Bula do Aristab produzido pelo laboratorio Aché Laboratórios Farmacêuticos S.a.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
ARISTAB
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Comprimidos
10mg, 15mg, 20mg e 30mg
ARISTAB_BU06_VP
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
aripiprazol
comprimidos
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 10 mg. Embalagens com 10, 30 e 500 comprimidos.
Comprimidos de 15 mg. Embalagens com 10, 30 e 500 comprimidos.
Comprimidos de 20 mg. Embalagens com 10, 30 e 500 comprimidos.
Comprimidos de 30 mg. Embalagens com 10, 30 e 500 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de ARISTAB 10 mg contém:
aripiprazol ...........................................................................................................…….... 10 mg.
Excipientes: celulose microcristalina, lactose monoidratada, amido, hiprolose, estearato de
magnésio e corante óxido de ferro vermelho.
Cada comprimido de ARISTAB 15 mg contém:
aripiprazol ...........................................................................................................…….... 15 mg.
magnésio e corante óxido de ferro amarelo.
Cada comprimido de ARISTAB 20 mg contém:
aripiprazol .............................................................................…….................................. 20 mg.
Excipientes: celulose microcristalina, lactose monoidratada, amido, hiprolose e estearato de
magnésio.
Cada comprimido de ARISTAB 30 mg contém:
aripiprazol ...........................................................................................................…….... 30 mg.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Esquizofrenia
ARISTAB é indicado para o tratamento de esquizofrenia.
Transtorno Bipolar
- Monoterapia
ARISTAB é indicado para o tratamento agudo e de manutenção de episódios de mania e
mistos associados ao transtorno bipolar do tipo I.
BULA PARA PACIENTE
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- Terapia Adjuntiva
ARISTAB é indicado como terapia adjuntiva ao lítio ou valproato para o tratamento agudo de
episódios de mania ou mistos associados ao transtorno bipolar do tipo I.
O mecanismo de ação do aripiprazol, como ocorre com outras drogas eficazes no
tratamento de esquizofrenia e transtorno bipolar, é desconhecido. No entanto, foi proposto
que a eficácia do aripiprazol é mediada por efeitos em receptores no sistema nervoso
central.
A atividade de ARISTAB é principalmente devida à droga inalterada, aripiprazol, e em menor
medida ao seu metabólito principal, dehidro-aripiprazol.
Você não deve usar ARISTAB se for hipersensível ao aripiprazol (substância ativa de
ARISTAB) ou qualquer um dos seus excipientes. As reações podem variar de
prurido/urticária à anafilaxia.
4. O QUE DEVO SABER ANTES DE UTILIZAR ESTE MEDICAMENTO?
Uso em pacientes idosos com psicose associada à demência
- Aumento da mortalidade em pacientes idosos com psicose associada à demência
Os pacientes idosos com psicose associada à demência tratados com drogas antipsicóticas
correm maior risco de morte. Apesar das causas das mortes serem variadas, a maioria dos
óbitos pareceu ser de natureza cardiovascular (como insuficiência cardíaca, morte súbita) ou
infecciosa (como pneumonia).
- Eventos adversos cardiovasculares, incluindo AVC
Nos estudos clínicos, houve uma incidência elevada de eventos adversos cardiovasculares
(como AVC, ataque isquêmico transitório), incluindo fatalidades (idade média: 84 anos;
faixa: 78-88 anos).
- Experiência de segurança em pacientes idosos com psicose associada ao Mal de
Alzheimer
Nos estudos, pacientes com idade média de 82,4 anos (faixa: 56-99 anos), os eventos
adversos emergentes do tratamento que foram letargia, sonolência (incluindo sedação) e
incontinência (principalmente incontinência urinária), salivação excessiva e tontura.
A segurança e a eficácia de aripiprazol no tratamento de pacientes com psicose associada à
demência não foram estabelecidas. O médico deverá ter cautela caso decida tratar estes
pacientes, especialmente quanto à ocorrência de dificuldade em engolir ou sonolência
excessiva, o que poderia levar a ferimentos ou aspiração acidental.
Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM)
Um complexo de sintomas potencialmente fatal ocasionalmente chamado de Síndrome
Neuroléptica Maligna (SNM) pode ocorrer com a administração de drogas antipsicóticas,
incluindo aripiprazol. Casos raros de SNM ocorreram durante o tratamento com aripiprazol
na base de dados clínica mundial. As manifestações clínicas da SNM são hipertermia,
rigidez muscular, estado mental alterado e evidência de instabilidade autonômica (pulso ou
pressão arterial irregular, taquicardia, diaforese e arritmia cardíaca). Sinais adicionais podem
incluir creatinofosfoquinase elevada, mioglobinúria (rabdomiólise) e insuficiência renal
aguda.
Se você precisar de tratamento com uma droga antipsicótica após se recuperar da SNM,
seu médico deverá considerar com cautela a reintrodução de terapia. Você deverá ser
monitorado cuidadosamente, já que recidivas de SNM têm sido relatadas.
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Discinesia Tardia
A síndrome de movimentos potencialmente involuntários e irreversíveis pode ser
desenvolvida por pacientes tratados com drogas antipsicóticas. Apesar de aparentemente
haver maior prevalência dessa síndrome entre idosos, especialmente mulheres idosas, é
impossível confiar em estimativas de prevalência para prever, na introdução do tratamento
antipsicótico, quais pacientes tem maior chance de desenvolver a síndrome.
Seu médico deve prescrever ARISTAB de forma que seja mais provável minimizar a
ocorrência de discinesia tardia.
Se aparecerem sinais e sintomas de discinesia tardia, seu médico deverá considerar a
descontinuação de ARISTAB. No entanto, alguns pacientes talvez precisem do tratamento
com ARISTAB, independentemente da presença da síndrome.
Hiperglicemia (aumento de glicose no sangue) e Diabetes Mellitus
Foi relatada hiperglicemia, em alguns casos extrema e associada à cetoacidose ou coma
hiperosmolar ou morte, em pacientes tratados com antipsicóticos atípicos. Houve poucos
relatos de hiperglicemia em pacientes tratados com aripiprazol. A relação entre o uso de
antipsicóticos atípicos e eventos adversos relacionados à hiperglicemia não é totalmente
compreendida.
Estimativas precisas de risco para eventos adversos relacionados à hiperglicemia em
pacientes tratados com antipsicóticos atípicos não estão disponíveis.
Pacientes com diagnóstico estabelecido de diabetes mellitus que começaram a receber
antipsicóticos atípicos devem ser monitorados regularmente quanto à piora do controle
glicêmico.
Pacientes com fatores de risco para diabetes mellitus (como obesidade, histórico familiar de
diabetes) que estejam dando início ao tratamento com antipsicóticos atípicos devem se
submeter a testes de glicose sérica em jejum no início do tratamento e periodicamente
durante o tratamento.
Todos os pacientes tratados com antipsicóticos atípicos devem ser monitorados quanto a
sintomas de hiperglicemia, incluindo polidipsia, poliúria, polifagia e fraqueza. Pacientes que
desenvolverem sintomas de hiperglicemia durante o tratamento com antipsicóticos atípicos
devem se submeter a testes de glicose sérica em jejum.
Hipotensão Ortostática
A incidência de eventos relacionados à hipotensão ortostática nos estudos incluiu
hipotensão ortostática, tontura postural e síncope (desmaio).
O aripiprazol deve ser usado com cautela em pacientes com doença cardiovascular
conhecida (histórico de infarto do miocárdio ou doença cardíaca isquêmica, insuficiência
cardíaca ou anormalidades da condução), doença cerebrovascular ou condições que
poderiam predispor os pacientes à hipotensão (desidratação, hipovolemia e tratamento com
medicamentos antihipertensivos).
Leucopenia, Neutropenia e Agranulocitose
Nos estudos, e também após comercialização, têm sido relatados eventos de
leucopenia/neutropenia (diminuição das células brancas no sangue) relacionados
temporariamente a agentes antipsicóticos, incluindo aripiprazol. Também foi relatada
agranulocitose.
Fatores de risco possíveis incluem contagem de leucócitos preexistente baixa e histórico de
leucopenia/neutropenia induzidas pela droga. Seu médico deve monitorar seu hemograma
completo (CBC) frequentemente durante os primeiros meses de terapia e se houver queda
clinicamente significativa de células brancas, poderá interromper a terapia. Pacientes com
neutropenia devem ser monitorados quanto à febre ou outros sinais ou sintomas de infecção
e tratados imediatamente, se tais sintomas ou sinais ocorrerem. Pacientes com neutropenia
grave devem descontinuar ARISTAB.
Convulsões
Como ocorre com outras drogas antipsicóticas, o aripiprazol deve ser utilizado com cautela
em pacientes com histórico de convulsões.
Potencial para comprometimento cognitivo ou motor
ARISTAB, como outros antipsicóticos, pode comprometer potencialmente as habilidades de
julgamento, pensamento ou motoras. Sonolência foi relatada nos estudos.
Não utilize máquinas perigosas, incluindo automóveis, até que você tenha certeza razoável
de que a terapia com ARISTAB não o prejudica.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois
sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Regulação da temperatura corporal
Recomenda-se atenção adequada na prescrição de aripiprazol para pacientes que passarão
por situações que possam contribuir para uma elevação na temperatura corporal central
como exercício extenuante, exposição a calor extremo, administração concomitante de
medicamento com atividade anticolinérgica, ou sujeição à desidratação.
Suicídio
Uma supervisão cuidadosa de pacientes de alto risco deve ser realizada durante a terapia.
Deve-se prescrever ARISTAB na menor quantidade consistente com o controle eficaz do
paciente de modo a reduzir o risco de superdosagem.
Disfagia
A falta de motilidade do esôfago e aspiração tem sido associadas ao uso de drogas
antipsicóticas, incluindo ARISTAB. O aripiprazol e outras drogas psicóticas devem ser
utilizados com cuidado em pacientes com risco de pneumonia por aspiração.
Uso em pacientes com enfermidade concomitantes
A experiência clínica com aripiprazol em pacientes com certas enfermidades sistêmicas
concomitantes é limitada. O aripiprazol não foi avaliado ou utilizado em uma extensão
considerável em pacientes com histórico recente de infarto do miocárdio ou doença cardíaca
instável.
Abuso e dependência
Aripiprazol não foi estudado sistematicamente em humanos com relação ao seu potencial de
abuso, tolerância ou dependência física. Em estudos de dependência física em macacos,
sintomas de abstinência foram observados mediante a interrupção abrupta da
administração.
Uso em populações específicas
- Gravidez
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. É desconhecido se
aripiprazol pode causar danos ao feto quando administrado a uma mulher grávida ou se
pode afetar a capacidade reprodutiva. Se a mãe de um recém nascido utilizou
medicamentos antipsicóticos durante o terceiro trimestre de gravidez, ele apresenta o risco
para sintomas extrapiramidais e/ou de abstinência após o parto. Pacientes devem informar
ao médico se engravidarem ou se pretendem engravidar durante o tratamento com
aripiprazol. ARISTAB deve ser utilizado durante a gravidez apenas se os benefícios
potenciais esperados compensarem o possível risco ao feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica.
- Trabalho de parto
O efeito de aripiprazol no trabalho de parto em humanos é desconhecido.
- Uso por lactantes
Aripiprazol é excretado no leite materno humano. As pacientes devem ser avisadas para
não amamentarem caso estejam em tratamento com aripiprazol.
- Uso pediátrico
Não há indicação aprovada para o uso de ARISTAB em pacientes pediátricos.
- Uso geriátrico
Não há recomendação de ajuste de dose para pacientes idosos.
Interações Medicamentosas
Em virtude dos efeitos principais de aripiprazol sobre o sistema nervoso central, deve-se ter
cautela quando ARISTAB for administrado em combinação com álcool ou outras drogas com
ação central.
Aripiprazol possui o potencial de intensificar os efeitos de certos agentes anti-hipertensivos.
- Potencial de outras drogas afetarem ARISTAB
As enzimas CYP3A4 e CYP2D6 são as moléculas do fígado responsáveis pelo metabolismo
de aripiprazol. Os agentes indutores (que aumentam a atividade) de CYP3A4 (como
carbamazepina) podem causar uma elevação no clearance (retirada do sangue) de
aripiprazol e redução no sangue. Inibidores (diminuem a atividade) de CYP3A4 (como
cetoconazol) ou CYP2D6 (como quinidina, fluoxetina ou paroxetina) podem inibir a
eliminação de aripiprazol e causar elevação no sangue. Seu médico poderá alterar a dose
de ARISTAB quando houver coadministração com estes medicamentos.
- Potencial de ARISTAB afetar outras drogas
Não foram observados efeitos de aripiprazol sobre a farmacocinética de lítio ou valproato.
- Álcool
Como ocorre com a maior parte dos medicamentos psicoativos, os pacientes devem ser
alertados para evitar ingerir álcool durante o tratamento com ARISTAB.
- Drogas sem interações clinicamente importantes com ARISTAB
Famotidina: não é necessário ajuste na dosagem de aripiprazol quando administrado
concomitantemente a famotidina.
Valproato, lítio, varfarina, omeprazol, lamotrigina e dextrometorfano: não é necessário ajuste
na dosagem quando administrados concomitantemente ao aripiprazol.
- Anormalidades em testes laboratoriais
Nos estudos, não houve diferenças medicamente importantes entre os grupos de aripiprazol
e placebo nas proporções de pacientes apresentando alterações potencial e clinicamente
significativas nos parâmetros de rotina de bioquímica sérica, hematologia ou análise de
urina. De maneira semelhante, não foram observadas diferenças entre aripiprazol e placebo
na incidência de descontinuações em razão de alterações na bioquímica sérica, hematologia
ou análise de urina em pacientes adultos. Não foram observadas diferenças medicamente
importantes entre os pacientes recebendo aripiprazol e aqueles recebendo placebo na
alteração média a partir da linha basal nos valores de prolactina, glicose em jejum,
triglicérides, HDL, LDL ou colesterol total.
- Alterações no ECG
Nos estudos não houve alterações potencialmente importantes nos parâmetros do ECG.
Aripiprazol foi associado a uma elevação mediana na frequência cardíaca de duas batidas
por minuto, em comparação à ausência de elevação entre pacientes recebendo placebo.
- Interação com nicotina
A avaliação farmacocinética (metabolismo) na população que recebeu aripiprazol não
revelou diferenças significativas entre fumantes e não fumantes.
- Interação com alimentos
ARISTAB pode ser administrado com ou sem alimentos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro
medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para
sua saúde.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas e organolépticas
10 mg: comprimido rosa, redondo, biconvexo, com vinco em uma das faces e liso na outra
face.
15 mg: comprimido amarelo, redondo, biconvexo, com vinco em uma das faces e liso na
outra face.
20 mg: comprimido branco, redondo, biconvexo, liso em ambas as faces.
30 mg: comprimido vermelho, redondo, biconvexo, liso em ambas as faces.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de
validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para
saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Esquizofrenia
A dose de início e a dose-alvo recomendadas para ARISTAB é de 10 mg/dia ou 15 mg/dia
uma vez ao dia, independente das refeições. Em geral, os aumentos na dosagem não
devem ser feitos antes de duas semanas, o tempo necessário para se atingir o estado de
equilíbrio.
Tratamento de Manutenção: Seu médico deverá reavaliá-lo periodicamente, para
determinar a necessidade de continuar com o tratamento de manutenção.
- Troca de outros antipsicóticos
A descontinuação imediata do tratamento antipsicótico anterior pode ser aceitável para
alguns pacientes com esquizofrenia, a descontinuação mais gradual pode ser mais
adequada para os demais pacientes. Em todos os casos, o período de sobreposição da
administração dos antipsicóticos deve ser minimizado.
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Transtorno Bipolar
A dose de início e a dose-alvo recomendada é de 15 mg uma vez ao dia como monoterapia
ou como terapia adjuntiva com lítio ou valproato. A dose pode ser elevada para 30 mg/dia
com base na resposta clínica. A segurança das doses superiores a 30 mg/dia não foi
avaliada em estudos clínicos.
Tratamento de Manutenção: Seu médico deverá reavaliá-lo periodicamente para
Ajuste da Dosagem
Ajustes da dosagem em adultos não são habitualmente indicados de acordo com a idade,
sexo, raça ou estado da insuficiência renal ou hepática.
Seu médico poderá ajustar a dose de ARISTAB se você estiver utilizando
concomitantemente outros medicamentos que alterem a concentração de ARISTAB no seu
organismo.
Atenção: Não há estudos sobre os efeitos dos comprimidos de ARISTAB administrados por
vias não recomendadas. Dessa forma, para a segurança e eficácia da apresentação, a
administração deve ser feita apenas por via oral.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a
duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.
Se você esqueceu de tomar ARISTAB, você deve tomá-lo assim que lembrar, mas não tome
duas doses no mesmo dia.
Em caso de dúvidas, procure orientação de seu médico.
As reações adversas mais comuns em pacientes adultos em estudos clínicos (≥ 10%) foram
náusea, vômito, constipação, cefaleia, vertigem, acatisia, ansiedade, insônia e inquietação.
Os eventos adversos durante a exposição foram obtidos por meio da coleta voluntária de
eventos adversos, bem como resultados de exames físicos, sinais vitais, pesos, análises
laboratoriais e ECG.
As frequências declaradas das reações adversas representam a proporção de indivíduos
que apresentaram no mínimo uma vez o evento adverso emergente do tratamento do tipo
listado. Um evento foi considerado emergente do tratamento se ocorreu pela primeira vez ou
piorou enquanto o paciente recebia a terapia após a avaliação da linha basal. Não se
procurou utilizar as avaliações de causalidade segundo o investigador, ou seja, todos os
eventos que atendiam aos critérios, independentemente da causalidade segundo o
investigador, foram incluídos.
As reações adversas são relatadas ao longo desta seção. São eventos adversos que foram
considerados razoavelmente associados ao uso de ARISTAB (reações medicamentosas
adversas), com base na avaliação abrangente das informações disponíveis sobre o evento
adverso. Uma associação causal com ARISTAB geralmente não pode ser estabelecida com
segurança em casos individuais.
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Os valores nas tabelas e tabulações não podem ser utilizados para prever a incidência de
efeitos colaterais no decorrer da prática médica normal, em que características do paciente
e outros fatores diferem daqueles que prevaleceram em estudos clínicos. De forma
semelhante, as frequências mencionadas não podem ser comparadas aos valores obtidos a
partir de outras investigações clínicas envolvendo outros tratamentos, utilizações e
investigadores. No entanto, os valores mencionados de fato fornecem ao médico
responsável pela prescrição algum fundamento para a estimativa da contribuição relativa de
fatores medicamentosos e não medicamentosos à incidência de reações adversas na
população estudada.
Experiência de estudos clínicos
Esquizofrenia
- Reações adversas comumente observadas
A única reação adversa mais frequentemente observada associada ao uso de aripiprazol em
pacientes com esquizofrenia foi acatisia (inquietação interna).
Mania Bipolar
- Monoterapia
As reações adversas mais frequentemente observadas associadas ao uso de aripiprazol em
pacientes com mania bipolar foram: acatisia, sedação, inquietação, tremores e distúrbio
extrapiramidal.
- Reações adversas menos comuns
Reações adversas menos comuns que ocorreram durante a terapia aguda (até seis
semanas em esquizofrenia e até três semanas em mania bipolar) foram:
Distúrbios oculares: visão embaçada.
Distúrbios gastrointestinais: náusea, constipação, vômito, dispepsia, boca seca, dor de
dente,desconforto abdominal e desconforto estomacal.
Distúrbios gerais: fadiga e dor.
Distúrbio musculoesquelético e do tecido conjuntivo: rigidez musculoesquelética, dor
nas extremidades, mialgia e espasmos musculares.
Distúrbios do sistema nervoso: cefaléia, vertigem, acatisia, sedação, distúrbio
extrapiramidal, tremores e sonolência.
Transtornos psiquiátricos: agitação, insônia, ansiedade e inquietação.
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: dor faringolaríngea e tosse.
Um exame dos subgrupos de população não revelou nenhuma evidência clara de incidência
diferencial de reação adversa com relação à idade, sexo ou raça.
- Terapia adjuntiva com mania bipolar
As reações medicamentosas adversas mais comuns associadas à descontinuação em
pacientes tratados com aripiprazol em terapia adjuntiva, em comparação a pacientes
tratados com placebo em terapia adjuntiva, foram acatisia e tremores.
As reações adversas mais frequentemente observadas associadas ao aripiprazol em terapia
adjuntiva e lítio ou valproato em pacientes com mania bipolar foram: acatisia, insônia e
distúrbio extrapiramidal.
As Reações adversas que ocorreram durante a terapia aguda (até seis semanas), incluindo
apenas aquelas reações que ocorreram em, no mínimo, 2% dos pacientes tratados com
aripiprazol em terapia adjuntiva e lítio ou valproato foram:
Distúrbios gastrointestinais: náusea, vômito, hipersecreção salivar e boca seca.
Infecções e infestações: nasofaringite
Investigações: aumento de peso.
Distúrbios do sistema nervoso: acatisia, tremores, distúrbio extrapiramidal, vertigem e
sedação.
Transtornos psiquiátricos: insônia, ansiedade e inquietação.
Reações adversas relacionadas à dose
- Esquizofrenia
A única reação adversa possivelmente relacionada à dose, e mais notável apenas com 30
mg, foi sonolência [incluindo sedação].
- Sintomas extrapiramidais
Em estudos de esquizofrenia em adultos foram relatados eventos relacionados à síndrome
extrapiramidal e eventos relacionados à acatisia para pacientes tratados com aripiprazol.
Em estudos de mania bipolar em adultos foram relatados eventos relacionados à síndrome
extrapiramidal e eventos relacionados à acatisia para pacientes tratados com aripiprazol,
tanto na monoterapia quanto na terapia adjuntiva.
- Distonia
Sintomas de distonia, contrações anormais prolongadas de conjuntos de músculos, podem
ocorrer em indivíduos susceptíveis durante os primeiros dias de tratamento. Os sintomas da
distonia incluem: espasmos nos músculos do pescoço, algumas vezes progredindo para
compressão da garganta, dificuldade em engolir, dificuldade em respirar e/ou protrusão da
língua. Embora estes sintomas possam ocorrer em doses baixas, eles ocorrem mais
frequentemente e com maior gravidade sobconcentrações maiores e doses mais altas de
drogas antipsicóticas de primeira geração. Um risco elevado de distonia aguda é observado
em grupos de homens e indivíduos mais jovens.
- Ganho de Peso
Em estudos de quatro a seis semanas em adultos com esquizofrenia, houve uma leve
diferença no ganho de peso médio entre pacientes recebendo aripiprazol e placebo (+0,7 kg
versus -0,05 kg, respectivamente) e também foi observada diferença na proporção de
pacientes que atendiam ao critério de ganho de peso ≥ 7% do peso corporal [aripiprazol
(8%) comparado a placebo (3%)].
Em estudos de três semanas de monoterapia de aripiprazol em adultos com mania, o ganho
de peso médio para pacientes recebendo aripiprazol e placebo foi de 0,1 kg versus 0,0 kg,
respectivamente. A proporção de pacientes que atenderam ao critério de ganho de peso ≥
7% do peso corporal foi de 2% com aripiprazol em comparação a 3% com placebo. No
estudo de seis semanas em Mania com aripiprazol como terapia adjuntiva com lítio ou
valproato, o ganho de peso médio para os pacientes recebendo aripiprazol e placebo foi de
0,6 kg versus 0,2 kg, respectivamente. A proporção de pacientes que atenderam ao critério
de ganho de peso ≥ 7% do peso corporal foi de 3% com aripiprazol em comparação a 4%
com placebo em terapia adjuntiva.
Achados adicionais observados em estudos clínicos
- Reações adversas em estudo de longo prazo
As reações adversas relatadas em um estudo de 26 semanas, comparando aripiprazol e
placebo em pacientes com esquizofrenia, foram em geral consistentes com aquelas
relatadas em outros estudos de curto prazo e controlados por placebo, exceto por uma
incidência maior de tremores.
Neste estudo, a maioria dos casos de tremores teve intensidade leve, ocorreu no início da
terapia e apresentou duração limitada. Em casos raros, os tremores levaram à
descontinuação (<1%) de aripiprazol. Ademais, em um estudo de longo prazo (52 semanas),
ocorreu tremores em 5% dos indivíduos (40/859) para aripiprazol. Um perfil semelhante foi
observado em um estudo de longo prazo com transtorno bipolar.
- Outras reações adversas observadas durante a avaliação pré-comercialização de
aripiprazol
Abaixo pode ser encontrada uma relação das reações adversas relatadas por pacientes
tratados com aripiprazol durante qualquer fase de um estudo no banco de dados de 13.543
pacientes adultos. Todos os eventos avaliados como possíveis reações adversas foram
incluídos, exceto pelos eventos mais frequentes. Além disso, reações adversas médica ou
clinicamente significativas, em especial aquelas provavelmente mais úteis para o médico
responsável pela prescrição, ou que apresentam plausibilidade farmacológica, também
foram incluídas. Eventos já listados em outras partes da bula foram excluídos. Apesar de as
reações relatadas terem ocorrido durante o tratamento com aripiprazol, elas não foram
necessariamente causadas pelo medicamento.
Os eventos são, ainda, categorizados pela classe de sistemas de órgãos e listados em
frequência decrescente de acordo com as definições abaixo:
Comum (frequente): ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento (apenas aqueles ainda não listados nos resultados tabelados de estudos
controlados por placebo aparecem nessa relação);
Incomum (infrequente): ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este
medicamento;
Raro: ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento.
Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo: Incomuns – leucopenia (diminuição de um
tipo de células brancas do sangue), neutropenia (diminuição de um tipo de células brancas
do sangue), trombocitopenia (diminuição das plaquetas no sangue).
Distúrbios cardíacos: Incomuns – bradicardia (frequência cardíaca baixa), palpitações,
insuficiência cardiopulmonar, infarto do miocárdio, parada cardiorrespiratória, bloqueio
atrioventricular, extrassístoles, taquicardia sinusal, fibrilação atrial, angina pectoris, isquemia
miocárdica; Raros – flutter atrial, taquicardia supraventricular, taquicardia ventricular.
Distúrbios oculares: Incomuns – fotofobia (sensibilidade excessiva à luz), diplopia (visão
dupla), edema na pálpebra, fotopsia (visão de traços luminosos não existentes).
Distúrbios gastrointestinais: Incomuns – diarreia, doença do refluxo gastroesofágico,
língua inchada, esofagite; Raro – pancreatite.
Distúrbios gerais e condições no local de administração: Comuns – astenia (fraqueza),
edema periférico, dor no peito, pirexia (febre), irritabilidade; Incomuns – edema facial,
angioedema, sede; Raro – hipotermia (temperatura corpórea abaixo do normal).
Distúrbios hepatobiliares: Raros – hepatite, icterícia (coloração amarelada de pele e
mucosas).
Distúrbios do sistema imunológico: Incomum – hipersensibilidade.
Lesões, intoxicação e complicações do procedimento: Comum – queda; Incomum –
automutilação; Raro – insolação.
Investigações: Comuns - redução do peso, creatinofosfoquinase elevada; Incomuns –
enzima hepática elevada, glicose sérica elevada, prolactina sérica elevada, ureia sérica
elevada, prolongamento do QT no eletrocardiograma, creatinina sérica elevada, bilirrubina
sérica elevada; Raros – lactato desidrogenase sérico elevado, hemoglobina glicosilada
elevada, gama glutamil transferase elevada.
Distúrbios metabólicos e nutricionais: Comum – apetite reduzido; Incomuns –
hiperlipidemia, anorexia (disfunção alimentar), diabetes mellitus (incluindo insulina sérica
elevada, tolerância a carboidratos reduzida, diabetes mellitus não dependente de insulina,
tolerância à glicose prejudicada, glicosúria, glicose na urina, glicose presente na urina,
hiperglicemia (aumento da glicose no sangue), hipocalemia (diminuição do potássio no
sangue), hiponatremia (diminuição do sódio no sangue, hipoglicemia (diminuição da glicose
no sangue), polidipsia (sede excessiva); Raro – cetoacidose diabética (acúmulo de certos
ácidos no organismo).
Distúrbio musculoesquelético e do tecido conjuntivo: Incomuns – rigidez muscular,
fraqueza muscular, compressão muscular, mobilidade reduzida; Raro – rabdomiólise
(destruição muscular).
Distúrbios do sistema nervoso: Comuns – coordenação anormal, discinesia (dificuldade
nos movimentos voluntários); Incomuns – distúrbio na fala, parkinsonismo,
comprometimento da memória, rigidez de roda dentada, acidente vascular cerebral,
hipocinesia (lentificação de movimentos involuntários), discinesia tardia (movimentos
repetitivos involuntários), hipotonia (diminuição do tônus muscular), mioclonia (contração
muscular brusca, involuntária e de brevíssima duração), hipertonia (aumento anormal do
tônus muscular), acinesia (perda completa dos movimentos involuntários), bradicinesia
(movimentos lentos ou retardados); Raros – convulsão de grande mal, coreoatetose
(associação de movimentos involuntários).
Transtornos psiquiátricos: Comum – ideação suicida; Incomuns – agressividade, perda da
libido, tentativa de suicídio, hostilidade, libido elevada, raiva, anorgasmia, delírios,
automutilação intencional, suicídio concluído, tique, ideação homicida; Raros – catatonia,
sonambulismo.
Distúrbios renais e urinários: Incomuns – retenção urinária, poliúria (aumento do volume
de urina), noctúria (eliminação excessiva de urina durante a noite).
Distúrbios do sistema reprodutor e das mamas: Incomuns – menstruação irregular,
disfunção erétil, amenorreia (ausência de menstruação), dor nas mamas; Raros –
ginecomastia (crescimento das mamas nos homens), priapismo (ereção persistente).
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: Comuns – congestão nasal, dispneia
(falta de ar), pneumonia por aspiração.
Distúrbios cutâneos e subcutâneos: Comuns – rash (incluindo rash eritematoso,
esfoliativo, generalizado, macular, maculopapular, papular; dermatite acneiforme, alérgica,
de contato, esfoliativa, seborréica, neurodermatite e erupção medicamentosa), hiperidrose
(transpiração anormalmente aumentada); Incomuns – prurido, reação fotossensível,
alopecia (queda dos cabelos), urticária.
Distúrbios vasculares: Comum – hipertensão (aumento da pressão arterial); Incomum –
hipotensão (pressão arterial baixa).
Experiência pós-comercialização
As reações adversas abaixo foram identificadas durante o uso após a aprovação de
aripiprazol. Em razão de essas reações serem relatadas voluntariamente por uma
população de tamanho indeterminado, nem sempre é possível estabelecer uma relação
causal com a exposição à droga: ocorrências raras de reação alérgica (reação anafilática,
angioedema, laringoespasmo, prurido/uticária ou espasmo orofaríngeo) e oscilação da
glicose sérica.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo
uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.