Bula do Benzol produzido pelo laboratorio Greenpharma Química e Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Modelo de Bula para o Profissional da Saúde
Benzol
albendazol
comprimido
200mg e 400mg
Laboratório Greenpharma Química e
Farmacêutica Ltda
MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento
ComprimidoeComprimidoMastigável
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Comprimido 200mg: caixa com 4 comprimidos.
Comprimido 400mg: caixa com 1 comprimido.
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICOACIMADE 1ANO DE IDADE
Cada comprimido contém:
albendazol …............................................................................................200 mg
excipientes q.s.p. ..........................................................................1 comprimido
excipientes: amido, celulose microcristalina, estearato de magnésio, croscarmelose sódica, laurilssulfato de sódio, lactose,
sacarina sódica, talco, amido, dióxido de silício e aroma de baunilha.
albendazol …............................................................................................400 mg
excipientes: amido, manitol, estearato de magnésio, croscarmelose sódica, laurilssulfato de sódio, lactose, sacarina sódica, talco,
amido, corante amarelo de tartrazina e amarelo crepúsculo, aroma de baunilha e laranja..
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Benzol é um carbamato benzimidazólico com atividade anti-helmíntica e antiprotozoária indicado para tratamento contra os seguintes
parasitas intestinais e dos tecidos: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Necator americanus, Ancylostoma duodenale,
Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis, Taenia spp. e Hymenolepis nana (somente nos casos de parasitismo a eles associado).
São indicações ainda a opistorquíase (Opisthorchis viverrini) e a larva migrans cutânea, bem como a giardíase (Giardia lamblia, G.
duodenalis, G. intestinalis) em crianças.
Benzol em dose única diária demonstrou eficácia de 100% no tratamento de ascaridíase e enterobíase, 92% no de ancilostomíase, 90% no de
tricuríase e 97% no de giardíase em crianças. No tratamento contra Necator americanus a erradicação foi de 75%. A dose única diária,
utilizada por três dias consecutivos, teve eficácia de 86% na teníase e de 62% na estrongiloidíase.
1) JAGOTA, SC. et al. Albendazole, a broad-spectrum anthelmintic, in the treatment of intestinal nematode and cestode infection: a
multicenter study in 480 patients. Clin Ther, 8(2):226-23, 1986.
2) HORTON, J. Albendazole: a broad spectrum anthelminthic for treatment of individuals and populations. Curr Opin Infect Dis,
15(6):599-608, 2002.
3) DUTTA, AK. et al. A randomised multicentre study to compare the safety and efficacy of albendazole and metronidazole in the
treatment of giardiasis in children. Indian J Pediatr, 61(6):689-693, 1994.
Propriedades farmacodinâmicas
Benzolcontém como princípio ativo o albendazol, quimicamente [metil-5-(propil-tio)-1H-benzimidazol-2-il] carbamato, que em estudos
em animais e no homem exibe propriedade ovicida, larvicida e helminticida.
Mecanismo de ação
A droga exerce sua atividade anti-helmíntica por inibição da polimerização dos túbulos; com isso, o nível de energia do helminto se
torna inadequado à sua sobrevivência. Benzol inicialmente imobiliza os helmintos e posteriormente os mata.
Propriedades farmacocinéticas
No homem, após uma dose oral, o albendazol tem pequena absorção (menos de 5%). A maior parte de sua ação anti-helmíntica se dá na
luz intestinal. Com uma dose de albendazol de 6,6 mg/kg de peso, a concentração plasmática de seu principal metabólito, um sulfóxido,
atinge o máximo de 0,25 a 0,30 μg/mL após aproximadamente 2,5 horas. A vida média de eliminação do sulfóxido plasmático é de 8,5
horas. O metabólito é essencialmente eliminado pela urina.
Paciente idosos
Apesar de não ter sido estudada a farmacocinética do sulfóxido de albendazol em relação à idade, dados obtidos de 26 pacientes com
cisto hidático (pacientes de até 79 anos) sugerem uma farmacocinética similar à de indivíduos adultos saudáveis. O número de pacientes
idosos tratados de doença hidática ou neurocisticercose é limitado, mas não se observaram problemas associados a populações mais
idosas.
Insuficiência renal/insuficiência hepática
A farmacocinética do albendazol em pacientes com insuficiência renal e/ou hepática não foi estudada.
Benzol não deve ser administrado durante a gravidez nem em mulheres que planejam engravidar. Benzol é contraindicado para pacientes
com conhecida hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Categoria C de risco na gravidez.
Deve-se assegurar, antes de utilizar o produto, que não há possibilidade de gravidez para mulheres em idade fértil. Recomenda-
se a administração de Benzol na primeira semana da menstruação ou após o resultado negativo de um teste de gravidez. O tratamento
com Benzol pode revelar casos de neurocisticercose preexistente, principalmente em áreas com alta incidência de teníase. Os pacientes
podem apresentar sintomas neurológicos, como convulsões, aumento da pressão intracraniana e sinais focais resultantes de uma reação
inflamatória causada por morte do parasita no interior da massa encefálica. Os sintomas podem ocorrer logo após o tratamento; a terapia
com esteroides e anticonvulsivantes deve ser iniciada imediatamente.
A suspensão oral de Benzol contém ácido benzoico, que é moderadamente irritante para a pele, os olhos e as mucosas. O albendazol
pode aumentar o risco de desenvolvimento de icterícia em recém-nascidos.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas
Não se observou interferência do produto sobre a capacidade de dirigir veículos ou de operar máquinas.
Gravidez e lactação
O albendazol não deve ser administrado durante a gravidez nem a mulheres que podem estar grávidas ou pensam em engravidar (veja o
item Contraindicações).
Não se sabe se o albendazol ou seus metabólitos são excretados no leite materno. Dessa forma, Benzol não deve ser usado durante a
amamentação, a não ser que os benefícios potenciais para a mãe justifiquem os possíveis riscos para o filho.
Houve relatos de aumento dos níveis plasmáticos do metabólito ativo do albendazol com o uso de cimetidina,
praziquantel e dexametasona. O ritonavir, a fenitoína, a carbamazepina e o fenobarbital podem reduzir as concentrações
plasmáticas do metabólito ativo do albendazol; albendazol sulfóxido. A relevância clínica é desconhecida, mas pode
resultar em diminuição eficácia, especialmente no tratamento de infecções por helmintos. Para eficácia do tratamento, os
pacientes devem ser monitorados e pode-se exigir regimes de doses alternativas ou terapias alternativas.
Conservar em temperatura ambiente entre 15°C e 30°C. Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Prazo de validade 36 meses após a data de fabricação.
Aspecto físico/características organolépticas
O albendazol é uma suspensão oral homogênea, cor creme ocre, sabor e odor de banana.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
A suspensão deve ser bem agitada antes do uso.
Nenhum procedimento especial, como jejum ou uso de agente purgante, é necessário.
Com o objetivo de obter cura completa no caso de infestação por Enterobius vermicularis, deve-se prescrever medidas de
higiene tanto para os pacientes quanto para os indivíduos que utilizam a moradia dos pacientes.
Posologia
Indicações Idade Dose Período
Ascaris lumbricoides
Necator americanus
Trichuris trichiura
Adultos e crianças acima de 2
anos de idade
10 mL da suspensão a 4%
Dose única
Crianças de 1 a 2 anos de
idade
5 mL da suspensão a 4%
Enterobius vermicularis
Ancylostoma duodenale
10 mL da suspensão a 4% Dose única
Strongyloides stercoralis
Taenia spp.
Hymenolepis nana
10 mL da suspensão a 4% 1 dose por dia
durante 3 dias
Giardíase
(Giardia lamblia, G.
duodenalis, G.
intestinalis)
Crianças de 2 a 12 anos de
1 dose por dia
durante 5 dias
Larva migrans cutânea
1 dose por dia por
1 a 3 dias
Opistorquíase
(Opisthorchis viverrini)
2 doses por dia
Em casos comprovados de contaminação por Hymenolepis nana, recomenda-se um segundo ciclo de tratamento em 10 a
21 dias.
Se o paciente não apresentar melhora após três semanas, um segundo ciclo de tratamento pode ser necessário.
Pacientes idosos
A experiência com pacientes de 65 anos ou mais é limitada. Os dados indicam que nenhum ajuste de dosagem é
necessário, entretanto o albendazol deve ser usado com precaução em pacientes idosos com evidência de insuficiência
hepática (ver, em Características Farmacológicas, os itens Propriedades Farmacocinéticas e Insuficiência Hepática).
Insuficiência renal
Como a eliminação renal do albendazol e de seu metabólito primário, o sulfóxido de albendazol, se mostra insignificante,
é improvável que o clearance desses componentes seja alterado nesses pacientes.
Nenhum ajuste de dose é necessário, entretanto os pacientes com evidência de insuficiência renal devem ser monitorados
cuidadosamente.
Insuficiência hepática
Como o albendazol é rapidamente metabolizado pelo fígado em seu metabólito primário farmacologicamente ativo – o
sulfóxido de albendazol –, espera-se que, nos casos de insuficiência hepática, haja efeito significativo na farmacocinética
do sulfóxido de albendazol. Pacientes que apresentam resultados anormais dos testes de função hepática (transaminases)
devem ser cuidadosamente monitorados antes de iniciar terapia com albendazol.
Crianças
Devem ser observadas as mesmas precauções aplicadas aos adultos.
Dados de diversos estudos clínicos foram usados para determinar a frequência das reações adversas muito comuns às
raras. Todas as outras reações adversas (ou seja, as que ocorreram na proporção de <1/1.000) tiveram sua frequência
determinada com o uso de dados pós-comercialização e mais relacionada com o número de relatos do que com a
frequência real.
Têm-se utilizado os seguintes parâmetros para classificação das reações adversas:
Muito comuns ≥1/10
Comuns ≥1/100 e <1/10
Incomuns ≥1/1.000 e <1/100
Raros ≥1/10.000 e <1/1.000
Muito raros <1/10.000
Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): sintomas relacionados ao trato gastrintestinal superior (como dor epigástrica ou abdominal,
náusea e vômito), diarreia, cefaleia e vertigens.
Reações raras (≥1/10.000 e 1/1.000): reações de hipersensibilidade, que incluem rash, prurido e urticária; elevações das enzimas
hepáticas.
Reações muito raras (<1/10.000): eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson.
Em caso de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível
em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.