Bula do Betaspan produzido pelo laboratorio Instituto Terapêutico Delta Ltda.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
BETASPAN®
Instituto Terapêutico Delta Ltda
Suspensão Injetável
5 MG/ML + 2 MG/ML
Betaspan®
dipropionato de betametasona
fosfato dissódico de betametasona
FORMA FARMACÊUTICA, VIA DE ADMINISTRAÇÃO E APRESENTAÇÃO
Suspensão injetável (5 mg/ml + 2 mg/ml): embalagem contendo uma ampola de 1 mL e uma seringa
descartável esterilizada.
USO INTRAMUSCULAR, INTRA-ARTICULAR, PERIARTICULAR, INTRABÚRSICA,
INTRADÉRMICA, INTRALESIONAL E EM TECIDOS MOLES.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 15 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada mL da suspensão injetável contém:
dipropionato de betametasona (equivalente a 5,0 mg de betametasona base) ......................................... 6,40 mg
fosfato dissódico de betametasona (equivalente a 2,0 mg de betametasona base) .................................. 2,60 mg
veículo estéril q.s.p. ................................................................................................................................... 1,0 mL
(componentes não ativos: fosfato de sódio dibásico, fosfato de sódio monobásico, edetato dissódico, cloreto
de sódio, álcool benzílico, macrogol, polissorbato 80, metilparabeno, propilparabeno, carboximetilcelulose,
água para injeção).
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
BETASPAN®
está indicado para o tratamento de doenças agudas e crônicas que respondem aos corticoides. A
terapia hormonal com corticosteroide é coadjuvante e não substitui a terapêutica convencional. BETASPAN®
é indicado para os seguintes quadros clínicos:
Alterações osteomusculares e de tecidos moles – Artrite reumatoide, doenças das articulações como:
osteoartrite, bursite, espondilite anquilosante, espondilite radiculite, dor no cóccix, ciática, dor nas costas,
torcicolo, exostose, inflamação na planta dos pés (fascite).
Condições alérgicas – Asma, rinite alérgica devida a pólen, edema angioneurótico (inchaço que pode afetar
várias partes do organismo), bronquite alérgica, rinite alérgica persistente, hipersensibilidade à droga, doença
do soro, picadas de insetos.
Condições dermatológicas – Dermatite atópica (doença alérgica da pele), líquen simples crônico, dermatite
de contato, dermatite solar grave, urticária, líquen plano hipertrófico, necrobiose lipoídica associada com
diabetes mellitus (espécie de úlcera que afeta diabéticos), alopecia areata (queda de cabelo), lúpus eritematoso
discoide, psoríase, queloides, pênfigo, dermatite herpetiforme.
Doenças do colágeno – Lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia, dermatomiosite, poliarterite nodosa
(tipos de doenças auto-imunes).
Tumores Malignos – Para o tratamento paliativo de leucemias e linfomas em adultos, leucemia aguda da
infância.
Outras condições – Síndrome adrenogenital (alteração hormonal que pode masculinizar as mulheres),
doenças gastrintestinais como: colite ulcerativa, ileíte regional, doença celíaca, afecções dos pés (bursite,
hallux rigidus, 5º dedo varo), afecções necessitando de injeções subconjuntivais, transtornos hematológicos
que respondem aos corticosteroides, alterações dos rins, como: síndrome nefrítica e síndrome nefrótica.
A insuficiência adrenocortical primária ou secundária poderá ser tratada com BETASPAN®
, mas deverá
haver suplementação com mineralocorticoides.
é recomendado para:
1) injeções intramusculares para doenças que respondem aos corticoides sistêmicos;
2) injeções diretamente nos tecidos moles afetados, quando indicado;
3) injeções intra-articulares e periarticulares em artrites;
4) injeção intralesional para várias condições dermatológicas e
5) injeção local para certos transtornos inflamatórios e císticos dos pés.
BETASPAN®
é uma associação de ésteres de betametasona que produzem efeito antiinflamatório,
antialérgico a antirreumático.
A ação imediata é fornecida pelo fosfato dissódico de betametasona, que é rapidamente absorvido após a
administração. A ação prolongada é promovida pelo dipropionato de betametasona que, por ser de absorção
lenta, controla os sintomas durante longo período de tempo. O tamanho reduzido do cristal de dipropionato de
betametasona permite o uso de agulha de fino calibre (até calibre 26) para administração intradérmica e
intralesional.
é uma suspensão aquosa injetável estéril de dipropionato de betametasona e fosfato dissódico
de betametasona. Cada mL de BETASPAN®
contém 5 mg de betametasona como dipropionato e 2 mg de
betametasona como fosfato dissódico, em veículo estéril tamponado e conservado.
Os glicocorticoides, como a betametasona, causam profundos e variados efeitos metabólicos e modificam a
resposta imunológica do organismo a diversos estímulos.
Este medicamento é contraindicado para menores de 15 anos.
Este medicamento é contraindicado para pacientes que já teve qualquer alergia ou alguma reação incomum
como hipersensibilidade ao dipropionato de betametasona, fosfato de dissódico de betametasona, a outros
corticoides ou a qualquer um de seus componentes da fórmula. Também é contraindicado em pacientes com
infecções sistêmicas por fungos.
BETASPAN®
não deverá ser administrado por via intramuscular em pacientes com púrpura trombocitopência
idiopática.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
BETASPAN®
NÃO deverá ser usado por via intravenosa ou subcutânea. Técnica estritamente asséptica é
mandatória com uso de BETASPAN®
. Agite antes de usar.
contém dois ésteres de betametasona, um dos quais, o fosfato dissódico de betametasona,
desaparece rapidamente do local da injeção. O potencial para efeitos sistêmicos produzidos por esta porção
solúvel de BETASPAN®
deverá ser considerada pelo médico ao usar este preparado.
Após a administração intra-articular deverão ser tomadas precauções pelo paciente para evitar o uso excessivo
da articulação na qual foi obtido benefício sintomático.
A administração intramuscular de corticoides deverá ser feita profundamente em grandes massas musculares
para evitar atrofia tissular local.
As injeções em tecidos moles, intralesionais e intra-articulares podem produzir efeitos sistêmicos locais.
É necessário o exame do líquido sinovial para excluir um processo infeccioso. Deve-se evitar a injeção local
em uma articulação previamente infectada. O aumento da dor e do edema local, restrição maior dos
movimentos articulares, febre e mal-estar são sugestivos da artrite séptica. Se a infecção for confirmada,
deverá ser instituída terapia antimicrobiana apropriada.
Corticosteroides não deverão ser injetados em articulações não estáveis, áreas infectadas ou espaços
intervertebrais. Injeções repetidas em articulações com osteoartrite podem aumentar a destruição articular.
Evitar injetar corticosteroides diretamente nos tendões devido a relatos de ruptura tardia do tendão.
Devido à ocorrência de raros casos de reações anafiláticas com o uso parenteral de corticoides, deverão ser
tomadas medidas apropriadas de precaução antes da administração, especialmente se o paciente apresentar
histórico de alergia medicamentosa.
Com o tratamento prolongado, deverá ser considerada a transferência da administração parental para a oral,
depois da avaliação dos potenciais benefícios e riscos.
Reajustes posológicos poderão ser necessários para remissões ou exacerbações do processo posológico,
conforme a resposta individual de cada paciente sob tratamento e quando ocorrer exposição do paciente a
situações de estresse, isto é, infecção grave, cirurgia ou traumatismo. Após o término de um tratamento
prolongado com corticoides em altas doses, poderá ser necessária monitorização por até um ano.
Os corticoides podem mascarar sinais de infecção, e novas infecções podem surgir durante o seu uso. Quando
os corticoides são usados, podem ocorrer diminuição da resistência e dificuldade de localizar o sítio de uma
nova infecção.
O uso prolongado de corticoides pode produzir catarata subcapsular posterior, especialmente em crianças,
glaucoma com possível dano ao nervo óptico, podendo ocorrer aumento da incidência de infecções oculares
secundárias devidas a fungos ou vírus.
Altas doses de corticoides podem causar elevação da pressão arterial e retenção hidrossalina, assim como
aumento da excreção de potássio. Esses efeitos ocorrem com menos frequência com os derivados sintéticos,
exceto quando usados em altas doses.
Deve ser considerada uma dieta com restrição a sal e suplementação de potássio. Todos os corticoides
aumentam a excreção de cálcio.
Enquanto em tratamento com corticosteroide, os pacientes não deverão ser vacinados contra varíola.
Alguns procedimentos de imunização não deverão ser realizados em pacientes recebendo corticosteroides,
principalmente em altas doses, devido ao provável risco de complicações neurológicas e falta de resposta por
anticorpos. Quando o corticosteroide estiver sendo utilizado como terapia de reposição (por exemplo, Doença
de Addison), os procedimentos de imunização poderão ser realizados normalmente.
Pacientes em uso de doses imunossupressoras de corticosteroides deverão ser alertados a evitar a exposição a
pessoas portadoras de varicela ou sarampo, e, se forem expostas, deverão procurar orientação médica,
principalmente no caso de crianças.
O tratamento com corticosteroides em pacientes com tuberculose ativa deverá ser restrito aos casos de
tuberculose fulminante ou disseminada, nos quais o corticosteroide é usado em associação com um esquema
antituberculoso apropriado.
Se os corticoides forem indicados em pacientes com tuberculose latente ou com reatividade tuberculina, será
necessária uma observação cuidadosa, uma vez que poderá ocorrer reativação da doença. Durante tratamento
prolongado, estes pacientes deverão receber quimioprofilaxia. O uso da rifampicina no programa de
quimioprofilaxia, devido o seu efeito de estimulação da depuração dos glicocorticoides, poderá impor um
reajuste na dose empregada.
A menor dose possível de corticoide deverá ser usada para controlar a condição sob tratamento. Quando a
redução da dose for possível, deverá ser gradual.
Insuficiência adrenocortical secundária, induzida pelo medicamento, poderá resultar da retirada muito rápida
do corticoide, podendo ser minimizada pela redução gradual da dose. Essa insuficiência poderá persistir por
meses após a descontaminação do tratamento, portanto, se ocorrer estresse durante este período, a
corticoterapia deverá ser reinstituída. Se o paciente já estiver recebendo corticosteroides, a dose deverá ser
aumentada. Uma vez que a secreção mineralocorticoide pode estar prejudicada, devem ser administrados sal
e/ou mineralocorticosteroides concomitantemente.
Os efeitos dos corticoides são aumentados em pacientes com hipotireoidismo e em pacientes com cirrose
hepática.
Aconselha-se cautela ao se usar corticoides em pacientes com herpes simples ocular devido à possibilidade de
perfuração da córnea.
Podem ocorrer transtornos psíquicos com a terapia corticosteroide. Os corticoides podem agravar
instabilidade emocional ou tendências psicóticas preexistentes.
Corticoides deverão ser usados com cautela em colite ulcerativa não especificada, quando houver
probabilidade de perfuração iminente, abcesso ou outra infecção piogênica, em diverticulite, anastomose
intestinal recente, úlcera péptica ativa ou latente, insuficiência renal, hipertensão arterial, osteoporose e
miastenia gravis.
Como as complicações do tratamento com corticosteroides são dependentes da dose e duração do tratamento,
uma decisão baseada na relação risco/benefício deverá ser tomada para cada caso individual.
O crescimento e desenvolvimento de crianças e lactentes fazendo uso prolongado de corticoides deverão ser
acompanhados cuidadosamente, pois pode haver distúrbio no crescimento e inibição da produção endógena
de cortisol.
O tratamento com corticosteroides pode alterar a motilidade e o número de espermatozoides.
A administração intra-articular e/ou intralesional pode produzir efeitos sistêmicos e locais, o que deverá ser
levado em consideração em pacientes tratados concomitantemente com corticosteroides oral e/ou parenteral.
Uso durante a gravidez e lactação
Como não foram feitos estudos controlados de reprodução humana com corticosteroides, o uso de
durante a gravidez ou em mulheres em idade fértil exige que os possíveis benefícios do
fármaco sejam pesados contra os potenciais riscos para a mãe, o feto e o lactente. Crianças nascidas de mães
que receberam doses substanciais de corticoides durante a gestação deverão ser observadas cuidadosamente
para a detecção de sinais de hipoadrenalismo.
Devido à possibilidade de surgirem efeitos adversos indesejáveis com o uso do BETASPAN®
em lactentes,
deverá ser tomada a decisão de descontinuar a amamentação ou o tratamento, levando-se em consideração a
importância do medicamento para a mãe.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe
ao médico se você estiver amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Este medicamento pode causar doping.
Interações Medicamentosas
Interações medicamento – medicamento:
O uso concomitante de fenobarbital, rifampicina, fenitoína ou efedrina pode aumentar o metabolismo do
corticosteroide, reduzindo, assim, seus efeitos terapêuticos.
Pacientes que estejam recebendo corticosteroides e estrogênios concomitantemente deverão ser observados
devido a possível ocorrência de exacerbação dos efeitos dos corticosteroides.
O uso concomitante de corticosteroides com diuréticos depletores de potássio pode aumentar a hipocalemia.
O uso concomitante de corticoides com glicosídeos cardíacos pode aumentar a possibilidade de arritmias ou
intoxicação digitálica associada à hipocalemia (diminuição de potássio no sangue)..
Os corticoides podem aumentar a depleção de potássio causada pela anfotericina B. Em todos os pacientes em
uso de digitálicos, diuréticos depletores de potássio e anfotericina B, as concentrações dos eletrólitos séricos,
principalmente os níveis de potássio, deverão ser monitorizadas cuidadosamente.
O uso concomitante de corticosteroides com anticoagulantes cumarínicos pode aumentar ou diminuir os
efeitos anticoagulantes, havendo necessidade de ajustes posológicos.
Os corticosteroides podem diminuir as concentrações sanguíneas dos salicilatos. O ácido acetilsalicílico deve
ser utilizado com cuidado em associação aos corticosteroides em pacientes com hipoprotrombinemia
(alteração sanguínea que altera a coagulação do sangue). Quando os corticosteroides forem administrados a
diabéticos, poderão ser necessários reajustes posológicos dos hipoglicemiantes orais e da insulina.
Terapia concomitante com glicocorticoides pode inibir a resposta à somatotropina.
Interações medicamento-álcool:
Os efeitos combinados de antiinflamatórios não esteroides ou álcool com corticoides podem resultar em
aumento da ocorrência ou da gravidade de ulcerações gastrintestinais.
Interações medicamento-exames laboratoriais – os corticoides podem afetar o teste de “nitroblue
tetrazolium” para infecção bacteriana e produzir resultados falso-negativos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você estiver fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
BETASPAN®
deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
é uma Suspensão Injetável de cor branca acondicionada em ampola de vidro transparente.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Caso você observe alguma mudança no aspecto do medicamento que ainda esteja no prazo de validade,
consulte o médico ou o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
PARA ADMINISTRAÇÃO INTRAMUSCULAR, INTRA-ARTICULAR, PERIARTICULAR,
INTRABÚRSICA, INTRADÉRMICA, INTRALESIONAL E EM TECIDOS MOLES.
Não está indicado para uso intravenoso ou subcutâneo.
Este produto só poderá ser injetado por via intramuscular profunda na região glútea usando
exclusivamente agulha calibre 30/7.
Por se tratar de uma suspensão injetável o BETASPAN®
deve ser aplicado por um profissional de saúde.
Agite antes de usar. Técnica estritamente asséptica é mandatória para o uso do produto.
As necessidades posológicas são variáveis e deverão ser individualizadas com base na doença específica, na
gravidade do quadro e na resposta do paciente ao tratamento.
A dose inicial deverá ser mantida ou ajustada até que uma resposta satisfatória seja obtida. Se uma resposta
clínica satisfatória não ocorrer após um período de tempo razoável, o tratamento com BETASPAN®
deverá
ser descontinuado e deverá ser iniciada outra terapia apropriada.
Administração sistêmica – para o tratamento sistêmico, BETASPAN®
deverá ser iniciado com 1 a 2 mL na
maioria das condições, repetindo-se a terapia, quando necessário. A administração é através de injeção
intramuscular (IM) profunda na região glútea. A dosagem e a frequência das administrações irão depender da
gravidade da condição do paciente e da resposta terapêutica. Em doenças graves, como lúpus eritematoso
sistêmico ou estado de mal asmático já controlados por medidas de emergência, 2 mL poderão ser necessários
inicialmente.
Grande variedade de condições dermatológicas respondem a administração IM de corticoides. Uma injeção de
1 mL, repetida de acordo com a resposta terapêutica, foi considerada como eficaz. Em doenças do trato
respiratório, o início da melhora dos sintomas ocorre dentro de poucas horas após a injeção intramuscular de
BETASPAN®
. O controle efetivo dos sintomas com 1 a 2 mL é obtido na asma brônquica, febre do feno,
bronquite alérgica e rinite alérgica.
No tratamento da bursite aguda ou crônica, resultados excelentes foram obtidos com 1 a 2 mL de
administrados por via intramuscular, repetidos se necessário.
Administração local – o uso de anestésicos locais raramente é necessário. Se isto for desejável,
poderá ser misturado (na seringa e não no frasco) com lidocaína ou procaína 1% a 2% ou
anestésicos locais similares. Devem ser evitadas formulações que contenham metilparabeno, propilparabeno e
fenol.
A dose necessária de BETASPAN®
é transferida para a seringa e, em seguida, o anestésico. A mistura na
seringa deve ser agitada levemente.
Em bursites agudas subdeltoides, subcromiais, olecraniais e pré-patelares, uma injeção intrabúrsica de 1 a 2
mL de BETASPAN®
poderá aliviar a dor e restaurar a completa movimentação dentro de poucas horas. A
bursite crônica poderá ser tratada com doses reduzidas, assim que os sintomas agudos estejam controlados.
Em tenossinovite aguda, tendinite e peritendinite, uma injeção de BETASPAN®
poderá trazer alívio. Em
formas crônicas destas doenças, poderão ser necessárias injeções repetidas, de acordo com as necessidades do
paciente.
Após administração intra-articular de 0,5 mL a 2 mL de BETASPAN®
, ocorre alívio da dor, da sensibilidade
e rigidez associadas à osteoartrite e à artrite reumatoide dentro de 2 a 4 horas. A duração do alívio, que varia
amplamente nas duas condições, é de 4 semanas ou mais, na maioria dos casos.
Uma injeção intra-articular de BETASPAN®
é bem tolerada pela articulação e pelos tecidos periarticulares.
As doses recomendadas para injeção intra-articular são:
- Grandes articulações (joelho, bacia, ombro): 1 – 2 mL
- Médias articulações (cotovelo, punho, tornozelo): 0,5 – 1 mL
- Pequenas articulações (pé, mão, tórax) 0,25 – 0,5 mL
Afecções dermatológicas poderão responder à administração intralesional de BETASPAN®
. A resposta de
algumas lesões não tratadas diretamente poderá ser devida a um leve efeito sistêmico do fármaco. No
tratamento intralesional, é recomendada uma dose intradérmica de 0,2 mL/cm² de BETASPAN®
distribuída
igualmente com uma seringa do tipo tuberculina e agulha de calibre 26. A quantidade total de BETASPAN®
aplicada em todas as áreas não deverá exceder 1 mL por semana.
poderá ser usado eficazmente em afecções do pé que sejam suscetíveis aos corticoides. Bursite
sob heloma (espessamento de uma das camadas da pele) duro ou mole poderá ser controlada com duas
injeções sucessivas de 0,25 mL cada. Em algumas condições, como hallux rigidus, 5º dedo varo e artrite
gotosa aguda, a melhora dos sintomas poderá ser rápida. Uma seringa do tipo tuberculina e uma agulha de
calibre 25 são adequadas para a maioria das injeções. As doses recomendadas, em intervalos de
aproximadamente uma semana, são: bursite sob heloma duro ou mole, 0,25 mL – 0,5 mL; bursite sob esporão
de calcâneo, 0,5 mL; bursite sobre hallux rigidus, 0,5 mL; bursite sobre o 5º dedo varo, 0,5 mL; cisto sinovial,
0,25 mL – 0,5 mL; neuralgia de Morton (metatarsalgia), 0,25 mL – 0,5 mL; tenossinovite, 0,5 mL; periostite
do cuboide, 0,5 mL; artrite gotosa aguda, 0,5 mL – 1 mL.
Depois de obtida uma resposta favorável, a dosagem de manutenção deverá ser determinada através da
diminuição da dose inicial em decréscimos graduais, a intervalos apropriados, até que seja encontrada a dose
mínima capaz de manter uma resposta clínica adequada.
A exposição do paciente a situações de estresse não relacionadas à doença em curso poderá necessitar de
aumento da dose de BETASPAN®
. Se for necessária a descontinuação do fármaco após tratamento
prolongado, a dose deverá ser reduzida gradualmente.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis, como alterações osteomusculares,
gastrintestinais, dermatológicas, neurológicas, psiquiátricas, hiper ou hipopigmentação, atrofia cutânea e
subcutânea, abscessos estéreis, rubor local pós-injeção (em seguida ao uso intra-articular).
Por se tratar de um corticosteroide de administração parenteral, que deve ser administrado por um profissional
habilitado de saúde, a possibilidade de esquecimento de dose é remota. Em caso de esquecimento, programe-
se para administrar o medicamento assim que possível.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Reações adversas a BETASPAN®
, como aos demais corticosteroides, estão relacionadas com a posologia e a
duração do tratamento. Geralmente estas reações podem reverter-se ao mínimo com a redução da posologia, o
que é geralmente preferível à suspensão do tratamento farmacológico. Embora a incidência de reações
adversas a BETASPAN®
seja baixa, a possível ocorrência de efeitos colaterais conhecidos dos corticoides
deverá ser considerada.
As reações adversas relacionadas ao uso de BETASPAN®
, de acordo com a frequência de ocorrência e o
sistema acometido são:
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Sistema nervoso central: insônia.
Sistema gastrintestinal: dispepsia; aumento de apetite.
Organismo como um todo: aumento da incidência de infecções.
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Pele: dificuldade de cicatrização; pequenos vasos superficiais visíveis; infecções subcutâneas; pele fina e
frágil; inflamação do folículo piloso; coceira.
Sistema endócrino: diabetes mellitus; síndrome de Cushing (estado decorrente do excesso de corticoide).
Sistema musculoesquelético: osteoporose
Sistema gastrintestinal: sangramento digestivo.
Sistema geniturinário: redução de potássio no sangue; retenção de sódio e água; irregularidade menstrual.
Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizaram este medicamento):
Pele: estrias; hematomas; reação de hipersensibilidade; espinhas; urticária; sudorese excessiva; rash cutâneo;
vermelhidão da face e pescoço após aplicação; sintomas e sinais no local de aplicação; aumento de pelos;
diminuição da pigmentação cutânea.
Sistema nervoso central: depressão; convulsões; tontura; cefaleia; confusão mental; euforia; distúrbio de
personalidade; alteração de humor.
Sistema gastrintestinal: úlcera péptica com possível perfuração e hemorragia; aumento do tamanho do fígado;
distensão abdominal; alteração em exames do fígado.
Sistema geniturinário: diminuição da contagem de espermatozoides.
Sistema musculoesquelético: lesão muscular induzida por corticoide; fraqueza muscular; dor muscular.
Olhos: aumento de pressão intraocular; catarata.
Sistema cardiovascular: pressão alta; arritmias cardíacas; insuficiência cardíaca congestiva; edema agudo do
pulmão; trombose venosa profunda; vasculite.
Organismo como um todo: ganho de peso; infecção por fungos.
Reações cuja incidência não está determinada: soluços, alcalose hipocalêmica (aumento do pH do sangue por
falta de potássio), perda de massa muscular, fraturas, necrose asséptica da cabeça do fêmur e do úmero,
fratura patológica dos ossos longos, ruptura de tendão, instabilidade articular decorrente de repetidas injeções
intra-articulares, pancreatite, esofagite ulcerativa, adelgaçamento cutâneo, petéquias e equimose, eritemia
(vermelhidão) facial, diminuição ou supressão da reação aos testes cutâneos, edema angioneurótico, aumento
da pressão intracraniana com edema de papila (pseudotumor cerebral), diminuição do crescimento na infância
e no período intrauterino, falta de resposta adrenocortical e pituitária, diminuição da tolerância aos
carboidratos, manifestações clínicas de diabetes mellitus latente, aumento das necessidades diárias de insulina
ou agentes hipoglicemiantes orais em diabéticos, glaucoma, balanço nitrogenado negativo devido ao
catabolismo proteico, manifestações psicóticas, reações anafiláticas, hipotensão, choque, dermatite alérgica,
exoftalmia, agravamento dos sintomas na miastenia gravis.
Reações adversas relacionadas ao tratamento corticoide parenteral incluem: casos raros de cegueira
associados ao tratamento intralesional da face e da cabeça; hiper ou hipopigmentação, atrofia cutânea e
subcutânea; abscessos estéreis; área de rubor pós-injeção (em seguida ao uso intra-articular); artropatia do
tipo Charcot.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo
uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
DESTE MEDICAMENTO?
Sintomas – A superdose aguda de corticosteroides não leva a situações de risco de vida. Exceto nos casos de
doses muito elevadas, alguns dias de dosagem excessiva não parecem produzir resultados prejudiciais na
ausência de contraindicações específicas, como em pacientes com diabetes mellitus, glaucoma, úlcera péptica
ativa ou em pacientes que estejam fazendo uso de medicamentos como digitálicos, anticoagulantes
cumarínicos ou diuréticos depletores de potássio.
Tratamento – Complicações resultantes dos efeitos metabólicos dos corticosteroides ou dos efeitos deletérios
da doença de base, ou concomitante, ou resultante de internações medicamentosas deverão ser tratadas
apropriadamente. Manter ingestão de líquidos adequada e monitorizar os eletrólitos séricos e urinários, com
especial atenção ao balanço de sódio e potássio. Tratar o desequilíbrio eletrolítico, se necessário.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve
a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
®
Marca Registrada
Reg. MS nº 1.0440.0109
Número do lote, data de fabricação e validade: vide cartucho
Farm. Resp.: Dra. Fernanda Cortez Colósimo de Oliveira - CRF-SP nº 27.250
Registrado e embalado por:
Instituto Terapêutico Delta Ltda.
Alameda Capovilla, 129 - Indaiatuba - SP
C.N.P.J. 33.173.097/0002-74
Indústria Brasileira
Fabricado e embalado por:
Laboratil Farmacêutica Ltda.
Rua Aníbal dos Anjos Carvalho, 212
Cidade Dutra – São Paulo – SP
Produto: Betaspan
Processo de origem: 25000.013336/98-96
ANEXO B
HISTÓRICO DE ALTERAÇÃO PARA A BULA
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
Nº do
Expediente
Assunto
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
Apresentações
relacionadas
25/09/2014 0798549/14-5
SIMILAR –
Inclusão
Inicial de
Texto de
Bula – RDC
60/12
25/09/2014
Adequação ao Art 43 da RDC
47/2009
VP/VPS
5,0 MG + 2,0 MG
SUS INJ CT AMP
VD INC X 1ML
19/05/2015 NA
Notificação
de Alteração
de Texto de
19/05/2015
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO
É INDICADO?
2. COMO ESTE MEDICAMENTO
FUNCIONA?
3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE
MEDICAMENTO?
4. O QUE DEVO SABER ANTES DE
USAR ESTE MEDICAMENTO?
6. COMO DEVO USAR ESTE
7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU
ME ESQUECER DE USAR ESTE
8. QUAIS OS MALES QUE ESTE
MEDICAMENTO PODE ME
CAUSAR?
- Razão social do fabricante
INFORMAÇÕES AO PROFISSIONAL
DA SAÚDE
3. CARACTERÍSTICAS
FARMACOLÓGICAS