Bula do Avonex produzido pelo laboratorio Biogen Idec Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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AVONEX
betainterferona 1a
Biogen Idec Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda.
Solução Injetável
30 mcg/0,5 mL
em seringa preenchida
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Formas farmacêuticas, vias de administração e apresentações:
AVONEX®
(betainterferona 1a) Solução injetável 30 mcg/0,5 mL: embalagem com 4
seringas preenchidas com dose única e 4 agulhas.
VIA INTRAMUSCULAR (IM).
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 16 ANOS.
Composição:
Cada 0,5 mL contém:
betainterferona 1a. ............................................................ 30 mcg (6.000.000 UI)
Excipientes: acetato de sódio triidratado, ácido acético, cloridrato de arginina, polissorbato 20
e água para injetáveis.
AVONEX
(betainterferona 1a) é indicado para o tratamento ambulatorial de pacientes com
Esclerose Múltipla recorrente-remitente, caracterizada por no mínimo duas crises recorrentes
de disfunção neurológica (surtos) nos últimos 3 anos, sem evidência de progressão contínua
entre os surtos. AVONEX
(betainterferona 1a) retarda a progressão da incapacidade e reduz
a frequência dos surtos.
(betainterferona 1a) também é indicado para o tratamento de pacientes que
tenham experimentado um único evento desmielinizante associado a um processo
inflamatório ativo, grave o suficiente para justificar o tratamento com corticosteróides
intravenosos, caso tenham sido excluídos os diagnósticos alternativos e apresentem um risco
elevado de desenvolver EM clinicamente definida.
Os efeitos de AVONEX
(betainterferona 1a) no tratamento da EM foram demonstrados em
um estudo controlado com placebo realizado em 301 pacientes (AVONEX
(betainterferona
1a) n=158, placebo n=143) com esclerose múltipla recorrente-remitente. Devido ao desenho
do estudo os pacientes foram seguidos durante períodos de tempo variáveis. Cento e
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cinquenta pacientes tratados com AVONEX
(betainterferona 1a) completaram 1 ano de
estudo e 85 completaram dois anos de estudo. Neste estudo, a porcentagem acumulativa de
pacientes que desenvolveram progressão da incapacidade (pela análise da tabela de vida de
Kaplan-Meier) no final de dois anos foram de 35% para pacientes tratados com placebo e de
22% para pacientes tratados com AVONEX
. A progressão da incapacidade correspondia a
um aumento de 1,0 ponto na Expanded Disability Status Scale - EDSS (Escala Expandida do
Estado de Incapacidade), mantido durante um período mínimo de seis meses. Também foi
demonstrada uma redução correspondente a um terço da taxa anual de recorrências. Este
último efeito clínico foi observado após um tratamento superior a um ano.
Um estudo comparativo, duplo cego randomizado, realizado com 802 pacientes com
esclerose múltipla recorrente-remitente (AVONEX
(betainterferona 1a) 30 microgramas
n=402, AVONEX
(betainterferona 1a) 60 microgramas n=400) não demonstrou diferenças
estatisticamente significativas ou tendências entre as dosagens de 30 microgramas e
60 microgramas de AVONEX
(betainterferona 1a) em parâmetros radiológicos
(Ressonância Magnética Nuclear – RMN), clínico e geral.
(betainterferona 1a) no tratamento da EM também foram
demonstrados num estudo duplo cego randomizado, realizado em 383 pacientes (AVONEX
(betainterferona 1a) n= 193, placebo n=190) com um único evento desmielinizante associado
a, pelo menos, duas lesões cerebrais com imagens de RMN compatíveis com EM. Foi
observada uma redução do risco de ocorrência de um segundo evento no grupo tratado com
AVONEX
(betainterferona 1a). Também foi observado um efeito sobre os parâmetros
radiológicos através de RMN. O risco estimado de um segundo evento foi de 50% em 3 anos
e de 39% em 2 anos no grupo do placebo e de 35% (3 anos) e 21% (2 anos) no grupo tratado
com AVONEX
(betainterferona 1a). Uma análise post-hoc permitiu concluir que os
pacientes em que o RMN basal revelava, pelo menos, 1 lesão realçada por Gadolínio (Gd) e 9
lesões evidenciadas em T2 apresentavam um risco de sofrer um segundo evento após 2 anos
de 56% no grupo do placebo e de 21% no grupo tratado com AVONEX
1a). Porém, o impacto de um tratamento inicial com AVONEX
(betainterferona 1a) é
desconhecido, mesmo neste grupo de alto risco, uma vez que o estudo visava principalmente
avaliar o tempo decorrido até à ocorrência do segundo evento e não a evolução da doença a
longo prazo. Além disso, não existe no momento uma definição perfeitamente estabelecida de
um paciente de alto risco, embora uma abordagem mais conservadora considere aceitável um
mínimo de 9 lesões hiperintensas em T2 no exame inicial e pelo menos 1 nova lesão
evidenciada em T2 ou 1 nova lesão realçada por Gd num exame de seguimento realizado pelo
menos três meses após o exame inicial. Em qualquer dos casos, o tratamento deve ser
considerado para pacientes classificados como de alto risco.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Jacobs, L. D., Cookfair, D. L., Rudick, R. A., Herndon, R. M., Richert, J. R., Salazar, A. M.,
Fischer, J. S., Goodkin, D. E., Granger, C. V., Simon, J. H., Alam, J. J., Bartoszak, D. M.,
Bourdette, D. N., Braiman, J., Brownscheidle, C. M., Coats, M. E., Cohan, S. L., Dougherty,
D. S., Kinkel, R. P., Mass, M. K., Munschauer, F. E., Priore, R. L., Pullicino, P. M.,
Scherokman, B. J., Weinstock-Guttman, B. and Whitham, R. H. (1996), Intramuscular
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interferon beta-1a for disease progression in relapsing multiple sclerosis. Ann Neurol.,
39: 285–294, 1996 March.
Lawrence D. Jacobs, M.D., Roy W. Beck, M.D., Ph.D., Jack H. Simon, M.D., Ph.D., R.
Phillip Kinkel, M.D., Carol M. Brownscheidle, Ph.D., Thomas J. Murray, M.D., Nancy A.
Simonian, M.D., Peter J. Slasor, Sc.D., Alfred W. Sandrock, M.D., Ph.D., and the CHAMPS
Study Group., N Engl J Med 2000; 343:898-90, 2000 Sep 28.
Propriedades Farmacodinâmicas:
Interferonas são uma família de proteínas que ocorrem naturalmente e que são produzidas por
células eucarióticas em resposta a uma infecção viral e a outros indutores biológicos. As
interferonas são citocinas que intervêm nas atividades antivirais, antiproliferativas e
imunomoduladoras. As três formas principais de interferonas são: alfa, beta e gama. As
interferonas alfa e beta são classificadas como interferonas de Tipo I enquanto que a
interferona gama é classificada como uma interferona de Tipo II. Estas interferonas possuem
atividades biológicas sobrepostas, mas claramente distinguíveis. Elas também podem diferir
em relação aos seus locais de síntese celular.
A betainterferona é produzida por vários tipos de células, incluindo fibroblastos e
macrófagos. A betainterferona natural e o AVONEX®
(betainterferona 1a) são glicosilados e
têm uma única porção de carboidrato complexo de ligação-N. Sabe-se que a glicosilação de
outras proteínas é conhecida por afetar sua estabilidade, atividade, biodistribuição e meia-
vida no sangue. Entretanto, os efeitos da betainterferona que são dependentes da glicosilação
não estão completamente definidos.
AVONEX®
(betainterferona 1a) exerce seus efeitos biológicos ligando-se a receptores
específicos na superfície das células humanas. Esta ligação inicia uma cascata complexa de
eventos intracelulares que conduzem à expressão de numerosos marcadores e produtos de
gene induzidos pela interferona, que incluem a Classe I do complexo principal de
histocompatibilidade (MHC), proteína Mx, 2’,5’ - oligoadenilato sintetase, 2 -
microglobulina, e neopterina. Alguns destes produtos foram medidos no soro e em frações
celulares de sangue coletado de pacientes tratados com AVONEX®
(betainterferona 1a).
Após uma única dose intramuscular de AVONEX®
(betainterferona 1a), os níveis séricos
destes produtos permanecem elevados durante um período mínimo de quatros dias e máximo
de uma semana.
Não se sabe se o mecanismo de ação de AVONEX®
(betainterferona 1a) em esclerose
múltipla é mediado pela mesma via dos efeitos biológicos descritos acima, pois a
fisiopatologia da esclerose múltipla não está bem estabelecida.
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Propriedades Farmacocinéticas:
A farmacocinética de AVONEX
(betainterferona 1a) em pacientes com esclerose múltipla
não foi avaliada. Seus perfis farmacocinéticos e farmacodinâmicos foram investigados em
indivíduos sadios após doses de 30 a 75 mcg. Os níveis séricos de betainterferona 1a,
medidos por sua atividade antiviral, foram levemente acima dos limites detectáveis após uma
dose intramuscular (IM) de 30 mcg, aumentando com doses maiores.
A tabela 1 compara os parâmetros farmacocinéticos gerais depois da administração de uma
dose de 60 mcg por vias intramusculares (IM) e subcutâneas (SC) em indivíduos sadios.
Depois de uma dose IM, os níveis séricos de betainterferona 1a alcançam um pico máximo
entre 3 e 15 horas e logo declinam a uma velocidade coincidente com uma meia vida de
eliminação de 10 horas. Os níveis séricos de betainterferona 1a podem ser mantidos após a
administração IM devido à absorção prolongada a partir do local de aplicação.
A administração SC da betainterferona 1a não deve ser substituída pela administração IM.
Tem-se observado que as administrações SC e IM não apresentam equivalência de
parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos após administração em voluntários sadios.
Tabela 1
Parâmetros farmacocinéticos médios após administração de dose única de 60 mcg
Via de
administração
AUC
(UI.h/mL)
Cmáx (UI/mL)
Tmáx (intervalo)
(h)
Meia-vida de
eliminação (h)
IM 1352 45 9,8 (3 - 15) 10,0
SC 478 30 7,8 (3 - 18) 8,6
Os marcadores de resposta biológica (ex.: neopterina e 2 - microglobulina) são induzidos
pela betainterferona 1a após a administração de doses parenterais de 15 mcg até 75 mcg em
indivíduos sadios e pacientes tratados. Os níveis de marcadores de resposta biológica
aumentam dentro das primeiras 12 horas após a dose e permanecem elevados por pelo menos
4 dias. Os níveis máximos de marcadores de resposta biológica são observados tipicamente 48
horas após a dose. A relação entre os níveis séricos de betainterferona 1a ou dos níveis destes
marcadores de resposta biológica induzidos para os mecanismos pelos quais AVONEX
(betainterferona 1a) exerce seus efeitos na esclerose múltipla é desconhecida.
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Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade à
betainterferona natural ou recombinante, ou qualquer outro componente da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes gestantes ou durante
amamentação.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com depressão severa e/ou
ideação suicida.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
AVONEX
(betainterferona 1a) deve ser administrado com precaução em pacientes com
depressão ou com histórico de depressão prévia, principalmente aqueles com antecedentes de
ideação suicida.
Sabe-se que depressão e a ideação suicida ocorrem com maior frequência na população com
esclerose múltipla e em associação com o uso de betainterferona 1a. Os pacientes tratados
com betainterferona 1a devem ser aconselhados a comunicar imediatamente ao seu médico
qualquer sintoma de depressão e/ou idéias suicidas.
Se um paciente desenvolver depressão ou outros sintomas psiquiátricos graves, este deve ser
rigorosamente monitorado durante a terapia com betainterferona 1a e tratado
apropriadamente. A interrupção do tratamento com betainterferona 1a deve ser considerada.
AVONEX®
(betainterferona 1a) deve ser administrado com cautela em pacientes com
histórico de convulsões e em pacientes recebendo tratamento com antiepiléticos,
principalmente se a epilepsia não for adequadamente controlada com antiepiléticos.
Recomenda-se um cuidadoso acompanhamento ao administrar AVONEX
(betainterferona
1a) a pacientes com insuficiência renal e hepática graves e a pacientes com mielossupressão
grave.
Foram relatados casos de lesão hepática, incluindo hepatite com aumento dos níveis séricos
de enzimas hepáticas, hepatite autoimune e insuficiência hepática, associados à
betainterferona 1a em estudos pós-comercialização. Em alguns casos, estes eventos
ocorreram na presença de outras drogas associadas à lesão hepática. O potencial de efeitos
aditivos de drogas múltiplas ou outros agentes hepatotóxicos (por exemplo, álcool) não
foram determinados. Os pacientes devem ser monitorados para sinais de lesão hepática e
deve-se ter cuidado quando interferonas forem usadas concomitantemente com outros
medicamentos associados a lesões hepáticas.
Pacientes com doença cardíaca, como angina, insuficiência cardíaca congestiva ou arritmia,
devem ser cuidadosamente monitorados quanto ao agravamento de sua condição clínica
durante tratamento com betainterferona 1a. Os sintomas gripais associados à terapia com
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(betainterferona 1a) podem ser estressantes para pacientes com problemas
cardíacos subjacentes.
Anormalidades laboratoriais estão associadas ao uso de interferonas. Portanto, durante o
tratamento com AVONEX
(betainterferona 1a) além dos exames laboratoriais normalmente
solicitados para pacientes com esclerose múltipla, recomenda-se proceder a contagens totais e
diferenciais de leucócitos, contagem de plaquetas e análise bioquímica, incluindo provas de
função hepática. Pacientes com mielossupressão podem requerer monitoramento mais intenso
de hemograma completo, com contagem diferencial e plaquetária.
Pacientes podem desenvolver anticorpos para betainterferona 1a. Os anticorpos de alguns
destes pacientes reduziram a atividade de betainterferona 1a in vitro (anticorpos
neutralizantes). Os anticorpos neutralizantes estão associados a uma redução dos efeitos
biológicos in vivo da betainterferona 1a e podem, potencialmente, ser associados a uma
redução da eficácia clínica. Estima-se que o platô para a incidência da formação de anticorpo
neutralizante seja alcançado após 12 meses de tratamento. Estudos clínicos recentes com
pacientes tratados por até 3 anos com betainterferona 1a sugerem que aproximadamente 5% a
8% desenvolvem anticorpos neutralizantes.
O uso de vários ensaios para detectar anticorpos séricos para as interferonas limita a
habilidade de comparar a antigenicidade entre diferentes produtos.
Gravidez e lactação:
As informações sobre o uso de betainterferona 1a durante a gravidez são limitadas. Os dados
disponíveis indicam que pode haver um aumento no risco de aborto espontâneo.
Mulheres em idade fértil devem ser instruídas a utilizar métodos contraceptivos adequados.
Se uma paciente engravidar ou planeja engravidar enquanto estiver recebendo AVONEX
(betainterferona 1a), ela deve ser informada dos riscos potenciais para o feto e deverá ser
recomendada a interrupção do tratamento. Em pacientes com alto grau de recorrências antes
do início do tratamento, o risco de surto grave após a descontinuação de AVONEX
(betainterferona 1a) deve ser avaliado frente a um possível risco aumentado de aborto
espontâneo.
Não se sabe se a betainterferona 1a é excretada no leite humano. Devido ao potencial para
reações adversas graves em lactentes, deve-se avaliar a interrupção da amamentação ou da
terapia com AVONEX
(betainterferona 1a).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar
grávidas durante o tratamento.
Idosos:
Os estudos clínicos realizados com AVONEX
(betainterferona 1a) não incluíram um
número suficiente de pacientes com idade igual ou superior a 65 anos para permitir
determinar se a resposta ao tratamento é diferente da verificada em pacientes mais jovens.
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Contudo, com base no perfil de eliminação do princípio ativo, não existem razões teóricas
que justifiquem a necessidade de um ajuste de dose.
Uso pediátrico:
Não há estudos clínicos ou de farmacocinética formais em crianças e adolescentes. Apesar de
existirem dados limitados de estudos não controlados e de relatos de caso, sugerindo que o
perfil de segurança em adolescentes entre 12 anos e 16 anos tratados com AVONEX®
(betainterferona 1a) é semelhante ao observado em adultos, não há dados sobre a posologia
adequada a ser utilizada ou sobre o uso a longo prazo em pacientes entre 12-16 anos de idade.
O uso nesta população deve ser feito com precaução.
Não há informação sobre o uso de AVONEX®
(betainterferona 1a) em crianças menores de
12 anos de idade e, portanto, o produto não deve ser utilizado por esta população.
Habilidade de dirigir e utilizar máquinas:
Alguns efeitos indesejáveis relatados, como tonturas, podem afetar a capacidade de dirigir
veículos e operar máquinas.
Dados de segurança pré-clínica:
Carcinogênese: não existem dados disponíveis sobre o potencial carcinogênico da
betainterferona 1a em animais ou em seres humanos.
Toxicidade crônica: em um estudo de toxicidade de doses repetidas com a duração de
26 semanas realizado com macacos Rhesus por via intramuscular uma vez por semana,
administrado em combinação com outro agente modulador autoimune, um anticorpo
monoclonal anti-CD40, não foram demonstradas respostas imunes a betainterferona 1a, nem
sinais de toxicidade.
Tolerância local: irritação intramuscular não foi avaliada em animais após a administração
repetida no mesmo local de injeção.
Mutagênese: testes de mutagênese foram realizados. Os resultados foram negativos.
Redução da fertilidade: foram realizados estudos de fertilidade e desenvolvimento em
macacos Rhesus com uma forma relacionada de betainterferona 1a. Em altas doses, efeitos
anovulatórios e abortivos foram observados. Efeitos reprodutivos semelhantes relacionados à
dosagem também foram observados com outras formas de interferonas alfa e beta. Não foram
observados efeitos teratogênicos ou efeitos sobre o desenvolvimento fetal, mas as
informações disponíveis sobre os efeitos da betainterferona 1a nos períodos peri e pós-natal
são limitadas.
Não há informação disponível sobre os efeitos da betainterferona 1a na fertilidade masculina.
Não foram realizados estudos formais de interações medicamentosas com AVONEX
(betainterferona 1a) em seres humanos.
A interação de AVONEX
(betainterferona 1a) com corticosteróides ou hormônios
adrenocorticotrópicos (ACTH) não foi sistematicamente estudada. Os estudos clínicos
indicam que os pacientes com esclerose múltipla podem ser medicados com AVONEX
(betainterferona 1a) e corticosteróides durante os surtos.
Foi relatado que as interferonas reduzem a atividade das enzimas hepáticas dependentes do
citocromo P-450 em humanos e em animais. Avaliou-se o efeito da administração de doses
elevadas de AVONEX
(betainterferona 1a) sobre o metabolismo dependente do citocromo
P-450 em macacos Rhesus, não se observando alterações sobre a atividade do metabolismo
hepático.
Recomenda-se precaução quando AVONEX
(betainterferona 1a) for administrado em
combinação com medicamentos que apresentem índice terapêutico estreito (índice ou número
que reflete a segurança relativa de um medicamento) e sejam muito dependentes do sistema
citocromo hepático P-450 para o clearance como, por exemplo, antiepiléticos e algumas
classes de antidepressivos.
O uso de interferonas também está associado à ocorrência de alterações laboratoriais:
diminuição da contagem de sangue periférico em todas as linhagens celulares.
AVONEX
(betainterferona 1a) deve ser conservado sob refrigeração (2ºC a 8ºC). Não
congelar.
Validade do medicamento: 24 meses a partir da data de fabricação desde que observados os
cuidados de conservação do produto AVONEX®
(betainterferona 1a).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
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Método e via de administração:
AVONEX®
(betainterferona 1a) é destinado para injeção intramuscular (IM). O local da
injeção deve ser alternado semanalmente.
Instruções para injeção:
AVONEX
(betainterferona 1a) deve ser usado sob orientação médica.
As seguintes instruções devem ser fornecidas para os pacientes:
Retire um cartucho do refrigerador. Assegure-se do conteúdo do cartucho antes do início do
procedimento: uma caneta, uma agulha e uma capa de proteção para a caneta. Deixe que o
produto atinja a temperatura ambiente (15 a 30C) por aproximadamente 30 minutos antes da
injeção. Isto tornará a administração mais confortável.
Não utilize fontes de aquecimento externas, como água quente, para aquecer o produto.
Lave as mãos e coloque os itens necessários para a administração em uma superfície limpa.
Prepare chumaços de algodão umedecidos em álcool e curativos adesivos (não fornecidos).
A caneta utilizada para a injeção deve ser descartada em um recipiente apropriado para
eliminar materiais injetáveis com segurança.
Posologia:
A dose recomendada de AVONEX
(betainterferona 1a) para o tratamento de Esclerose
Múltipla recorrente-remitente é de 30 mcg, administrada por via intramuscular, uma vez por
semana. Essa dose corresponde ao conteúdo de uma caneta com a seringa preenchida com
0,5 mL de solução injetável.
Não foi demonstrado qualquer benefício adicional quando se administra uma dose mais
elevada (60 mcg) uma vez por semana.
Antes da injeção e durante as 24 horas que se seguem a cada injeção, aconselha-se a
administração de um analgésico antipirético para reduzir os sintomas gripais associados à
administração de AVONEX
(betainterferona 1a). Estes sintomas estão geralmente presentes
durante os primeiros meses de tratamento.
Não se conhece, atualmente, qual deverá ser a duração do tratamento. Os pacientes devem ser
submetidos a uma avaliação clínica após dois anos de tratamento; a continuidade do
tratamento deve ser decidida pelo médico em função da especificidade de cada caso. O
tratamento deve ser interrompido se o paciente desenvolver esclerose múltipla
secundariamente progressiva.
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Frequência das Reações Adversas
> 1/10 pacientes-ano (> 10%) Muito comum
> 1/100 e < 1/10 pacientes-ano (> 1% e < 10%) Comum (frequente)
> 1/1.000 e < 1/100 pacientes-ano (> 0,1% e < 1%) Incomum (infrequente)
> 1/10.000 e < 1/1.000 pacientes-ano (> 0,01% e < 0,1%) Rara
< 1/10.000 pacientes-ano (< 0,01%) Muito rara
Pacientes-ano é a soma de indivíduos por unidade de tempo no qual o paciente foi exposto ao
AVONEX
(betainterferona 1a) antes de apresentar reações adversas no estudo. Por
exemplo: 100 pacientes-ano podem ser observados em 100 pacientes que estiveram em
tratamento por um ano, ou em 200 pacientes em tratamento por meio ano.
Os efeitos adversos estão apresentados em seus grupos de frequência em ordem decrescente,
de acordo com a sua severidade.
Reação muito comum (> 1/10 pacientes-ano):
Gerais: cefaléia, febre, calafrios (ocorrem com maior frequência no início do tratamento),
sintomas de tipo gripal (inespecíficos).
Reação comum (> 1/100 e < 1/10 pacientes-ano):
Gerais: astenia (ocorre com maior frequência no início do tratamento), dor.
Sistema digestivo: náusea (ocorre com maior frequência no início do tratamento), diarréia,
vômitos.
Sistema músculo-esquelético: mialgia (ocorre com maior frequência no início do tratamento),
artralgia, dor músculo-esquelética, hipertonia.
Sistema nervoso: depressão, insônia.
Sistema hematológico e linfático: equimoses no local da injeção.
Metabólicos e nutricionais: anorexia.
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100 pacientes-ano):
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Pele e anexos: alopécia.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000 pacientes-ano):
Sistema respiratório: dispnéia.
Durante os estudos clínicos e pós-marketing:
Outros eventos adversos identificados em estudos (estudos clínicos e de observação, com um
período de acompanhamento de 2 a 6 anos) ou através de relatos espontâneos pós-marketing,
com frequência desconhecida, estão listados abaixo:
Gerais: reação ou inflamação no local da injeção (incluindo dor, inflamação e casos raros de
abscesso ou celulite que possam requerer intervenção cirúrgica), dor torácica, dor abdominal,
dor de dente, infecção.
Sistema cardiovascular: vasodilatação, arritmia, cardiomiopatia, insuficiência cardíaca
congestiva, dor torácica, palpitações, taquicardia.
Sistema endócrino: hiper e hipotireoidismo.
Sistema hematológico e linfático: pancitopenia, trombocitopenia, anemia.
Sistema músculo-esquelético: artrite, fraqueza muscular severa.
Sistema nervoso: parestesia, síncope (um episódio de síncope pode ocorrer após injeção de
AVONEX®
(betainterferona 1a), normalmente no início do tratamento sem repetição nas
injeções subsequentes), enxaqueca, vertigem.
Sistema respiratório: infecção no trato respiratório superior, sinusite, bronquite.
Pele e anexos: prurido, erupção cutânea (incluindo erupção vesicular).
Órgão dos sentidos: distúrbios oculares.
Urogenital: infecção do trato urinário, constituintes urinários anormais.
Disfunção do sistema imune: anafilaxia, reação alérgica, urticária.
Disfunção psiquiátrica: ideação suicida, ansiedade, confusão, labilidade emocional, psicose.
Disfunção hepatobiliar: anormalidade na função hepática, hepatite, hepatite auto-imune.
Desordens do sistema reprodutivo: metrorragia, menorragia.
Nenhum paciente tratado com betainterferona 1a tentou suicídio nos dois estudos controlados
com placebo. Em um estudo clinico com pacientes que apresentaram eventos de
desmielinização, os pacientes tratados com betainterferona 1a foram mais susceptíveis à
depressão do que os pacientes tratados com placebo (20% do grupo com betainterferona 1a
vs. 13% do grupo placebo). Em um estudo clínico com pacientes em surto, tendências
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suicidas foram observadas com maior frequência em pacientes tratados com betainterferona
1a (4% do grupo com betainterferona 1a vs. 1% do grupo placebo).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária
– NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Nenhum caso de superdosagem foi relatado. Entretanto, em caso de superdosagem, o
paciente deve ser hospitalizado para observação e deve ser fornecido tratamento de suporte.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.