Bula do Branta produzido pelo laboratorio Torrent do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
BRANTA®
losartana potássica + besilato de anlodipino
Comprimido revestido - 50 mg + 5 mg
BU-02 1
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos 50 mg + 5 mg: embalagens com 10 e 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de BRANTA®
contém:
losartana potássica............................................................................................................. 50,0 mg
besilato de anlodipino ...................................................................................................... 6,930 mg
(equivalente a 5 mg de anlodipino)
Excipientes: fosfato de cálcio dibásico (anidro), amido, amidoglicolato de sódio, povidona,
celulose microcristalina, dióxido de silício (coloidal), estearato de magnésio, hipromelose,
macrogol, dióxido de titânio, talco e amarelo crepúsculo laca.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
BRANTA®
é indicado no tratamento da hipertensão leve.
Em estudo multicêntrico, aberto, fase III, realizado no Brasil com 116 pacientes portadores de
hipertensão arterial estágio I, a associação fixa em uma mesma forma farmacêutica, de 5 mg de
besilato de anlodipino e 50 mg de losartana potássica, normalizou a PA em 47,1 % dos
pacientes com 1 comprimido ao dia.
Com o uso de 2 comprimidos ao dia a eficácia elevou-se para 83,3 %.
Farmacodinâmica:
- losartana potássica: é um antagonista do receptor da angiotensina II (tipo AT1). A
angiotensina II é um potente vasoconstritor e um componente importante na fisiopatologia da
hipertensão. A losartana potássica bloqueia os efeitos vasoconstritores e de secreção de
aldosterona da angiotensina II através do bloqueio seletivo da ligação da angiotensina II ao
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receptor AT1 encontrado em vários tecidos (por exemplo: músculo liso vascular, glândula
adrenal). O início do efeito da ação da losartana na pressão sanguínea começa entre 2-3 horas e
a ação máxima ocorre em 6 horas.
-besilato de anlodipino: é um antagonista dos canais de cálcio do tipo diidropiridina
(antagonista do íon cálcio ou bloqueador do canal lento de cálcio) que inibe o influxo
transmembrana do íon cálcio para o interior da musculatura lisa vascular e cardíaca. O processo
de contração do músculo cardíaco e do músculo liso vascular depende da movimentação dos
íons de cálcio extracelulares para as células através de canais íon-específicos. Pela inibição do
influxo de íons de cálcio, o músculo liso vascular dilata, resistindo à hipertensão. O mecanismo
de alívio da angina pectoris pelo anlodipino ainda não está completamente definido, porém
sabe-se que este medicamento reduz a isquemia do miocárdio através das seguintes funções:
1. dilata a arteríola periférica, diminuindo a resistência periférica, reduzindo o consumo de
energia e da necessidade de oxigênio do músculo cardíaco.
2. dilata a artéria coronária e a arteríola coronária das áreas normais e isquêmicas, aumentando o
fornecimento de oxigênio do músculo cardíaco em pacientes com espasmo coronário.
O início do efeito da ação do anlodipino na pressão sanguínea começa entre 3-5 horas e a ação
máxima ocorre em 8 horas.
Farmacocinética:
- losartana potássica: a farmacocinética da losartana potássica e do seu metabólito ativo (E-
3174) é linear com dose oral de até 200 mg e não varia com o tempo. Nem a losartana nem o
seu metabólito se acumulam no plasma com doses diárias repetidas. Na administração por via
oral, a losartana potássica tem biodisponibilidade sistêmica de cerca de 33%.
A losartana potássica passa por metabolismo de primeira passagem através das enzimas do
citocromo P 450. É convertida, em parte, ao metabólito ativo ácido carboxílico que é o principal
responsável pelo antagonismo dos receptores da angiotensina II no tratamento com losartana
potássica. Cerca de 14% da dose administrada via oral é convertida em metabólito ativo. Após
administração via oral, a losartana potássica é rapidamente absorvida, atingindo o pico de
concentração plasmática em 1 hora. A losartana potássica e o E-3174 alcançam o pico de
concentração plasmática do 296 ng/mL e 249 ng/mL em 1,0 e 4,1 horas, respectivamente, após
dose única oral de 50 mg em voluntários sadios. A área sob a curva da concentração plasmática
(AUC) de E-3174 é aproximadamente 4 vezes maior que a da losartana potássica (1915 vs. 476
ng.h/mL). A absorção é lenta e a Cmáx é reduzida com a ingestão de alimentos. A losartana
potássica e o E-3174 têm alta ligação às proteínas (98,7% e 99,8%) com volumes de
distribuição de 34 litros e 12 litros, respectivamente. Aproximadamente 35% da droga é
eliminada na urina e, aproximadamente, 60% é excretada nas fezes. A losartana potássica e o E-
3174 têm meia-vida de eliminação de 2 e 6 - 9 horas, respectivamente. A taxa da depuração
renal da losartana potássica e do E-3174 é 4,3 e 1,6 L/h.
- besilato de anlodipino: após administração por via oral de doses terapêuticas de besilato de
anlodipino, a absorção ocorre gradualmente com pico de concentração plasmática entre 6 e 12
horas. O Tmáx médio do anlodipino é de 8 horas após dose oral única de 5 mg em voluntários
saudáveis. A biodisponibilidade absoluta foi estimada entre 64 e 90%. A biodisponibilidade do
anlodipino não é alterada pela ingestão de alimentos. O anlodipino tem um amplo volume de
distribuição (Vd) de 21 L/Kg e alta ligação às proteínas plasmáticas (95%).
O anlodipino passa por um extenso, porém lento, metabolismo hepático. A porção diidropiridina
é oxidada ao análogo de piridina durante a biotransformação inicial com mínimo metabolismo
pré-sistêmico ou de primeira passagem. Os metabólitos não possuem atividade significante.
Menos de 10% da dose oral é excretada na forma inalterada. Por administração oral, 60% da
dose é recuperada na urina, principalmente como metabólitos, e 20 a 25% é recuperada nas
fezes.
A meia-vida de eliminação do anlodipino é entre 30 a 50 horas em indivíduos sadios.
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BRANTA®
é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade aos bloqueadores dos
receptores da angiotensina, aos antagonistas de canais de cálcio do tipo diidropiridina ou aos
demais componentes da fórmula. Também é contraindicado no caso de gravidez e para
pacientes com histórico de angioedema ou qualquer efeito adverso relatado em tratamento
anterior com bloqueadores de receptores de angiotensina ou antagonistas de canal de cálcio.
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos de idade.
Gerais: a losartana potássica pode causar hipotensão sintomática. A hipotensão sintomática, na
maioria das vezes, ocorre em pacientes que possuem depleção de volume e/ou de sais como
resultado do tratamento prolongado com diuréticos, dieta de restrição de sal, diálise, diarreia ou
vômito. A depleção do volume e/ou de sais deve ser corrigida antes do início do tratamento com
a combinação de losartana potássica e besilato de anlodipino.
Disfunção hepática: a combinação de losartana potássica e besilato de anlodipino deve ser
administrada com cautela em pacientes com disfunção hepática, pois a meia-vida do anlodipino
é prolongada nesses pacientes.
Falência hepática: raramente inibidores de receptor de angiotensina têm sido associados com
uma síndrome que se inicia com icterícia colestática, progredindo para necrose hepática
fulminante e, às vezes, podendo ser fatal. O mecanismo dessa síndrome não é conhecido.
Pacientes que administram essa combinação e desenvolveram icterícia ou sinais de aumento das
enzimas hepáticas devem descontinuar o tratamento e receber acompanhamento médico
apropriado.
Disfunção renal: em indivíduos susceptíveis, alterações na função renal podem ser antecipadas,
como consequência da inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Em pacientes com
insuficiência cardíaca congestiva severa na qual a função renal pode depender da atividade do
sistema renina-angiotensina-aldosterona, o tratamento com bloqueador de receptor da
angiotensina pode ser associado com oligúria e/ou azotemia progressiva e, raramente, com
falência renal aguda, podendo ser fatal.
Gravidez: não há experiência clínica com BRANTA®
na gravidez ou na lactação. Portanto,
BRANTA®
não deve ser administrado durante a gravidez, lactação ou em mulheres em idade
fértil, a menos que sejam utilizados métodos contraceptivos adequados.
Categoria de risco na gravidez: D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Lactação: BRANTA®
não deve ser administrado durante a amamentação.
Pediatria: não há experiência clínica com BRANTA®
; o uso deste medicamento não é
recomendado para crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade.
Pacientes idosos: os pacientes idosos possuem um risco maior na diminuição das funções
hepática, renal ou cardíaca. BRANTA®
deve ser utilizado nesses pacientes com cautela, de
- losartana potássica:
A losartana potássica administrada por 12 dias não afeta a farmacocinética ou a
farmacodinâmica de uma dose única de varfarina. A losartana potássica não afeta a
farmacocinética da digoxina oral e endovenosa. A co-administração de losartana potássica e
cimetidina leva ao aumento de cerca de 18% na AUC da losartana potássica, mas não afeta a
farmacocinética do E-3174. A co-administração de losartana potássica e fenobarbital leva à
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redução de cerca de 20% na AUC da losartana potássica e do E-3174. Não há interação
farmacocinética entre a losartana potássica e a hidroclorotiazida.
Inibidores do citocromo P3A4 não interferem significativamente enquanto que indutores
potentes do citocromo P34A podem causar importante interação medicamentosa.
Assim como com outras drogas que bloqueiam a angiotensina II ou seus efeitos, o uso
concomitante de diuréticos poupadores de potássio (por exemplo: espirolactona, triantereno,
amilorida), suplementos de potássio ou substitutos de sal que contém potássio podem levar ao
aumento de potássio sérico.
- besilato de anlodipino:
O besilato de anlodipino tem sido administrado com segurança com diuréticos tiazídicos, drogas
beta-bloqueadoras, inibidores da enzima conversora de angiotensina, nitratos de longa ação,
nitroglicerina sublingual, antiinflamatórios não-esteroidais, antibióticos e agentes
hipoglicemiantes orais.
A co-administração de besilato de anlodipino com digoxina não alterou os níveis séricos da
digoxina ou a sua depuração renal em voluntários normais. A co-administração de cimetidina
não alterou a farmacocinética do anlodipino.
Em voluntários sadios, a co-administração de besilato de anlodipino não alterou
significativamente o efeito da varfarina no tempo de protrombina. A introdução de besilato de
anlodipino não resulta na necessidade de modificação do regime estabelecido para a varfarina.
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da luz e umidade.
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade
de 24 meses a contar da data de sua fabricação.
BRANTA®
50 mg + 5 mg: comprimido revestido de coloração laranja, redondo, biconvexo,
sulcado em um dos lados e liso do outro.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os comprimidos de BRANTA®
deverão ser engolidos inteiros. Não devem ser mastigados ou
triturados.
Posologia: 1 comprimido uma vez ao dia. Dependendo da resposta do paciente, a dose poderá
ser aumentada para 2 comprimidos uma vez ao dia. Pode ser administrado com ou sem
alimentos.
Em caso de esquecimento de administração da dose, o paciente deve tomar a dose omitida de
BRANTA®
assim que se lembrar. Se for perto da próxima tomada, pular a dose esquecida e
prosseguir com o horário regular da dosagem. Nunca tomar dose em duplicata do medicamento
para recompensar a dose esquecida.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
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- losartana potássica
Em geral, o tratamento com losartana potássica foi bem tolerado. Os efeitos adversos ocorreram
em, pelo menos, 1% dos pacientes tratados com losartana potássica e eram mais frequentes com
a losartana potássica do que com o placebo.
Sistema digestivo: diarreia, dispepsia.
Sistema músculo-esquelético: cãibra e mialgia.
Sistema nervoso/ psiquiátrico: tontura, insônia.
Sistema respiratório: congestão nasal, tosse, infecção no trato respiratório superior e sinusite.
Os eventos adversos seguintes também foram relatados por 1% ou mais dos pacientes tratados
com losartana potássica, ocorrendo mais frequentemente no grupo placebo: astenia/fadiga,
edema/inchaço, dor abdominal, dor no peito, náusea, dor de cabeça e faringite.
- besilato de anlodipino:
Os efeitos adversos mais comumente observados são: edema, rubor facial, palpitação, fadiga,
cefaleia, sonolência, dor abdominal e tontura.
Em estudos clínicos controlados, os seguintes efeitos adversos ocorreram em menos de 1%, mas
em mais de 0,1% dos pacientes:
Sistema cardiovascular: arritmia (incluindo taquicardia ventricular e fibrilação atrial),
bradicardia, dor no peito, hipotensão, isquemia periférica, síncope, taquicardia, tontura postural,
hipotensão postural e vasculite.
Sistema nervoso central e periférico: hipoestesia, neuropatia periférica, parestesia, tremor e
vertigem.
Sistema gastrintestinal: anorexia, constipação, dispepsia, disfagia, diarreia, flatulência,
pancreatite, vômito e hiperplasia gengival.
Geral: reação alérgica, astenia, lombalgia, sensação conjunta de calor, suor e taquicardia, mal-
estar, dor, calafrio, ganho e perda de peso.
Sistema músculo-esquelético: artralgia, artrose, cãibras e mialgia.
Psiquiátrico: disfunção sexual (homens e mulheres), insônia, nervosismo, depressão, sonhos
anormais, ansiedade e despersonalização.
Sistema respiratório: dispneia e epistaxe.
Pele e anexos: angioedema, eritema multiforme, prurido, erupção, erupção eritematosa e
máculo-papular.
Sistema sensorial: visão anormal, conjuntivite, diplopia, dor ocular e zumbidos.
Sistema urinário: frequência de micção, desordem na micção e noctúria.
Sistema nervoso autônomo: boca seca e aumento do suor.
Metabólico e nutricional: hiperglicemia e sede.
Sistema hematopoiético: leucopenia, púrpura e trombocitopenia.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.