratamento de leucemias de alto risco, leucemias refratárias e leucemia recidivante aguda.
Aracytin® CS sozinho ou em combinação com outros fármacos (metotrexato, succinato sódico de
hidrocortisona) pode ser utilizado por via intratecal (injeção de substâncias diretamente no espaço onde circula o
líquido espinhal) para prevenção e tratamento da leucemia com infiltração meníngea (leucemia que acomete as
meninges: membranas que recobrem o cérebro e a medula).
Aracytin® CS é um agente antineoplásico (que combate o câncer) que inibe a formação do DNA (ácido
desoxirribonucleico - substância ou material genético que forma os seres vivos). Também apresenta propriedades
antivirais (que combatem vírus) e imunossupressoras (que diminuem a resposta do sistema de defesa do
organismo).
Aracytin® CS é contraindicado a pacientes hipersensíveis (alérgicos) à citarabina ou a qualquer componente do
produto.
Aracytin® CS deve ser utilizado apenas sob a supervisão de médicos experientes em quimioterapia
antineoplásica (que combate o câncer).
Na terapia de indução (primeira tentativa de diminuir a quantidade de células cancerosas no sangue), devem estar
à disposição do paciente e da equipe médica recursos laboratoriais e de suporte adequados para monitorar a
tolerabilidade ao fármaco, proteger e manter pacientes comprometidos pela toxicidade da medicação.
Para avaliar a adequação da terapia com Aracytin® CS, o médico deve considerar os possíveis benefícios em
relação aos conhecidos efeitos tóxicos da citarabina. Antes de decidir quanto à terapia ou iniciar o tratamento, o
médico deve se familiarizar com as informações seguintes:
Efeitos Hematológicos: Aracytin® CS é um potente supressor (inibidor) da medula óssea; o grau da supressão
depende da dose e do esquema terapêutico adotado. A terapia deve ser iniciada com cautela em pacientes com
supressão da medula óssea preexistente induzida por medicamentos. Pacientes que receberem este fármaco
devem estar sob rigorosa supervisão médica e, durante a terapia de indução, a contagem de leucócitos (células de
defesa do sangue) e plaquetas (células responsáveis pela coagulação do sangue) deve ser feita diariamente.
Devem ser realizados, frequentemente, exames da medula óssea após o desaparecimento dos blastos (células do
sangue que são muito jovens, indicando um aumento da divisão celular, o que é um indicativo de câncer) da
circulação sanguínea. Deve-se considerar a suspensão ou modificação do tratamento se a depressão da medula
óssea induzida por medicamento resultar em contagem plaquetária inferior a 50.000, ou se a contagem dos
granulócitos polimorfonucleares (tipo de células de defesa presentes no sangue) chegar a níveis inferiores a
1.000/mm3
. As contagens de elementos figurados (todos os tipos de célula presentes no sangue) do sangue
podem continuar diminuindo após a suspensão do medicamento e alcançar valores mais baixos após períodos de
12 a 24 dias da interrupção do tratamento. Caso seja indicado, deve-se, reiniciar a terapia quando aparecerem
sinais definitivos de recuperação medular. Devem estar à disposição do paciente os recursos para o tratamento de
eventuais complicações, possivelmente fatais, consequentes da supressão da medula óssea (infecção, hemorragia
devido à trombocitopenia - diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas).
Ocorreram reações anafiláticas (reações alérgicas graves) durante o tratamento com Aracytin® CS. Relatou-se
anafilaxia que resultou em parada cardiopulmonar (do coração e do pulmão) aguda e exigiu ressuscitação. Esse
fato ocorreu imediatamente após a administração intravenosa de citarabina.
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Terapia com altas doses: após terapia com altas doses de citarabina (2-3 g/m2
) relatou-se toxicidade pulmonar,
gastrintestinal (do estômago e do intestino) e do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) grave,
diferente daquela observada com os regimes terapêuticos convencionais de citarabina, e por vezes fatal (vide
item 8. Quais os males que este medicamento pode me causar?). Essas reações incluem toxicidade reversível da
córnea (membrana transparente da frente do olho) e conjuntivite hemorrágica (inflamação ou infecção da
membrana que cobre o olho com presença de hemorragia), que podem ser evitadas ou diminuídas através da
administração profilática de colírio de corticosteroide; disfunção cerebral e cerebelar (região do sistema nervoso
central responsável pelo equilíbrio e coordenação dos movimentos), geralmente reversível, incluindo alterações
de personalidade, sonolência, convulsão e coma; ulceração gastrintestinal grave, incluindo pneumatose cistoide
intestinal (presença de ar na parede do intestino) levando à peritonite (inflamação do peritônio – camada que
recobre o abdome internamente), sepse (infecção generalizada) e abscesso hepático (acúmulo de pus no fígado);
edema pulmonar (acúmulo de líquido nos pulmões); lesão hepática com hiperbilirrubinemia aumentada (excesso
de bilirrubina no sangue); necrose (destruição) de alças intestinais e colite necrosante (inflamação grave e
fulminante do intestino grosso).
Ocorreram casos graves e alguns fatais de toxicidade pulmonar, síndrome da angústia respiratória em adultos
(mau funcionamento grave dos pulmões causado por inflamação) e edema pulmonar com esquemas terapêuticos
com altas doses de citarabina. Foi observada uma síndrome de angústia respiratória súbita, que progrediu
rapidamente a edema pulmonar com cardiomegalia (aumento do coração) evidente radiologicamente (por exame
de imagem) após terapia experimental com altas doses de Aracytin® CS empregada no tratamento da recaída
(volta) de leucemia.
Casos de cardiomiopatia (lesão do músculo do coração) com morte subsequente foram relatados após terapia
experimental com altas doses de citarabina em combinação com ciclofosfamida, na preparação para transplante
de medula óssea. Isso pode ser dependente do esquema posológico (da dose).
Ocorreram neuropatias periféricas motoras e sensoriais (lesões dos nervos periféricos responsáveis pelos
movimentos e pela sensibilidade, respectivamente) após a combinação de altas doses de citarabina,
daunorrubicina e asparaginase em pacientes adultos com leucemia não-linfocítica aguda. Deve-se observar o
surgimento de neuropatias em pacientes tratados com altas doses de citarabina uma vez que alterações no
esquema terapêutico podem ser necessárias para evitar disfunções neurológicas irreversíveis.
Raramente, rash cutâneo (vermelhidão da pele) grave levando à descamação foi relatado. Alopecia (perda de
cabelo) total é mais comumente observada com terapia de altas doses do que com esquemas convencionais de
tratamento com Aracytin® CS.
Quando o medicamento é administrado rapidamente em altas doses por via intravenosa (na veia), os pacientes
frequentemente sentem náuseas (enjoos) e podem vomitar por várias horas após a injeção. Esse problema tende a
ser menos grave quando o medicamento é administrado por infusão.
Terapias com doses convencionais: inflamação do peritônio (peritonite) e colite guáiaco positiva (colite em que
há sangue oculto nas fezes, detectado pelo teste de guáiaco), com neutropenia (diminuição de um tipo de células
de defesa no sangue: neutrófilos) e trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas)
concomitantes, foram relatadas em pacientes tratados com doses convencionais de citarabina em combinação
com outros medicamentos. Estes pacientes responderam às medidas terapêuticas não cirúrgicas. Foram relatados
casos de paralisia ascendente progressiva tardia (perda dos movimentos que se inicia nos membros inferiores e
vai acometendo as partes mais altas do corpo) resultando na morte de crianças com leucemia mieloide aguda
tratadas com citarabina, em doses convencionais, por via intratecal (injeção de substâncias diretamente no
espaço onde circula o líquido da medula espinhal) e intravenosa em combinação com outros medicamentos.
Função Hepática (do fígado) e/ou Renal (dos rins): o fígado humano, aparentemente, metaboliza (elimina) parte
substancial da dose administrada de Aracytin® CS. Especialmente pacientes com função renal ou hepática
prejudicada podem apresentar uma probabilidade mais alta de toxicidade do sistema nervoso central após
tratamento com altas doses de Aracytin® CS. Este medicamento deve ser utilizado com cautela e, se possível,
em doses reduzidas, nos pacientes com função hepática ou renal prejudicada.
Devem-se realizar avaliações periódicas das funções medular (da medula óssea), hepática e renal em pacientes
sob tratamento com Aracytin® CS.
Neurológicos: casos de reações adversas neurológicas graves que variaram de cefaleia (dor de cabeça) à
paralisia, coma e episódios semelhantes a AVC (derrame) foram relatados, principalmente em jovens e
adolescentes aos quais foi administrado Aracytin® por via intravenosa em combinação com metotrexato (outro
medicamento) por via intratecal (administração diretamente no sistema nervoso central).
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Síndrome da Lise Tumoral: como outros medicamentos citotóxicos, Aracytin® CS pode induzir hiperuricemia
(aumento do ácido úrico no sangue) secundária à rápida lise (destruição) de células neoplásicas (cancerosas). O
clínico deve monitorar os níveis sanguíneos de ácido úrico em seu paciente e estar alerta para o uso das medidas
de suporte e farmacológicas necessárias para controlar o problema.
Pancreatite: foi relatada pancreatite aguda (inflamação do pâncreas) em pacientes tratados com citarabina em
combinação com outros fármacos.
Efeitos Imunossupressores/ Aumento da Suscetibilidade às Infecções: a administração de vacinas com antígenos
(patógenos) vivos ou atenuados em pacientes imunocomprometidos (com diminuição da função do sistema de
defesa do organismo) por agentes quimioterápicos, incluindo Aracytin® CS, pode resultar em infecções graves
ou fatais. A vacinação com antígenos vivos deve ser evitada em pacientes recebendo Aracytin® CS. Vacinas
com antígenos mortos ou inativos podem ser administradas, no entanto a resposta à vacina pode estar diminuída.
Uso em Crianças
As advertências e precauções para as crianças são as mesmas daquelas descritas para pacientes adultos.
Uso durante a Gravidez
Não existem estudos sobre o uso de citarabina em mulheres grávidas. A citarabina é teratogênica (causa
malformações) em algumas espécies animais. O uso do medicamento em mulheres que estão grávidas ou que
podem engravidar deve ser realizado apenas após serem considerados o benefício potencial e os danos potenciais
tanto para mãe quanto para o feto. Mulheres potencialmente férteis devem ser orientadas para evitar a gravidez.
Filhos de mães expostas à citarabina durante a gravidez (como terapia única ou em combinação com outros
medicamentos) nasceram normais; alguns deles nasceram prematuros ou com baixo peso. Algumas das crianças
normais foram acompanhadas desde a 6ª semana até 7 anos após a exposição, não mostrando qualquer
anormalidade. Uma criança aparentemente normal faleceu aos 90 dias de vida devido à gastroenterite
(inflamação do estômago e do intestino).
Anormalidades congênitas (de nascimento) foram relatadas, particularmente em casos nos quais o feto foi
exposto à citarabina durante o primeiro trimestre (3 primeiros meses) da gravidez. Isto inclui defeitos nos
membros distais superior (antebraço) e inferior (perna) e deformidades nas extremidades (mãos e pés) e nas
orelhas.
Relatos de pancitopenia (diminuição de todas as células do sangue), leucopenia (redução de células de defesa no
sangue), anemia, trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas), anormalidades
nos eletrólitos (componentes minerais do sangue), eosinofilia (aumento do número de um tipo de célula de
defesa do sangue: eosinófilo) transitória, aumento nos níveis de IgM (tipo de componentes de defesa do sangue)
e hiperpirexia (aumento da temperatura do corpo), sepse e morte ocorreram durante o período neonatal com
crianças expostas à citarabina in útero. Algumas destas crianças também eram prematuras.
Foram realizados abortos terapêuticos em mulheres em terapia com citarabina. Foram relatados casos de fetos
normais e de fetos com baço aumentado e trissomia de cromossomo C no tecido coriônico (doença genética
relacionada a componentes da placenta).
Devido ao perigo potencial de ocorrer anomalias durante a terapia citotóxica (de combate ao câncer),
principalmente durante o primeiro trimestre de gravidez, a paciente que estiver grávida ou engravidar durante o
tratamento com Aracytin® CS deve ser orientada quanto ao risco potencial para o feto e a conveniência da
continuidade da gravidez. Existe um risco definido, embora consideravelmente reduzido, se o tratamento é
iniciado durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez. Embora tenham nascido crianças normais de
pacientes tratadas com Aracytin® CS durante os três trimestres de gravidez, recomenda-se o acompanhamento
dessas crianças.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Uso durante a Lactação (amamentação)
Não se sabe se Aracytin® CS é excretado (eliminado) no leite materno. Como muitos fármacos são excretados
no leite materno e considerando-se o risco potencial de reações adversas graves em lactentes, deve-se decidir
entre descontinuar a amamentação ou a medicação, levando-se em conta a importância da medicação para a mãe.
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Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
O efeito de Aracytin® CS na habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi avaliado sistematicamente.
Interações Medicamentosas
Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova.
O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando suas ações: isso se chama interação
medicamentosa.
- Digoxina: foram observadas diminuições reversíveis nas concentrações plasmáticas (no sangue) no estado de
equilíbrio de digoxina e na excreção renal de glicosídeos em pacientes recebendo beta-acetildigoxina e esquemas
quimioterápicos contendo ciclofosfamida, vincristina e prednisona com ou sem citarabina ou procarbazina. Não
houve alterações aparentes nas concentrações plasmáticas de digitoxina no estado de equilíbrio. Portanto,
recomenda-se o monitoramento dos níveis plasmáticos de digoxina em pacientes recebendo esquemas
quimioterápicos combinados similares ao acima descrito. A utilização de digitoxina por tais pacientes pode ser
uma alternativa.
- Gentamicina: um estudo de interação in vitro entre gentamicina e citarabina mostrou um antagonismo (reação
oposta) relacionado à citarabina quanto à susceptibilidade (sensibilidade ou capacidade de sofrer a ação lesiva do
antibiótico) de cepas de K. pneumoniae. Esse estudo sugere que, em pacientes tratados com citarabina e
recebendo gentamicina devido a uma infecção por K. pneumoniae, a ausência de uma resposta terapêutica
imediata pode indicar a necessidade de uma reavaliação do tratamento antibacteriano.
- Fluorocitosina: evidências clínicas mostraram uma possível inibição da eficácia da terapia com fluorocitosina
pela citarabina, possivelmente devido à potencial inibição competitiva de sua captação.
- Metotrexato: citarabina administrada via intravenosa concomitantemente com metotrexato via intratecal pode
aumentar o risco de reações adversas neurológicas severas como dor de cabeça, paralisia, coma e episódios
semelhantes a AVC.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Aracytin® CS deve ser conservado em temperatura ambiente (abaixo de 25°C), protegido da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
A infusão deve ser completada dentro de 24 horas após a preparação, armazenada a temperaturas entre 2°C e
8°C, protegida da luz.
Como regra geral, antes de sua administração, as medicações para uso parenteral devem ser inspecionadas
visualmente quanto a partículas em suspensão e descoloração, quando a solução e o frasco o permitirem.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Características do produto: Aracytin® CS é uma solução límpida e incolor.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Este produto é de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados, com emprego específico em neoplasias
malignas (cânceres) e deve ser manipulado apenas por pessoal treinado.
Aracytin® CS sempre será preparado e administrado por um médico ou por um profissional de saúde
especializado.
As instruções para administração, diluição e infusão estão disponibilizadas na bula destinada aos profissionais de
saúde, pois somente um médico ou um profissional de saúde especializado poderá preparar e administrar esta
medicação.
Aracytin® CS deve ser utilizado por via intravenosa, subcutânea, intratecal ou por infusão intravenosa.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não
interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
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Como Aracytin® CS é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo
médico que acompanha o caso. Caso o paciente falte a uma sessão programada de quimioterapia com esse
medicamento, ele deve procurar o seu médico para redefinição da programação de tratamento. O esquecimento
da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
O principal efeito tóxico de Aracytin® CS é supressão (diminuição da função) da medula óssea, com leucopenia
(redução de células de defesa no sangue), trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue:
plaquetas) e anemia (diminuição da quantidade de células vermelhas do sangue: hemácias). A toxicidade menos
grave inclui náuseas (enjoos), vômitos, diarreia e dor abdominal, ulceração oral (feridas na mucosa da boca) e
disfunção hepática (do fígado).
Resumo do Perfil de Segurança (vide questão 4. O que devo saber antes de usar este medicamento?):
Sistemas sanguíneo e linfático
Como Aracytin® CS é um supressor da medula óssea, podem ocorrer anemia, leucopenia (redução de células de
defesa do sangue), trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas),
megaloblastose (presença de células grandes e imaturas no sangue) e redução de reticulócitos (células vermelhas
jovens) como resultado de sua administração. A gravidade dessas reações depende da dose e do esquema
terapêutico empregados. Pode-se esperar também, a ocorrência de alterações celulares na morfologia em
esfregaços de medula óssea e de sangue periférico (exames feitos para avaliar a aparência das células do sangue).
Após infusões constantes por 5 dias ou injeções agudas de 50 mg/m2
a 600 mg/m2
, a depressão das células
brancas ocorre em duas fases. Independente da contagem inicial (número de células antes de começar o
tratamento), nível de dosagem ou esquema terapêutico (modo de administração e intervalos de aplicação do
medicamento) , existe uma queda inicial nas primeiras 24 horas, com nadir (ponto mais baixo da contagem de
células de defesa, a partir do qual o número começa a aumentar) nos dias 7-9. Segue-se uma ligeira elevação que
atinge seu pico próximo ao décimo segundo dia. Uma segunda e mais profunda queda atinge seu nadir nos dias
15-24. Ocorre, então, uma rápida elevação acima da linha de base nos 10 dias seguintes. A depressão plaquetária
(diminuição das plaquetas) é notada em 5 dias, com o pico de depressão ocorrendo entre os dias 12-15. A partir
daí, uma rápida elevação acima dos valores basais ocorre nos 10 dias seguintes.
Infecções e Infestações
Infecções virais, bacterianas, fúngicas, parasitárias ou saprofíticas (família de bactérias), em qualquer local do
corpo, podem estar associadas ao uso de Aracytin® CS sozinho ou combinado com outros agentes
imunossupressores após doses imunossupressoras que afetem a imunidade celular (células de defesa) ou humoral
(substâncias de defesa). Essas infecções podem ser leves, mas também graves e até fatais.
Distúrbios dos tecidos musculoesquelético e conjuntivo
Síndrome da citarabina: caracteriza-se por febre, mialgia (dor muscular), dor óssea, ocasionalmente dor torácica,
rash maculopapular (com formação de manchas vermelhas e lesões elevadas na pele), conjuntivite (inflamação
ou infecção da membrana que cobre o olho) e mal-estar. Geralmente ocorre 6-12 horas após a administração do
medicamento. Os corticosteroides mostraram ser benéficos no tratamento ou prevenção dessa síndrome. Se os
sintomas forem considerados tratáveis, o uso de corticosteroides deve ser considerado, assim como a
continuação da terapia com Aracytin® CS.
As reações adversas relatadas são listadas abaixo pela Classe de Sistema de Orgãos MedDRA e por frequência.
As frequências são definidas como: Muito comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento), Comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), Incomuns
(ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento), Raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos
pacientes que utilizam este medicamento) e desconhecidas (não podem ser estimadas a partir dos dados
disponíveis).
Infecções e Infestações:
Muito comuns: pneumonia, sepse (infecção grave), infecção (pode ser leve, mas pode ser severa e por vezes
fatal).
Desconhecidas: celulite (inflamação da pele e do tecido subcutâneo – abaixo da pele) no local da injeção.
Distúrbios do Sangue e Sistema Linfático:
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Muito comuns: insuficiência da medula óssea (mau funcionamento do órgão do corpo responsável pela produção
de células do sangue), trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas), anemia
(diminuição da quantidade de células vermelhas do sangue: hemácias), anemia megaloblástica (tipo de anemia
em que tamanho das células vermelhas do sangue é maior que o normal), leucopenia (redução de células de
defesa no sangue), diminuição na contagem de reticulócitos (células vermelhas jovens).
Distúrbios do Sistema Imunológico:
Desconhecidas: anafilaxia (reação alérgica grave), edema (inchaço) alérgico.
Distúrbios da Nutrição e Metabolismo:
Desconhecidas: diminuição do apetite.
Distúrbios do Sistema Nervoso:
Desconhecidas: neurite (inflamação de um nervo) ou neurotoxicidade (efeito tóxico sobre o sistema nervoso),
tonturas, cefaleia (dor de cabeça).
Distúrbio Ocular:
Desconhecidas: conjuntivite (inflamação ou infecção da membrana que cobre o olho), que pode ocorrer com
erupções ou pode ser hemorrágica com terapia em alta dose.
Distúrbio Cardíaco:
Desconhecidas: pericardite (inflamação do pericárdio – membrana que recobre o coração).
Distúrbio Vascular:
Desconhecidas: tromboflebite (formação de um coágulo dentro de uma veia, com inflamação desta veia).
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais (região situada entre o coração e os pulmões):
Desconhecidas: falta de ar, dor de garganta.
Distúrbios Gastrintestinais:
Muito comuns: estomatite (inflamação da mucosa da boca), dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos, ulceração
oral, inflamação ou úlcera (ferida) anal (do ânus).
Desconhecidas: pancreatite (inflamação no pâncreas), ulceração esofágica (formação de úlceras no esôfago),
esofagite (inflamação do esôfago).
Distúrbios Hepatobiliares:
Muito comuns: disfunção hepática.
Desconhecidas: icterícia (coloração amarelada da pele e mucosas por acúmulo de pigmentos biliares).
Distúrbios da Pele e Tecido Subcutâneo:
Muito comuns: alopecia (perda de cabelo), rash.
Comuns: ulceração cutânea.
Desconhecidas: síndrome eritrodisestesia palmo-plantar, (vermelhidão das mãos e pés com alteração da
sensibilidade) sardas, prurido (coceira), urticária (alergia da pele).
Distúrbios dos tecidos musculoesquelético e conjuntivo:
Muito comuns: síndrome da citarabina. (ver item 8 “Distúrbios dos tecidos musculoesquelético e conjuntivo”)
Distúrbios Renais e Urinários:
Desconhecidas: disfunção renal, retenção urinária (dificuldade para urinar).
Distúrbios Gerais e Condição do Local da Administração:
Muito comuns: febre.
Desconhecidas: sangramento, dores articulares, dor torácica, reações no local da injeção (dor e inflamação nos
locais de injeções subcutâneas).
Investigações:
Muito comuns: biópsia de medula óssea anormal (exame do órgão do corpo que produz as células do sangue),
teste de esfregaço sanguíneo anormal. (tipo de exame de sangue obtido diretamente do órgão produtor das
células sanguíneas).
Reações Adversas relatadas em Associação com Terapia em Altas Doses:
Infecções e infestações:
Desconhecidas: abscesso (coleção de pus) no fígado.
Distúrbios Psiquiátricos:
Desconhecidas: mudanças na personalidade (mudança de personalidade foi relatada em associação com
disfunção cerebral e cerebelar).
Muito comuns: disfunções cerebrais e cerebelares (no cerebelo), sonolência.
Desconhecidas: coma, convulsão, neuropatia periférica motora e neuropatia periférica sensorial.
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Muito comuns: distúrbios da córnea (membrana transparente da frente do olho).
Desconhecidas: cardiomiopatia (lesões do músculo do coração) seguidas de morte.
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais:
Muito comuns: síndrome de angústia respiratória aguda (doença dos pulmões que causa falta de ar intensa),
edema pulmonar (presença de liquido no tecido pulmonar que leva a falta de ar intensa).
Comuns: colite necrosante (inflamação grave e fulminante do intestino grosso).
Desconhecidas: necrose gastrintestinal (falta de oxigênio para os tecidos do estomago e intestinos que leva a
morte desses tecidos), úlcera (ferida) gastrintestinal, pneumatose intestinal (presença de gás na parede do
intestino), peritonite (inflamação do tecido que recobre os órgãos do abdômen).
Desconhecidas: dano hepático (no fígado), hiperbilirrubinemia (grande quantidade de substâncias biliares no
sangue).
Comuns: esfoliação da pele (descamação da pele).
Outras Reações Adversas
Uma pneumonite intersticial difusa (inflamação dos pulmões), sem causa evidente, que pode ter sido relacionada
ao uso de Aracytin® CS foi relatada por pacientes tratados com doses experimentais intermediárias de
Aracytin® CS (1 g/m2
) com e sem outros agentes quimioterápicos (meta-AMSA, daunorrubicina, VP-16).
Relatou-se uma síndrome de angústia respiratória súbita rapidamente progredindo para edema pulmonar e
cardiomegalia (aumento do coração) evidente radiologicamente (por exame de imagem) , após a administração
experimental de Aracytin® CS em altas doses, no tratamento de recidiva de leucemia; resultados fatais foram
relatados para esta síndrome.
Uso Intratecal
As reações adversas mais frequentemente reportadas após a administração intratecal foram náusea, vômito e
febre; estas reações foram leves e autolimitadas (que desaparecem espontaneamente). Foi reportado ainda
paraplegia (perda de controle e sensibilidade nos membros inferiores). A leucoencefalopatia necrosante (doença
caracterizada por inflamação progressiva em várias áreas do cérebro) com ou sem convulsão foi relatada; em
alguns destes casos os pacientes estavam sendo tratados com metotrexato e/ou hidrocortisona também por via
intratecal e através de irradiação do sistema nervoso central. Neutoxicidade isolada foi relatada. Ocorreu
cegueira em 2 pacientes em remissão, cujos tratamentos consistiam da combinação sistêmica de quimioterápicos,
irradiação profilática do sistema nervoso central e uso de Aracytin® CS por via intratecal.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo
uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
MEDICAMENTO?
Não existe antídoto para uma superdosagem de Aracytin® CS.
A administração de 12 doses de 4,5 g/m2
, por infusão intravenosa, durante 1 hora, a cada 12 horas, causou um
aumento inaceitável e toxicidade irreversível do sistema nervoso central e morte.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a
embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.
LLD_ARCSOI_05 9
13/mai/2014
III - DIZERES LEGAIS
MS - 1.0216.0143
Farmacêutico Responsável: José Cláudio Bumerad – CRF-SP n° 43746
Registrado por:
Laboratórios Pfizer Ltda.
Av. Presidente Tancredo de Almeida Neves, 1555
CEP 07112-070 – Guarulhos – SP
CNPJ nº 46.070.868/0001-69
Fabricado e Embalado por:
Pfizer (Perth) Pty Ltd
Bentley – Austrália
Importado por:
Rodovia Presidente Castelo Branco, Km 32,5
CEP 06696-000 – Itapevi – SP
CNPJ nº 46.070.868/0036-99
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
USO RESTRITO A HOSPITAIS.
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO.
ARCSOI_05
HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES DE BULA
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
N°. do
Assunto
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
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