Bula do Bonecal d produzido pelo laboratorio Ems Sigma Pharma Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
BONECAL D
(fosfato de cálcio tribásico + colecalciferol)
EMS Sigma Pharma Ltda
Comprimido Revestido
600 mg + 400 UI
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
fosfato de cálcio tribásico + colecalciferol (vitamina D3)
APRESENTAÇÃO
Comprimido revestido de 600 mg + 400 UI: embalagens contendo 8,15,30,60 e 75comprimidos revestidos.
USO ADULTO
USO ORAL
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
fosfato de cálcio tribásico (equivalente a 600 mg de cálcio elementar) ................................... 1661,616 mg
colecalciferol (vitamina D3 ) ............................................................................................................... 400 UI
excipiente* q.s.p. .................................................................................................. 1 comprimido revestido
*exciepiente: celulose microcristalina, + dióxido de sílicio, laurilsulfato de sódio, croscarmelose sódica, estearato de magnésio,
álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco, amido de milho, sacarose, ascorbato de sódio, triglicérides de cadeia média,
dióxido de silício, racealfatocoferol e água purificado.
Componente
Cada comprimido
revestido contém:
% IDR*
Adultos e Lactantes Gestantes
cálcio elementar (como fosfato de
cálcio tribásico)
600 mg 120% 100%
colecalciferol (vitamina D3) 400 UI 400 % 400 %
IDR* - ingestão diária recomendada baseada na posologia máxima recomendada.
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
BONECAL D é indicado para auxiliar na prevenção e tratamento da desmineralização óssea (osteoporose) e para deficiências de
cálcio no organismo como a osteomalácia (condição generalizada de mineralização óssea inadequada) e a hipocalcemia (baixos
níveis plasmáticos de cálcio). BONECAL D está também indicado como suplemento vitamínico e mineral durante a gestação e
aleitamento materno.
Auxiliar no tratamento da osteoporose a suplementação de cálcio e vitamina D é uma maneira segura e barata que ajuda a reduzir o
risco de fraturas. Geralmente os sais de cálcio se ligam ao fósforo no intestino reduzindo a absorção deste. Dados mostram que cada
500mg de cálcio ingerido se liga a 166mg de fósforo da dieta1
. Assim, uma alternativa seria o uso de um suplemento de fosfato de
cálcio, pois deixaria livre o fósforo da dieta para absorção. Apesar da ingesta de fósforo aumentar quase três vezes, a quantidade de
fósforo disponível aumenta pouco, desta forma, o que o suplemento de fosfato de cálcio faz então é, além de prover a quantidade
desejada de cálcio, poupar o fósforo da dieta2
. Estudos clínicos controlados já demonstraram que a suplementação da combinação de
cálcio e vitamina D é eficaz na redução do risco de fraturas. A eficácia clínica do fosfato de cálcio tribásico foi demonstrada em
estudo publicado na revista New England Journal of Medicine com 3.270 mulheres controlado por placebo. No grupo de 1.634
mulheres, com idade média de 84 anos que recebeu a dose diária de 1,2 g de fosfato de cálcio tribásico, houve uma redução
significativa de 43% das fraturas de quadril e 32% do número total de fraturas não vertebrais3
.
A Fundação Nacional de Osteoporose (EUA), responsável pela elaboração de um dos consensos mais importantes no auxilio do
tratamento da osteoporose, recomenda que mulheres com mais de 50 anos consumam pelo menos 1.200 mg de cálcio elementar por
dia e de 800 a 1000 UI de vitamina D.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Heaney RP, Nordin BE. Calcium effects on phosphorus absorption: implications for the prevention and co-therapy of
osteoporosis. J Am Coll Nutr. 2002;21:239-244.
2. Heaney RP.: Phosphorus nutrition and the treatment of osteoporosis. Mayo Clin Proc. 2004 Jan;79(1):91-7. Review.
3. Chapuy MC, Arlot ME, Duboeuf F, Brun J, Crouzet B, Arnaud S, Delmas PD, Meunier PJ.: Vitamin D3 and calcium to prevent
hip fractures in the elderly women. N Engl J Med. 1992 Dec 3;327(23):1637-42.
Quando carências de vitaminas e/ou minerais acometem o homem, é necessária correção mediante administração correta de certas
substâncias, como por exemplo, cálcio, fósforo e vitamina D3.
Portanto, os suplementos podem ser utilizados se a dieta diária do paciente não fornecer estas substâncias em quantidade suficiente.
BONECAL D possui em sua composição fosfato de cálcio na forma tribásica e colecalciferol (vitamina D3). O fosfato de cálcio é
uma fonte complementar de cálcio e fósforo, sua ação se completa com a presença de vitamina D3.
O cálcio é essencial em muitos processos do organismo humano. É fundamental para o crescimento, manutenção de funções do
organismo, entre outras. Este mineral exerce várias funções reguladoras, por exemplo, contração e relaxamento muscular,
coagulação do sangue, transmissão dos impulsos nervosos, ativação de reações enzimáticas e estimulação da secreção hormonal.
Para que estas funções se realizem, é necessário que o nível de cálcio ionizado no sangue se mantenha num patamar preestabelecido.
Se houver deficiência desse mineral na dieta, o organismo tende a manter seus níveis sanguíneos de três formas: diminuindo a
excreção, aumentando a absorção e/ou retirando dos ossos.
O esqueleto contém 99% do total de cálcio corporal. Quando existe algum distúrbio no balanço de cálcio, devido às deficiências na
dieta ou outras causas, podem ser utilizadas as reservas de cálcio presentes nos ossos para atender as necessidades mais vitais do
organismo. Assim, pode-se distinguir: raquitismo primário, osteomalácia nutricional (raquitismo), má absorção intestinal, diarréia
grave intratável, osteoporose, hipoparatiroidismo. Portanto, a mineralização normal dos ossos depende da quantidade total de cálcio
no organismo. A fixação do cálcio pelo tecido ósseo depende de dois elementos: fósforo e vitamina D3.
O fósforo participa, obrigatoriamente, da formação dos sais de cálcio, motivo pelo qual pode ser encontrado nos ossos e dentes
numa proporção de 70 a 80%. Uma das funções do fósforo está relacionada às atividades dos osteoblastos e osteoclastos, sendo
necessário para assegurar o crescimento ósseo de forma saudável. Indivíduos com baixa ingestão de fósforo e/ou com concentração
sérica de fosfato abaixo do valor normal apresentam um risco elevado de fraturas e baixo índice de massa óssea. A frequência de
hipofosfatemia pode estar mais elevada em pacientes idosos devido a baixa ingestão de alimentos, principalmente carnes. A
hipofosfatemia limita a mineralização na formação de osso novo em todas as idades, pois prejudica a ação dos osteoblastos e
estimula a reabsorção óssea pelos osteoclastos.
O cálcio, quando consumido juntamente com o fósforo, é mais eficiente na formação e fortalecimento de ossos e no aumento da
mineralização óssea, do que quando o cálcio é consumido isoladamente sem fósforo. O excesso de cálcio consumido isoladamente
pode bloquear a absorção de fósforo. Em dietas típicas, aproximadamente 2/3 do fósforo são absorvidos, enquanto a absorção de
cálcio é apenas de aproximadamente 11%, ou seja, a maioria do cálcio que é ingerido permanece no intestino. Desta forma, uma
suplementação de cálcio que não estiver acompanhada de uma ingestão proporcional de fósforo, poderá ocasionar um desbalanço,
pois o cálcio suplementar se liga ao fósforo advindo da alimentação, prejudicando a absorção deste último. Por outro lado, quando a
suplementação é feita por compostos do tipo fosfato de cálcio tribásico, o cálcio da molécula forma um complexo com o fósforo,
tornando-o indisponível para bloquear a absorção de fósforo obtido pela alimentação. Em última análise, compostos de fosfato de
cálcio têm a propriedade de manter um balanço favorável de ambos elementos, assegurando uma fonte disponível de fósforo para a
absorção intestinal e otimização da mineralização óssea.
A vitamina D3 é considerada uma vitamina anti-raquítica, indispensável para o metabolismo de cálcio e fósforo, constituintes
básicos da estrutura óssea. Ela aumenta consideravelmente a absorção tanto de cálcio como do fósforo, propiciando o seu depósito
adequado nas áreas de calcificação óssea e dentária. Em fases de crescimento, a ausência de vitamina D3 pode desenvolver o
raquitismo, que é caracterizado por deformidades do esqueleto devido a uma ossificação inadequada. A vitamina D3 também é
utilizada terapeuticamente no auxilio da prevenção e tratamento da osteoporose. Pacientes com quantidade de vitamina D3
deficiente ou limítrofe necessitam de suplementação desta, que pode melhorar a absorção intestinal de cálcio, suprimir a
remodelagem do osso e melhorar a massa óssea nestes indivíduos.
Hipersensibilidade conhecida aos componentes do produto. É contraindicado em casos de hipercalcemia, insuficiência renal grave,
sarcoidose, hipercalciúria grave e hipervitaminose D.
BONECAL D comprimido revestido não deve ser administrado em crianças.
Atenção diabéticos: contém açúcar
Na hipercalciúria leve, bem como na insuficiência renal crônica, ou quando há propensão à formação de cálculos renais, deve-se
realizar monitorização da excreção urinária de cálcio e, se necessário, a dose deve ser reduzida ou o tratamento interrompido.
Em pacientes com acloridria ou hipocloridria, a absorção de cálcio pode estar reduzida, a menos que este seja administrado durante
as refeições.
A vitamina D3 não deve ser administrada em pacientes com hipercalcemia e deve ser administrada com cautela em pacientes com
insuficiência renal ou cálculos, ou em pacientes com doença cardíaca, que apresentam maior risco de dano ao órgão caso ocorra
hipercalcemia. As concentrações plasmáticas de fosfato devem ser controladas durante o tratamento com vitamina D3, visando
reduzir o risco de calcificação ectópica.
Recomenda-se a monitorização regular da concentração de cálcio em pacientes recebendo doses farmacológicas da vitamina D3,
especialmente no início do tratamento e caso surjam sintomas sugestivos de toxicidade.
Gravidez e lactação: embora BONECAL D possa ser utilizado por grávidas e mulheres que estejam amamentando, a relação
risco/benefício deve ser considerada. Gestantes e nutrizes, somente devem consumir este medicamento sob orientação do
nutricionista ou médico.
BONECAL D é um medicamento classificado na categoria A de risco de gravidez. Portanto, este medicamento pode ser
utilizado durante a gravidez desde que sob prescrição médica ou do cirurgião-dentista.
A administração simultânea com medicamentos que contenham ferro, etidronato, fenitoína ou tetraciclinas deve ser evitada, pois a
absorção dos mesmos é prejudicada. Nestes casos, os medicamentos devem ser ingeridos obedecendo-se um intervalo de tempo de
pelo menos 2-3 horas.
A absorção intestinal de cálcio também pode ser reduzida pela ingestão simultânea de certos alimentos (espinafre, ruibarbo, farelo
de trigo e outros cereais). O uso excessivo e prolongado de suplementos de cálcio com leite ou derivados deve ser evitado.
O consumo excessivo de álcool, cafeína ou tabaco pode reduzir a quantidade de cálcio absorvida.
Em pacientes digitalizados, altas doses de cálcio podem aumentar o risco de arritmias cardíacas.
Preparações que contenham cálcio em dose elevadas ou diuréticos tiazídicos aumentam o risco de hipercalcemia se administrados
juntamente com BONECAL D. Nestes casos, é aconselhado a monitorização das concentrações séricas de cálcio.
Os sais de cálcio podem reduzir a absorção de diversas substâncias, tais como bifosfonatos (alendronato, tiludronato), fluoretos,
fluoroquinolonas, entre outras. Pacientes em uso destes medicamentos devem ter suas doses ajustadas ou interromper o uso de
BONECAL D.
A concentração sérica de cálcio pode ser levada acima do normal quando BONECAL D for administrado juntamente com
bloqueadores do canal de cálcio (por exemplo, verapamil), reduzindo assim a resposta a estes medicamentos.
Quando estrógenos são prescritos juntamente com BONECAL D para auxiliar no tratamento da osteoporose, a absorção de cálcio
pode estar aumentada, constituindo uma vantagem terapêutica.
O risco potencial de hiperfosfatemia é aumentado quando BONECAL D é utilizado com preparações contendo doses elevadas de
fósforo. Alguns antiepilépticos (ex.: carbamazepina, fenobarbital, fenitoína e primidona) podem aumentar a necessidade de vitamina
D3.
O uso concomitante de BONECAL D com outros produtos contendo vitamina D3 não é recomendado devido ao efeito aditivo e
aumento do potencial tóxico. Antiácidos que contenham magnésio quando usados concomitantemente com vitamina D3 podem
resultar em hipermagnesemia, especialmente na presença de insuficiência renal crônica. Os anticonvulsionantes e os barbitúricos
podem acelerar a metabolização de vitamina D3, reduzindo a sua eficácia.
REAÇÕES ADVERSAS
A incidência de reações adversas é baixa. Em casos raros, podem ocorrer distúrbios gastrintestinais leves.
O uso prolongado de cálcio, principalmente em idosos, pode provocar constipação intestinal (prisão de ventre).
O uso dos sais de fosfato, em particular o fosfato de cálcio tribásico, não apresentou problema evidente com relação à segurança.
A ingestão excessiva de vitamina D3 causa o desenvolvimento de hipercalcemia e seus efeitos associados incluindo hipercalciúria,
calcificação ectópica e dano cardiovascular e renal. É conhecido que a suplementação da dieta com vitamina D3 pode ser prejudicial
para pessoas que já recebem ingestão adequada por meio da própria dieta alimentar e da exposição à luz solar, visto que a diferença
entre as concentrações terapêutica e tóxica é relativamente pequena.
Na hipervitaminose D, têm sido relatados casos de secura da boca, dor de cabeça, polidipsia, poliúria, perda de apetite, náuseas,
vômitos, fadiga, sensação de fraqueza, aumento da pressão arterial, dor muscular, prurido e perda de apetite.
7 - CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO
BONECAL D deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30C). Proteger da umidade. Este medicamento deve ser
guardado dentro da embalagem original. Antes de utilizar o medicamento, confira o seu nome no rótulo, para não haver enganos.
Não utilize este medicamento caso haja sinais de violação e/ou danificações da embalagem. O prazo de validade de BONECAL D é
de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem externa do produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento: Comprimido revestido na cor branca, oblongo, biconvexo e monossectado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose diária recomendada de BONECAL D comprimido revestido é de 1 a 2 comprimidos. Recomenda-se a administração de
BONECAL D durante as refeições. BONECAL D não deve ser administrado em crianças. Este medicamento não deve ser
partido, aberto ou mastigado.
Interrupção do tratamento: o tratamento pode ser descontinuado a qualquer momento sem que ocorram riscos ao paciente.
Ingestão concomitante com outras substâncias: quando for necessário tomar medicamentos que contenham ferro, etidronato,
fenitoína ou tetraciclinas, os mesmos devem ser ingeridos obedecendo-se um intervalo de tempo de pelo menos 2 a 3 horas em
relação à ingestão de BONECAL D.
A ingestão simultânea de certos alimentos (espinafre, ruibarbo, farelo de trigo e outros cereais) pode reduzir a absorção de cálcio. O
uso excessivo e prolongado de suplementos de cálcio com leite ou derivados deve ser evitado. Evitar também o consumo excessivo
de álcool, cafeína ou tabaco.
A incidência de reações adversas do fosfato de cálcio + colecalciferol (vitamina D3) é baixa. Em casos raros, podem ocorrer
distúrbios gastrintestinais leves.
O uso prolongado de cálcio, principalmente em idosos, pode provocar constipação intestinal (prisão de ventre).
A ingestão excessiva de vitamina D3 causa o desenvolvimento de hipercalcemia e seus efeitos associados incluindo dano
cardiovascular e renal. Têm sido relatados casos de secura da boca, dor de cabeça, polidipsia, poliúria, perda de apetite, náuseas,
vômitos, fadiga, sensação de fraqueza, aumento da pressão arterial, dor muscular e prurido. É conhecido que a suplementação da
dieta com vitamina D3 pode ser prejudicial para pessoas que já recebem ingestão adequada por meio da própria dieta alimentar e da
exposição à luz solar, visto que a diferença entre as concentrações terapêutica e tóxica é relativamente pequena.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível
em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm , ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.