Bula do Asercit produzido pelo laboratorio Fresenius Kabi Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Asercit BU 04 PS
jun/14
ASERCIT
Fresenius Kabi
Pó liófilo injetável
100 e 200 mg
dacarbazina
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES:
100 mg. Embalagem com 1 frasco-ampola.
200 mg. Embalagem com 1 frasco-ampola.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS DE IDADE
COMPOSIÇÃO:
Cada frasco-ampola de ASERCIT (dacarbazina) 100 mg contém:
dacarbazina............................................................................. 100 mg
excipientes* q.s.p..................................................................... 1 frasco-ampola
*Excipientes: ácido cítrico, manitol.
Cada frasco-ampola de ASERCIT (dacarbazina) 200 mg contém:
dacarbazina............................................................................. 200 mg
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
ASERCIT (dacarbazina) é indicado no tratamento de melanoma maligno metastático. Além disto,
ASERCIT (dacarbazina) é indicado na doença de Hodgkin, como uma terapia de segunda linha, quando
em combinação com outros agentes eficazes.
• Melanoma maligno
A eficácia da dacarbazina no tratamento do melanoma metastático foi avaliada em vários estudos clínicos.
Segundo a revisão de Serrone e cols1
, a monoterapia com dacarbazina determina uma taxa de resposta
objetiva de aproximadamente 20%, com uma duração de resposta mediana de 5 (cinco) a 6 (seis) meses e
taxas de resposta completa de 5%.
No estudo de Middleton e cols.2
, a dacarbazina na dose inicial de 250 mg/m2
/dia durante 5 (cinco) dias a
cada 21 (vinte e um) dias foi administrada a 149 (cento e quarenta e nove) pacientes ≥ 18 (dezoito) anos
de idade portadores de melanoma metastático avançado cirurgicamente irresecável. Os pacientes
deveriam ter doença mensurável e performance status (OMS) ≤ 2. Foram excluídos pacientes que já
haviam recebido tratamento prévio para doença metastática (exceto radioterapia local), ou que
apresentavam metástases em sistema nervoso central (SNC). Na população com intenção de tratamento
(ITT), o tempo de sobrevida mediano foi de 6,4 meses e o tempo de sobrevida livre de progressão
mediano foi de 1,5 meses. Resposta completa (RC), parcial (RP) e estabilização da doença foram
observadas, respectivamente, em 2,7%, 9,4% e 15,8% dos pacientes tratados.
Dentre os pacientes respondedores (RC e RP), o tempo de sobrevida global mediano foi de 20 (vinte)
meses.
Vários estudos avaliaram regimes de quimioterapia, ou bioquimioterapia, contendo dacarbazina. Legha e
cols.3
analisaram a atividade antitumoral e a toxicidade do regime, contendo cisplatina (20 mg/m2
/d por 4
(quatro) dias), vinblastina (1,6 mg/m2
/d por 4 (quatro) dias) e dacarbazina (800 mg/m2
IV no dia 1 (um))
em combinação com interferon alfa (5 x 106
U/m2
/d SC por 5 dias) e interleucina-2 (9 x 106
UI/m2
/d IV
por infusão contínua, por 4 (quatro) dias), repetidos a intervalos de 21 (vinte e um) dias, em 53 (cinquenta
e três) pacientes portadores de melanoma metastático com lesões mensuráveis, performance status
(ECOG) ≤ 2 e sem metástases sintomáticas em SNC. A resposta foi avaliada após dois ciclos, e os
pacientes que responderam continuaram o tratamento até um total de seis ciclos. Onze pacientes (21%)
alcançaram RC e 23 (vinte e três) pacientes (43%) alcançaram RP, totalizando 64% de resposta objetiva
global, a qual teve duração mediana de 6,5 meses. Considerando-se todos os pacientes, o tempo mediano
para progressão da doença foi de 5 (cinco) meses e a sobrevida mediana foi de 11,8 meses.
Eton e cols.4
realizaram um estudo clínico de fase III para comparar os efeitos da quimioterapia com
cisplatina, na dose de 20 mg/m2
, nos dias 1- 4 e 22-25, vinblastina na dose de 2 mg/m2
nos dias 1-4 e 22-
25 e dacarbazina 800 mg/m2
nos dias 1 e 22 (CVD), com aqueles da bioquimioterapia sequencial, que
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consistia no regime CVD (com vinblastina na dose de 1,5 mg/m2
) mais interleucina-2 administrada como
infusão contínua em 24 (vinte e quatro) horas, na dose de 9 MUI/m2
, nos dias 5-8, 17-20 e 26-29 e
interferon alfa-2b, na dose de 5 MU/m2
SC, nos dias 5-9, 17-21 e 26-30. Cada curso de tratamento
consistia de dois ciclos de 21 (vinte e um) dias de quimioterapia dados em um período de 6 (seis)
semanas. Os pacientes foram avaliados a cada 6 (seis) semanas e aqueles com evidência de redução
tumoral repetiam o tratamento. Dentre os 190 (cento e noventa) pacientes incluídos, 91 (noventa e um)
foram avaliáveis para o regime de bioquimioterapia e 92 (noventa e dois) para o regime de quimioterapia.
As taxas de resposta foram de 48% para a bioquimioterapia e 25% para a quimioterapia (p=0,001),
enquanto o tempo para progressão mediano foi de 4,9 e 2,4 meses, e a sobrevida mediana foi de 11,9 e 9,2
meses, respectivamente. Naqueles pacientes que apresentaram RC ou RP ao tratamento, a sobrevida
mediana foi de 18,7 meses no grupo que recebeu bioquimioterapia e 15,4 meses no grupo que recebeu
quimioterapia.
Atkins e cols.5
randomizaram 395 (trezentos e noventa e cinco) pacientes portadores de melanoma
metastático progressivo com doença mensurável e com performance status (ECOG) < 2 para receber o
regime CVD (cisplatina 20 mg/m2
/d nos dias 1-4; vinblastina 1,2 mg/m2
/d nos dias 1-4; dacarbazina 800
mg/m2
no dia 1; n=195) isoladamente, ou em combinação com interleucina-2 (9 MUI/m2
nos dias 1-4) e
interferon alfa-2b (5 MU/m2
nos dias 1-5, 8, 10 e 12; n=200) a cada 21 (vinte e um) dias por um máximo
de quatro ciclos. A resposta tumoral foi avaliada após os ciclos 2 (dois) e 4 (quatro) e, a seguir, a cada 3
(três) meses. A taxa de resposta foi de 19,5% no grupo que recebeu bioquimioterapia, e 13,8% no grupo
CVD (p =0,140). A sobrevida livre de progressão mediana foi significativamente mais longa com o
regime de bioquimioterapia que com o regime CVD (4,8 versus 2,9 meses; p = 0,015), embora isso não
tenha se traduzido em vantagem na sobrevida global mediana (9,0 versus 8,7 meses), ou na porcentagem
de pacientes vivos após 1 (um) ano (41% versus 36,9%).
• Doença de Hodgkin:
A eficácia da dacarbazina, como parte do regime ABVD, foi avaliada em vários estudos clínicos, no
tratamento da Doença de Hodgkin. Duggan e cols6
compararam o regime que alterna os esquemas MOPP
(mecloretamina, vincristina, procarbazina e prednisona) e ABV (MOPP/ABV) com o regime ABVD
(doxorubicina 25 mg/m2
, bleomicina 10 mg/m2
, vinblastina 6 mg/m2
e dacarbazina 375 mg/m2
nos dias 1
e 15) isoladamente em portadores de Doença de Hodgkin avançada. Um total de 856 (oitocentos e
cinquenta e seis) pacientes com doença histologicamente confirmada nos estádios III2A, IIIB, ou IV, ou
que haviam experimentado recidiva após radioterapia foram randomizados para uma das duas
modalidades de tratamento. As taxas de remissão completa (76% versus 80%), sobrevida livre de falência
em 5 (cinco) anos (63% versus 66%) e sobrevida global em 5 (cinco) anos (82% versus 81%) foram
semelhantes entre os grupos ABVD e MOPP/ABV, respectivamente. Uma vez que o regime MOPP/ABV
foi associado com maior incidência de toxicidade aguda pulmonar e hematológica (efeitos adversos de
outras drogas antineoplásicas), síndrome mielodisplásica e leucemia, os autores concluíram que o regime
ABVD deveria ser considerado o regime padrão no tratamento da doença de Hodgkin avançada.
Straus e cols7
tiveram como objetivo determinar se a combinação de quimioterapia e radioterapia (terapia
combinada) era superior à quimioterapia isoladamente em portadores de Doença de Hodgkin nos estádios
IA, IB, IIA, IIB e IIIA sem massa tumoral. Os pacientes foram randomizados para receber seis ciclos do
regime ABVD a cada 28 (vinte e oito) dias isoladamente ou seguido de radioterapia (3600 cGy). Dos 69
(sessenta e nove) pacientes avaliáveis em cada grupo, 94% alcançaram remissão completa. Em 60
(sessenta) meses, a duração da remissão completa e sobrevida global no grupo de terapia combinada
versus ABVD isoladamente foram 91% versus 87% e 97% versus 90%, respectivamente, não se
evidenciando diferenças estatisticamente significativas entre as duas modalidades de tratamento.
Bonadonna e cols8
compararam o tratamento com quatro ciclos do regime ABVD seguido por irradiação
nodal subtotal, ou por radioterapia da área envolvida em 136 (cento e trinta e seis) pacientes, com doença
de Hodgkin nos estádios IA, IB e IIA. Remissão completa foi alcançada em 100% e 97% dos pacientes, e
as taxas de sobrevida global foram de 96% e 94%, respectivamente. Os autores concluíram que o regime
ABVD seguido por radioterapia da área envolvida pode ser considerado uma modalidade de tratamento
efetiva e segura na Doença de Hodgkin inicial.
Engert e cols9
compararam a terapia combinada (dois ciclos de ABVD seguidos por radioterapia
estendida) com a radioterapia estendida isoladamente em 650 (seiscentos e cinquenta) pacientes com
Doença de Hodgkin recém diagnosticada nos estádios IA a IIB. Após um período de observação mediano
de 87 (oitenta e sete) meses, não houve diferenças entre os dois grupos de tratamento, na taxa de RC
(95% e 94%, respectivamente) e na sobrevida global (92% e 94%, respectivamente); porém, houve mais
recidivas nos pacientes tratados apenas com radioterapia (22%) em relação aos que receberam terapia
combinada (3%), o que demonstrou que esta última é mais eficaz que a radioterapia isolada.
Os resultados do tratamento para Linfoma de Hodgkin em pediatria com esquemas quimioterápicos que
incluem a dacarbazina tem se mostrado animadores.
Weiner et al10
conduziram um estudo randomizado empregando 8 ciclos de MOPP (mostarda
nitrogenada, vincristina, procarbazina e prednisona) e ABVD (doxorrubicina, bleomicina, vinblastina e
dacarbazina), associado ou não a radioterapia em baixas doses, em 183 crianças e adolescentes com
estádio IIB, IIIA2, IIIB e IV. A remissão completa foi obtida em 90% dos casos após o término dos oito
ciclos de quimioterapia. A sobrevida livre de eventos e a sobrevida global estimadas em 5 anos foi de
79% e 92%, respectivamente. A sobrevida livre de eventos em 5 anos para o grupo que recebeu apenas
quimioterapia foi de 79%, enquanto para aqueles que receberam também radioterapia foi de 80%,
sugerindo que, com o advento da quimioterapia MOPP-ABVD, a radioterapia em baixas doses não
melhora a SLE e a SG nesses pacientes.
Estudo retrospectivo brasileiro avaliou 69 crianças entre 2 e 18 anos (mediada de 11 anos) com doença de
Hodgkin. Até 1996, a terapia utilizada era adriamicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina /
vincristina, procarbazina, prednisona e adriamicina (ABVD/OPPA). Após 1996, a terapia utilizada foi
ABVD. A sobrevida global com resposta completa foi de 94,2%, a SLE foi de 87% e a duração mediana
de seguimento de 82 meses (12-332 meses)11
.
A tabela abaixo compila os resultados do tratamento do linfoma de Hodgkin em pacientes pediátricos
com esquemas utilizando dacarbazina12
Tabela: Resultados do tratamento do linfoma de Hodgkin em pacientes pediátricos com esquemas
utilizando dacarbazina
Quimioterapia Radioterapia Estádio
No.
Pacientes
Sobrevida
livre de
eventos
livre
de doença Sobrevida
Stanford
3 MOPP/3ABVD Sim I–IV 57 96% — 93%
St. Jude
4–5 COP(P)/3–4
ABVD
Sim II–IV 85 — 93% 93%
Pediatric
Oncology
Group
4 MOPP/4ABVD Sim IIB,
IIIA2,
IIIB–IV
80 80% — 87%
IIIB, IV
62 77% — 91%
Children's
Cancer Group
6 ABVD Sim III–IV 54 87% — 90%
12 ABVD Sim III–IV 64 87% — 89%
SFOP MDH-82
4 ABVD Sim I–IIA 79 — 90% 92%
2 MOPP/2ABVD Sim I–IIA 67 — 87%
3 MOPP/3ABVD Sim I–II 31 — 89%
3 MOPP/3ABVD Sim III 40 — 82%
3 MOPP/3ABVD Sim IV 21 — 62%
Adaptado de Hudson MM, Onciu M e Donaldson SD. Hodgkin Disease. Pizzo PA, Poplack DG, (edis.).
Principles and practice of pediatric oncology. Philadelphia: Lippincott-Raven Publishers; 2010 acesso on
line
• Farmacodinâmica
Embora o mecanismo de ação exato da dacarbazina seja desconhecido, existem três hipóteses prováveis:
1 - inibição da síntese de DNA pela ação como um análogo de purina;
2 - ação como um agente alquilante;
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3 - interação com grupos SH.
• Farmacocinética
Após administração intravenosa de dacarbazina, o volume de distribuição excede o conteúdo total de água
corpórea, o que sugere a localização em alguns tecidos corpóreos, provavelmente o fígado. A curva de
desaparecimento no plasma é bifásica, com uma meia vida inicial de 19 (dezenove) minutos e uma meia-
vida terminal de 5 (cinco) horas. Em um paciente com disfunções hepática e renal, as meias-vidas foram
aumentadas para 55 (cinquenta e cinco) minutos e 7,2 horas, respectivamente.
A excreção cumulativa média de dacarbazina inalterada na urina é 40% da dose injetada em 6 (seis)
horas. A dacarbazina está mais sujeita à secreção tubular renal do que à filtração glomerular. Em
concentrações terapêuticas, a dacarbazina não se liga apreciavelmente às proteínas plasmáticas. No
homem, a dacarbazina é amplamente degradada. Além da dacarbazina inalterada, 5-aminoimidazol-4-
carboxamida (AIC) é o maior metabólito da dacarbazina excretado na urina.
O uso deste medicamento é contraindicado em caso de hipersensibilidade conhecida à dacarbazina e/ou
aos demais componentes da formulação.
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
A depressão hematopoiética é a toxicidade mais comum com dacarbazina e envolve primariamente os
leucócitos e plaquetas, embora anemia possa ocorrer algumas vezes. Leucopenia e trombocitopenia
podem ser suficientemente graves, para causar a morte. Uma depressão da medula óssea requer cuidadosa
monitorização das contagens de leucócitos, eritrócitos e plaquetas.
A toxicidade hematopoiética pode justificar uma suspensão temporária, ou interrupção da terapia com
ASERCIT (dacarbazina). Toxicidade hepática acompanhada por trombose da veia hepática e necrose
hepatocelular, resultando em morte, foi relatada. A incidência de tais reações foi baixa, aproximadamente
0,01% dos pacientes tratados. Esta toxicidade foi observada principalmente quando a dacarbazina foi
administrada concomitantemente, com outras medicações antineoplásicas; entretanto, foi também relatada
em alguns pacientes tratados somente com dacarbazina. Pode ocorrer anafilaxia após administração de
ASERCIT (dacarbazina).
Hospitalização não é sempre necessária; porém, exames laboratoriais adequados devem estar disponíveis.
O extravasamento subcutâneo da medicação durante a administração I.V. pode resultar em dano ao tecido
e dor de forte intensidade. Dor local, sensação de ardência e irritação no local de injeção podem ser
aliviados por aplicação local de compressa quente.
A carcinogenicidade da dacarbazina foi estudada em ratos e camundongos. Lesões endocárdicas
proliferativas, incluindo fibrocarcinomas e sarcomas, foram induzidas pela dacarbazina em ratos. Em
camundongos, a administração de dacarbazina resultou na ocorrência de angiosarcomas do baço.
É recomendado que ASERCIT (dacarbazina) seja administrado sob supervisão de um médico
qualificado com experiência no uso de agentes quimioterápicos. No tratamento de cada paciente, o
médico deve estudar cuidadosamente a possibilidade de atingir o benefício terapêutico contra o
risco de toxicidade.
A dacarbazina demonstrou ser teratogênica em ratos quando administrada em doses 20 (vinte) vezes a
dose diária humana no 12º dia de gestação. A dacarbazina, quando administrada em doses 10 (dez) vezes
superiores a humana em ratos machos (2 (duas) vezes por semana por 9 (nove) semanas) não afetou a
libido; contudo, as fêmeas acasaladas tiveram maior incidência de reabsorção que os controles. Em
coelhos, doses diárias de dacarbazina 7 (sete) vezes a dose diária humana administrada nos 6º - 15º dias
de gestação resultaram em anormalidade no esqueleto do feto. Não existiram estudos adequados e bem
controlados em mulheres grávidas.
A dacarbazina somente deve ser usada durante a gravidez se o benefício justificar o risco potencial para o
feto.
Não se sabe se este fármaco é excretado no leite humano. Devido a vários medicamentos serem
excretados no leite humano e ao potencial para tumorigenicidade demonstrada pela dacarbazina em
estudos em animais, deve ser tomada uma decisão entre continuar a amamentação, ou descontinuação do
fármaco, levando-se em conta a importância da medicação para a mãe.
Uso na gravidez
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Categoria de risco D: O fármaco demonstrou evidências positivas de risco fetal humano; no entanto, os
benefícios potenciais para a mulher podem, eventualmente, justificar o risco, como por exemplo, em
casos de doenças graves, ou que ameaçam a vida, e para as quais não existam outros fármacos mais
seguros.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas
A dacarbazina pode influenciar a habilidade de dirigir ou operar máquinas devido a seus efeitos sobre o
Existem relatos de que a dacarbazina, bem como outros antineoplásicos, pode afetar o comportamento de
vários fármacos, incluindo: digoxina, anticoagulantes orais, fenitoína, suxametônio, diminuição de
resposta a vacinas. A dacarbazina reduz os efeitos da levodopa. Por meio de efeito sinérgico, a
dacarbazina aumenta o risco de depressão da medula óssea, quando administrada concomitantemente com
placlitaxel, teniposídeo, topotecana e vinorelbina. Recomenda-se cautela quando dacarbazina for
administrada com algum desses medicamentos. A dacarbazina é metabolizada pelo citocromo P450
(CYP1A1, CYP1A2 e CYP2E1), o que deve ser levado em consideração se outros fármacos
metabolizados por essas enzimas hepáticas forem co-administradas. Também deve ser evitado o consumo
de erva de São João durante o tratamento com dacarbazina (pode causar fotossensibilidade).
Conservar em temperatura abaixo de 25° C. Proteger da luz.
Após reconstituição com água para injeção, o produto se mantém estável durante 8 (oito) horas se
armazenado em temperatura ambiente (15ºC – 30ºC) e durante 36 (trinta e seis) horas se armazenado sob
refrigeração (2ºC – 8ºC). A solução deve ser protegida da luz.
Após reconstituído, o produto poderá ser diluído em soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%. Após
diluição com soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%, o produto se mantém estável por 8 (oito) horas
se armazenado em temperatura ambiente (15ºC – 30ºC) e durante 24 (vinte e quatro) horas se armazenado
sob refrigeração (2ºC – 8ºC). A solução deve ser protegida da luz.
O prazo de validade do medicamento é de 24 (vinte e quatro) meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Este produto apresenta-se sob a forma de pó de cor branco marfim isento de partículas estranhas. Após
reconstituição, apresenta-se sob a forma de solução límpida, de cor amarelo pálido ou amarela e isenta de
partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os frascos ampolas de 100 mg e 200 mg devem ser reconstituídos com 9,9 mL e 19,7 mL,
respectivamente, de água para injeção USP (volumes finais de 10 mL e 20 mL, respectivamente). A
solução resultante apresenta pH de 3 a 4 e contém dacarbazina na concentração de 10 mg/mL. A dose
calculada da solução é retirada com uma seringa e administrada somente por via intravenosa. A solução
reconstituída pode ser diluída posteriormente, com 200 a 500 mL de soro glicosado a 5% ou soro
fisiológico 0,9% e administrada como uma infusão IV, durante um período de 30 (trinta) a 60 (sessenta)
minutos. Infusões rápidas podem causar irritação venosa. A concentração da solução de dacarbazina
infundida não pode ser maior do que 10 mg/mL.
Procedimento para o manuseio adequado e utilização de fármacos antineoplásicos devem ser
considerados. A solução de dacarbazina é quimicamente incompatível com heparina, hidrocortisona e L-
cisteína.
A dacarbazina não deve ser administrada por via oral, subcutânea, ou intramuscular, pois pode causar
lesões e dor intensa nos locais de aplicação.
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A reconstituição e o manuseio da dacarbazina devem ser feitos por pessoal especializado na manipulação
de fármacos antineoplásicos, que deverão usar vestimenta apropriada, como aventais, gorros, máscaras e
luvas descartáveis. Deverá ser designada uma área para reconstituição (preferivelmente sob um sistema
de fluxo laminar vertical) e a superfície de trabalho deverá ser protegida com papel absorvente
descartável. Todos os itens utilizados para reconstituição, administração, ou limpeza deverão ser
classificados de alto risco, devendo ser colocados em sacolas fechadas e incinerados. Funcionárias
grávidas deverão ser excluídas da manipulação com este fármaco. Se houver contato do produto com a
pele, lavar imediatamente com água e sabão. Se houver contato com membranas mucosas, lavar a região
com água.
Posologia
• Melanoma maligno:
A dosagem recomendada é de 2 a 4,5 mg/kg/dia IV por 10 dias. O tratamento pode ser repetido em
intervalos de 4 (quatro) semanas. Uma dosagem recomendada alternativa é de 250 mg/m2
dia IV por 5
(cinco) dias. O tratamento pode ser repetido a cada 3 (três) semanas.
• Doença de Hodgkin:
A dosagem recomendada de dacarbazina no tratamento da Doença de Hodgkin é 150 mg/m2
por 5 (cinco)
dias, em combinação com outros fármacos eficazes. O tratamento pode ser repetido a cada 4 (quatro)
semanas. Uma dosagem recomendada alternativa é de 375 mg/m2
, em combinação com outras doses
eficazes, nos dias 1 e 15 do curso de tratamento. O tratamento deve ser repetido a cada 4 (quatro)
semanas, contando a partir do dia 1 de tratamento.
Populações especiais:
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática leves, não é necessário ajuste de dose. Em pacientes
com insuficiência renal e hepática combinadas, a eliminação da dacarbazina é prolongada; no entanto,
não há reduções de doses validadas.
Uso em pacientes idosos
ASERCIT (dacarbazina) pode ser usada por pessoas acima de 65 (sessenta e cinco) anos de idade desde
que sejam observadas as precauções comuns ao produto.
Uso pediátrico (acima de dois anos de idade)
A dosagem recomendada de dacarbazina no tratamento da Doença de Hodgkin na população pediátrica é
de 375 mg/m2
, em combinação com outras doses eficazes, nos dias 1 e 15 do curso de tratamento. O
tratamento deve ser repetido a cada 4 (quatro) semanas, contando a partir do dia 1 de tratamento.
As reações tóxicas mais frequentemente observadas são sintomas de anorexia, náusea e vômito. Mais de
90% dos pacientes são afetados com as doses iniciais. Os vômitos persistem por 1 (um) – 12 (doze) horas
e são atenuados com fenobarbital e/ou proclorperazina. Raramente, em casos de náusea, ou vômito, houve
necessidade de descontinuação da terapia. É muito rara a ocorrência de casos de diarreia. Propõe-se a
restrição ao paciente da ingestão de alimentos por 4 (quatro) – 6 (seis) horas, antes do tratamento. A
rápida tolerância a esses sintomas sugere que um mecanismo do SNC possa estar envolvido, e geralmente
estes sintomas diminuem após o primeiro, ou segundo dia. Alguns pacientes experimentam sintomas
semelhantes à gripe, com febre a 39°C, mialgias e mal-estar. Estes sintomas geralmente ocorrem após
administração de uma dose única elevada; podem persistir por vários dias e podem acontecer com
tratamentos sucessivos. Alopécia, rubor facial e parestesia facial foram observados. Foram relatados
poucos casos de anormalidades nos testes de função renal (Achado anormal de exame químico do sangue,
não especificado), ou hepática em seres humanos, após a administração de ASERCIT (dacarbazina).
Raramente, podem ocorrer reações de fotossensibilidade. Entretanto, estas anormalidades foram
constatadas mais frequentemente nos estudos, em animais. Eritemas e exantema urticariforme foram
observados com menor frequência, após administração de ASERCIT (dacarbazina).
Os efeitos adversos da dacarbazina são apresentados em ordem de gravidade decrescente na tabela
abaixo:
Frequência das Reações Adversas
Muito comuns
> 1/10 (> 10%)
Anorexia
Náuseas e vômitos
Comuns (frequentes)
> 1/100 e < 1/10 (> 1% e < 10%)
Anemia, leucopenia, trombocitopenia
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Incomuns (infrequentes)
> 1/1.000 e < 1/100 (> 0,1% e < 1%)
Sintomas semelhantes a gripe (Febre com calafrios;
Mialgia)
Alopecia
Hiperpigmentação
Fotosensibilidade
Raras
> 1/10.000 e < 1.000 (> 0,01% e < 0,1%)
Irritação no local da aplicação
Eritema, exantema, urticária
Reações anafiláticas
Insuficiência renal
Elevação das enzimas hepáticas
Necrose hepática devido à doença venooclusiva do fígado
Diarreia
Rubor facial
Pancitopenia (Hipoplasia medular)
Agranulocitose
Cefaleia
Diminuição da acuidade visual
Letargia
Convulsões
Parestesia cutânea facial
Muito raras
< 1/10.000 (< 0,01%)
-
Em casos de eventos adversos, notifique ao sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.
A superdose de dacarbazina caracteriza-se por sintomas semelhantes aos eventos adversos causados por
este medicamento, porém de intensidade mais grave: reações alérgicas, depressão da medula óssea,
náuseas e vômitos, diarreia, anorexia, alopecia, rubor facial, parestesias cutâneas. O tratamento da
superdose deve ser feito com terapia de suporte e monitorização da contagem das células sanguíneas. O
tempo para ocorrência das contagens mais baixas de leucócitos e plaquetas é de 4 (quatro) semanas.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.