Bula do Azitromicina produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
azitromicina di-hidratada
Eurofarma Laboratórios S.A.
Pó para suspensão oral
600 mg; 900 mg e 1500 mg
Azitromicina_Bula_ProfissionalS 19/7/2013
RDC nº 47 de 08/09/2009
Essa versão não altera nenhuma anterior
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
USO ORAL
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Azitromicina di-hidratada pó para suspensão oral de 600 mg. Embalagem com 1 frasco acompanhado de 1 (uma)
ampola com 9 mL de diluente, 1 seringa para uso oral graduada até 5 mL, 1 tampa interna para fixação à boca do
frasco.
Azitromicina di-hidratada pó para suspensão oral de 900 mg. Embalagem com 1 frasco acompanhado de 1
ampola com 12 mL de diluente, 1 seringa para uso oral graduada até 10 mL, 1 tampa interna para fixação à boca
do frasco.
Azitromicina di-hidratada pó para suspensão oral de 1500 mg. Embalagem com 1 frasco acompanhado de 1
(uma) ampola com 22 mL de diluente, 1 seringa para uso oral graduada até 10 mL, 1 tampa interna para fixação
à boca do frasco.
COMPOSIÇÃO:
Cada 5 mL da suspensão reconstituída contém:
azitromicina di-hidratada........................................................................................................................209,6 mg*
excipientes**...................................................................................................................................................5 mL
Cada 5 mL da suspensão reconstituída de azitromicina di-hidratada equivalente a 200 mg de azitromicina base.
**Excipientes: hiprolose, sacarose, fosfato de sódio tribásico, goma xantana, aroma de morango, aroma de leite
condensado e aroma de framboesa.
Diluente: água purificada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. INDICAÇÃO
Azitromicina di-hidratada pó para suspensão oral é indicado em infecções causadas por organismos suscetíveis,
em infecções do trato respiratório inferior incluindo bronquite e pneumonia, em infecções da pele e tecidos
moles, em otite média aguda e infecções do trato respiratório superior incluindo sinusite e faringite/tonsilite.
(Penicilina é o fármaco de escolha usual no tratamento de faringite devido a Streptococcus pyogenes, incluindo a
profilaxia da febre reumática. A azitromicina geralmente é efetiva na erradicação do estreptococo da orofaringe;
porém dados que estabelecem a eficácia da azitromicina e a subsequente prevenção da febre reumática não estão
disponíveis no momento).
Nas doenças sexualmente transmissíveis no homem e na mulher, azitromicina di-hidratada é indicado no
tratamento de infecções genitais não complicadas devido a Chlamydia trachomatis. É também indicado no
tratamento de cancro devido a Haemophilus ducreyi, e em infecções genitais não complicadas devido a Neisseria
gonorrhoeae sem resistência múltipla. Infecções concomitantes com Treponema pallidum devem ser excluídas.
2. RESULTADOS DE SEGURANÇA E EFICÁCIA
Uso Pediátrico
Segurança e eficácia utilizando azitromicina 30 mg/kg administrada por 5 dias
Em um estudo controlado, duplo-cego, de otite média aguda realizado nos Estados Unidos, a azitromicina (10
mg/kg no Dia 1, seguido por 5 mg/kg nos Dias 2-5) foi comparada a amoxicilina/clavulanato de potássio (4:1).
Entre os 553 pacientes que foram avaliados quanto à eficácia clínica, a taxa de sucesso clínico no Dia 11 foi de
88% para azitromicina e de 88% para o agente controle. Entre os 521 pacientes avaliados na visita do Dia 30, a
taxa de sucesso foi de 73% para azitromicina e de 71% para o agente controle.
Na análise de segurança do estudo, a incidência de eventos adversos relacionados ao tratamento, primariamente
gastrintetinais, em todos os pacientes tratados foi de 9% com azitromicina e 31% com o agente controle. Os
efeito colaterais mais frequentes foram diarreia (4% azitromicina versus 20% controle), vômito (2% azitromicina
versus 7% controle) e dor abdominal (2% azitromicina versus 5% controle).
Segurança e eficácia utilizando azitromicina 30 mg/kg administrada por 3 dias
Em um estudo duplo-cego, controlado e randomizado de otite média aguda em crianças de 6 meses a 12 anos,
azitromicina (10 mg/kg por dia, durante 3 dias) foi comparada a amoxicilina/clavulanato de potássio (7:1) a cada
12 horas, por 10 dias. Cada criança recebeu medicação e placebo para a comparação.
Entre os 366 pacientes avaliados, a taxa de eficácia clínica, após 12 dias do tratamento, foi de 83% para
azitromicina e 88% para o agente controle. Entre os 362 pacientes avaliados após 24-28 dias de tratamento, a
taxa de sucesso clínico foi de 74% e 69%, respectivamente.
Segurança e eficácia utilizando azitromicina 30 mg/kg administrada em dose única
Crianças de 6 meses a 12 anos foram randomizadas em um estudo duplo-cego e controlado em nove centros
clínicos. Os pacientes receberam azitromicina (30 mg/kg, dose única) ou amoxicilina/clavulanato de potássio
(7:1; a cada 12 horas, por 10 dias). Cada criança recebeu medicação e placebo para a comparação.
A resposta clínica e a segurança foram avaliadas ao final da terapia e, entre os 321 indivíduos avaliados ao fim
do tratamento, a taxa de sucesso clínico foi de 87% para azitromicina e 88% para o controle.
Faringite/Tonsilite
Em três estudos controlados, duplo-cegos, conduzidos nos Estados Unidos, a azitromicina (12 mg/kg, 1 vez ao
dia, por 5 dias) foi comparada à penicilina V (250 mg, 3 vezes ao dia, por 10 dias) no tratamento de faringite
associada ao Grupo A streptococci beta-hemolitico (GABHS – estreptococos beta-hemolíticos do grupo A – ou
S. pyogenes). A azitromicina foi estatisticamente superior à penicilina nos parâmetros clínico e microbiológico
no Dia 14 e Dia 30, com o seguinte sucesso clínico e taxas de eficácia bacteriológica:
Resultados de Eficácia
Dia 14 Dia 30
Erradicação bacteriológica
Azitromicina 323/340 (95%) 255/330 (77%)
Penicilina V 242/332 (73%) 206/325 (63%)
Sucesso clínico
Azitromicina 336/343 (98%) 310/330 (94%)
Penicilina V 284/338 (84%) 241/325 (74%)
Aproximadamente 1% de S. pyogenes azitromicina-susceptíveis isolados foram resistentes à azitromicina no
tratamento seguinte.
A incidência de eventos adversos relacionados ao tratamento, principalmente gastrintestinais, em todos os
pacientes tratados foi de 18% com azitromicina e 13% com penicilina. Os efeitos colaterais mais comuns foram
diarreia e fezes amolecidas (6% azitromicina versus 2% penicilina), vômito (6% azitromicina versus 4%
penicilina) e dor abdominal (3% azitromicina versus 1% penicilina).
Uso Adulto
Exacerbação bacterial aguda de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Em um estudo controlado, randomizado, duplo-cego de exacerbação bacteriana aguda de bronquite crônica,
azitromicina (500 mg, 1 vez ao dia, por 3 dias) foi comparada à claritromicina (500 mg, 2 vezes ao dia, por 10
dias). O principal endpoint deste estudo foi a taxa de cura clínica do Dia 21-24. Entre os 304 pacientes
analisados na Intenção de Tratar Modificada (In The Modified Intent To Treat Analysis) nas visitas do Dia 21-24,
a taxa de cura clínica para 3 dias de azitromicina foi 85% (125/147) comparado a 82% (129/157) para 10 dias de
claritromicina.
Os seguintes dados foram as taxas de cura clínica nas visitas dos Dias 21-24 dos pacientes avaliados
bacteriologicamente por patógeno:
Patógeno azitromicina
(3 dias)
claritromicina
(10 dias)
S. pneumoniae 29/32 (91%) 21/27 (78%)
H. influenzae 12/14 (86%) 14/16 (88%)
M. catarrhalis 11/12 (92%) 12/15 (80%)
Propriedades Farmacodinâmicas
A azitromicina é o primeiro antibiótico da subclasse dos macrolídeos, conhecida como azalídeos, e é
quimicamente diferente da eritromicina. É obtida através da inserção de um átomo de nitrogênio no anel
lactônico da eritromicina A.
A azitromicina liga-se ao 23S rRNA da subunidade ribossômica 50S. Desta forma, bloqueia a síntese protéica
pela inibição do passo de transpeptidação/translocação da síntese proteica e pela inibição da montagem da
subunidade ribossômica 50S.
Mecanismo de resistência:
Os dois mecanismos de resistência aos macrolídeos encontrados mais frequentemente, incluindo a azitromicina,
são modificação de alvo (na maioria das vezes por metilação do 23S rRNA) e de efluxo ativo. A ocorrência
destes mecanismos de resistência varia de espécie para espécie e, dentro de uma espécie, a frequência de
resistência varia conforme a localização geográfica.
A modificação ribossômica mais importante que determina a ligação reduzida dos macrolídeos é
póstranscricional (N6)-dimetilação de adenina no nucleotídeo A2058 (sistema de numeração E. coli) do 23S
rRNA pelas metilases codificadas pelos genes erm (eritromicina ribossomo metilase). Frequentemente, as
modificações ribossômicas determinam a resistência cruzada (fenótipo MLSB) para outras classes de
antibióticos, cujos locais de ligação ribossômica se sobrepõem à dos macrolídeos: as lincosamidas (incluindo a
clindamicina), e as estreptograminas B (que incluem, por exemplo, o componente quinupristina de quinupristina
/ dalfopristina).
Diversos genes erm estão presentes em diferentes espécies bacterianas, em particular, nos estreptococos e
estafilococos. A susceptibilidade aos macrolídeos também pode ser afetada por alterações mutacionais
encontradas menos frequentemente nos nucleotídeos A2058 e A2059, e em algumas outras posições de 23S
rRNA, ou nas grandes subunidades ribossômicas das proteínas L4 e L22.
As bombas de efluxo ocorrem em diversas espécies, incluindo as bactérias Gram-negativas, tais como
Haemophilus influenzae (onde podem determinar MICs intrinsecamente mais elevadas) e os estafilococos. Nos
estreptococos e enterococos, uma bomba de efluxo que reconhece membros 14 - e 15- macrolídeos (que incluem,
respectivamente, a eritromicina e azitromicina) é codificada por genes mef(A).
Metodologia para a determinação da susceptibilidade in vitro de bactérias à azitromicina
Os testes de susceptibilidade devem ser realizados utilizando métodos laboratoriais padronizados, tais como
aqueles descritos pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Estes incluem os métodos de diluição
(determinação MIC) e métodos de susceptibilidade de disco. Ambos, o CLSI e o Comitê Europeu para Testes de
Susceptibilidade Antimicrobiana (EUCAST) fornecem critérios interpretativos para estes métodos.
Com base numa série de estudos, recomenda-se que a atividade in vitro da azitromicina seja testada no ar
ambiente, para garantir um pH fisiológico do meio de crescimento. As tensões elevadas de CO2, muitas vezes
usadas para estreptococos e anaeróbios, e, ocasionalmente, para outras espécies, resultam em uma redução do pH
do meio. Isto tem um efeito adverso maior sobre a potência aparente da azitromicina do que sobre a de outros
macrolídeos.
Os valores limite de suscetibilidade CLSI, com base na microdiluição em caldo ou testes de diluição em Agar,
com incubação no ar ambiente, se encontram na tabela abaixo.
Critérios interpretativos CLSI de suscetibilidade de diluição
Microdiluição em caldo MIC (mg/L)
Organismo Suscetível Intermediário Resistente
Espécies Haemophilus ≤ 4 - -b
Moraxella catarrhalis ≤ 0,25 - -
Neisseria meningitidis ≤ 2 - -b
Staphylococcus aureus ≤ 2 4 ≥ 8
Estreptococosa ≤ 0,5 1 ≥ 2
a
Inclui Streptococcus pneumoniae, estreptococos -hemolíticos e estreptococos viridans.
b
A ausência atual de dados sobre cepas resistentes impede a definição de qualquer categoria diferente dos
suscetíveis. Se as cepas alcançam resultados MIC diferentes de susceptível, devem ser enviadas a um laboratório
de referência para testes adicionais.
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A susceptibilidade também pode ser determinada pelo método de difusão em disco, medindo os diâmetros da
zona de inibição após incubação no ar ambiente. Os discos de suscetibilidade contém 15 μg de azitromicina. Os
critérios de interpretação para as zonas de inibição, estabelecidos pelo CLSI com base em sua correlação com as
categorias de susceptibilidade MIC, estão listados na tabela abaixo.
Critérios de interpretação CLSI da zona do disco
Diâmetro da zona de inibição do disco (mm)
Espécies Haemophilus ≥12 - -
Moraxella catarrhalis ≥ 26 - -
Neisseria meningitidis ≥ 20 - -
Staphylococcus aureus ≥ 18 14 - 17 ≤ 13
Estreptococosa ≥18 14 - 17 ≤ 13
a Inclui Streptococcus pneumoniae, estreptococos β-hemolítico e estreptococos viridans.
Incubação no ar ambiente.
CLSI = Clinical and Laboratory Standards Institute; MIC = concentração inibitória mínima;
mm = milímetros.
Fonte: CLSI, 2012, CLSI, 2010
A validade de ambos os métodos de teste de diluição e difusão de disco deve ser verificada usando cepas de
controle de qualidade (CQ), como indicado pelo CLSI. Os limites aceitáveis para o teste de azitromicina contra
esses organismos estão listados na tabela abaixo.
Faixas de controle de qualidade para os testes de susceptibilidade da azitromicina (CLSI)
Microdiluição em caldo MIC
Organismo Faixa de controle de qualidade (azitromicina mg/L)
Haemophilus influenzae ATCC 49247 1 - 4
Staphylococcus aureus ATCC 29213 0,5 - 2
Streptococcus pneumoniae ATCC
49619
0,06 - 0,25
Diâmetro da zona de inibição do disco (disco de 15 μg)
Organismo Faixa de controle de qualidade (mm)
Haemophilus influenzae ATCC 49247 13 - 21
Staphylococcus aureus ATCC 25923 21 - 26
19 - 25
CLSI = Clinical and Laboratory Standards Institute; MIC = Concentração inibitória mínima;
Fonte: CLSI, 2012
O Comitê Europeu em Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana (EUCAST) também tem valores limite de
suscetibilidade estabelecidos para azitromicina, com base na determinação do MIC. Os critérios de
susceptibilidade EUCAST estão listados na tabela abaixo.
Valores limite de susceptibilidade EUCAST para a azitromicina
Inclui os Grupos A, B, C, G.
MIC (mg / L)
Suscetíveis Resistentes
Espécies de Staphylococcus ≤1 > 2
Streptococcus pneumoniae ≤ 0,25 > 0,5
Estreptococos -hemolíticoa
≤ 0,25 > 0,5
Haemophilus influenzae ≤ 0,12 > 4
Moraxella catarrhalis ≤ 0,25 > 0,5
Neisseria gonorrhoeae ≤ 0,25 > 0,5
EUCAST = Comitê Europeu para Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana; MIC = Concentração inibitória
mínima.
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Fonte: site EUCAST.
Espectro antibacteriano:
A prevalência da resistência adquirida pode variar geograficamente e com tempo para espécies selecionadas e
informações locais sobre a resistência são desejáveis, particularmente no tratamento de infecções graves. Se
necessário o especialista deve ser avisado quando a prevalência local de resistência é tão grande que a utilidade
do agente em pelo menos alguns tipos de infecções é questionável.
A azitromicina demonstra resistência cruzada com isolados Gram-positivos resistentes à eritromicina. Como
anteriormente discutido, algumas modificações ribossômicas determinam a resistência cruzada com outras
classes de antibióticos cujos locais de ligação ribossômica se sobrepõem à dos macrolídeos: as lincosamidas
(incluindo a clindamicina), e estreptograminas B (que incluem, por exemplo, o componente quinupristina de
quinupristina / dalfopristina). Foi observada a diminuição da susceptibilidade do macrolídeo ao longo do tempo,
em particular para Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus, e também foi observado em
estreptococos viridans e em Streptococcus agalactiae.
Os organismos que comumente são sensíveis à azitromicina incluem:
Bactérias aeróbicas e facultativas Gram-positivas (isolados sensíveis à eritromicina): S. aureus, Streptococcus
agalactiae*, S. pneumoniae* e Streptococcus pyogenes*, outros estreptococos -hemolíticos (Grupos C, F, G), e
estreptococos do grupo viridans. Isolados resistentes aos macrolídeos são encontrados com relativa freqüência
entre as bactérias aeróbicas e facultativas Gram-positivas, em particular entre S. aureus resistente à meticilina
(MRSA) e S. pneumoniae resistente à penicilina (PRSP).
Bactérias aeróbicas e facultativas Gram-negativas: Bordetella pertussis, Campylobacter jejuni, Haemophilus
ducreyi*, Haemophilus influenzae*, Haemophilus parainfluenzae* Legionella pneumophila, Moraxella
catarrhalis*, e Neisseria gonorrhoeae*. As Pseudomonas spp. e a maioria das Enterobacteriaceae são
inerentemente resistentes à azitromicina, embora a azitromicina tenha sido utilizada para tratar infecções por
Salmonella enterica.
Anaeróbios: Clostridium perfringens, Peptostreptococcus spp. e Prevotella bivia.
Outras espécies bacterianas: Borrelia burgdorferi, Chlamydia trachomatis, Chlamydophila pneumoniae*,
Mycoplasma pneumoniae*, Treponema pallidum e Ureaplasma urealyticum.
Patógenos oportunistas associados com infecção pelo HIV: MAC*, e os microorganismos eucarióticos
Pneumocystis jirovecii e Toxoplasma gondii.
* A eficácia da azitromicina contra as espécies indicadas tem sido demonstrada em estudos clínicos.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
Após a administração oral em humanos, a azitromicina é amplamente distribuída pelo corpo; a
biodisponibilidade é de aproximadamente 37%. A azitromicina administrada sob a forma de cápsulas após uma
refeição substanciosa tem a biodisponibilidade reduzida no mínimo em 50%. O tempo necessário para alcançar
os picos de concentração plasmática é de 2 a 3 horas.
Distribuição
Em estudos animais foram observadas altas concentrações de azitromicina nos fagócitos. Em modelos
experimentais, maiores concentrações de azitromicina são liberadas durante a fagocitose ativa do que pelos
fagócitos não estimulados. Em modelos animais, isto resulta em altas concentrações de azitromicina sendo
liberadas para os locais de infecção.
Os estudos de farmacocinética em humanos demonstraram níveis acentuadamente maiores de azitromicina nos
tecidos do que no plasma (até 50 vezes a concentração máxima observada no plasma), indicando que o fármaco
se liga fortemente aos tecidos. A concentração nos tecidos-alvo, assim como pulmões, amígdalas e próstata
excede a CIM90 para a maioria dos patógenos após dose única de 500 mg.
Após administração oral de doses diárias de 600 mg de azitromicina di-hidratada a concentração plasmática
média (Cmáx) foi de 0,33 μg/mL e 0,55 μg/mL nos dias 1 e 22, respectivamente. O pico médio de concentração
observado em leucócitos, no maior local de disseminação da Mycobacterium avium-intracellulare, foi de 252
μg/mL (± 49%) e
acima de 146 μg/mL (± 33%) em 24 horas no estado de equilíbrio.
Eliminação
A meia-vida plasmática de eliminação terminal reflete bem a meia-vida de depleção tecidual de 2 a 4 dias.
Aproximadamente 12% da dose administrada intravenosamente é excretada na urina em até 3 dias como fármaco
inalterado, sendo a maior parte nas primeiras 24 horas. A excreção biliar constitui a principal via de eliminação
da azitromicina como fármaco inalterado após a administração oral. Concentrações muito altas de azitromicina
inalterada foram encontradas na bile de seres humanos, juntamente com 10 metabólitos formados por N- e
Odesmetilação, por hidroxilação dos anéis de desosamina e aglicona e pela clivagem do conjugado de cladinose.
A comparação das análises cromatográficas (HPLC) e microbiológicas nos tecidos sugere que os metabólitos
não participam da atividade microbiológica da azitromicina.
Farmacocinética em Pacientes do Grupo de Risco
Idosos
Em voluntários idosos (> 65 anos) foi observado um leve aumento nos valores da área sob a curva (AUC) após
um regime de 5 dias quando comparado ao de voluntários jovens (< 40 anos), mas este aumento não foi
considerado clinicamente significativo, sendo que neste caso o ajuste de dose não é recomendado.
Insuficiência Renal
A farmacocinética da azitromicina em indivíduos com insuficiência renal leve a moderada (taxa de filtração
glomerular 10 – 80 mL/min) não foi afetada quando administrada em dose única de 1 g de azitromicina de
liberação imediata. Diferenças estatisticamente significativas na AUC0-120 (8,8 μg.h/mL vs 11,7 μg.h/mL),
Cmáx (1,0 μg/mL vs 1,6 μg/mL) e clearance renal (2,3 mL/min/kg vs 0,2 mL/min/kg) foram observadas entre o
grupo com insuficiência renal grave (taxa de filtração glomerular < 10 mL/min) e o grupo com função renal
normal.
Insuficiência Hepática
Em pacientes com insuficiência hepática de grau leve (classe A) a moderado (classe B), não há evidência de uma
alteração acentuada na farmacocinética sérica da azitromicina quando comparada a pacientes com a função
hepática normal. Nestes pacientes o clearance de azitromicina na urina parece estar aumentado, possivelmente
para compensar o clearance hepático reduzido.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Foi observada fosfolipidose (acúmulo intracelular de fosfolípides) em vários tecidos (por ex. olhos, gânglios da
raiz dorsal, fígado, bexiga, rins, baço e/ou pâncreas) de ratos, camundongos e cachorros após doses múltiplas de
azitromicina. A fosfolipidose foi observada em um grau similar nos tecidos de ratos e cachorros neonatos. Foi
demonstrado que o efeito é reversível após descontinuação do tratamento com azitromicina. A significância da
descoberta para animais e para humanos não é conhecida.
Azitromicina di-hidratada é contraindicado a indivíduos com hipersensibilidade à azitromicina, eritromicina, a
qualquer antibiótico macrolídeo, cetolídeo ou a qualquer componente da fórmula.
Geral
Hipersensibilidade
Assim como ocorre com a eritromicina e outros macrolídeos, foram relatadas reações alérgicas graves incluindo
angioedema e anafilaxia (raramente fatal), e reações dermatológicas incluindo a Síndrome de Stevens Johnson e
necrólise epidérmica tóxica (raramente fatal). Algumas destas reações observadas com o uso da azitromicina
resultaram em sintomas recorrentes e necessitaram de um período maior de observação e tratamento. Se ocorrer
alguma reação alérgica, o uso do medicamento deve ser descontinuado e deve ser administrado tratamento
adequado. Os médicos devem estar cientes que os sintomas alérgicos podem reaparecer quando o tratamento
sintomático é descontinuado.
Hepatoxicidade
Uma vez que a principal via de eliminação da azitromicina é o fígado, azitromicina di-hidratada deve ser
utilizado com cautela em pacientes com disfunção hepática significativa. Foram relatadas alteração da função
hepática, hepatite, icterícia colestática, necrose hepática e insuficiência hepática, algumas das quais resultaram
em morte.
Azitromicina deve ser descontinuada imediatamente se ocorrerem sinais e sintomas de hepatite.
Derivados de ergotamina
Em pacientes recebendo derivados do ergô, o ergotismo tem sido acelerado pela coadministração de alguns
antibióticos macrolídeos. Não há dados a respeito da possibilidade de interação entre ergô e azitromicina.
Entretanto, devido a possibilidade teórica de ergotismo, azitromicina di-hidratada e derivados do ergô não devem
ser coadministrados.
Assim como com qualquer preparação de antibiótico, é recomendável a constante observação dos sinais de
crescimento de organismos não suscetíveis, incluindo fungos.
Diarreia associada a Clostridium Difficile
Foi relatada diarreia associada à Clostridium difficile com a maioria dos agentes antibacterianos, incluindo
azitromicina, que pode variar de diarreia leve a colite fatal. O tratamento com agentes antibacterianos altera a
flora normal do cólon permitindo o crescimento de C. difficile.
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A C. difficile produz toxinas A e B que contribuem para o desenvolvimento de diarreia associada. Hipertoxinas
produzidas por cepas de C. difficile causaram aumento da morbidade e mortalidade, uma vez que estas infecções
podem ser refratárias a tratamento antimicrobiano e podem necessitar de colectomia. A diarreia associada a C.
difficile deve ser considerada em todos os pacientes que apresentam diarreia seguida do uso de antibióticos.
Houve relatos de diarreia associada a C. difficile até 2 meses após a administração de agentes antibacterianos.
Nestes casos é necessário cuidado médico.
Em pacientes com insuficiência renal grave (taxa de filtração glomerular < 10 mL/min) foi observado um
aumento de 33% na exposição sistêmica à azitromicina (vide item 3. Características Farmacológicas).
Deve-se ter cautela em pacientes diabéticos pois cada 5 mL da suspensão reconstituída contém 3,87 gramas de
sacarose.
Devido a presença de sacarose (3,87 g / 5 mL de suspensão reconstituída), azitromicina di-hidratada pó para
suspensão não é indicado a pacientes com intolerância a frutose (intolerância a frutose hereditária), má absorção
de glicosegalactose ou deficiência de sacarase-isomaltase.
Prolongamento do Intervalo QT
Repolarização cardíaca e intervalo QT prolongados, risco de desenvolvimento de arritmia cardíaca e Torsades de
Pointes foram observados nos tratamentos com macrolídeos incluindo azitromicina. (vide item 9. Reações
Adversas), portanto é necessária precaução ao tratar:
Pacientes com prolongamento do intervalo QT documentado ou congênito;
Pacientes atualmente recebendo tratamento com outros medicamentos que prolongam o intervalo QT;
tais como antiarrítmicos das classes IA e III, agentes antipsicóticos, antidepressivos e fluoroquinolonas.
Pacientes com distúrbios eletrolíticos, principalmente em casos de hipocalemia e hipomagnesemia;
Pacientes com bradicardia, arritmia cardíaca ou insuficiência cardíaca clinicamente relevante;
Pacientes idosos: pacientes idosos podem ser mais suscetíveis aos efeitos droga-associados no intervalo
QT.
Atenção: Azitromicina di-hidratada pó para suspensão oral, contém açúcar, portanto, deve ser usado com
cautela em
diabéticos.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Não há evidências de que azitromicina di-hidratada possa afetar a habilidade do paciente de dirigir ou operar
máquinas.
Uso Durante a Gravidez e Lactação
Estudos reprodutivos em animais foram realizados com doses até a concentração moderadamente tóxica para a
mãe. Nestes estudos não foram encontradas evidências de danos ao feto devido a azitromicina. No entanto, não
existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Como os estudos de reprodução em
animais não podem sempre prever a resposta humana, azitromicina di-hidratada só deve ser usado durante a
gravidez se houver clara necessidade.
Foi relatado que a azitromicina pode ser secretada no leite materno, mas não existem estudos clínicos adequados
e bem controlados em mulheres que estão amamentando que caracterizam a farmacocinética da excreção da
azitromicina no leite materno.
Em estudos de fertilidade realizados em ratos, foram observados redução das taxas de gravidez após a
administração de azitromicina. A relevância desta descoberta para os seres humanos é desconhecida.
Azitromicina di-hidratada é um medicamento classificado na categoria B de risco na gravidez. Portanto,
este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgiãodentista.
Uso em Idosos: vide item 8. Posologia e Modo de Usar.
Uso em Crianças: vide item 8. Posologia e Modo de Usar.
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal: vide item 8. Posologia e Modo de Usar.
antiácidos: um estudo de farmacocinética avaliou os efeitos da administração simultânea de antiácidos e
azitromicina, não sendo observado qualquer efeito na biodisponibilidade total; embora o pico de concentração
plasmática fosse reduzido em aproximadamente 25%. Em pacientes que estejam recebendo azitromicina e
antiácidos, os mesmos não devem ser administrados simultaneamente.
cetirizina: em voluntários sadios, a coadministração de azitromicina em um regime de 5 dias com 20 mg de
cetirizina no estado de equilíbrio não resultou em interação farmacocinética nem em alterações significativas no
intervalo QT.
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didanosina (dideoxinosina): a coadministração de 1200 mg/dia de azitromicina com 400 mg/dia de didanosina
em 6 indivíduos HIV-positivos parece não ter afetado a farmacocinética do estado de equilíbrio da didanosina,
quando esta foi comparada ao placebo.
digoxina: tem sido relatado que a administração concomitante de antibióticos macrolídeos incluindo
azitromicina com substratos de P-glicoproteína, tais como digoxina, resultam em um aumento dos níveis séricos
do substrato P-glicoproteina. Portanto, se a azitromicina e substratos P-gp, como digoxina, são administrados
concomitantemente, deve ser considerada a possibilidade de elevadas concentrações de digoxina no soro. São
necessárias a monitoração clínica dos níveis de digoxina no soro durante o tratamento com azitromicina e após a
sua descontinuação.
zidovudina: doses únicas de 1000 mg e doses múltiplas de 1200 mg ou 600 mg de azitromicina tiveram um
pequeno efeito na farmacocinética plasmática ou na excreção urinária da zidovudina ou de seu metabólito
glicuronídeo. Entretanto, a administração de azitromicina aumentou as concentrações do metabólito clinicamente
ativo, a zidovudina fosforilada, nas células mononucleares do sangue periférico. O significado clínico deste
resultado ainda não foi elucidado, porém pode beneficiar os pacientes.
A azitromicina não interage significativamente com o sistema do citocromo P450 hepático. Acredita-se que não
há participação da azitromicina nas interações farmacocinéticas medicamentosas como observado com a
eritromicina e outros macrolídeos. A indução ou inativação do citocromo P450 hepático via complexo
citocromo-metabólito não ocorre com a azitromicina.
ergô: devido à possibilidade teórica de ergotismo, o uso concomitante de azitromicina com derivados do ergo
não é recomendado (vide item 5. Advertências e Precauções).
Foram conduzidos estudos farmacocinéticos entre a azitromicina e os seguintes fármacos conhecidos por
participarem significativamente no metabolismo mediado pelo citocromo P450:
atorvastatina: a coadministração de atorvastatina (10 mg diários) e azitromicina (500 mg diários) não alterou as
concentrações plasmáticas da atorvastatina (baseado em testes de inibição de HMG-CoA redutase). No entanto,
em experiência pós-comercialização tem sido relatados casos de rabdomiólise em pacientes recebendo
azitromicina com estatinas.
carbamazepina: em um estudo de interação farmacocinética em voluntários sadios, não foram observados
efeitos significativos nos níveis plasmáticos da carbamazepina ou de seus metabólitos ativos em pacientes que
receberam azitromicina concomitantemente.
cimetidina: foi realizado um estudo de farmacocinética para avaliar os efeitos de dose única de cimetidina
administrada duas horas antes da azitromicina. Neste estudo não foram observadas quaisquer alterações na
farmacocinética da azitromicina.
anticoagulantes orais do tipo cumarínicos: em um estudo de interação farmacocinética, a azitromicina não
alterou o efeito anticoagulante de uma dose única de 15 mg de varfarina, quando administrada a voluntários
sadios. No período pós-comercialização foram recebidos relatos de potencialização da anticoagulação,
subsequente à coadministração de azitromicina e anticoagulantes orais do tipo cumarínicos. Embora uma relação
causal não tenha sido estabelecida, deve-se levar em consideração a frequência com que é realizada a
monitoração do tempo de protrombina quando a azitromicina é utilizada em pacientes recebendo anticoagulantes
orais do tipo cumarínicos.
ciclosporina: em um estudo de farmacocinética com voluntários sadios que receberam doses orais de 500
mg/dia de azitromicina, por 3 dias e, então dose única oral de 10 mg/kg de ciclosporina, a Cmáx resultante de
ciclosporina e a AUC0-5 foram considerados significativamente elevados. Consequentemente, deve-se ter
cuidado antes de considerar o uso concomitante destes fármacos. Se for necessária a coadministração, os níveis
de ciclosporina devem ser monitorados e a dose deve ser ajustada adequadamente.
efavirenz: a coadministração de uma dose única de 600 mg de azitromicina e 400 mg diários de efavirenz
durante 7 dias não resultou em interações farmacocinéticas clinicamente significativas. Nenhum ajuste de dose é
necessário quando a azitromicina for coadministrada com efavirenz.
fluconazol: a coadministração de uma dose única de 1200 mg de azitromicina não alterou a farmacocinética de
uma dose única de 800 mg de fluconazol. A exposição total e a meia-vida da azitromicina não foram alteradas
pela coadministração de fluconazol, porém foi observada uma diminuição clinicamente insignificante na Cmáx
(18%) da azitromicina. Nenhum ajuste de dose é necessário quando estes fármacos forem coadministrados.
indinavir: a coadministração de uma dose única de 1200 mg de azitromicina não produziu efeito clinicamente
significativo na farmacocinética do indinavir quando administrado em doses de 800 mg, 3 vezes ao dia, durante
5 dias. Nenhum ajuste de dose é necessário quando a azitromicina for coadministrada com indinavir.
metilprednisolona: em um estudo de interação farmacocinética em voluntários sadios, a azitromicina não
produziu efeito significativo na farmacocinética da metilprednisolona.
midazolam: em voluntários sadios, a coadministração de azitromicina 500 mg/dia por 3 dias não causou
alterações clinicamente significativas na farmacocinética e na farmacodinâmica de uma dose única de 15 mg de
midazolam.
nelfinavir: a coadministração de azitromicina (1200 mg) e nelfinavir no estado de equilíbrio (750 mg, a cada 8
horas) resultou num aumento da concentração de azitromicina. Nenhum evento adverso clinicamente
significativo foi observado e nenhum ajuste de dose é necessário.
rifabutina: a coadministração da azitromicina com a rifabutina não afetou as concentrações séricas dos
fármacos.
Foi observada neutropenia em indivíduos tratados com azitromicina e rifabutina concomitantemente. Embora a
neutropenia tenha sido relacionada ao uso da rifabutina, uma relação causal não foi estabelecida para o uso da
combinação da rifabutina com a azitromicina (vide item 9. Reações Adversas).
sildenafila: em voluntários masculinos normais e sadios não houve evidência de efeito da azitromicina (500 mg
diários por 3 dias) na AUC e na Cmáx da sildenafila ou do seu principal metabólito circulante.
terfenadina: estudos farmacocinéticos não demonstraram evidência de interação entre a azitromicina e a
terfenadina. Foram relatados raros casos em que a possibilidade dessa interação não poderia ser totalmente
excluída; contudo, não existem evidências consistentes de que tal interação tenha ocorrido.
teofilina: não há evidência de interação farmacocinética clinicamente significativa quando a azitromicina e a
teofilina são coadministradas em voluntários sadios.
triazolam: em 14 voluntários sadios, a coadministração de azitromicina 500 mg no dia 1 e 250 mg no dia 2 com
0,125 mg de triazolam no dia 2, não produziu efeito significativo em qualquer variável farmacocinética do
triazolam comparada ao triazolam e placebo.
trimetoprima/sulfametoxazol: a coadministração de trimetoprima e sulfametoxazol (160 mg/800 mg) durante 7
dias com 1200 mg de azitromicina não produziu efeito significante nos picos de concentrações, na exposição
total ou excreção urinária tanto de trimetoprima quanto de sulfametoxazol no 7° dia de tratamento. As
concentrações séricas de azitromicina foram similares àquelas observadas em outros estudos. Nenhum ajuste de
dose é necessário.
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30 ºC). Proteger da luz e umidade. Após a reconstituição do pó, a
suspensão obtida deve ser mantida em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC) por um período máximo de 5 dias.
A suspensão não utilizada durante este período deve ser jogada fora.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características do produto: pó branco, que após reconstituição apresenta odor e sabor adocicados.
Como preparar a suspensão oral
1. Agitar vigorosamente o frasco fechado para soltar o pó do fundo.
2. Para abrir o frasco, pressionar fortemente a tampa para baixo, girando no sentido
indicado pelas setas na tampa.
Essa versão não altera nenhuma anterior
Azitromicina_Bula_ProfissionalS 19/7/2013
RDC nº 47 de 08/09/2009
3. Adicionar toda a quantidade de água do diluente no frasco contendo o pó.
4. Colocar a tampa interna no frasco.
5. Tampar o frasco e agitar vigorosamente durante 1 minuto para obter uma suspensão homogênea.
Como administrar a suspensão oral
1. A suspensão deve ser medida cuidadosamente com a seringa de dosagem fornecida na embalagem. Ajustar a
seringa no orifício da tampa interna do frasco, virar o frasco de cabeça para baixo e puxar o êmbolo da seringa,
até que a suspensão alcance o volume prescrito.
2. A suspensão pode ser administrada diretamente da seringa à boca ou, se desejado, pode ser transferida para
uma colher antes da administração.
3. Após a administração, lavar a seringa com água filtrada para que possa ser utilizada novamente.
4. Agitar a suspensão antes de cada administração.
Volume total utilizável da suspensão reconstituída
Frasco de 600 mg - 15 mL
Frasco de 900 mg - 22,5 mL
Frasco de 1500 mg – 37,5 mL
Regime de 1, 3 e 5 dias: a suspensão deve ser medida cuidadosamente com a seringa de dosagem fornecida na
embalagem. Dependendo da dose a ser administrada, pode ser necessário que a seringa seja utilizada mais de
uma vez até atingir a dose prescrita (vide “Como preparar a suspensão oral” e “Como administrar a suspensão
oral”).
POSOLOGIA
Cada 5 mL da suspensão oral reconstituída de azitromicina di-hidratada contém 209,64 mg de azitromicina
diidratada, equivalente a 200 mg de azitromicina base.
Azitromicina di-hidratada deve ser administrado em dose única diária. A posologia de acordo com a infecção
está descrita abaixo e pode ser administrado com ou sem alimentos.
Uso em Adultos
Para o tratamento de doenças sexualmente transmissíveis causadas por Chlamydia trachomatis, Haemophilus
ducreyi ou Neisseria gonorrhoeae suscetível, a dose é de 1000 mg em dose oral única.
Para todas as outras indicações nas quais é utilizada a formulação oral, uma dose total de 1500 mg deve ser
administrada em doses diárias de 500 mg, durante 3 dias. Como alternativa, a mesma dose total pode ser
administrada durante 5 dias, em dose única de 500 mg no primeiro dia e 250 mg, 1 vez ao dia, do segundo ao
quinto dia.
Uso em Crianças
A dose máxima total recomendada para qualquer tratamento em crianças é de 1500 mg.
Em geral, a dose total em crianças é de 30 mg/kg. No tratamento para faringite estreptocócica pediátrica deveria
ser administrada sob diferentes esquemas posológicos (vide a seguir).
A dose total de 30 mg/kg deve ser administrada em dose única diária de 10 mg/kg, durante 3 dias, ou a mesma
dose total pode ser administrada durante 5 dias, em dose única de 10 mg/kg no primeiro dia e 5 mg/kg, 1 vez ao
dia, do segundo ao quinto dia.
Uma alternativa para o tratamento de crianças com otite média aguda é dose única de 30 mg/kg.
Para o tratamento da faringite estreptocócica em crianças, foi demonstrada a eficácia da azitromicina
administrada em dose única diária de 10 mg/kg ou 20 mg/kg por 3 dias; entretanto não se deve exceder a dose
diária de 500 mg. Em estudos clínicos comparativos, utilizando esses dois regimes de doses, foi observada uma
eficácia clínica similar. Porém, a erradicação bacteriológica foi maior e mais evidente com a dose de 20
mg/kg/dia. Entretanto, a penicilina é geralmente o fármaco escolhido para o tratamento da faringite causada pelo
Streptococcus pyogenes, incluindo a profilaxia da febre reumática.
A dose de azitromicina di-hidratada deve ser medida cuidadosamente com a seringa de dosagem fornecida na
embalagem.
Antes de preparar a suspensão vide “Como preparar a suspensão oral”.
Peso Regime de 3 dias Regime de 5 dias Frasco
< 15 kg: 10 mg/kg em dose única
diária, durante 3 dias.
10 mg/kg no 1º dia, seguido por 5 mg/kg
durante 4 dias, administrados em dose
única diária.
600 mg
15-25 kg: 200 mg (5 mL) em dose
única diária, durante 3
dias.
200 mg (5 mL) no 1º dia, seguido por 100
mg (2,5 mL) durante 4 dias,
administrados em dose única diária.
26-35 kg: 300 mg (7,5 mL) em dose
300 mg (7,5 mL) no 1º dia, seguido por
150 mg (3,75 mL) durante 4 dias,
900 mg
36-45 kg: 400 mg (10 mL) em
dose única diária,
durante 3 dias.
400 mg (10 mL) no 1º dia, seguido por
200 mg (5 mL) durante 4 dias,
1200 mg (2
frascos de
600mg)
Acima de 45 kg: Dose igual a de adultos. Dose igual a de adultos 1500 mg
Otite Média – Regime de 1 Dia
Doses calculadas considerando a administração de uma dose única de 30 mg/kg
Peso Total de mg por
tratamento
Total de mL por
tratamento (200 mg/5 mL)
5 kg 150 mg 3,75 mL
10 kg 300 mg 7,50 mL
20 kg 600 mg 15,0 mL
30 kg 900 mg 22,5 mL
40 kg 1200 mg 30,0 mL
> 50 kg 1500 mg 37,5 mL
Uso em Pacientes Idosos
A mesma dose utilizada em pacientes adultos pode ser utilizada em pacientes idosos. Pacientes idosos podem ser
mais susceptíveis ao desenvolvimento de arritmias Torsades de Pointes do que pacientes mais jovens (vide item
5. Advertências e Precauções).
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal leve a moderada (taxa de filtração
glomerular 10 – 80 mL/min). No caso de insuficiência renal grave (taxa de filtração glomerular < 10 mL/min)
azitromicina di-hidratada deve ser administrado com cautela (vide item 5. Advertências e Precauções e item 3.
Características Farmacológicas).
Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática
As mesmas doses que são administradas a pacientes com a função hepática normal podem ser utilizadas em
pacientes com insuficiência hepática leve a moderada (vide item 5. Advertências e Precauções).
Posologia para pacientes que iniciaram tratamento com azitromicina di-hidratada IV - Substituição do
tratamento intravenoso pelo tratamento oral.
A dose recomendada de azitromicina di-hidratada, pó para solução para infusão, para o tratamento de pacientes
adultos com pneumonia adquirida na comunidade causada por organismos sensíveis é de 500 mg, em dose única
diária, por via intravenosa, durante no mínimo, 2 dias. O tratamento intravenoso deve ser seguido por
azitromicina di-hidratada, via oral, em dose única diária de 500 mg até completar um ciclo terapêutico de 7 a 10
dias. A substituição do tratamento intravenoso pelo tratamento oral deve ser estabelecida a critério médico, de
acordo com a resposta clínica.
A dose recomendada de azitromicina di-hidratada IV, pó para solução para infusão, para o tratamento de
pacientes adultos com doença inflamatória pélvica causada por organismos sensíveis é de 500 mg, em dose única
diária, por via intravenosa, durante 1 ou 2 dias. O tratamento intravenoso deve ser seguido por azitromicina di-
hidratada, via oral, em dose única diária de 250 mg até completar um ciclo terapêutico de 7 dias. A substituição
do tratamento intravenoso pelo tratamento oral deve ser estabelecida a critério médico, de acordo com a resposta
clínica.
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça de administrar azitromicina di-hidratada no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que
lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e
utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O
esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Azitromicina di-hidratada é bem tolerado, apresentando baixa incidência de efeitos colaterais.
Em estudos clínicos foram relatados os seguintes efeitos indesejáveis:
Sanguíneo e Linfático: episódios transitórios de uma leve redução na contagem de neutrófilos foram
ocasionalmente observados nos estudos clínicos.
Ouvido e Labirinto: disfunções auditivas, incluindo perda de audição, surdez e/ou tinido, foram relatados por
pacientes recebendo azitromicina. Muitos desses eventos foram associados ao uso prolongado de altas doses em
estudos clínicos. Nos casos em que informações de acompanhamento estavam disponíveis, foi observado que a
maioria desses eventos foi reversível.
Gastrintestinal: náusea, vômito, diarreia, fezes amolecidas, desconforto abdominal (dor/cólica) e flatulência.
Hepatobiliar: disfunção hepática.
Pele e Tecido Subcutâneo: reações alérgicas incluindo rash e angioedema.
Em experiência pós-comercialização, foram relatados os seguintes efeitos indesejáveis:
Infecções e Infestações: monilíase e vaginite.
Sanguíneo e Linfático: trombocitopenia.
Sistema Imunológico: anafilaxia (raramente fatal) (vide item 5. Advertências e Precauções).
Metabolismo e Nutrição: anorexia.
Psiquiátrico: reação agressiva, nervosismo, agitação e ansiedade.
Sistema Nervoso: tontura, convulsões, cefaleia, hiperatividade, hipoestesia, parestesia, sonolência e desmaio.
Casos raros de distúrbio de paladar/ olfato e/ou perda foram relatados.
Ouvido e Labirinto: surdez, zumbido, alterações na audição, vertigem.
Cardíaco: palpitações e arritmias incluindo taquicardia ventricular foram relatados. Há relatos raros de
prolongamento QT e Torsades dePpointes. (vide item 5. Advertências e Precauções).
Vascular: hipotensão.
Gastrintestinal: vômito/diarreia (raramente resultando em desidratação), dispepsia, constipação, colite
pseudomembranosa, pancreatite e raros relatos de descoloração da língua.
Hepatobiliar: hepatite e icterícia colestática foram relatadas, assim como casos raros de necrose hepática e
insuficiência hepática, a qual resultou em morte (vide item 5. Advertências e Precauções).
Pele e Tecido Subcutâneo: reações alérgicas incluindo prurido, rash, fotossensibilidade, edema, urticária e
angioedema. Foram relatados raros casos de reações dermatológicas graves, incluindo eritema multiforme,
síndrome de Stevens Johnson e necrólise epidérmica tóxica.
Músculo-Esquelético e Tecido Conjuntivo: artralgia.
Renal e Urinário: nefrite intersticial e disfunção renal aguda.
Geral: foi relatado astenia, cansaço, mal-estar.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.