Bula do Belfactrim produzido pelo laboratorio Belfar Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Belfactrim/Belfactrim F
(sulfametoxazol + trimetoprima)
Belfar Ltda
comprimidos
400 mg + 80 mg
800 mg + 160 mg
BELFACTRIM/BELFACTRIM F
Sulfametoxazol+Trimetoprima
APRESENTAÇÃO
Comprimido
Belfactrim 400 mg + 80 mg em embalagem com 20 comprimidos.
Belfactrim F 800 mg + 160 mg em embalagem com 10 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 12 ANOS DE IDADE
COMPOSIÇÃO
Princípios ativos:
Cada comprimido de Belfactrim contém:
Sulfametoxazol..............................................................................................................................400 mg
Trimetoprima...................................................................................................................................80 mg
Excipientes* qsp....................................................................................................................1 comprimido
Cada comprimido de Belfactrim F contém:
Sulfametoxazol...............................................................................................................................800 mg
Trimetoprima..................................................................................................................................160 mg
Excipientes* qsp..................................................................................................................1 comprimido
*Excipientes: estearato de magnésio, gelatina, amidoglicolato de sódio e água purificada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Belfactrim somente deve ser usado quando o benefício do tratamento superar qualquer risco possível;
considerações devem ser feitas quanto ao agente bacteriano efetivo. Como a suscetibilidade da bactéria in
vitro varia geograficamente e com o tempo, a situação local deve ser considerada quando se seleciona
uma antibioticoterapia.
Este medicamento é indicado para o tratamento das infecções causadas por microrganismos sensíveis à
associação trimetoprima + sulfametoxazol, tais como:
infecções do trato respiratório e otites: exacerbações agudas de quadros crônicos de bronquite, sinusite te,
tratamento e profilaxia (primária e secundária) da pneumonia por Pnemocystis carinii em adultos e
crianças. Otite média em crianças, quando há boas razões para se preferir essa combinação a um
antibiótico simples;
infecções do trato urinário e renais: cistites agudas e crônicas, pielonefrites, uretrites, prostatites e
cancroides;
infecções genitais em homens e mulheres, inclusive uretrite gonocócica;
infecções gastrointestinais, incluindo febre tifoide e paratifoide, e tratamento dos portadores, cólera a
(como medida conjunta à reposição de líquidos e eletrólitos), diarreia dos viajantes causada
pela Escherichia coli enterotoxicogênica, shiguellose (cepas sensíveis de Shigella flexneri e Shigella
sonnei, quando o tratamento antibacteriano for indicado);
infecções da pele e tecidos moles: piodermite, furúnculos, abscessos e feridas infectadas;
Outras infecções bacterianas causadas por uma grande e variedade de microrganismos (tratamento
possivelmente em combinação com outros antibióticos ): osteomielite aguda e crônica, brucelose aguda,
nocardiose, blastomicosesul-americana, actonomicetoma.
Infecções do trato respiratório
Exacerbação aguda de bronquite crônica e otite média a em crianças, quando há evidência de
sensibilidade ao sulfametoxazol e trimetoprima (SMZ-TMP) e uma boa razão para preferir essa
combinação a um antibiótico simples nas duas indicações.
Tratamento e profilaxia (primária e secundária) da Pneumonia por Pnemocystis carinii em adultos e
crianças.
Infecções do trato urogenital
Infecções do trato urinário, uretrites gonocóccicas e cancroide.
Infecções do trato gastrointestinal
Febre tifoide e paratifoide, shigelose (cepas susceptíveis de Shigela flexneri e Shigela sonnei, quando a
terapia antibacteriana é indicada) diarreia dos viajantes causada por Escherichia coli enterotoxigênica e
cólera (como medida conjunta à reposição de líquidos e eletrólitos).
Outras infecções bacterianas
Infecções causadas por uma ampla variedade de organismos (possivelmente tratamento em combinação
com outros antibióticos), por exemplo, brucelose, osteomielite aguda e crônica, nocardiose,
actinomicetoma , blastomicosesul-americana e septicemia.
Belfactrim mostra-se eficaz no tratamento de inúmeras infecções. Nas infecções respiratórias superiores
e inferiores, em crianças e adultos, com eficácia comparável à eritromicina e amoxicilina (Bottoneet al.,
1982; Davies et al.,1983).
Na otite média aguda sua eficácia é similar à amoxicilina, cefaclor e ceftriaxona (Feldman et al., 1988;
Blumer et al., 1984; Shurin et al., 1980; Barnett et al., 1997), e é opção nas infecções causadas por H.
influenzae resistente à ampicilina ou em pacientes com hipersensibilidade à penicilina (Shurin et al.,
1980). Pode ser usado na profilaxia da otite média recorrente e otite média crônica (Gaskins et al., 1982;
Krause et al., 1982). Na sinusite aguda, pode ser considerado agente de primeira linha (Fagnan, 1998).
No tratamento das pneumonias mostra eficácia similar ao cefadroxil, à penicilina G procaína e cefalexi na
(Phadtare & Rangnekar, 1988; Castro, 1986; Keeley et al.,1990) e pode ser uma opção em casos leves a
moderados; contudo, deve-se sempre considerar a resistência local (Nierdmanet al., 1993). Também se
mostra eficaz na bronquite crônica agudizada (Pines et al., 1969).
Belfactrim é considerado medicamento de escolha na profilaxia e no tratamento da pneumonia por P.
carinii em adultos e crianças HIV positivo (Anon, 1992; Schnei der et al., 1992). Nesses pacientes, seu
uso mostra-se também eficaz na profilaxia primária da toxoplasmose cerebral (Carr et al., 1992).
Nas infecções agudas, não complicadas, do trato urinário inferior, Belfactrim tem eficácia similar ao
ofloxacino e ciprofloxacino no tratamento com duração de três dias (McCarty et al., 1999), similar ao
norfloxacino e nitrofurantoína em estudos que avaliaram o tratamento por sete dias (Anon, 1987;
Spencer et al., 1994) e, similar ao ciprofloxacino, no tratamento por dez dias (Henry et al., 1986).
Também é efetivo na profilaxia de infecções recorrentes do trato urinário (Anon, 1987; Stamm et al.,
1980). No tratamento da pielonefrite aguda não complicada, Belfactrim tem eficácia similar ao cefaclor e
à ofloxacina (Trager et al., 1980; Cox et al., 1986) e, quando usado em associação com gentamicina,
apresenta menor resistência antimicrobiana significativa, quando comparada à associação ampicilina com
gentamicina, além de oferecer menor custo (Johnsonet al., 1991).
Nas prostatites agudas e crônicas, mostra-se eficaz devido à sua alta concentração no tecido prostático
(Lipsky et al., 1999).
Belfactrim demonstrou ser tão eficaz quanto à estreptomicina e, provavelmente, superior à tetraciclina no
tratamento do cancroide (Fitzpatrick et al., 1981). Na uretrite gonocócica e não gonocócica (por
clamídias) é um tratamento alternativo. Verifica-se a eliminação do gonococo em dois dias de tratamento
e da clamídia em cinco a dez dias de tratamento com Belfactrim (Tavares W, 1996).
Belfactrim é efetivo no tratamento das infecções gastrointestinais por Salmonella, Shigella e E.
coli enteropatogênica (Ansdell et al., 1999; Du Ponta et al., 1993; Thisyakorn & Mansuwan, 1992). Na
diarreia dos viajantes, estudos mostram eficácia similar ao ciprofloxacino, com o tratamento de cinco dias
(Ericson et al., 1987).
Em adultos, Belfactrim , por sete dias, mostrou-se tão eficaz quanto à amoxicilina/ácido clavulânico em
infecções de pele e do subcutâneo (Davies et al., 1983).
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Farmacodinâmica
Belfactrim contém dois componentes ativos, sulfametoxazol e trimetoprima, agindo sinergicamente pelo
bloqueio sequencial de duas enzimas que catalisam estágios sucessivos da biossíntese do ácido folínico
no microrganismo. Esse mecanismo habitualmente resulta em atividade bactericida in vitro em
concentrações nas quais as substâncias individualmente são apenas bacteriostáticas. Adicionalmente,
Belfactrim é frequentemente eficaz contra organismos que são resistentes a um d os seus dois
componentes. Devido ao seu mecanismo de ação, o risco de resistência bacteriana é minimizado.
O efeito antibacteriano de Belfactrim in vitro atinge um amplo espectro de microrganismos patogênicos
gram- positivos e gram-negativos, embora a sensibilidade possa depender da área geográfica em que é
utilizado.
Microrganismos geralmente sensíveis (CIM = concentração inibitória mínima < 80 mg/L) * :
* Equivalente ao SMZ.
Cocos: Branhamella catarrhalis.
Bacilos gram-negativos: Haemophilus influenzae (betalactamase positivo, betalactamase negativo),
Haemophilus parainfluenzae, E. coli, Citrobacter freundii, Citrobacter spp., Klebsiella oxytoca,
Klebsiella pneumoniae, outras Klebsiella spp., Enterobacter cloacae, Enterobacter aerogenes, Hafnia
alvei, Serratia marcescens, Serratia liquefaciens, outras Serratia spp., Proteus mirabilis, Proteus
vulgaris, Morganella morganii, Shigella spp., Yersinia enterocolitica, outras Yersinia spp., Vibrio
cholerae.
Outros diversos bacilos gram-negativos: Edwardsiella tarda, Alcaligenes faecalis, Pseudomonas
cepacia, Burkholderia (Pseudomonas) pseudomallei.
Com base em experiência clínica, os seguintes microrganismos devem também ser considerados
como sensíveis: Brucella, Listeria monocytogenes, Nocardia asteroides, Pneumocystis carinii,
Cyclospora cayetanensis.
Microrganismos parcialmente sensíveis (CIM = 80 – 160 mg/L) *:
Cocos: Staphylococcus aureus (meticilina sensíveis e meticilina resistentes), Staphylococcus spp.
(coagulase negativo), Streptococcus pneumoniae (penicilina sensíveis, penicilina resistentes)
Bacilos gram-negativos: Haemophilus ducreyi, Providencia rettgeri, outras Providencia spp.,
Salmonella typhi, Salmonella-enteritidis, Stenotrophomonas maltophilia (anteriormente
denominado Xanthomonas maltophilia).
Outros diversos bastonetes gram-negativos: Acinetobacter lwoffi, Acinetobacter
anitratus (principalmente A. baumanii), Aeromonas hydrophila.
Microrganismos resistentes (CIM > 160 mg/L) *:
Mycoplasma spp., Mycobacterium tuberculosis, Treponema pallidum.
A prevalência local de resistência Belfactrim entre as bactérias pertinentes à infecção tratada d deve ser
conhecida quando Belfactrim é prescrito em bases empíricas.
Para excluir resistência, especialmente em infecções com probabilidade de ser causado por um patógeno
parcialmente sensível, o isolado deve ser testado para sensibilidade.
A sensibilidade a Belfactrim pode ser determinada por métodos padronizados, tais como os testes de
disco ou de diluição recomendados pelo National Comittee for Cl inical Laboratory Standards – NCCLS.
Os seguintes critérios para sensibilidade recomendados pelo NCCLS são disponibilizados na tabela
abaixo:
Tabela 1. Critérios para sensibilidade recomendados pelo NCCLS
Teste de disco* Teste de diluição**
Diâmetro da zona de inibição (mm) CIM ( g/mL)
TMP SMZ
Sensível 16 dois 38
Parcialmente sensível 11 - 15 4 76
Resistente 10 8 152
*Disco: 1,25 g TMP (trimetoprima) e 23,75 g SMZ (sulfametoxazol).
**TMP (trimetoprima) e SMZ (sulfametoxazol) em uma proporção de 1 para 19.
Farmacocinética
As propriedades farmacocinéticas da trimetoprima (TMP) e do sulfametoxazol (SMZ) são muito
semelhantes .
Absorção
Após administração oral, a TMP e o SMZ são rapidamente e completamente absorvidos na porção
superior d o trato gastrointestinal. Após dose única de 160 mg de TMP + 800 mg de SMZ, são obtidas
concentrações plasmáticas máximas de 1,5 – 3g/mL para TMP e 40 – 80 g/mL para SMZ, dentro de
uma a quatro horas. Se a administração for repetida a cada 12 horas, as concentrações plasmáticas no
estado de equilíbrio, atingidas em dois ou três dias, variam entre 1,3 e 2,8g/mL para o TMP e entre 32 e
63 g/mL para o SMZ.
Biodisponibilidade
A absorção de TMP e SMZ é completa conforme demonstrado pela biodisponibilidade oral absoluta
chegando a 100% para ambas as drogas.
Distribuição
O volume de distribuição é de aproximadamente 1,6 L/kg para TMP e 0,2 L/kg para SMZ, enquanto a
ligação às proteínas plasmáticas atinge 37% para TMP e 66,2% para SMZ.
O TMP em relação ao SMZ penetra melhor em tecido prostático não inflamado, fluido seminal, fluido
vaginal, saliva, tecido pulmonar normal inflamado e fluido biliar; a penetração no liquor e humor aquoso
são similares para ambos componentes.
Grandes quantidades de TMP e pequenas quantidades de SMZ passam da corrente sanguínea para os
líquidos intersticiais e para outros líquidos orgânicos extra vasculares. Entretanto, em associação, as
concentrações de TMP e SMZ são superiores às concentrações inibitórias mínimas (CIM) para a maioria
dos microrganismos suscetíveis.
Em seres humanos, TMP e SMZ são detectados nos teci dos fetais (placenta, fígado, pulmão), no sangue
do cordão umbilical e líquido amniótico, indicando a transferência placentária dos dois fármacos. Em
geral, concentrações fetais de TMP são similares às concentrações maternas, e as de SMZ do feto,
menores que as da mãe.
Tanto TMP quando SMZ são excretados pelo leite materno. Concentrações no leite materno são similares
à concentração do plasma materno para TMP e mais baixas para SMZ. (vide item Advertências e
precauções – subitem Gravidez e lactação)
Metabolismo
Cerca de 20% da dose de TMP é metabolizado. As isoenzimas do citocromo P450 envolvidas no
metabolismo oxidativo de TMP não foram identificadas.
Os principais metabólitos de TMP são os derivados óxido 1 e 3 e hidroxi 3' e 4'; alguns metabólitos sã o
microbiologicamente ativos. Cerca de 80% da dose de SMZ é metabolizada no fígado,
predominantemente para derivados N4 acetil (≈ 40% da dose) e, em uma menor extensão, por conjugação
glicuronídica; seus metabólitos são inativos. SMZ também sofre metabolismo oxidativo. O primeiro
passo da via oxidativa conduz à formação do derivado de hidroxilamina, o qual é catalisada pelo
CYP2C9.
Eliminação
As meias-vidas dos dois componentes são muito semelhantes (em média de dez horas para TMP e onze
horas para SMZ).
Os dois fármacos, assim como seus metabólitos, são eliminados quase exclusivamente por via renal por
meio de filtração glomerular e secreção tubular, o que determina concentrações urinárias das substâncias
ativas consideravelmente mais altas que as concentrações n o sangue. Cerca de dois terços da dose de
TMP e um quarto da dose SMZ são excretados inalterados na urina. A depuração plasmática total de
TMP é igual a 1,9 mL/min/kg. A depuração plasmática total de SMZ é igual a 0,32 mL/min/kg. Apenas
uma pequena parte dos fármacos é eliminada por via fecal.
Farmacocinética em condições clínicas especiais
Idosos
As meias-vidas de TMP e SMZ não são significativamente alteradas nos pacientes idosos com função
renal normal.
Insuficiência renal
Em pacientes com comprometimento da função renal (clearance de creatinina de 15 – 30 mL/min), as
meias- vidas dos dois componentes podem estar aumentadas, exigindo ajustes dos regimes de doses.
Diálise peritoneal ambulatorial contínua ou intermitente não contribui significativamente para a
eliminação de TMP-SMZ.
A dosagem de TMP-SMZ nestes pacientes deve ser semelhante aos pacientes com doença renal terminal
(clearance de creatinina < 3 mL/min). TMP e SMZ são removidos de forma significativa durante a
hemodiálise e hemofiltração. Sugere-se aumentar em 50% a dose d e TMP-SMZ depois de cada sessão de
hemodiálise. Em crianças com insuficiência renal (clearance de creatinina < 30 mL / min), a depuração
da TMP é reduzida e sua meia-vida de eliminação prolongada. Portanto, a dos e de TMP-SMZ deve ser
reduzida proporcionalmente à diminuição da taxa de filtração glomerular nesta população de pacientes.
Insuficiência hepática
A farmacocinética da TMP e SMZ em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave não é
significativamente diferente daquela observada em indivíduos saudáveis.
Pacientes com fibrose cística
A depuração renal da TMP e a depuração metabólica d e SMZ são aumentadas em pacientes com fibrose
cística. Consequentemente, a depuração total no plasma é aumentada e a meia-vida de eliminação é
reduzida para ambos os fármacos.
Crianças e adolescentes
Em crianças de 1 a 9 anos a depuração plasmática total de TMP é cerca de três vezes maior do que em
adultos. Como consequência, a meia-vida de TMP em crianças é menor do que metade da observada em
adultos.
Observações semelhantes foram feitas para sulfametoxazol.
Belfactrim está contraindicado nos casos de lesões graves do parênquima hepático e em pacientes com
insuficiência renal grave quando não se pode determinar regularmente a concentração plasmática.
Da mesma forma, Belfactrim está contraindicado aos pacientes com história de hipersensibilidade à
sulfonamida ou trimetoprima ou a qualquer um dos componentes da formulação.
Belfactrim não deve ser utilizado em combinação com dofetilida (vide item Interações medicamentosas).
Este medicamento é contraindicado para uso por prematuros e recém-nascidos durante as
primeiras seis semanas de vida.
O tratamento deve ser descontinuado imediatamente ao primeiro sinal de aparecimento de rash cutâneo
ou qualquer outra reação adversa grave.
Belfactrim deve ser administrado com cautela em pacientes com história de alergia e asma brônquica.
Existe maior risco de reações adversas graves em pacientes idosos ou em pacientes que apresentem as
seguintes condições: insuficiência hepática, insuficiência renal ou uso concomitante de outros fármacos
(nesse caso, o risco pode ser relacionado à dosagem ou duração do tratamento). Embora raro, já foi
descrito caso fatal relacionado com reações graves, tais como: discrasias sanguíneas, eritema exsudativo
multiforme (síndrome de Stevens-Johnson), necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell), erupção
cutânea medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) e necrose hepática fulminante.
Para diminuir o risco de reações indesejáveis, a duração do tratamento com Belfactrim deve ser a menor
possível, especialmente em pacientes idosos. Em caso de comprometimento renal, a dose deve ser
ajustada.
Pacientes em uso prolongado de Belfactrim devem fazer controle regular de hemograma. Caso surja
redução significativa de qualquer elemento figurado do sangue, o tratamento com Belfactrim deve ser
suspenso.
A não ser em casos excepcionais, Belfactrim não deve ser administrado a pacientes com alterações
hematológicas graves.
Foram relatados casos de pancitopenia em pacientes que receberam a combinação trimetoprima com
metotrexato (vide item Interações medicamentosas).
Nos pacientes idosos ou em pacientes com história d e deficiência de ácido fólico ou insuficiência renal,
podem ocorrer alterações hematológicas indicativas de deficiência de ácido fólico. Essas alterações são
reversíveis administrando-se ácido folínico.
Pacientes em uso prolongado de Belfactrim devem fazer exame de urina e avaliação da função renal (em
particular, pacientes com insuficiência renal) regularmente. É necessário o monitoramento da ingestão
adequada de líquidos e diurese, durante o tratamento, para evitar cristalúria.
Devido à possibilidade de hemólise, Belfactrim não deve ser administrado a pacientes portadores de
deficiência de G6PD (desidrogenase de glicose-6-fosfato), a não ser em casos de absoluta necessidade e
em doses mínimas.
Belfactrim neonato.
Notou-se que o TMP prejudica o metabolismo da fenilalanina, mas isso não é significativo em pacientes
fenilcetonúricos com restrição dietética apropriada.
Como com todos os fármacos com sulfonamidas, é aconselhável ter cuidado com pacientes com porfiria
ou disfunção da tireoide. Pacientes que são acetiladores lentos podem ser mais suscetíveis a reações
idiossincráticas às sulfonamidas.
Gravidez e lactação.
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião- dentista.
Com base em relatórios de estudos incluindo gestantes, revisão de literatura e relatórios espontâneos de
malformações, o uso de Belfactrim parece não apresentar risco de teratogenicidade em seres humanos.
Em animais de laboratório, doses muito elevadas de TMP e SMZ produziram malformações fetais típicas
de antagonismo de ácido fólico.
Uma vez que tanto TMP como SMZ atravessam a barreira placentária e podem, portanto, interferir no
metabolismo do ácido fólico, Belfactrim somente deverá ser utilizado durante a gravidez se os possíveis
riscos para o feto justificarem os benefícios terapêuticos esperados. Recomenda-se que toda gestante em
tratamento com Belfactrim receba concomitantemente 5 a 10 mg de ácido fólico diariamente. Deve-
se evitar o uso de Belfactrim durante o último estágio da gravidez, tanto quanto possível, devido ao risco
de kernicterus no neonato.
Tanto TMP como SMZ são excretados no leite materno. Embora a quantidade ingerida pelo lactente seja
pequena, possíveis riscos para o lactente (kernicterus, hipersensibilidade) devem ser ponderados frente
aos benefícios terapêuticos esperados para a mãe.
Até o momento, não há informações de que Belfactrim (sulfametoxazol e trimetoprima) possa
Diuréticos: aumento da incidência de trombocitopenia foi observado em pacientes idosos recebendo
concomitantemente certos diuréticos, principalmente tiazídicos. Nestes pacientes, as plaquetas devem ser
monitoradas regularmente.
Digoxina: níveis sanguíneos elevados de digoxina podem ocorrer com terapia concomitante
com Belfactrim , especialmente em pacientes idosos. Os níveis séricos de digoxina devem ser
monitorados.
A exposição sistêmica a medicamentos metabolizados pelo CYP2C9 pode aumentar quando
administrados em conjunto com TMP-SMZ. Exemplos incluem:
Cumarinas: varfarina, acenocoumarol, fenprocoumona, fenitoína. Os parâmetros de coagulação devem
ser monitorados em pacientes que recebem cumarinas.
Derivados de sulfonilureia: glibenclamida, gliclazida, glipizida, clorpropamida e tolbutamida. Pacientes
que recebem derivados de sulfonilureia devem ser monitorados regularmente devido ao risco de
hipoglicemia.
Fenitoína: Um aumento de 39% na meia-vida e uma diminuição de 27% na taxa de clearance da
fenitoína foram observados, após a administração da dose padrão de TMP-SMZ. Os pacientes que
recebem fenitoína devem ser monitorados em relação à toxicidade da fenitoína.
Ciclosporina: deterioração reversível da função renal foi observada em pacientes tratados com TMP-
SMZ e ciclosporina após transplante renal.
Antidepressivos: a eficácia dos antidepressivos tricíclicos pode diminuir quando coadministrados com
TMP- SMZ.
Metotrexato: as sulfonamidas, incluindo SMZ, podem competir com a ligação proteica e também com o
transporte renal de metotrexato, aumentando, portanto, a fração do metotrexato livre e sua exposição
sistêmica. Foram relatados casos de pancitopenia em pacientes tratados com a combinação de
trimetoprima com metotrexato (vide item Advertências e precauções). A trimetoprima apresenta baixa
afinidade para a deidrofolato-redutase humana, mas pode aumentar a toxicidade do metotrexato,
especialmente na presença de fatores de risco, tais como idade avançada, hipoalbuminemia, insuficiência
renal e reserva da medula óssea diminuída, e em pacientes que receberam altas doses de metotrexato.
Pacientes de risco devem ser tratados com ácido fólico ou folinato de cálcio, para contrabalançar os
efeitos do metotrexato sobre a hematopoiese.
Pirimetamina: relatos ocasionais sugerem que os pacientes recebendo pirimetamina, como na profilaxia
da malária, em doses excedendo 25 mg semanalmente podem desenvolver anemia megaloblástica,
se TMP-SMZ for prescrito concomitantemente.
Hipoglicemiantes orais: Belfactrim , assim como outras sulfonamidas, potencializa o efeito dos
hipoglicemiantes orais.
Amantadina: delírio tóxico tem sido relatado após ingestão concomitante de SMZ-TMP e amantadina.
Os pacientes que receberam a amantadina ou memantina pode ter um risco aumentado de efeitos adversos
neurológicos, como delírios e mioclonia.
Dofetilida: trimetoprima e sulfametoxazol não devem ser administrados em combinação com dofetilida
(vide item Contraindicações).
Há evidências de que trimetoprima inibe a excreção renal de dofetilida. Trimetoprima 160 mg em
combinação com sulfametoxazol 800 mg, duas vezes ao dia, coadministrado com dofetilida 500 µg, duas
vezes ao dia, durante quatro dias, resultou em 103% de aumento na área sob a curva concentração-
tempo (ASC) de dofetilida e 93% de aumento na concentração plasmática máxima (Cmax). Dofetilida
pode causar arritmias ventriculares sérias associadas com prolongamento do intervalo QT,
incluindo torsades de pointes, que são diretamente relacionadas com a concentração plasmática de
dofetilida.
A exposição sistémica a medicamentos metabolizados pelo CYP2C8 pode aumentar quando administrado
com TMP e SMZ. Exemplos incluem paclitaxel, amiodarona, dapsona, repaglinida, rosiglitazona e
pioglitazona.
Paclitaxel e amiodarona apresentam um estreito índice terapêutico. Um medicamento antibiótico
alternativo é recomendado em pacientes que recebem terapias com paclitaxel ou amiodarona.
Tanto dapsona como TMP-SMZ podem causar meta-hemoglobinemia, e portanto há potencial para
interações farmacocinéticas e farmacodinâmicas. Os pacientes que recebem tanto dapsona e TMP-
SMZ devem ser monitorados quanto à ocorrência de meta-hemoglobinemia. Outras opções terapêuticas
devem ser consideradas, se possível.
Os pacientes que receberam repaglinida, rosiglitazona ou pioglitazona devem ser monitorados
regularmente em relação à ocorrência de hipoglicemia.
Interações farmacocinéticas
Trimetoprima é um inibidor do transportador de cátions orgânicos 2 (OCT2), e um inibidor fraco do
CYP2 C8. Sulfametoxazol é um inibidor fraco do CYP2C9.
A exposição sistêmica aos medicamentos transportados por OCT2 pode aumentar quando administrados
com TMP-SMZ. Exemplos incluem a dofetilida, amantada e memantina.
Interações farmacodinâmicas e interações de mecanismo indefinido
A administração em conjunto com a clozapina, uma substância conhecida por ter um grande potencial
para causar agranulocitose, deve ser evitada.
Zidovudina, e menos comumente TMP-SMZ, é conhecida por induzir alterações hematológicas. Por
conseguinte, há potencial para um efeito farmacodinâmico aditivo. Os pacientes que recebem TMP e S
MZ e zidovudina devem ser monitorados quanto à toxicidade hematológica, e pode ser necessário ajuste
de dose.
A administração em conjunto com azatioprina ou mercaptopurina pode aumentar o risco de eventos
adversos hematológicos, particularmente em pacientes que recebem TMP-SMZ por um período
prolongado, ou que estão com risco aumentado de deficiência de ácido fólico. Portanto, alternativas
para TMP-SMZ devem ser consideradas para pacientes recebendo azatioprina ou mercaptopurina.
Se TMP-SMZ é usado em combinação com azatioprina ou mercaptopurina, os pacientes devem ser
monitorados quanto à toxicidade hematológica .
Devido aos efeitos poupadores de potássio de TMP-SMZ, cuidado deve ser tomado quando TMP-SMZ é
coadministrado com outros agentes que aumentam o potássio sérico, tais como inibidores da enzima
conversora da angiotensina e bloqueadores dos receptores da angiotensina. Recomenda-se monitoramento
frequente do potássio sérico, especialmente em pacientes com distúrbios de potássio subjacentes,
insuficiência renal, ou pacientes que receberam uma alta dose de TMP-SMZ.
Influência em métodos diagnósticos
TMP-SMZ, especialmente o componente trimetoprima, pode interferir na determinação sérica do
metotrexato, utilizando a técnica de ligação proteica competitiva, quando a diidrofolato redutase
bacteriana for utilizada como proteína de ligação. Não ocorre nenhuma interferência, entretanto, se o
metotrexato for dosado por radioimunoensaio. A presença de TMP e SMZ também pode interferir na
reação de picrato alcalino de Jaffé, usada na determinação de creatinina, resultando em aumento dos
valores normais em cerca de 10%.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAGEM
Belfactrim deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC).
Prazo de validade
Os comprimidos de Belfactrim possuem prazo de validade de 60 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
Os comprimidos de Belfactrim apresentam formato redondo, liso e cor branca.
Os comprimidos de Belfactrim F apresentam formato oblongo, liso e cor branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
As doses de Belfactrim comprimidos devem ser administradas por via oral, pela manhã e à noite, de
preferência após uma refeição, e com quantidade suficiente de líquido.
Posologia
Posologia padrão
Duração do tratamento
Em infecções agudas, Belfactrim deve ser administrado por pelo menos cinco dias, ou até que o paciente
esteja assintomático por pelo menos dois dias. Se a melhora clínica não for evidente após sete dias de
tratamento, o paciente deve ser reavaliado.
Adultos e crianças a partir de 12 anos:
Dose habitual: 2 comprimidos de Belfactrim ou 1 comprimido de Belfactrim F a cada 12 horas.
Dose mínima e dose para tratamento prolongado (mais de 14 dias): 1 comprimido de Belfactrim ou
1/2 comprimido de Belfactrim F a cada 12 horas.
Dose máxima (casos especialmente graves): 3 comprimidos de Belfactrim ou 1 e 1/2 comprimido
de Belfactrim F a cada 12 horas.
Posologias especiais
a.Cancroide: 2 comprimidos de Belfactrim ou 1 comprimido de Belfactrim F, duas vezes ao dia. Se não
ocorrer cicatrização aparente após sete dias, um curso adicional de sete dias de tratamento deve ser
considerado. Entretanto, o médico deve estar ciente de que a falha na resposta pode indicar que a doença
é causada por um microrganismo resistente.
b.Gonorreia – Adultos: 5 comprimidos de Belfactrim ou 2 e 1/2 comprimidos de Belfactrim F duas
vezes ao dia, pela manhã e à noite, em um único dia de trata mento.
c. Pacientes em hemodiálise:após administração da dosagem normal, doses de 1/2 ou 1/3 da dosagem
original devem ser administradas a cada 24 – 48 horas.
d. Infecções urinárias agudas não complicadas: para mulheres com infecções urinárias não complica
das, recomenda-se dose única de 3 comprimidos de Belfactrim F. Os comprimidos devem ser tomados,
se possível à noite, após a refeição ou antes de deitar.
e. Pneumonia por Pneumocystis carinii: Recomenda-se até 20 mg/kg de trimetoprima e 100 mg/kg de
sulfametoxazol nas 24 horas (doses iguais, fracionadas a cada seis horas), durante 14 dias.
A tabela seguinte fornece a orientação relativa ao limite superior de dosagem, por peso corpóreo, para
pacientes com pneumonia causada pelo Pneumocystis carinii.
Tabela 3. Orientação relativa ao limite superior de dose para pacientes com pneumonia causada
pelo Pneumocystis carinii
Peso corporal Dose – a cada 6 horas
kg Comprimidos Comprimidos F
8 – –
16 1 –
24 1 1/2 –
32 2 1
40 2 1/2 –
48 3 1 1/2
64 4 2
80 5 2 1/2
Para a profilaxia da pneumonia por Pneumocistis carinii, a dose recomendada para adolescentes e adultos
é de 1 comprimido de Belfactrim ou Belfactrim F ao dia. A dose ótima para profilaxia não foi
estabelecida.
Crianças – profilaxia de pneumonia causada por Pneumocystis carinii.
Para crianças a dose recomendada é de 150 mg/m2/dia TMP com 750 mg/m2/dia SMZ administrados por
via oral em doses iguais divididas em duas vezes, durante 3 dias consecutivos por semana. A dose diária
total não deve exceder 320 mg dia TMP e 1600 mg SMZ.
A tabela seguinte fornece orientação relativa à dos agem recomendada de acordo com a superfície
corpórea, em crianças, para a profilaxia da pneumonia causada por Pneumocystis carinii:
Tabela 4. Orientação relativa à dose recomendada para crianças para a profilaxia da pneumonia
causada por Pneumocystis carinii
Superfície corporal m2
Dose – a cada 12 horas
Comprimidos
0,26 –
0,53 1/2
1,06 1
f.Pacientes com insuficiência renal
A tabela a seguir apresenta o esquema de dose recomendada para pacientes com insuficiência renal.
Tabela 5. Dose recomendada para pacientes com insuficiência renal
Clearance de creatinina Esquema posológico recomendado
acima de 30 mL/min dose padrão
15 – 30 mL/min metade da dose padrão
menos de 15 mL/min não é recomendável o uso de Belfactrim
g.Pacientes com nocardiose: a dose diária recomendada para pacientes adultos com nocardiose é de 3– 4
comprimidos de Belfactrim F, durante pelo menos três meses. Essa dose requer ajustes de acordo com a
idade do paciente, o peso e função renal, bem como a gravidade da doença. Foi relatada a duração de
tratamento de 18 meses.
h.Pacientes idosos: pacientes idosos com função renal normal devem receber as mesmas doses que um
adulto mais jovem.
Nas doses recomendadas, Belfactrim é geralmente bem tolerado. Os efeitos colaterais mais comuns são
os rashes cutâneos e os distúrbios gastrointestinais.
As categorias utilizadas como padrões de frequência são as seguintes:
Muito comum ≥ 1/10; comum ≥ 1/100 e ‹ 1/10; incomum ≥ 1/1.000 e ‹ 1/100; raro ≥ 1/10.000 e
‹ 1/1.000 e muito raro ‹ 1/10.000.
Efeitos adversos relatados nos pacientes tratados com trimetoprima + sulfametoxazol
– Infecções e infestações
Muito raro: infecções fúngicas, como candidíase, têm sido relatadas.
– Desordens hematológicas e do sistema linfático
Raro: a maioria das alterações hematológicas observadas tem sido discreta, assintomática e reversível
com a suspensão da medicação. As alterações mais comumente observadas foram leucopenia, neutropenia
e trombocitopenia.
Muito raro: agranulocitose, anemia (megaloblástica, hemolítica/autoimune, aplástica), meta-
hemoglobinemia, pancitopenia ou púrpura.
– Desordens do sistema imune
Muito raro: assim como qualquer outra droga, reações alérgicas podem ocorrer em pacientes que são
hipersensíveis aos componentes da medicação: por exemplo, febre, edema angioneurótico, reações
anafilactoides, reações de hipersensibilidade e doença do soro. Infiltrados pulmonares, tais como ocorrem
em alveolite alérgica ou eosinofílica, tem sido relatados. Elas podem se manifestar por meio de sintomas,
como tosse ou respiração ofegante. Se tais sintomas aparecerem ou, inexplicavelmente, piorarem, o
paciente deve ser reavaliado e a descontinuação da terapia com Belfactrim ser considerada.
Casos de periarterite nodosa e miocardite alérgica têm sido relatados.
– Desordens metabólicas e nutricionais
Muito raro: altas doses de TMP, como as usadas em pacientes com pneumonia por Pneumocystis carinii,
induzem um progressivo, mas reversível, aumento de concentração de potássio sérico em um número
substancial de pacientes. Mesmo doses recomendadas de TMP podem causar hipercalemia quando
administradas a pacientes com doenças subjacentes de metabolismo do potássio, insuficiência renal ou
que estejam recebendo drogas que induzem à hipercalemia. É necessário monitoramento rigoroso do
potássio sérico nesses pacientes. Casos de hiponatremia foram relatados. Casos de hipoglicemia em
pacientes não diabéticos tratados com SMZ-TMP têm sido relatados, geralmente, após poucos dias de
tratamento. Pacientes com redução da função renal, doença hepática, desnutrição ou recebendo altas
doses de SMZ-TM P estão especialmente sob risco.
– Desordens psiquiátricas
Muito raro: casos isolados de alucinações têm sido relatados.
– Desordens do sistema nervoso
Muito raro: neuropatia (incluindo neurite periférica e parestesia), uveíte. Meningite asséptica ou sintomas
semelhantes à meningite, ataxia, convulsões, vertigem e tinido foram relatados.
– Efeitos colaterais gastrintestinais comum: náusea (com ou sem vômito).
Raro: estomatite, glossite e diarreia.
Muito raro: enterocolite pseudomembranosa.
Casos de pancreatite aguda têm sido relatados, sendo que vários desses pacientes tinham doenças graves,
incluindo pacientes portadores de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
– Desordens hepatobiliares
Muito raro: necrose hepática, hepatite, coléstase, elevação de bilirrubinas e transaminases e casos isolados
de síndrome de desaparecimento do ducto biliar têm sido relatados.
– Desordens cutâneas e subcutâneas
Comum: múltiplas reações na pele têm sido relatadas, as quais são geralmente leves e rapidamente
reversíveis após suspensão da medicação.
Muito raro: como ocorre com muitas outras drogas que contêm sulfonamidas, o uso de Belfactrim tem,
em raros casos, sido relacionado à fotossensibilidade, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson e
necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell), erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e
sintomas sistêmicos (DRESS) e púrpura deHenoch-Schöenlein.
– Desordens do sistema musculoesquelético, do tecido conjuntivo e dos ossos
Muito raro: casos de artralgia e mialgia e casos isolados de rabdomiólise foram relatados.
– Desordens do sistema renal e urinário
Muito raro: casos de comprometimento da função rena l, nefrite intersticial, elevação da ureia e da
creatinina séricas e cristalúria foram reportados. Sulfonamidas, incluindo Belfactrim , podem induzir o
aumento da diurese, particularmente em pacientes com edema de origem cardíaca.
Segurança de sulfametoxazol + trimetoprima em pacientes infectados pelo HIV.
Os pacientes portadores de HIV têm o espectro de possíveis eventos adversos similar ao espectro dos pacientes não
infectados. Entretanto, alguns eventos adversos podem ocorrer com frequência maior e com quadros clínicos
diferenciados.
Essas diferenças relacionam-se aos seguintes sistemas:
Muito comum: leucopenia, granulocitopenia e trombocitopenia.
– Desordens metabólicas e nutricionais Muito comum: hipercalemia.
Incomum: hiponatremia, hipoglicemia.
– Desordens gastrintestinais
Muito comum: anorexia, náusea com ou sem vômito, diarreia.
–Desordens hepatobiliares Elevação de transaminases.
–Desordens cutâneas e subcutâneas
Muito comum: rash maculopapular, geralmente com prurido.
– Desordens em geral e condições do local de administração
Muito comum: febre, geralmente associada com erupção maculopapular.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.