Bula do Brator produzido pelo laboratorio Torrent do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
BRATOR®
valsartana
Comprimido revestido - 80 mg
Comprimido revestido - 160 mg
Comprimido revestido - 320 mg
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos 80 mg: embalagens com 10 e 30 comprimidos.
Comprimidos revestidos 160 mg: embalagens com 30 comprimidos.
Comprimidos revestidos 320 mg: embalagens com 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de BRATOR®
80 mg contém:
valsartana................................................................................................................80 mg
Excipientes: lactose monoidratada, croscarmelose sódica, povidona, estearato de magnésio,
talco, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol e óxido de ferro vermelho.
160 mg contém:
valsartana..............................................................................................................160 mg
talco, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol e óxido de ferro amarelo.
320 mg contém:
valsartana..............................................................................................................320 mg
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
• Tratamento da hipertensão arterial.
• Tratamento de insuficiência cardíaca (classe II a IV da NYHA) em pacientes recebendo
tratamento padrão tais como diuréticos, digitálicos e também inibidores da enzima de
conversão da angiotensina (ECA) ou betabloqueadores, mas não ambos; a presença de todas
estas terapêuticas padronizadas não é obrigatória.
BRATOR®
melhora a morbidade nesses pacientes, principalmente através da redução da
hospitalização por insuficiência cardíaca. BRATOR®
retarda também a progressão da
insuficiência cardíaca, melhora a classe funcional da NYHA, a fração de ejeção, os sinais e
sintomas da insuficiência cardíaca e melhora a qualidade de vida versus o placebo (vide
item “Características farmacológicas”).
• BRATOR®
é indicado para melhorar a sobrevivência após infarto do miocárdio em
pacientes clinicamente estáveis com sinais, sintomas ou evidência radiológica de
BU-02 1
insuficiência ventricular esquerda e/ou com disfunção sistólica ventricular esquerda e/ou
com disfunção sistólica ventricular esquerda (vide item “Características farmacológicas”).
Hipertensão
A administração de valsartana em pacientes com hipertensão ocasiona redução da pressão
arterial sem alterar a frequência cardíaca.
Na maioria dos pacientes, após a administração de uma dose oral única, o início da atividade
anti-hipertensiva ocorre dentro de 2 horas e o pico de redução de pressão arterial é atingido em
4 – 6 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste por 24 horas após a administração. Durante
administrações repetidas, a redução máxima da pressão arterial com qualquer dose é geralmente
atingida em 2 – 4 semanas e se mantém durante a terapêutica a longo prazo. Em associação com
hidroclorotiazida, obtém-se uma redução adicional significativa na pressão arterial.
A retirada abrupta de valsartana não foi associada com hipertensão de rebote ou outro efeito
clínico adverso.
Em estudos de doses múltiplas em pacientes hipertensos, valsartana não demonstrou efeitos
significativos sobre as dosagens do colesterol total, dos triglicérides em jejum, da glicemia de
jejum ou do ácido úrico.
Insuficiência cardíaca
Hemodinâmica e neuro-hormônios
A hemodinâmica e os neuro-hormônios plasmáticos foram medidos em pacientes com
insuficiência cardíaca classe II – IV da NYHA (New York Heart Association) com pressão
capilar pulmonar > 15 mmHg em 2 estudos de tratamento crônico de curta duração. Em um
estudo, que incluiu pacientes cronicamente tratados com inibidores da ECA, doses únicas e
múltiplas de valsartana administradas em combinação com inibidores da ECA melhoram a
homodinâmica, incluindo a pressão capilar pulmonar (PCP), a pressão diastólica da artéria
pulmonar (PDAP) e a pressão arterial sistólica (PAS). Foi observada uma redução nos níveis da
aldosterona plasmática (AP) e da noradrenalina plasmática (NP) após 28 dias de tratamento. No
segundo estudo, que incluiu somente pacientes não tratados com inibidores da ECA por pelo
menos 6 meses antes da inclusão, a valsartana melhorou significativamente a PCP, a resistência
vascular sistêmica (RVS), o débito cardíaco (DC) e a PAS após 28 dias de tratamento. No
estudo a longo prazo Val-HeFT, a noradrenalina plasmática e o peptídeo cerebral natriurético
(PCN) foram significativamente reduzidos em relação à fase inicial no grupo valsartana quando
comparado ao placebo.
Morbidade e mortalidade
O Val-HeFT foi um estudo multinacional, randomizado e controlado onde se comparou
valsartana ao placebo na morbidade e mortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca
classe II (62%), III (36%) e IV (2%) da NYHA recebendo terapêutica usual com fração de
ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) < 40% e diâmetro diastólico interno do ventrículo
esquerdo (DDIVE) > 2,9 cm/m². Foram incluídos 5.010 pacientes no estudo em 16 países, que
foram randomizados para receber valsartana ou placebo em adição a todas as outras terapêuticas
apropriadas incluindo os inibidores da ECA (93%), os diuréticos (86%), a digoxina (67%) e os
betabloqueadores (36%). A duração média do acompanhamento foi de aproximadamente 2
anos. A dose média diária de valsartana no estudo Val-HeFT foi de 254 mg. O estudo teve 2
desfechos primários: mortalidade por todas as causas (tempo até o óbito) e a morbidade da
insuficiência cardíaca (tempo até o primeiro evento mórbido) definido como morte, morte súbita
com ressuscitação, hospitalização por insuficiência cardíaca, ou administração intravenosa de
drogas inotrópicas ou vasodilatadoras por quatro horas ou mais sem hospitalização. Mortalidade
por todas as causas foi similar nos grupos tratados com valsartana e com placebo. A morbidade
foi significativamente reduzida em 13,2% com a valsartana comparada ao placebo. O principal
beneficio foi uma redução de 27,5% no risco para o tempo até a primeira hospitalização por
insuficiência cardíaca. Os maiores benefícios foram nos pacientes que não estavam recebendo
inibidor da ECA ou betabloqueador. Entretanto, reduções de risco favorecendo o placebo foram
BU-02 2
observadas para aqueles pacientes tratados com a tripla combinação de betabloqueador, inibidor
da ECA e valsartana. Estudos adicionais como o VALIANT (vide item “Pós-infarto do
miocárdio”), nos quais a mortalidade não foi aumentada nesses pacientes, reduziram as
preocupações em relação à tripla combinação.
Capacidade e tolerância ao exercício
Os efeitos da valsartana em adição à terapêutica usual da insuficiência cardíaca na tolerância ao
exercício usando o Protocolo Modificado de Naughton foram medidos em pacientes com
insuficiência cardíaca da classe II – IV da NYHA com disfunção ventricular esquerda (FEVE ≤
40%). O aumento do tempo de exercício em relação à fase inicial foi observado para todos os
grupos do tratamento. Aumentos médios maiores em relação à fase inicial no tempo de
exercício foram observados para o grupo valsartana comparado ao grupo placebo, embora não
tenha atingido significância estatística. As melhoras mais importantes foram observadas no
subgrupo dos pacientes que não estavam recebendo terapêutica com inibidor da ECA, nos quais
as variações médias no tempo de exercício foram 2 vezes maiores para o grupo valsartana
comparado ao grupo placebo. Os efeitos da valsartana comparados aos do enalapril na
capacidade ao exercício utilizando o teste da caminhada de 6 minutos foram determinados nos
pacientes com insuficiência cardíaca classe II e III da NYHA e com fração de ejeção do
ventrículo esquerdo ≤ 45% que estavam recebendo terapêutica com inibidor da ECA por pelo
menos 3 meses antes do início do estudo. A valsartana 80 mg a 160 mg uma vez ao dia foi tão
eficaz quanto enalapril 5 mg a 10 mg duas vezes ao dia, com referência à capacidade ao
exercício, conforme avaliado pelo teste da caminhada dos 6 minutos nos pacientes estabilizados
previamente com inibidores da ECA e diretamente substituídos para valsartana ou enalapril.
Classe da NYHA, sinais e sintomas, qualidade de vida e fração de ejeção
No estudo clínico Val-HeFT, os pacientes tratados com valsartana demonstraram melhora
significativa na classe da NYHA e nos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca, incluindo
dispneia, fadiga, edema e estertores em comparação ao placebo. Os pacientes tratados com
valsartana tiveram melhor qualidade de vida como demonstrado pelas mudanças na pontuação
do questionário “Minnesota Living with Heart Failure Quality of Life” em relação ao placebo.
A fração de ejeção em pacientes tratados com valsartana aumentou significativamente e o
DDIVE foi reduzido significativamente no desfecho em relação à fase inicial quando
Pós-infarto do miocárdio
O estudo de valsartana no infarto agudo do miocárdio (VALIANT) foi randomizado,
controlado, multinacional e duplo-cego em 14.703 pacientes com infarto agudo e sinais,
sintomas ou evidência radiológica de insuficiência cardíaca congestiva e/ou evidência de
disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (manifestado como uma fração de ejeção ≤ 40% por
ventriculografia por radionuclídeos ou ≤ 35% por ecocardiografia ou angiografia ventricular de
contraste). Os pacientes foram randomizados dentro de 12 horas a 10 dias após o inicio dos
sintomas de infarto do miocárdio em um dos três grupos de tratamento: valsartana (titulada a
partir de 20 mg duas vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 160 mg duas
vezes ao dia), o inibidor de ECA captopril (titulado a partir de 6,25 mg três vezes ao dia para a
maior dose tolerada até um máximo de 50 mg três vezes ao dia) ou a combinação de valsartana
mais captopril. No grupo de combinação, a dose de valsartana foi titulada a partir de 20 mg duas
vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 80 mg duas vezes ao dia; a dose de
captopril foi a mesma para monoterapia. A duração média do tratamento foi de 2 anos. A dose
diária média de valsartana no grupo de monoterapia foi de 217 mg. A terapêutica basal incluiu
ácido acetilsalicílico (91%), betabloqueadores (70%), inibidores da ECA (40%), trombolíticos
(35%) e estatinas (34%). A população estudada foi de 69% de homens, 94% de caucasianos e
53% com 65 anos de idade ou mais velhos. O desfecho primário foi o tempo para a mortalidade
por todas as causas.
A valsartana foi pelo menos tão eficaz quanto o captopril na redução da mortalidade por todas
as causas pós-infarto do miocárdio. A mortalidade por todas as causas foi similar nos grupos de
BU-02 3
valsartana (19,9%), captopril (19,5%) e valsartana + captopril (19,3%). A valsartana foi também
efetiva na prolongação do tempo para redução da mortalidade cardiovascular, hospitalização por
insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio recorrente, parada cardíaca ressuscitada e em
acidente vascular cerebral não-fatal (desfecho composto secundário).
Uma vez que este foi um estudo com um controle ativo (captopril), uma análise adicional da
mortalidade por todas as causas foi realizada para estimar o quanto a valsartana desempenhou
versus placebo. Usando os resultados das referências prévias dos estudos do infarto do
miocárdio - SAVE, AIRE e TRACE - o efeito estimado da valsartana preservou 99,6% do efeito
do captopril (97,5% CI = 60 – 139%). Combinar valsartana com captopril não adicionou mais
benefícios sobre o captopril isolado. Não houve diferença na mortalidade por todas as causas
com base na idade, sexo, raça, terapêuticas basais ou doença de base.
Não houve diferença na mortalidade por todas as causas ou mortalidade cardiovascular ou
morbidade quando betabloqueadores foram administrados juntos com a combinação de
valsartana + captopril, valsartana isolada ou captopril isolado. Independentemente do tratamento
da droga estudada, a mortalidade foi maior no grupo de pacientes não tratados com
betabloqueador, sugerindo que o conhecido benefício do betabloqueador nesta população foi
mantido neste estudo. Além disto, os benefícios do tratamento da combinação de valsartana +
captopril, monoterapia de valsartana e monoterapia de captopril foram mantidos em pacientes
tratados com betabloqueadores.
Referências Bibliográficas
1. Randomised, double-blind, placebo-controlled, parallel group trail comparing valsartan 20
mg, 80 mg, 160 mg and 320 mg to placebo in patients with essential hypertension followed by
an open-label extension of 52 weeks duration. Clinical Trial Summary and Clinical Trial Report
Protocol 31. Ciba-Geigy Corp. Summit,USA. 11 Aug 95. Volume 57, Page 264.
2. Multinational, randomised, double-blind, placebo-and active-controlled, between patient trial
to determine the antihypertensive effect and to assess the tolerability of valsartan 80 mg once
daily in patients with uncomplicated essential arterial hypertension treated for eight weeks
Clinical Trial Summary and Report Protocol 51. Ciba-Geigy Ltd. Basle, Switzerland. 24 Jun 95.
Volume 63, Page 001.
3. Randomised, double-blind, placebo-controlled, optional titration, parallel group trial
comparing valsartan to lisinopril and placebo in patients with essential hypertension Clinical
Trial Summary and Clinical Trial Report Protocol 50. Ciba Geigy Corp. Summit USA 23 Jun
95. Volume 61, Page 001.
4. Multicentre, randomised, double-blind, placebo-and active-controlled, between patient trial
comparing the efficacy and tolerability of valsartan 160 mg, valsartan 80 mg, valsartan 40 mg to
placebo and lisinopril 10 mg all given once daily in elderly patients with essential arterial
hypertension. Clinical Trial Summary and Report Protocol 23. Ciba-Geigy Ltd. Basle,
Switzerland. 10 Jul 95. Volume 52, Page 301.
5. A double-blind, placebo-controlled, fixed dose, parallel trial in patients with mild to moderate
hypertension Clinical Trial Summary and Report Protocol 10. Ciba-Geigy Corp. Summit, USA
14 Apr 94. Volume 45, Page 001.
6. A double-blind, randomized, placebo-controlled, fixed dose, parallel design trial of 10 weeks
duration in caucasian patients with mild to moderate hypertension followed by an open-label
extension of 98 weeks duration Clinical Trial Summary and Report Protocol 11. Ciba-Geigy
Corp. Summit, USA 30 Nov 94. Volume 46, Page 107.
7. Double-blind, randomized, placebo-controlled, parallel design trial of twelve to fourteen
weeks duration to determine the effect of food on the antihypertensive response of CGP 48 933
BU-02 4
80 mg in patients with mild of moderate essential hypertension Clinical Trial Summary and
Report Pooled Protocol 17. Ciba-Geigy Corp. Summit, USA 13 Dec 94. Volume 48, Page 001.
8. CGP 48 933 – Valsartan Summary of Clinical Pharmacology. Ciba Pharmaceuticals,
Horsham, UK. 23 Oct 95. Volume 02, Page 264.
9. Integrated Summary of Efficacy (ISE) for valsartan. Ciba-Geigy Corp. Summit, USA 03 Nov
95. Volume 02, Page 336.
10. Randomised, double-blind, parallel group trial comparing tolerability of titrated doses of
valsartan to titrated doses of lisinopril, both given daily in elderly patients with essential arterial
hypertension treated for 52 weeks. Clinical Trial Summary and Clinical Trial Report Protocol
28 (Interim Report). Ciba-Geigy Ltd. Basle, Switzerland. 20 Jul 95. Volume 55, Page 001.
11. A double-blind, randomized, placebo-controlled, fixed-dose, parallel design trial of ten
weeks duration in caucasian patients with mild to moderate hypertension followed by an open-
label extension of 98 weeks duration. Clinical Trial Report Protocol 11E (first year extension).
Ciba-Geigy Corp. Summit, USA. 20 Jan 95. Volume 64, Page 001
12. CGP 48 933 Valsartan. A double-blind, randomized, active controlled, parallel design trial
comparing the efficacy of the combination of hydrochlorothiazide 12.5 mg or 25 mg plus
valsartan 80 mg once daily to valsartan 160 mg once daily in hypertensive patients inadequately
controlled with valsartan 80 mg once daily. Clinical Trial Report Protocol 19. Ciba-Geisy Corp.
Summit, USA 14 Jul 95. Volume 61, Page 001.
13. Integrated Summary of Safety for valsartan. Ciba-Geigy Corp. Summit, USA. 10 Nov 95.
Volume 03, Page 001.
14. A double-blind, placebo-controlled, dose response trial to determine the acute and chronic
central hemodynamic effects of valsartan in patients with symptomatic congestive heart failure.
Study Report Protocol 104; Novartis Pharmaceuticals Corporation, East Hanover, New Jersey,
USA; 06-Oct-89.
15. A multicenter, double-blind, randomized, placebo and active-controlled, between patient
trial to assess the cardiac hemodynamic effects of valsartan 40 mg, 80 mg and 160 mg, all twice
daily, in patients with chronic, stable, congestive heart failure (NYHA Class II-IV) treated for
four weeks. Study Report Protocol 103; Ciba-Geigy AG, Basel, Switzerland, 20-May-97.
16. A multicountry, randomized, double-blind, parallel, placebo-controlled trial to assess the
effect of valsartan on morbidity and mortality, signs and symptoms, and quality of life in
patients with stable, chronic congestive heart failure (NYHA Class II-IV). Study Report
Protocol 107, Novartis Pharma AG, Basel, Switzerland; 6-Apr-01.
17. A multinational, multicenter, double-blind, randomized, active-controlled, parallel group
study design comparing the efficacy and safety of long-term treatment with valsartan, captopril
and their combination in high-risk patients after myocardial infarction. Study Report Protocol
108. Novartis Pharmaceuticals Corporation, East Hanover, New Jersey, USA; 17-Oct-03.
18. A multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled, parallel trial to assess the
effect of valsartan on exercise capacity, quality of life, and signs and symptoms, in patients with
stable, chronic, congestive heart failure (NYHA Class II-IV). Study Report Protocol 106,
Novartis Pharmaceuticals Corporation, East Hanover, New Jersey, US; 12-Mar-01.
19. A twelve week, multicenter, randomized, double-blind, active-controlled study to assess the
efficacy and safety of valsartan compared to enalapril on exercise capacity in patients with
BU-02 5
stable, moderate, chronic heart failure (NYHA class II-III). Study Report Protocol 110; Novartis
Pharma AG, Basel, Switzerland; 20-Dec-00.
20. Diovan®
, (Valsartan) 40 mg, 80 mg and 160 mg film-coated tablets, Congestive Heart
Failure. Expert Report on the clinical documentation, Novartis Pharma AG, Basel, Switzerland.
20-Apr-01.
Farmacodinâmica
Grupo farmacoterapêutico: bloqueadores do receptor da angiotensina II simples.
Código ATC: C09C A03.
O hormônio ativo do SRAA é a angiotensina II, formada a partir da angiotensina I pela ECA. A
angiotensina II se liga a receptores específicos localizados na membrana das células de vários
tecidos, exercendo diversos efeitos fisiológicos, inclusive em particular no envolvimento direto
e indireto na regulação da pressão arterial. Como um potente vasoconstritor, a angiotensina II
exerce uma resposta pressora direta. Além disso, promove retenção de sódio e estimulação da
secreção de aldosterona.
valsartana é um potente e específico antagonista dos receptores de angiotensina II (Ang II) ativo
por via oral. Ele atua seletivamente no receptor subtipo AT1, responsável pelas conhecidas
ações da angiotensina II. As concentrações plasmáticas aumentadas de Ang II seguindo-se ao
bloqueio do receptor AT1 com valsartana pode estimular o receptor AT2 não-bloqueado, o que
parece contrabalançar o efeito do receptor AT1. A valsartana não apresenta atividade agonista
parcial sobre os receptores AT1 e tem afinidade muito maior (cerca de 20.000 vezes) para com
receptores AT1 do que para com receptores AT2.
A valsartana não inibe a ECA, também conhecida como cininase II, que converte Ang I em Ang
II e degrada a bradicinina. Uma vez que não existe efeito sobre a ECA e nenhuma
potencialização da bradicinina ou substância P, é improvável que os antagonistas de
angiotensina II estejam associados à tosse. Em estudos clínicos em que a valsartana foi
comparada aos inibidores da ECA, a incidência de tosse seca foi significativamente menor (P <
0,05) em pacientes tratados com valsartana do que naqueles tratados com inibidores da ECA
(2,6% versus 7,9%, respectivamente). Em um estudo clínico em pacientes com historia de tosse
seca durante terapêutica com inibidores da ECA, 19,5% dos pacientes que recebiam valsartana e
19,0% desses que recebiam um diurético tiazídico apresentaram episódios de tosse, comparados
a 68,5% daqueles tratados com inibidores da ECA (P < 0,05). A valsartana não se liga ou
bloqueia outros receptores hormonais ou canais de íons conhecidos, importantes na regulação
cardiovascular.
Farmacocinética
Absorção
Após a administração oral de valsartana isolada o pico da concentração plasmática da valsartana
é atingido em 2-4 horas. A biodisponibilidade absoluta média é de 23%. Quando a valsartana é
administrada com alimentos, a área sob a curva de concentração plasmática (AUC) de
valsartana sofre redução de 48%, embora cerca de 8 horas após a administração, as
concentrações plasmáticas de valsartana sejam similares em pacientes que ingeriram o produto
em jejum ou com alimentos. Entretanto, esta redução da AUC não se acompanha de redução
clinicamente significativa nos efeitos terapêuticos, podendo a valsartana ser administrada com
ou sem alimentos.
Distribuição
O volume de distribuição no steady-state (estado de equilíbrio) da valsartana após administração
intravenosa, é cerca de 17 litros, indicando que a valsartana não é distribuída extensivamente
pelos tecidos. A valsartana tem alta taxa de ligação às proteínas séricas (94 – 97%),
principalmente à albumina sérica.
BU-02 6
Biotransformação
A valsartana não é biotransformada em grande extensão uma vez que apenas cerca de 20% da
dose é recuperada como metabólitos. Um metabólito hidróxi foi identificado no plasma em
baixas concentrações (menos de 10% da AUC de valsartana). Este metabólito é
farmacologicamente inativo.
Eliminação
A valsartana apresenta um decaimento cinético multiexponencial (t1/2 alfa < 1h e t1/2 beta cerca
de 9 h). A valsartana é eliminada principalmente nas fezes (cerca de 83% da dose) e urina (cerca
de 13% da dose), principalmente como fármaco inalterado. Após administração intravenosa, o
clearance (depuração) plasmático da valsartana é cerca de 2 L/h e seu clearance (depuração)
renal é de 0,62 L/h (cerca de 30% do clearance total). A meia-vida da valsartana é de 6 horas.
A farmacocinética de valsartana é linear no intervalo de dose testada. Não ocorrem alterações na
cinética de valsartana em administrações repetidas e há pouco acúmulo quando administrado
uma vez ao dia. As concentrações plasmáticas observadas foram similares em homens e
mulheres.
O tempo médio para o pico de concentração e a meia-vida de eliminação da valsartana em
pacientes com insuficiência cardíaca é similar ao observado em pacientes sadios. Os valores
AUC e Cmax da valsartana aumentam linearmente e são praticamente proporcionais com o
aumento da dose dentro da faixa clínica (40 a 160 mg duas vezes ao dia). O fator de acumulação
médio é aproximadamente 1,7. O clearance (depuração) aparente da valsartana após uma
administração oral é aproximadamente 4,5 L/h. A idade não afeta o clearance (depuração)
aparente em pacientes com insuficiência cardíaca.
Populações especiais de pacientes
Idosos
Maior exposição sistêmica à valsartana foi observada em indivíduos idosos comparados com
indivíduos jovens, entretanto, isso não apresentou nenhum significado clínico.
Insuficiência renal
Como esperado para um composto no qual o clearance (depuração) renal contribui com apenas
30% do clearance (depuração) plasmático total, não existe correlação entre a função renal e a
exposição sistêmica à valsartana. Portanto, não é necessário ajuste de dose em pacientes com
insuficiência renal. Nenhum estudo foi realizado em pacientes sob diálise. No entanto, a
valsartana possui alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, sendo improvável sua remoção
por diálise.
Insuficiência hepática
Cerca de 70 % da dose absorvida são excretadas na bile, principalmente como composto
inalterado. Valsartana não sofre biotransformação extensiva e, como esperado, a exposição
sistêmica à valsartana não se relaciona com o grau de disfunção hepática. Portanto, nenhum
ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência hepática de origem não biliar e sem
colestase. Observou-se que a AUC da valsartana é aproximadamente o dobro em pacientes com
cirrose biliar ou obstrução biliar. (vide item “Advertências e precauções”).
Dados de segurança pré-clínicos
Em diversos estudos pré-clínicos de segurança realizados com várias espécies de animais, não
houve resultados que excluem o uso de doses terapêuticas de valsartana em humanos. Em
estudos de segurança pré-clínicos, altas doses de valsartana (200 a 600 mg/kg de peso corporal)
em ratos, causou uma redução dos parâmetros dos glóbulos vermelhos (eritrócitos,
hemoglobina, hematócrito) e evidência de alterações na hemodinâmica renal (ureia plasmática
ligeiramente aumentada, hiperplasia tubular renal e basofilia nos machos). Estas doses em ratos
(200 e 600 mg/kg/dia) são aproximadamente 6 e 18 vezes a dose humana máxima recomendada
com base em mg/m2
(cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia e um paciente de 60 kg).
BU-02 7
Em macacos saguis em doses semelhantes, as alterações foram semelhantes, embora mais
graves, particularmente nos rins onde as alterações desenvolveram para uma nefropatia, a
qual incluiu aumento de ureia e creatinina. A hipertrofia das células justaglomerulares renais
também foi observada em ambas as espécies. Todas as alterações foram consideradas como
sendo causadas pela ação farmacológica da valsartana que produziu hipotensão prolongada,
particularmente nos macacos saguis. Para doses terapêuticas de valsartana em humanos, a
hipertrofia das células justaglomerulares renais não parece ter qualquer relevância. Em estudos
de desenvolvimento embriofetal (segmento II) em camundongos, ratos e coelhos, foi observada
toxicidade fetal em associação com toxicidade materna em ratos com doses de valsartana ≥ 200
mg/kg/dia e em coelhos com doses de ≥ 10 mg/kg/dia. Em estudo de toxicidade de
desenvolvimento peri e pós-natal (segmento III), proles de ratos descendentes de
ratas que receberam 600 mg/kg durante o último trimestre de gravidez e durante a lactação
mostraram índice de sobrevivência levemente reduzido, bem como leve retardo no
desenvolvimento (vide item“Gravidez e lactação”). Os principais achados pré-clínicos de
segurança são atribuídos à ação farmacológica do fármaco e não demonstraram qualquer
significado clínico.
Não houve evidência de mutagenicidade, clastogenicidade, desempenho reprodutivo anormal
em ratos ou carcinogenicidade em camundongos e ratos.
Hipersensibilidade conhecida à valsartana ou a qualquer dos excipientes da formulação de
BRATOR®
(vide item“Composição”).
Uso concomitante de bloqueadores de receptores da angiotensina – incluindo BRATOR®
– ou
inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECAs) com alisquireno em pacientes com
diabetes tipo 2.(vide item “Interações medicamentosas – Duplo bloqueio do sistema renina-
angiotensina (SRA) com BRA`s, IECAs ou alisquireno”).
Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.
Este medicamento é contraindicado durante a gravidez.
Pacientes com depleção de sódio e/ou volume
Em pacientes com depleção grave de sódio e/ou hipovolemia, como nos que estejam recebendo
altas doses de diuréticos, pode ocorrer, em casos raros, hipotensão sintomática após o início da
terapêutica com BRATOR®
. A depleção de sódio e/ou a hipovolemia devem ser corrigidas antes
do início do tratamento com BRATOR®
, por exemplo, pela redução da dose do diurético.
Se ocorrer hipotensão, manter o paciente em posição supina e, se necessário, administrar infusão
venosa de solução salina fisiológica. O tratamento pode ser continuado, uma vez que a pressão
arterial esteja estabilizada.
Pacientes com estenose de artéria renal
A administração de BRATOR®
por curto prazo a 12 pacientes com hipertensão renovascular,
secundária a estenose de artéria renal unilateral, não induziu qualquer alteração significativa na
hemodinâmica renal, na creatinina sérica ou na ureia nitrogenada sanguínea (UNS). No entanto,
como os medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) podem
aumentar a ureia sanguínea e a creatina sérica em pacientes com estenose da artéria renal
unilateral ou bilateral, recomenda-se a monitorização de ambos parâmetros desses pacientes
como medida de segurança.
Pacientes com insuficiência renal
Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência renal. No entanto, não
existem dados disponíveis em casos graves [clearance (depuração) de creatina < 10 mL/min],
recomenda-se cautela.
BU-02 8
O uso de bloqueadores de receptores de angiotensina – incluindo BRATOR®
– ou inibidores da
ECA juntamente com alisquireno deve ser evitado em pacientes com insuficiência renal grave
(TFG < 30 mL/min) vide item “Interações medicamentosas – Duplo bloqueio do sistema renina-
angiotensina (SRA) com BRA`s, IECAs ou alisquireno”).
Pacientes com insuficiência hepática
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática. A valsartana é
eliminada principalmente como composto inalterado na bile, e pacientes com distúrbios biliares
obstrutivos mostraram clearance (depuração) mais baixo de valsartana (vide item
“Farmacocinética”). Deve-se tomar cuidado especial ao se administrar valsartana a pacientes
com distúrbios biliares obstrutivos.
Pacientes com insuficiência cardíaca/Pós-infarto do miocárdio
Pacientes com insuficiência cardíaca ou em tratamento do pós-infarto do miocárdio que utilizam
BRATOR®
normalmente apresentam alguma redução na pressão arterial, mas a descontinuação
da terapêutica devida a uma hipotensão sintomática persistente não é usualmente necessária
quando a posologia correta é seguida.
Cuidados devem ser tomados ao iniciar o tratamento em pacientes com insuficiência cardíaca ou
pós-infarto do miocárdio (vide item “Posologia e Modo de usar”).
Como consequência da inibição do SRAA, alterações na função renal podem ser antecipadas em
indivíduos suscetíveis.
Nos pacientes com insuficiência cardíaca grave, cuja função renal pode depender da atividade
SRAA, o tratamento com inibidores ECA ou com antagonista do receptor da angiotensina II foi
associado à oligúria e/ou azotemia e (raramente) com insuficiência renal aguda e/ou morte. A
avaliação dos pacientes com insuficiência cardíaca ou pós-infarto do miocárdio deve sempre
incluir a avaliação da função renal.
Em pacientes com insuficiência cardíaca, cuidados devem ser tomados com a tripla combinação
de um inibidor da ECA, de um betabloqueador e valsartana (vide item “Propriedades
farmacológicas”).
Para pacientes com infarto do miocárdio recente, a combinação de captopril e valsartana não
demonstrou nenhum beneficio clínico adicional, porém demonstraram um aumento no risco dos
efeitos adversos comparado à monoterapia. Portanto, esta combinação não é recomendada para
pacientes com infarto do miocárdio recente, ao contrário da monoterapia com BRATOR®
que é
indicada para melhorar a sobrevida após infarto do miocárdio em pacientes clinicamente
estáveis (vide item “Indicações”).
Angioedema
Em pacientes tratados com valsartana tem sido reportado, angioedema, incluindo inchaço de
laringe e glote, levando à obstrução das vias aéreas e/ou inchaço da face, lábios, faringe, e/ou
língua. Alguns destes pacientes apresentaram previamente angioedema com outros farmacos,
incluindo inibidores da ECA. BRATOR®
deve ser imediatamente descontinuado em pacientes
que desenvolverem angioedema, e não deve ser readministrado.
Duplo Bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA)
É necessário precaução na coadministração de bloqueadores de receptores de angiotensina
(BRAs), incluindo BRATOR®
, com outros agentes inibidores do sistema renina-angiotensina
como IECAS ou alisquireno.
Mulheres em idade fértil
Como qualquer fármaco que atua diretamente sobre o SRAA, BRATOR®
não deve se usado por
mulheres que planejam engravidar. Os médicos que prescrevem qualquer agente que atue no
SRAA devem aconselhar as mulheres com potencial de engravidar sobre o risco potencial
destes agentes durante a gravidez.
Gravidez e lactação
BU-02 9
Como qualquer droga que atua diretamente sobre SRAA, BRATOR®
não deve ser usado
durante a gravidez (vide item “Contraindicações). Devido ao mecanismo de ação dos
antagonistas de angiotensina II, o risco para o feto não deve ser excluído. Em exposição in
útero a inibidores da ECA (uma classe específica de medicamentos que agem no SRAA),
durante o segundo e terceiro trimestres da gestação, houve relatos de lesões e morte de fetos em
desenvolvimento. Além disso, nos dados retrospectivos, o uso de inibidores da ECA no
primeiro trimestre foi associado a um risco potencial de anomalias congênitas. Houve relatos de
aborto espontâneo, oligodrâmnio e disfunção renal em recém-nascidos quando mulheres
grávidas tomaram inadvertidamente a valsartana. Se gravidez for detectada durante o
tratamento, BRATOR®
deve ser descontinuado assim que possível (vide item “Dados de
segurança pré-clínicos”).
Não se sabe se a valsartana é excretada no leite humano. A valsartana foi excretada no leite de
ratas lactantes. Portanto, não se recomenda o uso de BRATOR®
em lactantes.
Categoria de risco na gravidez: D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Fertilidade
Não há dados dos efeitos de BRATOR®
na fertilidade humana. Estudos em ratos não
demonstraram qualquer efeito da valsartana na fertilidade (vide item “Dados de segurança pré-
clínicos”).
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Assim como outros agentes anti-hipertensivos, recomenda-se cautela ao operar máquinas e/ou
Duplo Bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRAA) com BRAs, IECAS ou
alisquireno: o uso concomitante de bloqueadores de receptores de angiotensina (BRAs),
incluindo BRATOR®
, com outros medicamentos que agem no SRA é associado com o aumento
da incidência de hipotensão, hipercalemia e alterações na função renal em comparação com a
monoterapia. É recomendada a monitorização da pressão arterial, função renal e eletrólitos em
pacientes em tratamento com BRATOR®
e outros agentes que afetam o SRAA (vide item
“Advertências e precauções”).
O uso concomitante de BRAs, incluindo BRATOR®
, ou IECAS com alisquireno deve ser
evitado em pacientes com insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min) (vide item
, ou IECAS com alisquireno é
contraindicado em pacientes com diabetes tipo 2 (vide item “Contraindicações”).
Potássio: O uso concomitante com diuréticos poupadores de potássio (por exemplo,
espironolactona, triantereno, amilorida), suplementos à base de potássio ou substitutos do sal
que contenham potássio pode acarretar aumento do potássio sérico e, em pacientes com
insuficiência cardíaca, aumento de creatinina sérica. Se o uso simultâneo desses compostos for
considerado necessário, recomenda-se monitoramento do potássio sérico.
Agentes anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) incluindo inibidor seletivo da
ciclooxigenase 2 (inibidor da Cox 2): quando os antagonistas de angiotensina II são
administrados simultaneamente com os AINEs, pode ocorrer atenuação do efeito anti-
hipertensivo. Além disso, em pacientes idosos, com depleção de volume (incluindo aqueles
sobre terapia com diurético) ou que tiver comprometimento da função renal, o uso concomitante
de antagonistas da angiotensina II e AINEs podem levar ao aumento de risco da piora da função
BU-02 10
renal. Portanto, recomenda-se o monitoramento da função renal quando se inicia ou modifica o
tratamento em pacientes com valsartana e que estão tomando AINEs simultaneamente.
Lítio: foram relatados aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio e toxicidade
durante a administração concomitante de lítio e inibidores da ECA ou bloqueadores do receptor
de angiotensina II, incluindo o BRATOR®
.
Portanto, recomenda-se monitoração cuidadosa das concentrações séricas de lítio durante o uso
concomitante. Se um diurético também for usado, o risco de toxicidade por lítio pode
presumidamente ser aumentado ainda mais com BRATOR®
Transportadores: o resultado de um estudo humano in vitro com tecido de fígado indicou que
a valsartana é um substrato para o transportador hepático de captação OATP1B1 e para o
transportador – hepático de efluxo MRP2. A coadministração de inibidores do transportador por
captação (rifampicina e ciclosporina) ou do transportador de efluxo (ritonavir) pode aumentar a
exposição sistêmica da valsartana.
O uso concomitante de valsartana com:
- lítio: pode levar a uma intoxicação por lítio
- anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs): pode reduzir a eficácia anti-hipertensiva
- ritonavir: aumento da exposição da valsartana
- agentes que bloqueiam o SRAA: pode levar à hipercalemia
Não foram observadas interações de significância clínica. Entre os fármacos com os quais se
realizaram estudos clínicos incluem-se: cimetidina, varfarina, furosemida, digoxina, atenolol,
indometacina, hidroclorotiazida, anlodipino e glibenclamida.
Como a valsartana não sofre extensa metabolização, interações do tipo medicamento-
medicamento clinicamente relevantes, em termos de indução ou inibição metabólica do sistema
do citocromo P450, não são esperadas com a valsartana. Embora a valsartana possua alta taxa
de ligação às proteínas plasmáticas, estudos in vitro não mostraram qualquer interação nesse
nível com uma série de moléculas que também têm alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas,
como diclofenaco, furosemida e varfarina.
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30 °C). Proteger da umidade. Desde que respeitados
os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da
data de sua fabricação.
Características físicas e organolépticas do produto
BRATOR®
80 mg: Comprimido revestido de cor vermelho tijolo, oval, biconvexo e sulcado em
ambos os lados.
160 mg: Comprimido revestido de cor amarela, oval, biconvexo e sulcado em
320 mg: Comprimido revestido de cor amarela, oval, biconvexo, sulcado em um dos
lados e liso no outro lado.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Método de administração
BU-02 11
BRATOR®
pode ser administrado independentemente das refeições e deve ser administrado
com água por via oral.
Hipertensão
A dose inicial recomendada de BRATOR®
é de 80 mg ou 160 mg uma vez ao dia, independente
da raça, idade ou sexo. O efeito anti-hipertensivo manifesta-se efetivamente dentro de 2
semanas e o efeito máximo após 4 semanas. Nos pacientes que não apresentarem controle
adequado da pressão arterial, a dose diária pode ser aumentada para 320 mg ou um diurético
pode ser associado.
pode ser administrado concomitantemente com outros agentes anti-hipertensivos.
Insuficiência cardíaca
A dose diária recomendada para o inicio de tratamento é de 40 mg de BRATOR®
duas vezes ao
dia. A titulação para 80 mg e 160 mg duas vezes ao dia deve ser feita para a maior dose
conforme tolerado pelo paciente. Deve-se considerar a redução da dose dos diuréticos
concomitantes. A dose máxima diária administrada nos estudos clínicos é de 320 mg em doses
fracionadas.
A avaliação dos pacientes com insuficiência cardíaca deve sempre incluir a avaliação da função
renal.
Pós-infarto do miocárdio
A terapêutica pode ser iniciada 12 horas após um infarto do miocárdio. Após uma dose inicial
de 20 mg duas vezes ao dia, a terapêutica com valsartana deve ser titulada para 40 mg, 80 mg e
160 mg duas vezes ao dia durante as próximas semanas. A dose inicial é oferecida por
comprimidos de 40 mg divisíveis.
A dose-alvo máxima é 160 mg duas vezes ao dia. Em geral, é recomendado que os pacientes
atinjam um nível de dose de 80 mg duas vezes ao dia por duas semanas após o início do
tratamento e que o atingimento da dose-alvo máxima ocorra em três meses com base na
tolerabilidade do paciente à valsartana durante a titulação. Se hipotensão sintomática ou
disfunção renal ocorrer,deve-se considerar a redução da dose.
A valsartana pode ser usada em pacientes tratados com outras terapêuticas do pós-infarto do
miocárdio, por exemplo, trombolíticos, ácido acetilsalicílico, betabloqueadores ou estatinas.
A avaliação em pacientes com pós-infarto do miocárdio deve sempre incluir uma avaliação da
função renal.
Insuficiência hepática
Pacientes com insuficiência hepática de leve a moderada somente devem tomar doses acima de
80 mg duas vezes ao dia se o beneficio clínico for superior ao risco associado com a exposição
aumentada a valsartana.
OBSERVAÇÃO para todas as indicações: nenhum ajuste de dose é requerido para pacientes
com a disfunção renal ou para pacientes com insuficiência hepática de origem não biliar e sem
colestase.
No Brasil, valsartana não é aprovado para crianças e adolescentes (menores de 18 anos).
A dose máxima de BRATOR®
é de 320 mg.
Este medicamento pode ser partido.
Em estudos clínicos controlados com pacientes com hipertensão, a incidência geral de reações
adversas foi comparável ao placebo e é consistente com a farmacologia da valsartana. A
incidência de reações adversas não esta relacionada com a dose ou duração do tratamento e
também pareceu não estar associada ao sexo, idade ou etnia.
BU-02 12
Os relatos de reações adversas dos estudos clínicos, da experiência pós-comercialização e dos
achados laboratoriais estão listados abaixo de acordo com a classificação dos sistemas
orgânicos.
As reações adversas estão classificadas por frequência, sendo as mais frequentes listadas no
início, utilizando-se o seguinte critério: muito comum (≥1/10); comum (≥1/100 a <1/10);
incomum (≥ 1/1.000 a <1/100); rara (≥1/10.000 a <1/1.000); muito rara (<1/10.000), incluindo
relatos isolados. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão classificadas em
ordem decrescente de gravidade.
Todas as reações adversas relatadas em experiência pós-comercialização e em achados
laboratoriais possuem a frequência descrita como “desconhecida” uma vez que não é possível
aplicar a frequência de reações adversas.
Reações adversas em Hipertensão
Distúrbios dos sistemas linfático e sanguíneo
Desconhecido Diminuição de hemoglobina, diminuição de hematócrito, neutropenia,
trombocitopenia,
Distúrbios do sistema imunológico
Desconhecido Hipersensibilidade incluindo doença do soro
Distúrbios nutricionais e metabólicos
Desconhecido Aumento do potássio sérico
Distúrbios do labirinto e ouvido
Incomum Vertigem
Distúrbios vasculares
Desconhecido Vasculite
Distúrbios do mediastino, torácicos e respiratórios
Incomum Tosse
Distúrbios gastrointestinais
Incomum Dor abdominal
Distúrbios hepatobiliares
Desconhecido Alteração dos valores de função hepática, incluindo aumento da
bilirrubina sérica
Distúrbios do tecido subcutâneo e pele
Desconhecido Angioedema, dermatite bolhosa, erupção cutânea e prurido
Distúrbios do tecido conjuntivo e musculo-esquelético
Desconhecido Mialgia
Distúrbios urinários e renais
Desconhecido Insuficiência e disfunção renal, elevação da creatinina sérica
Distúrbios gerais e condições do local de administração
Incomum Fadiga
Os seguintes eventos também foram observados durante os estudos clínicos com pacientes
hipertensos, desconsiderando sua associação causal com o medicamento em estudo: artralgia,
astenia, dor nas costas, diarreia, tontura, dor de cabeça, insônia, diminuição da libido, náusea,
edema, faringite, rinite, sinusite, infecção do trato respiratório superior, infecções virais.
Pós-infarto do miocárdio e/ou Insuficiência cardíaca
O perfil de segurança observado em estudos clínicos controlados com pacientes com pós-infarto
do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca varia com relação ao perfil de segurança observado em
pacientes hipertensos. Este fato pode estar relacionado a doenças subjacentes. As reações
adversas que ocorreram em pacientes com pós-infarto do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca
estão listadas abaixo.
BU-02 13
Reações adversas em Pós-infarto do miocárdio e/ou Insuficiência cardíaca
Distúrbios dos sistemas linfáticos e sanguíneo
Desconhecido Trombocitopenia
Incomum Hipercalemia
Distúrbios do sistema nervoso
Comum Tontura, tontura postural
Incomum Síncope, dor de cabeça
Distúrbios cardíacos
Incomum Insuficiência cardíaca
Comum Hipotensão, hipotensão ortostática
Distúrbios mediastinais, torácicos e respiratórios
Incomum Náusea, diarreia
Desconhecido Elevação dos valores de função hepática
Incomum Angioedema
Desconhecido Dermatite bolhosa, erupção cutânea, prurido
Distúrbios do tecido conectivo e músculo-esquelético
Comum Disfunção e insuficiência renal
Incomum Insuficiência renal aguda, elevação da creatinina sérica
Desconhecido Aumento da ureia nitrogenada sanguínea
Incomum Astenia, fadiga
Os seguintes eventos também foram observados durante os estudos clínicos em pacientes com
pós-infarto do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca desconsiderando sua associação causal com
o medicamento em estudo: artralgia, dor abdominal, dor nas costas, insônia, diminuição da
libido, neutropenia, edema, faringite, rinite, sinusite, infecção do trato respiratório superior,
infecções virais.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.