Bula do b -Platin produzido pelo laboratorio Blau Farmacêutica S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Blau Farmacêutica S/A.
B-PLATIN®
Blau Farmacêutica S.A.
Solução injetável
10 mg/mL
Pó liófilo
150 mg
MODELO DE BULA PROFISSIONAL DE SAÚDE – RDC 47/09
carboplatina
APRESENTAÇÕES
Solução injetável contendo 50 mg de carboplatina em 5 mL. Embalagem contendo 01 frasco-ampola de 5 mL.
Solução injetável contendo 150 mg de carboplatina em 15 mL. Embalagem contendo 01 frasco-ampola de 15 mL.
Solução injetável contendo 450 mg de carboplatina em 45 mL. Embalagem contendo 01 frasco-ampola de 45 mL.
Pó liófilo injetável. Embalagem contendo 01 frasco-ampola de 150 mg.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO INJETÁVEL APENAS POR VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de solução injetável contém:
carboplatina .............................................................................................................................................................50 mg, 150 mg ou 450 mg
excipientes*................................................................................................................................................................................................q.s.p.
*Componentes não ativos: água para injetáveis. Pode ser utilizado ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio durante a fabricação para
ajuste de pH.
Cada frasco-ampola de pó liófilo contém:
carboplatina ............................................................................................................................................................................................150 mg
excipiente** .............................................................................................................................................................................................q.s.p.
**Componente não ativo: manitol
I) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A carboplatina, princípio ativo de B-Platin®
(carboplatina), faz parte da segunda geração de derivados da cisplatina que mostram
atividade antineoplásica contra uma série de malignidades.
B-Platin®
(carboplatina) está indicado no tratamento de estados avançados do carcinoma de ovário de origem epitelial (incluindo
tratamentos de segunda linha e paliativo em pacientes que já tenham recebido medicamentos contendo cisplatina). Está também indicado
no tratamento do carcinoma de pequenas células de pulmão, nos carcinomas espinocelulares de cabeça e pescoço e nos carcinomas de
cérvice uterina.
Oitenta e oito pacientes com câncer epitelial de ovário fase IIB-III foram randomizados para receber em primeira linha cisplatina como
único agente (100 mg/m2
) mensal ou carboplatina (400 mg/m2
) mensal de até 5 ciclos. Crossover para o análogo inverso ocorreu com a
progressão ou a falta de resposta. O número mediano de episódios de vômitos por ciclo com cisplatina foi 16 e com carboplatina 2 (p <
0,001). No braço cisplatina 27/40 (67,5 %) desenvolveram toxicidade renal leve, 9/40 (22,5%) neurotoxicidade OMS grau 1 e 18/40
(45%) evidência de ototoxicidade em audiometria. No braço carboplatina não foi observada neuro ou ototoxicidade e 1/40 (2,5%)
desenvolveram toxicidade renal OMS grau 1. Mielossupressão e anemia foram mais comuns com carboplatina, mas apenas um episódio
de trombocitopenia grau IV foi visto com a primeira linha de carboplatina. A taxa de resposta clínica (CR + PR) para a cisplatina foi de
19/40 e para carboplatina 27/40. A sobrevida atuarial para o grupo cisplatina em 24 meses foi de 50% e para o grupo de carboplatina
58%, sem diferença significativa. Carboplatina parece ser menos tóxica do que a cisplatina, com taxas de sobrevida e resposta
semelhantes1
.
Meta-análise de 17 ensaios clínicos randomizados, compreendendo 4.920 pacientes, que comparam regimes à base de platina como
tratamento de primeira linha para carcinoma de pequenas células de pulmão mostrou que regimes a base de platina foram associados com
uma sobrevivência ligeiramente superior em um ano (RR = 1,08, IC de 95% 1,01-1,16, p = 0,03), melhor resposta parcial (RR = CI 1,11,
95% 1,02-1,21, p = 0,02) e com um maior risco de anemia, náuseas e neurotoxicidade. Regimes baseados em cisplatina melhoraram a
sobrevida em 1 ano (RR = 1,16, 95% CI 1,06-1,27, p = 0,001), resposta completa (RR = 2,29, 95% CI 1,08-4,88, p = 0,03) e resposta
parcial (RR = 1,19, IC de 95% 1,07-1,32, p = 0,002), com um aumento do risco de anemia, neutropenia, neurotoxicidade e náuseas. Por
outro lado, os regimes baseados em carboplatina não aumentaram a taxa de sobrevivência em 1 ano (RR = 0,95, 95% CI 0,85-1,07, p =
0,43). Houve diferença estatisticamente significativa entre o efeito da cisplatina em comparação com carboplatina (p = 0,05)2
Quinze pacientes com carcinoma de cabeça e pescoço recorrente, previamente tratados com quimioterapia de indução (Cisplatina e 5-
FU), seguido por quimio e radioterapia foram tratados com carboplatina AUC 5 e paclitaxel 175 mg/m2
por via intravenosa a cada 3
semanas. Todos os pacientes foram avaliados quanto à resposta e toxicidade. Após três ciclos de quimioterapia, observou-se uma resposta
completa (6,6%) e 7 respostas parciais (46,6%), com uma taxa de resposta geral de 53,2% (IC 95% 26,6-78,7%). Doença estável foi
observada em 2 pacientes (13,3%) e doença progressiva foi observada em cinco pacientes (33,3%). A toxicidade foi leve: foi registrado
um caso de toxicidade G3 (neutropenia) e nenhum efeito colateral G4. Os autores concluem que a combinação de carboplatina e
paclitaxel foi bem tolerada e pode ser administrada com segurança a pacientes com carcinoma de cabeça e pescoço recorrente como
tratamento de segunda linha3
Referências:
1. Adams M et al. A Comparison of the Toxicity and Efficacy of Cisplatin and Carboplatin in Advanced Ovarian Cancer. Acta
Oncologica 1989, Vol. 28, No. 1 , Pages 57-60.
Blau Farmacêutica S/A.
2. Rajeswaran A et al. Efficacy and side effects of cisplatin- and carboplatin-based doublet chemotherapeutic regimens versus non-
platinum-based doublet chemotherapeutic regimens as first line treatment of metastatic non-small cell lung carcinoma: A systematic
review of randomized controlled trials. Lung Cancer 2008, 59(1):1-11.
3. Ferrari D et al. Safety and efficacy of the combination carboplatin and paclitaxel in patients (pts) with recurrent head and neck
squamous cell carcinoma (HNSCC). Journal of Clinical Oncology, 2006 ASCO Annual Meeting Proceedings (Post-Meeting Edition).
Vol 24, No 18S (June 20 Supplement), 2006: 15534.
Propriedades Farmacodinâmicas
Grupo farmacodinâmico: a carboplatina é um agente antineoplásico composto de platina.
Mecanismo de ação: a carboplatina se liga ao DNA através de ligações cruzadas nas duas cadeias, alterando a configuração da hélice e
inibindo sua síntese. O efeito é provavelmente independente do ciclo.
Propriedades farmacodinâmicas: a carboplatina é um composto de platina, cis-diamina (1,1-ciclobutanodicarboxil) platina, com efeito
antineoplásico. As propriedades bioquímicas são similares às da cisplatina.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção: após dose única por via intravenosa, sob infusão por 60 minutos, a concentração plasmática de platina total e platina livre
(ultra filtrada) apresenta redução bifásica conforme cinética de primeira ordem. A meia-vida inicial da platina livre é da ordem de
magnitude de 1 a 2 horas e a meia-vida final é de 3 a 6 horas. A platina total tem a mesma meia-vida inicial, enquanto que a meia-vida
final é mais baixa (aproximadamente 24 horas). Uma relação aproximadamente linear entre a dose (na área de 300 - 500 mg/m2
) e a AUC
plasmática de platina total e livre é atingida. Repetidas doses de carboplatina durante 4 dias consecutivos não causam acúmulos de platina
no plasma. Após 24 horas da administração da dose, 85% da platina plasmática está ligada a proteínas.
Distribuição: o volume de distribuição para carboplatina é de 16 litros.
Eliminação: a carboplatina é excretada principalmente através da urina, na qual 30% da dose é secretada inalterada. Em pacientes com
clearance de creatinina de 60 mL/min ou mais, 65% e 70% da dose é recuperada após 12 e 24 horas respectivamente. O clearance total da
carboplatina é de 4,4 litros/hora.
Dados de segurança pré-clínicos
A DL50 da carboplatina intravenosa é de 150 e 61 mg/kg para camundongos e ratos respectivamente e acima de 31,1 mg/kg para cães. Os
principais órgãos atingidos após administração única foram sistema hematolinfopoiético, rins e trato gastrintestinal. Efeitos tóxicos após
repetidas doses foram investigados em camundongos, ratos e cães. Os principais órgãos atingidos foram sistema hematolinfopoiético,
trato gastrintestinal, rins, fígado e órgãos reprodutivos de ambos machos e fêmeas.
O tratamento de ratos, machos e fêmeas, com carboplatina intravenosa antes do acasalamento e até a implantação, causou aumento da
letalidade fetal e diminuição de fetos vivos. O tratamento de ratas grávidas com carboplatina intravenosa durante a organogenese (dias 7 -
17) causou retardo no desenvolvimento e crescimento fetal e crescimento pós-natal lento. O tratamento sem interrupção de ratas a partir
do 17º dia de gravidez, passando pelo período de amamentação, até o desmame, não causou qualquer efeito no nascimento, na viabilidade
ou no desenvolvimento da prole.
Carboplatina apresentou-se genotóxica na maioria dos testes in vitro e in vivo que foram conduzidos.
Estudos de toxicidade demonstraram que o extravasamento da injeção causa necrose tissular.
A administração de B-Platin®
(carboplatina) está contraindicada a pacientes com insuficiência renal grave, mielodepressão grave e/ou na
presença de sangramento volumoso. Está também contraindicada a pacientes com hipersensibilidade à carboplatina ou a outros
compostos contendo platina (por exemplo, cisplatina) e a pacientes grávidas ou que estejam amamentando.
Categoria de risco na gravidez: D
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.
Gerais
B-Platin®
(carboplatina) deve apenas ser administrado sob constante supervisão de médicos experientes em terapia citotóxica.
Monitoração cuidadosa da toxicidade é mandatória, particularmente no caso de administração de altas doses.
A carboplatina é um fármaco altamente tóxico, com estreito índice terapêutico e é improvável que ocorra efeito terapêutico sem alguma
evidência de toxicidade.
Função da Medula Óssea
A supressão da medula óssea (leucopenia, neutropenia e trombocitopenia) é dose-dependente e é a toxicidade dose-limitante da
carboplatina. Contagens de células sanguíneas periféricas devem ser realizadas em intervalos frequentes (por exemplo semanalmente) em
pacientes que estão recebendo carboplatina. Embora na dose recomendada a toxicidade hematológica da carboplatina seja moderada e
reversível, mielossupressão grave (especialmente trombocitopenia) pode ocorrer em pacientes com insuficiência renal e em pacientes que
estejam concomitantemente recebendo ou que receberam medicamentos mielosupressores ou terapia radioativa. O critério de ajuste de
dose para pacientes que apresentam mielosupressão após uma dose de carboplatina está descrito no item 8. Posologia e Modo de usar. O
nadir (efeito deteriorante máximo) para as plaquetas verifica-se, em geral, entre os dias 14 e 21 após o tratamento inicial e, para os
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leucócitos, entre os dias 14 e 28. As contagens mínimas devem ser de 50.000/mm3
para as plaquetas e de 2.000/mm3
para os leucócitos.
No caso de contagens inferiores, deve-se suspender a terapia até que haja recuperação completa, o que ocorre normalmente em 5 a 6
semanas. Nos casos mais graves, pode ser necessária uma transfusão sanguínea de apoio, uma vez que a anemia é cumulativa. Como
alternativa para redução da dose, a administração da dose terapêutica total pode ser atrasada até a recuperação das contagens de
neutrófilos e plaquetas (valores maiores ou iguais a 2.000/mm3
e 100.000/mm3
, respectivamente). O tratamento da toxicidade
hematológica grave pode requerer cuidados de suporte, agentes anti-infecciosos para infecções complicadas, transfusões de produtos
sanguíneos, resgate com medula óssea autóloga, transplante de células-tronco periféricas e fatores estimulantes de colônia.
Função Renal
A carboplatina é excretada principalmente na urina e a função renal deve ser monitorada em pacientes que estejam recebendo este
medicamento. O clearance de creatinina parece ser a medida mais sensível para a função renal em pacientes que estão recebendo este
medicamento. O critério de ajuste de dose para pacientes que apresentam função renal prejudicada está descrito no item “Posologia”.
Diferentemente da cisplatina, a hidratação pré e pós tratamento não são necessárias com a carboplatina, que é um fármaco que possui um
potencial de nefrotoxicidade baixo, entretanto, a terapia prévia com cisplatina ou administração concomitante com outros fármacos
nefrotóxicos (exemplo: antibióticos aminoglicosídeos) podem aumentar o risco de nefrotoxicidade (vide item 6. Interações
Medicamentosas).
Sistema Nervoso Central / Funções Auditivas
Devem ser realizadas regularmente monitorações e avaliações neurológicas antes e após o tratamento, particularmente em pacientes
previamente tratados com cisplatina e em pacientes com mais de 65 anos de idade.
A toxicidade neurológica periférica é geralmente rara e branda. A carboplatina pode causar ototoxicidade cumulativa e a frequência e
gravidade dos distúrbios auditivos aumenta nos esquemas posológicos com altas doses ou doses repetidas, ou no caso de tratamento
prévio com cisplatina (também ototóxica). Audiogramas devem ser realizados antes do início da terapia e durante o tratamento ou quando
houver sintomas auditivos. A deterioração clinicamente importante da função auditiva pode requerer modificações da dose ou
descontinuação da terapia.
Efeitos gastrintestinais
A carboplatina pode induzir emese. A incidência e gravidade da emese pode ser reduzida pelo pré-tratamento com antieméticos ou
através da administração da carboplatina em infusão intravenosa por 24 horas, ou como administração intravenosa em doses fracionadas
em 5 dias consecutivos ao invés de uma infusão única.
Inibidores seletivos dos receptores serotonérgicos do tipo 3 (5HT3) (exemplo: ondansetron) ou benzamidas substituídas (exemplo:
metoclopramida) podem ser particularmente efetivos, e a terapia combinada pode ser considerada para pacientes que apresentam efeitos
emetogênicos graves ou persistentes.
Reações de hipersensibilidade
Assim como com outros compostos contendo complexos de platina, reações alérgicas à carboplatina foram relatadas. Os pacientes devem
ser monitorados quanto a possíveis reações alérgicas anafilactóides, e equipamento e medicações apropriados devem estar prontamente
disponíveis para tratar tais reações (por exemplo, anti-histamínicos, corticosteróides, epinefrina, oxigênio) sempre que B-Platin®
(carboplatina) for administrado.
Mutagenicidade e carcinogenicidade
Estudos em animais demonstraram que a carboplatina é mutagênica e teratogênica. A carboplatina pode causar dano fetal quando
administrada a mulheres grávidas. Não foi estudado o potencial carcinogênico da carboplatina, embora compostos com mecanismo de
ação semelhante tenham sido relatados como carcinogênicos.
Efeitos Imunossupressores / Aumento da suscetibilidade a infecções
Administração de vacinas vivas ou vivas-atenuadas em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos incluindo
carboplatina pode resultar em infecções sérias ou fatais. Vacinação com vacinas atenuadas deve ser evitada em pacientes recebendo B-
Platin®
(carboplatina). Vacinas mortas ou inativas podem ser administradas, entretanto, a resposta a estas vacinas pode ser diminuída.
Uso em Crianças
Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em crianças.
Uso em Idosos
Dos 789 pacientes inicialmente tratados no estudo de terapia combinada (NCIC e SWOG), 395 pacientes foram tratados com carboplatina
em combinação com a ciclofosfamida. Destes, 141 tinham mais que 65 anos de idade e 22 deles tinham 75 anos ou mais. Neste estudo a
idade não foi um fator prognóstico de sobrevivência. Em relação à segurança, pacientes idosos tratados com a carboplatina estavam mais
propensos a desenvolver trombocitopenia grave quando comparados aos pacientes mais jovens. Em dados combinados de 1942 pacientes
(414 com 65 anos ou mais) que receberam a carboplatina como agente único para diferentes tipos de tumores, uma incidência similar dos
eventos adversos foi observada nos pacientes com 65 anos ou mais e em pacientes com idade inferior a 65 anos. Outras experiências de
relatos clínicos não identificaram respostas diferentes entre os pacientes idosos e os mais jovens, mas a sensibilidade maior de alguns
pacientes idosos não pode ser descartada. A função renal deve ser considerada na seleção da dose da carboplatina devido à função renal
dos idosos muitas vezes estar diminuída (vide item 8. Posologia e Modo de usar).
Uso durante a Gravidez
A carboplatina pode causar danos ao feto quando administrado a mulheres grávidas. B-Platin®
(carboplatina) deve ser utilizado em
mulheres grávidas apenas em situações de risco de morte ou diante da impossibilidade de uso de medicamentos seguros ou quando outros
medicamentos são ineficazes.
Caso B-Platin®
(carboplatina) seja utilizado durante a gravidez, ou se a paciente engravidar durante o tratamento, a paciente deverá ser
alertada sobre os riscos potenciais para o feto. As mulheres em idade fértil devem ser alertadas a evitar a gravidez durante o tratamento
com B-Platin®
(carboplatina).
Categoria de risco na gravidez: D
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.
Uso durante a Lactação
Não está claramente estabelecido se a carboplatina ou seus metabólitos contendo platina são excretados no leite materno. No entanto,
devido ao risco potencial de reações adversas sérias em lactentes caso o fármaco passe para o leite, a amamentação deve ser
descontinuada durante a terapia.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
O efeito da carboplatina sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi sistematicamente avaliado.
B-Platin®
(carboplatina) é, na maioria das vezes, utilizado em combinação com fármacos antineoplásicos que possuem efeitos citotóxicos
similares. Nessas circunstâncias, é provável a ocorrência de toxicidade aditiva.
O uso concomitante de B-Platin®
(carboplatina) e outros agentes mielossupressores ou radioterapia pode potencializar a toxicidade
hematológica.
Uma incidência aumentada de vômitos tem sido relatada quando a carboplatina e outros fármacos emetogênicos são administrados
concomitantemente ou quando a carboplatina é administrada a pacientes recebendo terapia emetogênica prévia.
A administração concomitante de carboplatina e aminoglicosídeos resulta em risco aumentado de nefrotoxicidade e/ou ototoxicidade, e os
fármacos devem ser utilizados concomitantemente com cautela. O uso de outros fármacos nefrotóxicos resulta em potencialização dos
efeitos renais pela carboplatina.
A carboplatina interage com o alumínio levando à formação de um precipitado preto de platina e perda da potência. Kits de infusão
intravenosa, agulhas, cateteres e seringas contendo alumínio não devem ser utilizados para administração.
B-Platin®
(carboplatina) deve ser conservado em temperatura ambiente entre 15ºC e 30ºC, protegido da luz. Não congelar.
O medicamento é de uso único e qualquer solução não utilizada deve ser devidamente descartada.
Prazo de validade da solução injetável: 18 meses a partir da data de fabricação.
Prazo de validade do pó liófilo: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
(carboplatina) solução injetável apresenta-se na forma de solução incolor a levemente amarelado.
(carboplatina) pó liófilo apresenta-se na forma de pó liofilizado de coloração branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
B-Platin®
(carboplatina) pode ser administrado tanto como agente único ou em combinação com outros medicamentos antineoplásicos.
(carboplatina) deve ser utilizado apenas por via intravenosa e deve ser administrado por infusão IV por um período de no
mínimo 15 minutos.
A dose de carboplatina pode ser determinada através de: 1) Função Renal e 2) Área de superfície corporal.
1) Determinação de dose de carboplatina baseada na função renal:
Atualmente a maneira mais segura e aceitável de determinar a dose de carboplatina é através da função renal utilizando a TFG do
paciente (taxa de filtração glomerular) e da fórmula de Calvert para obter a AUC (área sob a curva) recomendada, normalmente no
intervalo de 4 - 8 mg/mL x min, dependendo do protocolo, status pré-tratamento, radioterapia concomitante ou comorbidades que possam
afetar a função renal do paciente. Este método considera o impacto do tratamento prévio na função renal, que pode requerer doses mais
baixas para pacientes com função renal debilitada. A dosagem por este método é calculado em “mg” e não por mg/m2
.
Fórmula de Calvert:
Dose total (mg) = (AUC estabelecida) x (TFG + 25).
2) Dose de carboplatina baseada na Área de Superfície Corporal:
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Alternativamente, a dose pode ser baseada na área de superfície corporal do paciente (m2
). Se o paciente for obeso ou tiver grave retenção
de fluidos, o peso corporal ideal pode ser usado para estimar a dose.
Terapia como agente único
A dose única inicial recomendada é de 360 a 400 mg/m2
Terapia concomitante
A carboplatina tem sido utilizada concomitantemente com outros fármacos antineoplásicos e a posologia varia de acordo com o protocolo
adotado. Deve-se realizar os ajustes de dose necessários, de acordo com o esquema posológico utilizado e com os resultados da
monitorização hematológica. Em combinação com outros agentes citotóxicos, a dose inicial de carboplatina recomendada é de 300
mg/m2
. Como regra geral, a administração de B-Platin ® (carboplatina) deve ser feita em intervalos cíclicos de 4 semanas. A dose
terapêutica de carboplatina deve ser ajustada de acordo com a situação da medula óssea e função renal, conforme descrito a seguir:
Medula óssea: a determinação do nadir hematológico durante o tratamento com B-Platin ® (carboplatina) é recomendada para ajuste de
dose. Para pacientes que apresentem contagem de plaquetas e neutrófilos acima de 100.000 e 2.000/mm3
respectivamente, a dose de
carboplatina pode ser aumentada 25%. Entretanto, doses maiores que 125% da dose inicial não são recomendadas. Para pacientes que
apresentem contagem de plaquetas e neutrófilos nos intervalos de 100.000 a 50.000 e de 2.000 a 500/mm3
respectivamente, não é
necessário ajuste de dose. Para pacientes que apresentem toxicidade hematológica moderada a grave (como, por exemplo, contagem de
plaquetas e neutrófilos abaixo de 50.000 e 500/mm3
respectivamente), uma redução de dose de 25% deve ser considerada, tanto em
terapia única como em terapia combinada.
Na presença de fatores de risco tais como baixo status de performance, terapias extensivas anteriores com mielossupressores e/ou idade
superior a 65 anos, a redução da dose de 20 - 25% é aconselhável; cuidados também são necessários quando B-Platin ® (carboplatina) for
administrado a pacientes que receberam previamente tratamento com fármacos nefrotóxicos, como a cisplatina.
A carboplatina interage com o alumínio levando à formação de um precipitado e perda da potência; portanto, não utilize materiais
contendo partes de alumínio na preparação ou administração de B-Platin ® (carboplatina).
Antes da administração, inspecione visualmente se há material particulado ou descoloração na solução de B-Platin ® (carboplatina). Use
a solução assim que possível após a preparação (vide item 8. Posologia e Modo de usar - Cuidados de Administração).
Uso em Crianças
Não há informações suficientes que permitam recomendações posológicas específicas.
CUIDADOS DE ADMINISTRAÇÃO
A carboplatina interage com o alumínio constituinte de agulhas, seringas e cateteres, levando à formação de um precipitado e
perda da potência. Não se deve, portanto, utilizar materiais contendo partes de alumínio que possam entrar em contato com
carboplatina na sua preparação ou administração.
Solução injetável
Antes de sua administração, esse produto pode ser diluído com solução glicosada a 5% para infusão, numa concentração de 0,1 mg/mL.
B-Platin ® (carboplatina) não contém qualquer tipo de conservante. O produto é acondicionado em frascos-ampola para dose única e
deve-se descartar qualquer resíduo não utilizado. Para reduzir o risco de contaminação microbiana, recomenda-se que a diluição do
produto para infusão seja realizada imediatamente antes do uso e que o procedimento de infusão se inicie o mais rapidamente possível
após a preparação da solução. Antes da administração, soluções de B-Platin ® (carboplatina) devem ser inspecionadas visualmente
quanto à presença de material particulado ou mudança na coloração.
Pó liófilo
Imediatamente antes do uso, o conteúdo do frasco-ampola deve ser diluído em água para injeção, glicose 5% para injeção ou soro
fisiológico 0,9% para injeção, com concentração final de 10 mg/mL. Carboplatina pode ser diluída até concentrações de 0,5 mg/mL.
Drogas de uso parenteral devem ser minuciosamente inspecionadas visualmente quanto a partículas suspensas antes da administração.
Precauções especiais de utilização e manipulação
Precauções usuais para manuseio e preparo de medicamentos citotóxicos devem ser realizados durante a reconstituição e administração
de B-Platin ® (carboplatina).
A equipe deve ser treinada com boas técnicas para reconstituição e manuseio. Não é recomendável a manipulação de agentes citotóxicos,
como a carboplatina, por mulheres grávidas.
A preparação deve ser realizada numa área reservada em fluxo laminar vertical, com a bancada de trabalho coberta com material
descartável constituído por papel absorvente de um lado e plástico de outro.
Deve-se tomar cuidado para evitar a inalação de partículas e a exposição da pele à carboplatina.
Roupas protetoras adequadas devem ser usadas, tais como, luvas de PVC, óculos de segurança, bata protetora e máscaras descartáveis.
Recomenda-se checar se os encaixes do conjunto de seringas estão firmes para evitar vazamentos.
Em caso de contato acidental com os olhos, lavar com água ou solução salina. Se a pele entrar em contato com o medicamento, lavar com
muita água e, nos dois casos, procurar auxílio médico. Procure imediatamente um médico caso B-Platin ® (carboplatina) seja ingerido ou
inalado.
Todos os materiais, agulhas, seringas, frascos e outros itens que tiveram contato com medicamentos citotóxicos devem ser incinerados.
Excreções também devem ser tratadas da mesma forma. Superfícies contaminadas devem ser lavadas com grande quantidade de água.
Recomenda-se a utilização de seringas "Luer-Lock" ajustáveis e de largo diâmetro interno para minimizar a pressão e eventual formação
de "aerossol". A formação de "aerossol" pode ser diminuída pela utilização, durante a preparação, de agulha com vácuo.
Precauções especiais para eliminação dos materiais utilizados na preparação do produto
Os materiais utilizados na preparação das soluções de carboplatina, ou materiais usados para proteção corporal, devem ser colocados num
saco de polietileno duplamente selado e incinerados a 1100ºC.
Procedimentos em caso de Extravasamento
Em caso de extravasamento, o acesso à área afetada deve ser restringido. Utilizar dois pares de luvas (borracha látex), máscara
respiratória, bata protetora e óculos de segurança. Limitar a extensão do extravasamento utilizando uma toalha absorvente ou grânulos
adsorventes. Pode-se também utilizar ácido sulfúrico 3M com permanganato de potássio 0,3M (2:1) ou hipoclorito de sódio 5%. Reunir o
material absorvente/adsorvente e outros resultantes do extravasamento e colocá-los num recipiente de plástico estanque, rotulando-o de
acordo com o conteúdo. Os resíduos citotóxicos devem ser considerados perigosos ou tóxicos e claramente rotulados "RESÍDUO
CITOTÓXICO PARA INCINERAÇÃO A 1100ºC". Estes resíduos devem ser incinerados a essa temperatura durante, pelo menos, 1
segundo. Lavar o restante da área de extravasamento com quantidade abundante de água.
Dose Omitida
Como B-Platin ® (carboplatina) é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que
acompanha o caso. Se o paciente não receber uma dose deste medicamento, o médico deve redefinir a programação do tratamento. O
esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Muitos efeitos colaterais do tratamento com B-Platin ® (carboplatina) são inevitáveis devido as suas ações farmacológicas. No entanto,
os efeitos adversos são geralmente reversíveis se detectados precocemente.
As reações adversas como relatadas para os vários sistemas são as seguintes:
Tumores benignos, malignos e inespecíficos: raros casos de desenvolvimento de leucemias mielóides agudas e síndromes
mielodisplásicas foram observados em pacientes que foram tratados com carboplatina, principalmente quando tratados em combinação
com outros agentes potencialmente leucemogênicos.
Sangue e sistema linfático: a principal toxicidade dose-limitante da carboplatina é a supressão da medula óssea, que é manifestada pela
trombocitopenia, leucopenia, neutropenia e/ou anemia. A mielosupressão é relacionada à dose. O nadir de plaquetas e
leucócitos/granulócitos normalmente ocorre duas a três semanas após a administração do fármaco. Recuperação é geralmente adequada a
fim de permitir a administração subsequente de dose de carboplatina após 4 semanas da administração anterior. Anemia (hemoglobina
abaixo de 11 g/dL), que pode ser sintomática, ocorre em grande parte dos pacientes. Este efeito pode ser cumulativo e transfusões podem
ser necessárias particularmente em pacientes sob terapia prolongada (exemplo: mais de 6 ciclos). Sequelas clínicas de medula
óssea/toxicidade hematológica tais como febre, infecções, sepse/choque séptico e hemorragia podem ser observadas.
Metabolismo e nutrição: podem ocorrer anormalidades dos eletrólitos (hipocalemia, hipocalcemia, hiponatremia e/ou hipomagnesia).
Sistema nervoso: neuropatias periféricas podem ocorrer, principalmente na forma de parestesias e uma diminuição dos reflexos dos
tendões profundos. O efeito, mais comum em pacientes acima de 65 anos de idade, parece ser cumulativo, ocorrendo principalmente em
pacientes recebendo terapia prolongada e/ou naqueles que receberam terapia anterior com cisplatina. Os efeitos no sistema nervoso
central também podem ocorrer. Em alguns casos a neurotoxicidade observada com a carboplatina pode ser um efeito retardado da terapia
prévia com cisplatina.
Olhos: anormalidades visuais, com perda visual transitória (que pode ser completa para luz e cores) ou outros distúrbios podem ocorrer
em pacientes tratados com carboplatina. Melhora e/ou recuperação total da visão geralmente ocorre dentro de semanas após a interrupção
do fármaco. Cegueira cortical foi relatada em pacientes com alteração de função renal recebendo altas doses de carboplatina.
Ototoxicidade: tinido e perda auditiva foram relatados em pacientes recebendo carboplatina. O risco de ototoxicidade pode ser
aumentado pela administração concomitante de outros fármacos ototóxicos (por exemplo, aminoglicosídeos).
Cardíaco: insuficiência cardíaca congestiva, doença arterial coronariana isquêmica (por exemplo: infarto do miocárdio, parada cardíaca,
angina e isquemia do miocárdio).
Vascular: eventos cerebrovasculares.
Gastrintestinal: náuseas e/ou vômitos, que são geralmente leves a moderados em relação à gravidade, podem ocorrer dentro de 6 a 12
horas após a administração de B-Platin (carboplatina), podendo persistir por até 24 horas ou mais. Outras reações gastrintestinais como
mucosite, diarreia, constipação e dor abdominal também foram relatadas.
Blau Farmacêutica S/A.
Hepatobiliar: podem ocorrer elevações leves e geralmente transitórias nas concentrações de fosfatase alcalina sérica, aspartato
aminotransferase ou bilirrubina. Anormalidades substanciais nos testes de funções hepáticas foram relatadas por pacientes tratados com
carboplatina que receberam altas doses de carboplatina e transplante autólogo de medula óssea.
Sistema imune: reações alérgicas a carboplatina têm sido relatadas. E incluem: reações de anafilaxia/anafilactóides, hipotensão,
broncoespasmos e pirexia. Reações de hipersensibilidade podem ocorrer em poucos minutos após administração intravenosa da
carboplatina.
Pele e tecido subcutâneo: podem ocorrer raramente dermatites esfoliativas. Casos de rash eritematoso, pruridos, urticária e alopecia
relacionados ao uso de carboplatina têm sido observados.
Musculoesquelético e de tecido conectivo: mialgia/artralgia.
Renal e urinário: insuficiência renal aguda tem sido raramente reportada. Síndrome hemolítico-urêmica.
Elevações leves e transitórias de concentrações de creatinina sérica e de nitrogênio sanguíneo podem ocorrer.
Risco de nefrotoxicidade induzida pela carboplatina (como, por exemplo, clearance de creatinina diminuído) é maior em altas doses ou
em pacientes previamente tratados com cisplatina.
Geral: astenia, sintomas semelhantes à gripe e reações no local da injeção.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.