Bula do Biconcor para o Profissional

Bula do Biconcor produzido pelo laboratorio Merck S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Biconcor
Merck S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO BICONCOR PARA O PROFISSIONAL

BICONCOR®

hemifumarato de bisoprolol

hidroclorotiazida

Merck S/A

Comprimidos revestidos

2,5/6,25 mg; 5/6,25 mg; 10/6,25 mg

Biconcor®

hemifumarato de bisoprolol, hidroclorotiazida

APRESENTAÇÕES

2,5/6,25 mg; Biconcor®

5/6,25 mg; Biconcor®

10/6,25 mg

Embalagens contendo 30 comprimidos revestidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

2,5/6,25 mg

hemifumarato de bisoprolol .................................. 2,5 mg

hidroclorotiazida ................................................... 6,25 mg

Excipientes: amido, crospovidona, fosfato de cálcio dibásico anidro, celulose microcristalina,

estearato de magnésio, hipromelose, polissorbato 80, macrogol, dióxido de titânio e óxido de

ferro amarelo.

5/6,25 mg

hemifumarato de bisoprolol .................................. 5 mg

Excipientes: amido, fosfato de cálcio dibásico anidro, celulose microcristalina, estearato de

magnésio, dióxido de silício, hipromelose, polissorbato 80, macrogol, dióxido de titânio,

óxido de ferro amarelo e óxido férrico.

hemifumarato de bisoprolol .................................. 10 mg

hidroclorotiazida .................................................... 6,25 mg

magnésio, dióxido de silício, hipromelose, polissorbato 80, macrogol e dióxido de titânio.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Hipertensão arterial.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Os efeitos de bisoprolol e hidroclorotiazida foram aditivos no que diz respeito às reduções das

pressões diastólica e sistólica.

A dose de hidroclorotiazida de 6,25 mg/dia produziu significativamente menos

hipopotassemia e menores aumentos do ácido úrico que a dose de 25 mg/dia. A combinação

de baixa dose de bisoprolol e hidroclorotiazida reduziu a pressão arterial diastólica a níveis

inferiores a 90 mmHg em 61% dos pacientes e demonstrou um perfil de segurança

comparável ao placebo.

Não foram observadas alterações significativas nos níveis de glicose, cálcio, colesterol ou

triglicerídeos com bisoprolol, hidroclorotiazida ou a combinação dos dois fármacos.

Referência bibliográfica: A multifactorial trial design to assess combination therapy in

hypertension. Treatment with bisoprolol and hydrochlorothiazide. Frishman WH, Bryzinski

BS, Coulson LR, DeQuattro VL, Vlachakis ND, Mroczek WJ, Dukart G, Goldberg JD,

Alemayehu D, Koury K. Arch Intern Med. 1994 Jul 11;154(13):1461-8.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Biconcor®

consiste na associação do bisoprolol, um betabloqueador beta-1 seletivo, com a

hidroclorotiazida, um diurético tiazídico. Estudos clínicos demonstraram os efeitos anti-

hipertensivos aditivos destes dois fármacos, bem como a eficácia da menor dose (2,5 mg /

6,25 mg) no tratamento da hipertensão de leve a moderada. Os efeitos farmacodinâmicos,

incluindo hipopotassemia (hidroclorotiazida), bradicardia, astenia e cefaleia (bisoprolol) são

dose-dependentes. A combinação dos dois fármacos objetiva reduzir estes efeitos.

Farmacodinâmica do bisoprolol

O bisoprolol é um bloqueador adrenérgico beta-1 altamente seletivo sem atividade

simpáticomimética intrínseca e sem atividade estabilizadora de membrana significativa.

Assim como outros bloqueadores adrenérgicos beta-1, o mecanismo da ação anti-hipertensiva

do bisoprolol ainda não foi completamente estabelecido. Entretanto, foi demonstrado que o

bisoprolol produz redução marcante da renina plasmática e redução do ritmo cardíaco.

Farmacodinâmica da hidroclorotiazida

A hidroclorotiazida é um diurético tiazídico com atividade anti-hipertensiva. Seu efeito

diurético deve-se à inibição do transporte ativo de Na+

dos túbulos renais para o sangue,

afetando a reabsorção de Na+

.

Farmacocinética do bisoprolol

Absorção: Tmax varia de 1-4 horas. A biodisponibilidade é elevada (88%), com efeito de

primeira passagem hepático muito baixo. A absorção não é afetada pela presença de

alimentos; A cinética é linear para doses de 5-40 mg.

Distribuição: a ligação às proteínas plasmáticas é de 30% e o volume de distribuição é

elevado (aproximadamente 3 L/kg).

Biotransformação: 40% da dose do bisoprolol é metabolizada no fígado. Os metabólitos são

inativos.

Eliminação: a meia-vida de eliminação plasmática é de 11 horas. As depurações renal e

hepática (clearance) são aproximadamente comparáveis e metade da dose (inalterada), assim

como seus metabólitos, é excretada na urina. O clearance total é de aproximadamente 15 L/h.

Farmacocinética da hidroclorotiazida

Absorção: a biodisponibilidade da hidroclorotiazida mostra variabilidade interindividual,

variando de 60-80%. Tmax varia de 1,5-5 horas (média de aproximadamente 4 horas).

Distribuição: a ligação às proteínas plasmáticas é de 40%.

Eliminação: a hidroclorotiazida não é metabolizada, sendo quase completamente eliminada na

forma inalterada por filtração glomerular e secreção tubular ativa. A meia-vida terminal da

hidroclorotiazida é de aproximadamente 8 horas. O clearance renal da hidroclorotiazida é

reduzido e a meia-vida de eliminação prolongada em pacientes com insuficiência renal e/ou

cardíaca. O mesmo se aplica aos pacientes idosos, os quais também demonstram um aumento

na Cmax. A hidroclorotiazida atravessa a barreira hematoencefálica e é excretada no leite

humano.

Dados de segurança pré-clínica

O bisoprolol e a hidroclorotiazida não demonstraram ser prejudiciais em humanos de acordo

com os testes padrão de toxicidade pré-clínica (testes de toxicidade a longo prazo, de

mutagenicidade, de genotoxicidade e de carcinogenicidade). Tal como outros

betabloqueadores, o bisoprolol em doses elevadas demonstrou, em modelos animais, causar

efeitos tóxicos na mãe (diminuição da ingestão de alimentos e aumento de peso corporal) e no

embrião/feto (aumento da reabsorção tardia, diminuição do peso ao nascimento, atraso no

desenvolvimento físico até ao fim do aleitamento). No entanto, tanto o bisoprolol como a

hidroclorotiazida não foram teratogênicos. Não houve aumento na toxicidade quando ambos

os fármacos foram dados em associação.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Biconcor®

é contraindicado em pacientes com:

 hipersensibilidade ao bisoprolol, à hidroclorotiazida, outras tiazidas, sulfonamidas ou a

qualquer dos excipientes;

 insuficiência cardíaca aguda ou durante episódios de descompensação da insuficiência

cardíaca que requeiram terapêutica inotrópica intravenosa;

 choque cardiogênico;

 bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro grau (sem marca-passo);

 síndrome do nó sinusal;

 bloqueio sinoatrial;

 bradicardia sintomática;

 asma brônquica grave;

 formas graves da Síndrome de Raynaud ou formas graves de doença arterial oclusiva

periférica;

 feocromocitoma não tratado;

 insuficiência renal grave (clearance da creatinina < 30 mL/min);

 insuficiência hepática grave;

 acidose metabólica;

 hipopotassemia refratária .

Este medicamento é contraindicado em crianças de qualquer faixa etária.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O tratamento com bisoprolol não deve ser interrompido abruptamente a menos que

claramente indicado, pois a interrupção abrupta do bisoprolol pode ocasionar deterioração

aguda da condição do paciente, em particular naqueles com doença cardíaca isquêmica.

Biconcor®

deve ser utilizado com cautela em casos de:

 insuficiência cardíaca concomitante;

 diabetes mellitus com grandes flutuações nos níveis da glicemia, uma vez que sintomas de

hipoglicemia (como taquicardia, palpitações ou sudorese) podem ser mascarados;

 jejum rigoroso;

 bloqueio AV de primeiro grau;

 angina de Prinzmetal;

 doença arterial obstrutiva periférica (pode ocorrer agravamento dos sintomas, em especial

no início do tratamento);

 hipovolemia;

 função renal comprometida.

Como outros betabloqueadores, o bisoprolol pode aumentar tanto a sensibilização relacionada

a alérgenos quanto a severidade das reações anafiláticas. Isto também se aplica à terapia de

dessensibilização. Tratamento com epinefrina nem sempre pode produzir o efeito terapêutico

esperado.

Pacientes com psoríase ou com histórico de psoríase deverão somente fazer uso de

betabloquadores (como o bisoprolol) após cuidadoso balanço risco versus benefício.

Os sintomas de tireotoxicose podem ser mascarados pelo tratamento com bisoprolol.

Em pacientes com feocromocitoma, o bisoprolol somente deve ser administrado após

bloqueio dos alfa-receptores.

Em pacientes submetidos à anestesia geral, o betabloqueio reduz a incidência de arritmias e

isquemia do miocárdio durante indução e intubação, e o período pós-operatório. Normalmente

recomenda-se que se mantenha o betabloqueio no período perioperatório. O anestesista deve

estar ciente do betabloqueio devido à possibilidade de interações com outros medicamentos,

resultando em bradiarritimias, atenuação da taquicardia reflexa e diminuição da capacidade

reflexa para compensar a perda de sangue. Caso seja considerado necessário interromper o

tratamento com o betabloqueador antes da cirurgia, isso deve ser feito gradualmente e

completado cerca de 48 horas antes da anestesia.

Embora betabloqueadores cardiosseletivos (beta1) possam apresentar menos efeitos sobre a

função pulmonar do que os betabloqueadores não-seletivos, como acontece com todos os

betabloqueadores, estes devem ser evitados em pacientes com doenças obstrutivas das vias

aéreas, a menos que existam razões clínicas relevantes para seu uso. Nessas situações,

pode ser usado com cautela. Na asma brônquica ou em outras doenças pulmonares

obstrutivas crônicas, que podem se mostrar sintomáticas, indica-se terapia broncodilatadora

concomitante. Pode ocorrer aumento ocasional na resistência das vias aéreas em pacientes

asmáticos, requerendo assim uma dose maior de estimulantes beta2.

Reações de fotossensibilidade podem ocorrer com diuréticos tiazídicos. Caso ocorram reações

de fotossensibilidade, recomenda-se a proteção das áreas expostas ao sol ou à luz UVA

artificial. Em casos graves, pode ser necessário suspender o tratamento.

A administração contínua de hidroclorotiazida pode provocar distúrbios hidroeletrolíticos, em

particular hipopotassemia e hiponatremia, como também hipomagnesemia, hipocloremia e

hipocalcemia. A hipopotassemia facilita o desenvolvimento de arritmias graves,

particularmente torsade de pointes, que pode ser fatal.

Durante terapia de longa duração com Biconcor®

, recomenda-se monitorar eletrólitos séricos

(especialmente potássio, sódio, cálcio), creatinina e ureia, lipídeos séricos (colesterol e

triglicerídeos) e ácido úrico, assim como a glicemia.

Em pacientes com hiperuricemia, o risco de ataques de gota pode estar aumentado.

Pode haver piora do quadro de alcalose metabólica em função de distúrbio da homeostase

hidroeletrolítica.

Em pacientes com colelitíase, colecistite aguda foi relatada.

A hidroclorotiazida, uma sulfonamida, pode provocar uma reação idiossincrática resultando

em miopia transitória aguda e glaucoma agudo de ângulo fechado. Os sintomas incluem

diminuição aguda da acuidade visual ou dor ocular, ocorrendo normalmente no período de

horas a semanas após o início do tratamento. O glaucoma agudo de ângulo fechado não

tratado pode levar à perda permanente da visão. O tratamento primário é a descontinuação da

hidroclorotiazida o mais rapidamente possível. Poderá ser necessário tratamento médico ou

cirúrgico imediato se a pressão intraocular permanecer fora de controle. Os fatores de risco

para o desenvolvimento de glaucoma agudo de ângulo fechado podem incluir história de

alergia à penicilina ou às sulfonamidas.

Gravidez e lactação

Gravidez

Categoria de risco C. O bisoprolol apresenta ações farmacológicas que podem causar efeitos

nocivos sobre a gravidez e/ou no feto/recém-nascido. Em geral, os betabloqueadores reduzem

a perfusão placentária, o que tem sido associado com retardo de crescimento, morte

intrauterina, aborto ou parto prematuro. Os efeitos adversos (por exemplo, hipoglicemia e

bradicardia) podem ocorrer no feto e no recém-nascido. Se o tratamento com

betabloqueadores é necessário, deve-se dar preferência aos bloqueadores adrenérgicos beta1

seletivos. Diuréticos podem dar origem à isquemia fetoplacentária com o risco de hipotrofia

fetal. A hidroclorotiazida é suspeita de causar trombocitopenia em neonatos. O uso de

não é recomendado durante a gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica

ou do cirurgião-dentista.

Lactação

O uso de Biconcor®

não é recomendado durante a lactação, uma vez que a hidroclorotiazida é

excretada no leite materno em quantidades mínimas e o bisoprolol também pode ser. A

hidroclorotiazida pode inibir a produção de leite.

Fertilidade

Não são conhecidos dados sobre a fertilidade para a associação do produto. O bisoprolol ou a

hidroclorotiazida não apresentaram influência sobre a fertilidade ou sobre o desempenho geral

de reprodução em estudos com animais.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas

Em geral, Biconcor®

possui pouca ou nenhuma influência na habilidade de dirigir e operar

máquinas. Entretanto, dependendo da resposta individual do paciente ao tratamento, a

habilidade de dirigir veículos ou de operar máquinas pode estar prejudicada. Isso deve ser

considerado particularmente no início do tratamento, no caso de troca da medicação ou

quando há interação com álcool.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Alimentos e álcool

A ingestão com alimentos não prejudica a absorção do bisoprolol. O medicamento não deve

ser tomado com bebidas alcoólicas.

Associações não recomendadas

 Lítio: Biconcor®

pode intensificar os efeitos cardiotóxico e neurotóxico do lítio através da

redução da excreção do mesmo.

 Antagonistas de cálcio do tipo verapamil e, num menor grau, do tipo diltiazem: influência

negativa na contratilidade e na condução atrioventricular. A administração intravenosa de

verapamil em pacientes sob tratamento com betabloqueadores pode levar à hipotensão

profunda e bloqueio atrioventricular.

 Agentes anti-hipertensivos com ação central (como clonidina, metildopa, moxonodina,

rilmenidina): o uso concomitante pode levar a uma redução da frequência cardíaca e do

débito cardíaco, assim como à vasodilatação. A retirada abrupta, especialmente se anterior

à descontinuação do betabloqueador, pode aumentar o risco de “hipertensão de rebote”.

Associações a serem empregadas com cautela

 Antagonistas de cálcio do tipo di-hidropiridinas (como nifedipino, anlodipino): o uso

concomitante pode aumentar o risco de hipotensão. Não se pode excluir um aumento do

risco de deterioração da função de bombeamento ventricular em pacientes com

insuficiência cardíaca.

 Agentes anti-hipertensivos: o uso concomitante com medicamentos anti-hipertensivos,

bem como com outros fármacos com potencial para redução da pressão arterial (como

antidepressivos tricíclicos, barbitúricos, fenotiazinas), pode aumentar o risco de

hipotensão.

 Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) (como captopril, enalapril),

antagonistas de angiotensina II: risco de queda acentuada da pressão arterial e/ou

insuficiência renal aguda durante o início de tratamento com inibidores da ECA em

pacientes com depleção de sódio pré-existente (particularmente em pacientes com

estenose da artéria renal). Caso a terapia diurética anterior tenha produzido depleção de

sódio, deve-se interromper o diurético três dias antes de se iniciar o tratamento com

inibidores da ECA ou iniciar o tratamento com inibidores da ECA em baixas doses.

 Antiarrítmicos classe I (como quinidina, disopiramida, lidocaína, fenitoína, flecainida,

propafenona): o efeito sobre o tempo de condução atrioventricular pode ser potencializado

e o efeito inotrópico negativo aumentado.

 Agentes antiarrítmicos classe III (como amiodarona): o efeito sobre o tempo de condução

atrioventricular pode ser potencializado.

 Agentes antiarrítmicos que podem induzir torsade de pointes (Classe IA, como quinidina,

hidroquinidina, disopiramida, e Classe III, como. amiodarona, sotalol, dofetilida,

ibutilida): a hipopotassemia pode facilitar a ocorrência de torsades de pointes.

 Agentes não antiarrítmicos que podem induzir torsade de pointes (como astemizol,

eritromicina iv, halofantrina, pentamidina, esparfloxacino, terfenadina, vincamina): a

hipopotassemia pode facilitar a ocorrência de torsade de pointes.

 Agentes parassimpatomiméticos: o uso concomitante pode aumentar o efeito sobre o

tempo de condução atrioventricular e o risco de bradicardia.

 Betabloqueadores tópicos (como colírios para tratamento de glaucoma): podem aumentar

os efeitos sistêmicos do bisoprolol.

 Insulina e antidiabéticos orais: aumento do efeito hipoglicemiante. O bloqueio dos beta-

adrenoreceptores pode mascarar os sintomas de hipoglicemia.

 Anestésicos: atenuação da taquicardia reflexa e aumento do risco de hipotensão

 Glicosídeos cardíacos (digitálicos): aumento no tempo de condução atrioventricular,

redução da freqüência cardíaca. Se ocorrer hipopotassemia e/ou hipomagnesemia durante

o tratamento com Biconcor®

, o miocárdio pode demonstrar sensibilidade aumentada aos

glicosídeos cardíacos, levando a um efeito aumentado e a eventos adversos dos

glicosídeos.

 Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): podem reduzir o efeito hipotensor. Em

pacientes que desenvolvem hipovolemia, a administração concomitante de AINEs pode

desencadear insuficiência renal aguda.

 Agentes beta-simpatomiméticos como isoprenalina, dobutamina): a associação com o

bisoprolol pode reduzir o efeito de ambos os fármacos.

 Agentes simpaticomiméticos que ativam adrenorreceptores alfa e beta (como

norepinefrina, epinefrina): a associação de bisoprolol pode desmascarar os efeitos

vasoconstritores mediados pelos alfa-adrenorreceptores destes medicamentos,

ocasionando aumento da pressão arterial e exacerbação da claudicação intermitente. Tais

interações são consideradas mais prováveis com betabloqueadores não seletivos.

 Medicamentos espoliadores de potássio (ex.: corticosteroides, ACTH-hormônio

adrenocorticotrópico, carbenoxolona, anfotericina B, furosemida, laxantes): o uso

concomitante pode resultar no aumento da perda de potássio.

 Metildopa: hemólise devido à formação de anticorpos para hidroclorotiazida foi descrita

em casos isolados.

 Agentes redutores de ácido úrico: seus efeitos podem ser atenuados com administração

concomitante de Biconcor®

.

 Colestiramina, colestipol: reduzem a absorção da hidroclorotiazida.

Associações a serem consideradas

 Mefloquina: aumento do risco de bradicardia.

 Inibidores de monoamina oxidase (exceto inibidores MAO-B): podem potencializar o

efeito hipotensivo dos betabloqueadores mas também o risco de crise hipertensiva.

 Corticosteroides: efeito anti-hipertensivo reduzido (retenção de água e sódio induzida por

corticosteroides).

 Rifampicina: redução leve da meia-vida do bisoprolol possivelmente devida à indução de

enzimas hepáticas que metabolizam o medicamento. Normalmente não há necessidade de

ajuste da dose.

 Derivados da ergotamina: exacerbação dos distúrbios circulatórios periféricos.

 Salicilatos: na administração de altas doses de salicilatos, o efeito tóxico dos salicilatos no

sistema nervoso central pode ser intensificado.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da umidade. Prazo de

validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.

Características do medicamento:

Biconcor®

2,5/6,25 mg: comprimidos revestidos, de cor amarela, redondos, com a inscrição

2,5 em uma das faces e o desenho de um coração na outra.

5/6,25 mg: comprimidos revestidos, de cor rosa, redondos, com a inscrição 5 em

uma das faces e o desenho de um coração na outra.

10/6,25 mg: comprimidos revestidos, de cor branca, redondos, com a inscrição 10

em uma das faces e o desenho de um coração na outra.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Os comprimidos devem ser engolidos inteiros, com algum líquido, pela manhã, com ou sem

alimento.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

A dose inicial usual é de um comprimido de Biconcor®

2,5/6,25 mg uma vez ao dia. Se o

efeito anti-hipertensivo for insuficiente, pode-se aumentar a dose para um comprimido de

Biconcor®

5/6,25 mg uma vez ao dia. Caso a resposta ainda seja insuficiente, a dose pode ser

aumentada para um comprimido de Biconcor®

10/6,25 mg uma vez ao dia.

Duração do tratamento

O tratamento com Biconcor®

é geralmente de longa duração. Recomenda-se a descontinuação

gradativa do tratamento com bisoprolol, pois a interrupção abrupta do bisoprolol pode

ocasionar deterioração aguda da condição do paciente, em particular naqueles com doença

cardíaca isquêmica.

Doses perdidas

Caso uma tomada seja esquecida, esta deve ser realizada tão logo possível no mesmo dia.

Caso contrário, tomar a próxima dose no dia seguinte, no horário habitual.

Uso em presença de insuficiência renal ou hepática

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada ou

insuficiência renal leve à moderada (clearance de creatinina > 30ml/min).

Uso em idosos

Normalmente não é necessário ajuste de dose em idosos.

Uso pediátrico

A experiência com Biconcor®

em uso pediátrico é limitada; desta forma, o emprego em

crianças não pode ser recomendado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Podem ocorrer as reações indesejáveis descritas a seguir. As frequências são definidas em

muito comuns (> 1/10); comuns (> 1/100 e < 1/10); incomuns (> 1/1.000 e < 1/100); raras

(> 1/10.000 e < 1/1.000); muito raras (< 1/10.000), frequência não conhecida (não pode ser

estimada a partir dos dados disponíveis).

Distúrbios do sangue e sistema linfático

Raros: leucopenia, trombocitopenia.

Muito raros: agranulocitose.

Distúrbios do metabolismo e nutrição

Incomuns: perda de apetite, hiperglicemia, hiperuricemia, distúrbios hidroeletrolíticos

(particularmente hipopotassemia e hiponatremia, como também hipomagnesemia,

hipocloremia e hipercalcemia).

Muito raros: alcalose metabólica.

Distúrbios psiquiátricas

Incomuns: depressão, distúrbios do sono.

Raros: pesadelos, alucinações.

Distúrbios do sistema nervoso

Comuns: tontura*, cefaleia*.

Distúrbios oculares

Raros: fluxo lacrimal reduzido (a ser considerado caso o paciente use lentes de contato),

distúrbios visuais.

Muito raras: conjuntivite.

Distúrbios do ouvido e labirinto

Raros: distúrbios da audição.

Distúrbios cardíacos

Incomuns: bradicardia, distúrbios da condução AV, agravamento de insuficiência cardíaca

pré-existente.

Distúrbios vasculares

Comuns: sensação de frio ou dormência nas extremidades.

Incomuns: hipotensão ortostática.

Raros: síncope.

Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino

Incomuns: broncoespasmo em pacientes com asma brônquica ou histórico de doença

obstrutiva das vias aéreas.

Raros: rinite alérgica.

Frequência não conhecida: doença pulmonar intersticial.

Distúrbios gastrointestinais

Comuns: queixas gastrointestinais como náusea, vômito, diarreia, constipação.

Incomuns: dores abdominais.

Muito raros: pancreatite.

Distúrbios hepatobiliares

Raros: hepatite, icterícia.

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo

Raros: reações de hipersensibilidade tais como prurido, rubor, erupções cutâneas,

fotodermatite, púrpura, urticária.

Muito raros: alopecia, lupus eritematoso cutâneo. Betabloqueadores podem provocar ou

piorar a psoríase ou induzir erupções semelhantes à psoríase.

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Incomuns: fraqueza muscular, cãibras musculares.

Distúrbios da mama e sistema reprodutivo

Raros: distúrbios da potência.

Distúrbios gerais

Comuns: fadiga*.

Incomuns: astenia.

Muito raros: dor torácica.

Exames de diagnóstico

Incomuns; aumento dos níveis de amilase, aumento reversível da creatina e ureia séricas,

aumento dos níveis de triglicerídeos e colesterol, glicosúria.

Raros: aumento das enzimas hepáticas (TGO, TGP).

*Estes sintomas ocorrem, especialmente, no início do tratamento. São geralmente leves e

desaparecem na maioria das vezes nas primeiras 1-2 semanas.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sintomas

Os sinais mais comuns esperados com uma superdose de betabloqueador são bradicardia,

hipotensão, broncoespasmo, insuficiência cardíaca aguda e hipoglicemia. A experiência com

superdose de bisoprolol é limitada, com apenas alguns casos tendo sido reportados.

Bradicardia e/ou hipotensão foram observadas. Todos os pacientes se recuperaram. Há uma

ampla variação interindividual na sensibilidade a uma única dose alta de bisoprolol, e os

pacientes com insuficiência cardíaca são provavelmente muito sensíveis.

O quadro clínico de superdose aguda ou crônica com hidroclorotiazida é caracterizado pela

extensão da perda de fluidos e eletrólitos. Os sinais mais comuns são: vertigens, náusea,

sonolência, hipovolemia, hipotensão e hipopotassemia.

Conduta

Em geral, se ocorrer superdose, recomenda-se descontinuação do tratamento com Biconcor®

e

tratamento de suporte e sintomático.

Dados limitados sugerem que o bisoprolol é dificilmente dialisável. O grau em que a

hidroclorotiazida é removida por hemodiálise não foi estabelecido.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.