Bula do Balcor para o Profissional

Bula do Balcor produzido pelo laboratorio Laboratórios Baldacci Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Balcor
Laboratórios Baldacci Ltda - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO BALCOR PARA O PROFISSIONAL

 

Balcor®

SR

(cloridrato de diltiazem)

Laboratórios Baldacci Ltda.

Comprimidos

30 mg

Cápsulas de liberação prolongada

90 mg

120 mg

180 mg

BALCOR®

/ BALCOR®

cloridrato de diltiazem

APRESENTAÇÕES

Comprimidos de 30 mg: embalagem com 30 comprimidos

Cápsula de liberação prolongada de 90 mg, 120 mg e 180 mg: embalagem com 30 cápsulas

USO ADULTO - VIA ORAL

COMPOSIÇÃO

30 mg: cada comprimido contém 30 mg de cloridrato de diltiazem, equivalente a 27,57 mg de

diltiazem.

Excipientes q.s.p ......................................................................................................1 comprimido

Excipientes: dióxido de silício, estearato de magnésio, lactose, óleo de rícino hidrogenado e

polietilenoglicol 6000.

SR 90 mg: cada cápsula contém 90 mg de cloridrato de diltiazem, equivalente a 82,72 mg de

SR 120 mg: cada cápsula contém 120 mg de cloridrato de diltiazem, equivalente a 110,29 mg

de diltiazem.

SR 180 mg: cada cápsula contém 180 mg de cloridrato de diltiazem, equivalente a 165,43 mg

Excipientes q.s.p .................................................................................................................................1 cápsula

Excipientes: celulose microcristalina, etilcelulose, hipromelose, polisorbato 80, talco e trietilcitrato.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Tratamento da hipertensão arterial;

Tratamento da insuficiência coronária, em todas as formas de angina do peito (de repouso, de esforço, de

Prinzmetal e mesmo angina pós-infarto agudo do miocárdio).

Tratamento da isquemia silenciosa.

Arritmias supraventriculares e na prevenção de arritmias pós-infarto.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Estudo multicêntrico duplo-cego e randomizado comparado com grupo placebo-controle incluiu 182

pacientes com angina estável e demonstrou que a administração diária de diltiazem 300mg em dose única é

eficaz na profilaxia de angina de esforço estável. 1

Em pacientes com doença sintomática das artérias coronárias, o uso de medicação bloqueadora dos canais

de cálcio se mostrou tão eficaz quanto o uso de medicação de ação betabloqueadora no alívio de angina e

no prolongamento do tempo de exercício físico em esteira até a referência de angina ou de evidência de

isquemia miocárdica por registro eletrocardiográfico.2

Estudo multicêntrico randomizado investigador-cego envolvendo 230 portadores de hipertensão arterial

sistêmica de grau leve a moderada, divididos em 3 braços comparando o uso diário de 300mg de diltiazem

em dose única com o uso de 20 mg de nifedipina, liberação prolongada, e um diurético tiazídico. Após 8

semanas de tratamento, a administração em dose única de diltiazem 300mg foi tão eficaz quanto a

nifedipina, como agente anti-hipertensivo sendo que a nifedipina registrou maior taxa de retirada por efeito

adverso3

.

O diltiazem mostra-se eficaz e bem tolerado como primeira opção ou como opção alternativa no tratamento

dos portadores de angina, doença isquêmica do miocárdio, hipertensão arterial sistêmica, arritmias

supraventriculares, e com evidente benefício na isquemia do miocárdio induzida pelo esforço. 4

1. Frances Y, Gagey S, Stalla-Bourdillon A. Twenty-four hour efficacy of two dose levels of a once daily

sustained-release diltiazem formulation in stable angina: a placebo-controlled trial. The Dildurang Study

Group. Br J Clin Pharmacol. 1995 Mar; 39(3):277-82.

2. Rosendorff C. Calcium antagonists in the treatment of hypertension in patients with ischaemic heart

disease. Expert Opin Pharmacother. 4(9) 2003; 1535-41.

3. Hosie J, Nasar MA, Belgrave GP, Walters EG. A comparative study of long acting diltiazem (Tildiem

LA) with sustained release nifedipine (nifedipine SR) and bendrofluazide in the treatment of mild to

moderate hypertension. Acta Cardiol. 1994; 49(3):251-65.

4. Buckley MM. Grant SM. Goa KL. McTavish D. Sorkin EM. Diltiazem. A reappraisal of its

pharmacological properties and therapeutic use. Drugs. 1990. 39(5):757-806,

 

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

BALCOR®

retard 300 mg é um medicamento do grupo dos antagonistas do cálcio. Sua ação dá-se nos

canais lentos das membranas celulares miocárdicas e da musculatura lisa dos vasos, durante a fase de

despolarização, provocando a inibição do influxo de cálcio. Na angina do peito por espasmos coronarianos,

seu efeito deve-se à dilatação específica das artérias coronarianas epicárdicas e subendocárdicas.

Proporciona um efeito cardioprotetor, porque possui também uma ação antioxidante indireta que não

permite a formação de radicais livres, elementos de potente ação lesiva celular. BALCOR®

retard 300 mg

proporciona aumento da tolerância ao exercício físico na angina de esforço, devido à redução do consumo

de oxigênio do miocárdio.

Promove a redução da frequência cardíaca e da tensão arterial sistêmica, face à sobrecarga física

submáxima e máxima.

Farmacocinética

retard 300 mg, comparativamente a outros antagonistas do cálcio, apresenta um início de ação

menos brusco, facilitando uma adequação posológica e melhor tolerabilidade geral.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Na doença do nó sinusal, no bloqueio AV de 2º ou 3º graus, exceto em pacientes com marca-passo

funcionante.

Na hipotensão arterial (valor sistólico inferior a 80 mmHg). Na bradicardia acentuada (pulso inferior a 55

bpm). É também contraindicado durante a gravidez ou em pacientes com possibilidade de engravidar, no

período de lactação e na infância. BALCOR®

retard 300 mg é contraindicado para pacientes com

hipersensibilidade a algum componente da formulação.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Gerais

BALCOR®

retard 300mg é extensivamente metabolizado pelo fígado e excretado pelos rins e na bile.

Como algumas novas drogas administradas por períodos prolongados, os parâmetros laboratoriais devem

ser monitorados em intervalos regulares. A droga pode ser utilizada com cautela em pacientes com

disfunção hepática ou renal. Nos estudos de toxicidade subaguda e crônica em ratos e cães, altas doses de

diltiazem foram associadas a danos hepáticos. Em estudos hepáticos subagudos especiais, doses orais acima

de 125 mg/kg administradas em ratos, foram associadas à alterações histológicas no fígado que reverteram

com a descontinuação. Em cães, doses de 20 mg/kg também foram associadas às alterações hepáticas, no

entanto, estas reverteram com a descontinuação.

Condução elétrica do estímulo cardíaco

Prolonga o período refratário do Nó AV sem significativo prolongamento do tempo de recuperação do nó

sinusal.

Esse efeito poderá resultar, raramente, em frequência cardíaca anormal (particularmente em pacientes com

doença do Nó Sinusal), ou bloqueio AV de 2º e 3º graus. O uso concomitante de BALCOR®

retard 300 mg

e betabloqueadores ou digitálicos pode ocasionar efeitos aditivos na condução cardíaca. Um paciente com

angina de Prinzmetal desenvolveu períodos de assistolia (2 a 5 segundos) após dose única de 60 mg de

diltiazem.

Insuficiência cardíaca congestiva

Apesar de BALCOR®

retard 300 mg ter efeito inotrópico negativo em preparações de tecido animal

isolado, os estudos hemodinâmicos no homem com função ventricular normal, não demonstraram uma

redução no índice cardíaco nem efeitos negativos consistentes na contratilidade (dp/dt).

Experiências com diltiazem, administrado exclusivamente ou associado a betabloqueadores, em pacientes

com função ventricular debilitada, são muito limitadas. Nestes casos o uso do medicamento deve dar-se

com cautela.

 

Hipotensão

O decréscimo da pressão arterial, associado à terapia com diltiazem, pode ocasionalmente resultar em

hipotensão sintomática.

Danos hepáticos agudos

Em raros casos, têm-se observado elevação significante de enzimas, tais como fosfatase alcalina, CPK,

LDH, SGPT, e outros sintomas consistentes e danos hepáticos agudos. Após a descontinuação do

medicamento, essas reações revertem. A relação desses sintomas com o medicamento é incerta em muitos

casos, mas provável em alguns casos.

Gravidez e lactação

Foram desenvolvidos estudos de reprodução em ratos, camundongos e coelhos. A administração de doses

cinco a dez vezes maiores que a recomendada diariamente como terapêutica antianginosa resultaram em

letalidade embrionária e fetal. Essas doses, em alguns estudos, foram associadas como causa de

anormalidades esqueléticas. Em estudos peri e pós-natais, notou-se alguma redução no peso e na proporção

de filhotes sobreviventes. Houve um aumento da incidência de natimortos com doses pelo menos 20 vezes

maiores que a humana. Não se realizaram estudos bem controlados com mulheres grávidas até o presente,

assim sendo, recomenda-se o emprego de BALCOR®

retard 300 mg, nestes casos, somente se o potencial

benefício justificar o potencial risco ao feto. BALCOR®

retard 300 mg é excretado no leite humano. Um

trabalho realizado sugere que a concentração da droga no leite pode aproximar-se aos níveis séricos. Se o

uso de BALCOR®

retard 300 mg for considerado necessário, uma via alternativa de aleitamento deve ser

instituída.

Uso pediátrico

A segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas.

PACIENTES IDOSOS

retard 300 mg pode ser usado por pessoas acima de 65 anos de idade, desde que observadas as

precauções do produto.

Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza

alérgica, entre as quais asma brônquica especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Estudos farmacológicos indicam que pode haver aditivos prolongando a condução AV, quando o diltiazem

é utilizado concomitantemente a betabloqueadores ou digitálicos.

Estudos controlados e não controlados sugerem que essa associação é geralmente bem tolerada. Os dados

disponíveis, no entanto, são insuficientes para predizer os efeitos do tratamento, particularmente em

pacientes com disfunção ventricular esquerda ou com anormalidades de condução cardíaca. Em voluntários

sadios, diltiazem tem demonstrado aumento do nível sérico da digoxina em 20%.

Uso concomitante com outros antianginosos:

Nitratos sublinguais: podem ser administrados para a interrupção de ataques anginosos agudos, durante o

tratamento com diltiazem.

Nitratos profiláticos: diltiazem pode ser seguro quando administrado com nitratos de curta e longa duração,

porém não há estudos controlados para avaliar a eficácia desta combinação.

Betabloqueadores: ver restrições e cuidados a serem considerados.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Manter em temperatura ambiente (15ºC e 30ºC), protegido da luz e da umidade. O prazo de validade do

produto é de 36 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

A cápsula de BALCOR®

retard 300 mg é: cápsula gelatinosa dura, incolor, corpo gravado em vermelho

“Balcor Retard” e tampa gravada em vermelho com o logotipo “Baldacci”. Dentro das cápsulas há

microgrânulos, brancos a levemente amarelados e verdes.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

BALCOR®

retard 300 mg: Recomenda-se 1 cápsula ao dia.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reações adversas sérias têm sido raras nos estudos desenvolvidos até o momento, porém deve-se

reconhecer que pacientes com função ventricular debilitada e com anormalidades de condução cardíaca têm

sido excluídos desses estudos.

Testes clínicos controlados com placebo: as ocorrências que em seguida relacionamos, observadas em

estudos clínicos, podem ser derivadas da farmacologia de inibição do influxo de cálcio pelo medicamento.

Em muitos casos, não se tem estabelecido uma relação entre o medicamento e esses efeitos adversos.

As ocorrências mais comuns são: edema (2,4%), cefaleia (2,1%), náusea (1,9%), tontura (1,5%), erupção

(1,3%), astenia (1,2%). Os eventos que passamos a descrever em seguida não excederam a 1%.

Cardiovascular

Angina, arritmia, bloqueio AV (1º grau), bloqueio AV (2º e 3º graus), bradicardia, insuficiência cardíaca

congestiva, rubor, hipotensão, palpitações, síncope.

Sistema nervoso

Amnésia, distúrbios da marcha, alucinações, insônia, nervosismo, parestesia, alteração de personalidade,

sonolência, zumbido e tremor.

Gastrintestinal

Anorexia, constipação, diarreia, alteração do paladar, dispepsia, elevações ligeiras da fosfatase alcalina,

SGOT, SGPT e LDH, vômitos, aumento de peso.

Dermatológico

Petéquias, prurido, fotossensibilidade, urticária.

Carcinogênese, mutagênese e fertilidade

Um estudo de 24 meses com ratos, e outro de 21 meses com camundongos, não demonstraram evidências

de carcinogenicidade.

Em testes bacteriológicos, in vitro, também não houve resposta mutagênica. Não se observaram efeitos

intrínsecos na fertilidade.

Outros

Ambliopia, dispneia, epistaxe, irritação ocular, hipoglicemia, congestão nasal, nictúria, dor osteoarticular,

poliúria, dificuldades sexuais. Outros efeitos constatados infrequentemente na prática clínica com o produto

são: alopecia, hiperplasia gengival, eritema multiforme e leucopenia. No entanto, a relação de causa e efeito

do produto com esses eventos deve ainda ser estabelecida.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária-

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

 

10. SUPERDOSE

Experiências com superdosagem da droga são limitadas. Na eventualidade de superdosagem, recomenda-se

adotar as medidas habituais. As seguintes medidas devem ser consideradas:

Bradicardia

Administrar atropina (0,6 a 1 mg). Não havendo resposta vagal, administrar isoproterenol cautelosamente.

Bloqueio AV de alto grau

Tratar como para bradicardia. Deve ser tratado com marca-passo cardíaco.

Insuficiência cardíaca

Administrar agentes inotrópicos (isoproterenol, dopamina ou dobutamina) e diuréticos.

Hipotensão

Vasopressores (dopamina ou bitartarato de levarterenol). O tratamento e a posologia devem ser

determinados em função da gravidade e da situação clínica, definidos pelo médico.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.