Bula do Bridion produzido pelo laboratorio Schering-Plough Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
BRIDION®
(sugamadex sódico)
Schering Plough Indústria Farmacêutica Ltda.
Solução injetável
100 mg/mL
1
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
sugamadex sódico
APRESENTAÇÕES
solução injetável de 100 mg/mL em embalagem com 10 frascos-ampolas contendo 2 mL (200
mg) de solução.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS DE IDADE
COMPOSIÇÃO
100 mg/mL:
Cada frasco-ampola de 2 mL contém 200 mg de sugamadex na forma de sugamadex sódico.
Excipientes: ácido clorídrico e hidróxido de sódio (para ajuste do pH); água para injetáveis.
O pH da solução situa-se entre 7 e 8 e a osmolaridade entre 300 e 500 mOsm/kg.
Cada mL contém 9,7 mg de sódio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
BRIDION®
é indicado para proporcionar a reversão do bloqueio neuromuscular induzido por rocurônio
ou vecurônio. Para a população pediátrica, o sugamadex é recomendado apenas para reversão de rotina do
bloqueio induzido por rocurônio em crianças e adolescentes.
O sugamadex pode ser administrado em vários momentos após a administração de brometo de rocurônio
ou vecurônio.
Reversão de rotina – bloqueio neuromuscular profundo
Em um estudo preliminar, os pacientes foram designados de modo randômico para grupos de tratamento
com rocurônio ou vecurônio. Após a última dose de rocurônio ou vecurônio, em 1-2 PTCs (contagens
pós-tetânicas), foram administrados em ordem randômica 4 mg/kg de sugamadex ou 70 mcg/kg de
neostigmina. O tempo a partir do início da administração de sugamadex ou neostigmina para recuperação
da razão T4/T1 de 0,9 foi o seguinte (Tabela 1):
Tabela 1. Tempo (em minutos) a partir da administração de sugamadex ou neostigmina em
bloqueio neuromuscular profundo (1-2 PTCs), após rocurônio ou vecurônio, para recuperar a
razão T4/T1 de 0,9.
Agente bloqueador
neuromuscular
Esquema de tratamento
Sugamadex
(4 mg/kg)
Neostigmina
(70 mcg/kg)
Rocurônio
N
Média (minutos)
Variação
37
2,7
1,2-16,1
49,0
13,3-145,7
Vecurônio
47
3,3
1,4-68,4
36
49,9
46,0-312,7
Reversão de rotina – bloqueio neuromuscular moderado
2
Em outro estudo preliminar, os pacientes foram designados de modo randômico para grupos de
tratamento com rocurônio ou vecurônio. Após a última dose de rocurônio ou vecurônio, no
reaparecimento de T2, foram administrados em ordem randômica 2 mg/kg de sugamadex ou 50 mcg/kg de
da razão T4/T1 de 0,9 foi o seguinte (Tabela 2):
Tabela 2. Tempo (em minutos) a partir da administração de sugamadex ou neostigmina no
reaparecimento de T2, após dose de rocurônio ou vecurônio, para recuperar a razão T4/T1 de 0,9.
(2 mg/kg)
(50 mcg/kg)
48
1,4
0,9-5,4
17,6
3,7-106,9
2,1
1,2-64,2
45
18,9
2,9-76,2
A reversão do bloqueio neuromuscular induzido por rocurônio proporcionada pelo sugamadex foi
comparada com a reversão do bloqueio neuromuscular induzido por cisatracúrio proporcionada pela
neostigmina. No reaparecimento de T2 foram administrados 2 mg/kg de sugamadex ou 50 mcg/kg de
neostigmina. O sugamadex proporcionou reversão mais rápida do bloqueio neuromuscular induzido por
rocurônio em comparação com a reversão do bloqueio neuromuscular induzido por cisatracúrio
proporcionada pela neostigmina (Tabela 3).
Tabela 3. Tempo (em minutos) a partir da administração de sugamadex ou neostigmina no
reaparecimento de T2, após dose de rocurônio ou cisatracúrio, para recuperar a razão T4/T1 de 0,9.
Rocurônio e
sugamadex
Cisatracúrio e
neostigmina
34
1,9
0,7-6,4
39
7,2
4,2-28,2
Reversão imediata
O tempo de recuperação do bloqueio neuromuscular induzido por succinilcolina (1 mg/kg) foi comparado
com o da recuperação induzida por sugamadex (16 mg/kg, 3 minutos mais tarde) a partir do bloqueio
neuromuscular induzido por rocurônio (1,2 mg/kg). Os resultados estão na Tabela 4.
Tabela 4. Tempo (em minutos) a partir da administração de rocurônio e sugamadex ou de
succinilcolina para a recuperação de T1 10%.
(16 mg/kg)
Succinilcolina
(1 mg/kg)
55
4,2
3,5-7,7
7,1
3,7-10,5
Em uma análise dos dados agrupados foram relatados os seguintes tempos de recuperação para 16 mg/kg
de sugamadex após 1,2 mg/kg de brometo de rocurônio (Tabela 5):
3
Tabela 5. Tempo (em minutos) a partir da administração de sugamadex em 3 minutos após a de
rocurônio para recuperar a razão T4/T1 de 0,9, 0,8 ou 0,7.
T4/T1 de 0,9 T4/T1 de 0,8 T4/T1 de 0,7
N 65 65 65
Média (minutos) 1,5 1,3 1,1
Variação 0,5-14,3 0,5-6,2 0,5-3,3
Comprometimento renal
Dois estudos abertos compararam a eficácia e a segurança de sugamadex em pacientes cirúrgicos com e
sem comprometimento renal grave. Em um estudo, o sugamadex foi administrado após a indução de
bloqueio por rocurônio em 1-2 PTCs (4 mg/kg; N = 68); no outro estudo, o sugamadex foi administrado
no reaparecimento de T2 (2 mg/kg; N = 30). A recuperação do bloqueio neuromuscular foi modestamente
mais longa para pacientes com comprometimento renal grave em relação aos pacientes sem
comprometimento renal. Nenhum resíduo ou recorrência de bloqueio neuromuscular foram relatados por
pacientes com comprometimento renal grave nesses estudos.
Efeitos sobre o intervalo QTc
Em três estudos clínicos dedicados (N = 287), o sugamadex isoladamente, em combinação com rocurônio
ou vecurônio e em combinação com propofol ou sevoflurano não foi associado a prolongamento de
QT/QTc clinicamente relevante. Os resultados de ECG integrado e eventos adversos de estudos de Fase
2-3 embasam essa conclusão.
Referências bibliográficas:
1. Lee C, Jahr JS, Candiotti KA, Warriner B, Zornow MH, Naguib M. Reversal of profound
neuromuscular block by sugammadex administered three minutes after rocuronium: a comparison
with spontaneous recovery from succinylcholine. Anesthesiology 2009;110:1020-5.
2. Jones RK, Caldwell JE, Brull SJ, Soto RG. Reversal of profound rocuronium-induced blockade with
sugammadex: a randomized comparison with neostigmine. Anesthesiology 2008;109:816-24.
3. Khuenl-Brady KS, Wattwil M, Vanacker BF, Lora-Tamayo JI, Rietbergen H, Alvarez-Gómez JA.
Sugammadex provides faster reversal of vecuronium-induced neuromuscular blockade compared
with neostigmine: a multicenter, randomized, controlled trial. Anesth Analg. 2010;110(1):64-73.
4. Blobner M, Eriksson LI, Scholz J, Motsch J, Della Rocca G, Prins ME. Reversal of rocuronium-
induced neuromuscular blockade with sugammadex compared with neostigmine during sevoflurane
anaesthesia: results of a randomised, controlled trial. Eur J Anaesthesiol. 2010 Jul 30. [Epub ahead of
print] doi: 10.1097/EJA.0b013e32833d56b7.
5. Lemmens HJM, El-Orbany MI, Berry J, Martin G. Reversal of profound vecuronium-induced
neuromuscular block: sugammadex versus neostigmine. BMC Anesthesiology. 2010 [In press].
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: todos os outros produtos terapêuticos, código ATC: V03AB35.
Mecanismo de ação: o sugamadex é uma gama-ciclodextrina modificada, um agente reversor do
bloqueio neuromuscular de ligação seletiva. Ele forma um complexo com os agentes bloqueadores
neuromusculares rocurônio ou vecurônio no plasma e reduz a quantidade desse agente disponível para
ligar-se aos receptores nicotínicos na junção neuromuscular. Isso resulta na reversão do bloqueio
neuromuscular induzido por rocurônio ou vecurônio.
Efeitos farmacodinâmicos: o sugamadex foi administrado em doses variando de 0,5 mg/kg a 16 mg/kg
nos estudos de resposta à dose de bloqueio induzido por rocurônio (0,6; 0,9; 1,0 e 1,2 mg/kg de brometo
de rocurônio com e sem doses de manutenção) e bloqueio induzido por vecurônio (0,1 mg/kg de brometo
de vecurônio com ou sem doses de manutenção) em diferentes tempos/profundidades de bloqueio. Nesses
estudos observou-se uma nítida relação entre a dose administrada e sua resposta.
Propriedades farmacocinéticas
Os parâmetros farmacocinéticos do sugamadex foram calculados a partir da soma total das concentrações
de sugamadex ligado e não ligado ao complexo. Considera-se que os parâmetros farmacocinéticos como a
depuração e o volume de distribuição são os mesmos para sugamadex ligado e não ligado ao complexo
em indivíduos anestesiados.
Distribuição: o volume de distribuição de sugamadex observado no estado de equilíbrio é de
aproximadamente 11 a 14 litros em pacientes adultos com função renal normal (com base em uma análise
4
farmacocinética convencional não compartimental). O sugamadex e o complexo de sugamadex e
rocurônio não se ligam às proteínas plasmáticas nem aos eritrócitos, conforme demonstrado in vitro
utilizando plasma humano masculino e sangue total. O sugamadex apresenta cinética linear na variação
de doses de 1 a 16 mg/kg quando administrado por via venosa em dose em bolo..
Metabolismo: nos estudos pré-clínicos e clínicos não foram detectados metabólitos do sugamadex e
apenas a excreção renal do medicamento inalterado foi observada como via de eliminação.
Eliminação: em pacientes adultos com função renal normal anestesiados a meia-vida de eliminação (t1/2)
do sugamadex é de cerca de 2 horas e a depuração plasmática estimada é de cerca de 88 mL/min. Um
estudo de balanço de massa demonstrou que > 90% da dose foi excretada dentro de 24 horas. Da dose
administrada, 96% foram excretados na urina, dos quais pelo menos 95% poderiam ser atribuídos ao
sugamadex inalterado. A excreção através das fezes ou do ar expirado foi menos de 0,02% da dose
administrada. A administração do sugamadex a voluntários sadios resultou em eliminação renal
aumentada do rocurônio sob a forma de complexo.
Farmacocinética em populações especiais
Comprometimento renal e idade
Em um estudo de farmacocinética comparando pacientes com comprometimento renal grave e pacientes
com função renal normal, os níveis plasmáticos do sugamadex foram similares durante a primeira hora
após a dose e, a partir daí, diminuíram mais rapidamente no grupo controle. A exposição total ao
sugamadex foi prolongada, levando a uma exposição 17 vezes maior em pacientes com comprometimento
renal grave. Concentrações baixas de sugamadex são detectáveis por pelo menos 48 horas após sua
administração em pacientes com insuficiência renal grave. Os parâmetros farmacocinéticos previstos do
sugamadex por grupo de idade e função renal com base em modelos compartimentais são apresentados a
seguir:
Em um segundo estudo que comparou indivíduos com insuficiência renal moderada ou grave a indivíduos
com função renal normal, a depuração de sugamadex diminuiu progressivamente e a t1/2 foi
progressivamente prolongada, com declínio da função renal. A exposição foi 2 e 5 vezes maior em
indivíduos com insuficiência renal moderada e grave, respectivamente. As concentrações de sugamadex
não foram mais detectáveis 7 dias após a dose em indivíduos com insuficiência renal grave.
Um resumo dos parâmetros farmacocinéticos de sugamadex estratificados por idade e função renal é
apresentado a seguir:
5
Características selecionadas dos pacientes Parâmetros PK médios previstos (CV* %)
Dados
demográficos
Função renal
Depuração de creatinina
(mL/min)
Depuração
Volume de
distribuição
no estado de
equilíbrio (L)
Meia-vida de
eliminação (h)
Adultos Normal 100 88 (22) 12 2 (21)
40 anos Comprometida Leve 50 51 (22) 13 4 (22)
75 kg Moderada 30 31 (23) 14 6 (23)
Grave 10 9 (22) 14 19 (24)
Idosos Normal 80 75 (23) 12 2 (21)
75 aos Comprometida Leve 50 51 (24) 13 3 (22)
Grave 10 9 (22) 14 19 (23)
Adolescentes Normal 95 77 (23) 9 2 (22)
15 anos Comprometida Leve 48 44 (23) 10 3 (22)
56 kg Moderada 29 27 (22) 10 5 (23)
Grave 10 8 (21) 11 17 (23)
Crianças Normal 51 37 (22) 4 2 (20)
7 anos Comprometida Leve 26 19 (22) 4 3 (22)
23 kg Moderada 15 11 (22) 4 5 (22)
Grave 5 3 (22) 5 20 (25)
*CV = coeficiente de variação
Sexo
Não foram observadas diferenças com relação ao sexo.
Raça
Não foram observadas diferenças clinicamente relevantes nos parâmetros farmacocinéticos em um estudo
com indivíduos japoneses e caucasianos sadios. Dados limitados não indicam diferenças nos parâmetros
farmacocinéticos entre negros americanos ou africanos.
Peso corporal
A análise farmacocinética de pacientes adultos e idosos mostrou que não há relação clinicamente
significativa da depuração e do volume de distribuição com o peso corporal.
Dados de segurança pré-clínicos
Os estudos de carcinogenicidade não foram conduzidos devido ao uso pretendido de uma dose única de
sugamadex e à ausência de potencial genotóxico.
O sugamadex na dose de 500 mg/kg/dia não comprometeu a fertilidade masculina ou feminina em ratos,
representando exposições sistêmicas aproximadamente 6 a 50 vezes maiores em comparação com as
exposições humanas nos níveis de dose recomendados. Além disso, não foram observadas alterações
morfológicas nos órgãos reprodutores masculinos e femininos em estudos de toxicidade de 4 semanas em
ratos e cães. O sugamadex não foi teratogênico em ratos ou coelhos.
O sugamadex é rapidamente eliminado nas espécies de uso pré-clínicos, embora seu resíduo tenha sido
observado em ossos e dentes de ratos jovens. Estudos pré-clínicos em ratos adultos jovens e maduros
demonstram que o sugamadex não afeta negativamente a cor dos dentes ou a qualidade do osso, a
estrutura ou o metabolismo ósseo. O sugamadex não apresenta nenhum efeito sobre a reparação da fratura
e remodelação óssea
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade ao componente
ativo ou a quaisquer dos excipientes da fórmula do produto.
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Monitorização da função respiratória durante a recuperação
O suporte ventilatório para os pacientes é obrigatório até que a respiração espontânea adequada seja
restaurada após a reversão do bloqueio neuromuscular. Mesmo se a recuperação do bloqueio
neuromuscular for completa, outros fármacos usados nos períodos peri- e pós-cirúrgico podem deprimir a
função respiratória e, portanto, o suporte ventilatório pode ainda ser requerido. Se houver recorrência do
bloqueio neuromuscular após a extubação, deve ser fornecida ventilação adequada.
Efeitos sobre a hemostasia
Em um estudo em voluntários, as doses de sugamadex de 4 mg/kg e 16 mg/kg resultaram em
prolongações médias máximas de TTPa de 17 e 22%, respectivamente, e de TP(RNI) em 11 e 22%,
respectivamente. Essas prolongações médias limitadas de TTPa e TP(RNI) foram de curta duração. Com
base nos bancos de dados clínicos (N = 3.520), não houve efeito clinicamente relevante do sugamadex
isoladamente ou em combinação com anticoagulantes sobre a incidência de complicações hemorrágicas
nos períodos peri- ou pós-cirúrgico.
Em um estudo específico conduzido em 1.184 pacientes cirúrgicos que foram concomitantemente tratados
com um anticoagulante, aumentos pequenos e transitórios foram observados no TTPa e no TP(RNI)
associados a sugamadex 4 mg/kg, o que não representou aumento de risco de hemorragia com sugamadex
em comparação com o tratamento usado.
No experimentos in vitro, prolongamento adicional de TTPa e TP foi observado com sugamadex em
combinação com antagonistas da vitamina K, heparina não fracionada, heparinoides de baixo peso
molecular, rivaroxabana e dabigatrana. Considerando a natureza transitória do prolongamento limitado de
TTPa e TP causado pelo sugamadex isoladamente imediatamente após esses anticoagulantes, é
improvável que o sugamadex apresente um risco aumentado de hemorragia.
Como o risco de sangramento não foi estudado sistematicamente em doses de sugamadex maiores que 4
mg/kg, os parâmetros de coagulação devem ser cuidadosamente monitorados de acordo com a prática
clínica de rotina em pacientes com coagulopatias conhecidas e em pacientes em uso de anticoagulantes
que recebam uma dose de 16 mg/kg de sugamadex.
Recorrência do bloqueio neuromuscular
Nos estudos clínicos com indivíduos tratados com rocurônio ou vecurônio em que sugamadex foi
administrado utilizando-se uma dose marcada para a profundidade do bloqueio neuromuscular (N =
2.022), uma incidência de 0,20% de recorrência de bloqueio neuromuscular foi observada, com base no
monitoramento neuromuscular ou em evidência clínica. O uso de doses inferiores às recomendadas pode
levar a um aumento do risco de recorrência do bloqueio neuromuscular após a reversão inicial e, portanto
não é recomendado (veja “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR” e “9. REAÇÕES ADVERSAS”).
Tempo de espera para a readministração de agentes bloqueadores neuromusculares após a
reversão com sugamadex:
Readministração de rocurônio ou vecurônio após reversão (até 4 mg/kg de sugamadex):
Quando rocurônio 1,2 mg/kg é administrado dentro de 30 minutos após a reversão com BRIDION®
, o
início do bloqueio neuromuscular pode ser postergado até aproximadamente 4 minutos e a duração do
bloqueio neuromuscular pode ser encurtada até aproximadamente 15 minutos.
Com base no modelo de farmacocinética, o tempo de espera recomendado em pacientes com
comprometimento renal leve ou moderado para reutilização de 0,6 mg/kg de rocurônio ou 0,1 mg/kg de
vecurônio após a reversão de rotina com sugamadex deve ser de 24 horas. Se um período de espera menor
é exigido, a dose de rocurônio para um novo bloqueio neuromuscular deve ser de 1,2 mg/kg.
Readministração de rocurônio ou vecurônio após reversão imediata (16 mg/kg de sugamadex):
Para casos muito raros em que isso pode ser exigido, sugere-se um tempo de espera de 24 horas.
Se for requerido bloqueio neuromuscular antes de ter passado o tempo de espera recomendado, deve-se
usar um agente bloqueador neuromuscular não esteroidal. O início de ação de um agente bloqueador
neuromuscular despolarizante pode ser mais lento do que o esperado, devido a uma fração substancial de
Tempo mínimo de espera ABNM e dose a ser administrada
5 minutos Rocurônio 1,2 mg/kg
4 horas Rocurônio 0,6 mg/kg ou
0,1 mg/kg vecurônio
7
receptores nicotínicos pós-juncionais que pode ainda estar ocupada pelo agente bloqueador
neuromuscular.
Insuficiência renal
O sugamadex não é recomendado para uso em pacientes com insuficiência renal grave, incluindo aqueles
que necessitam de diálise (veja “3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades
farmacocinéticas”).
Interações devido ao efeito prolongado de rocurônio ou vecurônio
Quando fármacos que potencializam o bloqueio neuromuscular são utilizados no pós-cirúrgico, deve ser
dada atenção especial à possibilidade de recorrência do bloqueio neuromuscular. Consulte as bulas de
rocurônio e vecurônio para verificação da relação de fármacos específicos que potencializam o bloqueio
neuromuscular. Em caso de recorrência do bloqueio neuromuscular, o paciente poderá necessitar de
ventilação mecânica e readministração do sugamadex (veja “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR”).
Potenciais interações
- Interações de captura:
Em virtude da administração do sugamadex, determinados fármacos podem se tornar menos eficazes por
causa da diminuição das concentrações plasmáticas (livres) (veja “6. INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS – Anticoncepcionais hormonais”).
Quando forem observadas essas situações, adverte-se que o médico deve considerar a readministração do
fármaco, a administração de um fármaco equivalente terapeuticamente (preferivelmente de uma classe
química diferente) e/ou a adoção de intervenções não farmacológicas apropriadas.
- Interações de deslocamento:
Em virtude da administração de determinados fármacos após o sugamadex, teoricamente, o rocurônio ou
o vecurônio podem ser deslocados do sugamadex. Atualmente, são esperadas apenas interações de
deslocamento para poucos fármacos (toremifeno e ácido fusídico) (veja “6. INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS”). Consequentemente, a recorrência do bloqueio neuromuscular pode ser
observada. Nessa situação, o paciente deve ser ventilado. A administração do fármaco que causou o
deslocamento deve ser interrompida caso seja uma infusão. Em situações nas quais potenciais interações
de deslocamento são previstas, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto aos sinais de
recorrência do bloqueio neuromuscular (aproximadamente por até 15 minutos) após a administração
parenteral de outro medicamento que ocorra dentro do período de 7,5 horas após a administração do
sugamadex.
Anestesia leve
Quando o bloqueio neuromuscular foi revertido intencionalmente na metade da anestesia em estudos
clínicos, notaram-se, ocasionalmente, sinais de anestesia leve (movimentos, tosse, caretas e sucção do
tubo traqueal).
Se o bloqueio neuromuscular for revertido enquanto a anestesia prossegue, doses adicionais de anestésico
e/ou opioides deverão ser administradas conforme clinicamente indicado.
Bradicardia relevante
Em raras circunstâncias, tem sido observada bradicardia relevante alguns minutos após a administração
de sugamadex para reversão do bloqueio neuromuscular. Casos isolados de bradicardia com parada
cardíaca foram reportados (veja “9. REAÇÕES ADVERSAS”). Os pacientes devem ser monitorados
quanto a alterações hemodinâmicas durante e após a reversão do bloqueio neuromuscular. O tratamento
com agentes anticolinérgicos tais como atropina deve ser administrado caso seja observada bradicardia
clinicamente relevante.
Insuficiência hepática
O sugamadex não é metabolizado nem excretado pelo fígado; portanto, não foram realizados estudos
específicos em pacientes com insuficiência hepática. Pacientes com insuficiência hepática grave devem
ser tratados com mais cautela. No caso de a insuficiência hepática ser acompanhada por coagulopatia,
deve-se consultar informações sobre o efeito na hemostasia.
Uso em unidades de terapia intensiva
Não houve pesquisa sobre o uso de sugamadex em pacientes recebendo rocurônio ou vecurônio em
unidades de terapia intensiva.
8
Uso para reverter efeitos de outros agentes bloqueadores neuromusculares que não o rocurônio e o
vecurônio
O sugamadex não deve ser utilizado para reverter o bloqueio induzido por agentes bloqueadores
neuromusculares não esteroidais, tais como a succinilcolina ou compostos benzilisoquinolínicos.
O sugamadex não deve ser utilizado para reverter o bloqueio neuromuscular induzido por agentes
bloqueadores neuromusculares esteroidais que não o rocurônio ou o vecurônio, uma vez que não se
dispõe de dados de eficácia e segurança para essas situações. Dados limitados estão disponíveis sobre a
reversão do bloqueio induzido por pancurônio, mas adverte-se não utilizar o sugamadex nessa situação.
Atraso na recuperação
Condições associadas com tempo de circulação prolongado tais como doenças cardiovasculares, idade
avançada (veja “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR”) ou estado edematoso (por exemplo,
insuficiência hepática grave) podem estar associadas com tempos de recuperação mais longos.
Hipersensibilidade a medicamentos
Os médicos devem estar preparados para a possibilidade de ocorrerem reações de hipersensibilidade
(incluindo reações anafiláticas) e adotar as precauções necessárias (veja “9. REAÇÕES ADVERSAS”).
Pacientes sob dieta controlada de sódio
Cada mL da solução contém 9,7 mg de sódio. A dose de 23 mg de sódio é considerada essencialmente
livre de sódio. Se for necessária a administração de mais do que 2,4 mL da solução, isso deve ser levado
em consideração para pacientes sob dieta controlada de sódio.
Gravidez
Categoria B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Não se dispõe de dados clínicos sobre gestantes expostas ao sugamadex. Estudos em animais não
indicaram efeitos prejudiciais diretos ou indiretos com relação a gravidez, desenvolvimento
embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal.
Recomenda-se cautela ao administrar sugamadex em gestantes.
Lactação
Não se sabe se o sugamadex é excretado no leite humano. Estudos em animais mostraram que o
sugamadex é excretado no leite. A absorção oral das ciclodextrinas em geral é baixa e não são previstos
efeitos sobre o lactente após administração de dose única à mãe durante a lactação. O sugamadex pode ser
utilizado em mulheres durante a lactação, no entanto, recomenda-se cautela nessa administração.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas
BRIDION®
As presentes informações basearam-se na afinidade de ligação entre o sugamadex e outros fármacos,
experimentos não clínicos, estudos clínicos e simulações utilizando um modelo levando em consideração
o efeito farmacodinâmico de agentes bloqueadores neuromusculares e a interação farmacocinética entre
agentes bloqueadores neuromusculares e sugamadex. Com base nesses dados, não são previstas
interações farmacodinâmicas clinicamente relevantes com outros medicamentos, exceto as seguintes:
Para o toremifeno e ácido fusídico não podem ser excluídas interações por deslocamento (não são
esperadas interações de captura clinicamente relevantes).
Para os anticoncepcionais hormonais não pode ser excluída a interação por captura clinicamente relevante
(não são esperadas interações por deslocamento).
Interações que afetam potencialmente a eficácia do sugamadex (veja “5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES”)
- Toremifeno: para o toremifeno, que apresenta uma afinidade relativamente elevada pelo sugamadex e
para o qual concentrações plasmáticas relativamente altas podem estar presentes, pode ocorrer algum
deslocamento do vecurônio ou do rocurônio do complexo com sugamadex. A recuperação da razão T4/T1
de 0,9 poderia, portanto, ser postergada em pacientes que recebem o toremifeno no mesmo dia da
cirurgia.
9
- Administração intravenosa de ácido fusídico: o uso do ácido fusídico na fase pré-operatória pode
causar algum atraso na recuperação da razão T4/T1 de 0,9. Entretanto, não se espera nenhuma recorrência
de bloqueio neuromuscular na fase pós-operatória, uma vez que a taxa de infusão de ácido fusídico se dá
ao longo de um período de várias horas e os níveis sanguíneos são acumulados ao longo de 2-3 dias.
Interações que afetam potencialmente a eficácia de outros fármacos (veja “8. POSOLOGIA E
MODO DE USAR”)
- Anticoncepcionais hormonais: verificou-se que a interação entre 4 mg/kg de sugamadex e um
progestagênio poderia levar a uma diminuição na exposição ao progestagênio (34% da AUC) semelhante
à observada quando uma dose diária de um anticoncepcional oral é administrada depois de 12 horas, o
que poderia causar uma redução de sua eficácia. Para estrogênios, espera-se um efeito menor. Portanto, a
administração de uma dose em bolo de sugamadex é considerada equivalente a uma dose diária esquecida
de anticoncepcionais orais esteroides (tanto combinados quanto apenas com progestógeno). Se o
anticoncepcional oral for tomado no mesmo dia em que sugamadex for administrado, recomenda-se a
consulta à bula do anticoncepcional oral com relação a doses esquecidas e medidas a serem adotadas.
- Anticoncepcionais hormonais não orais: nesse caso a paciente deve utilizar um método
anticoncepcional não hormonal adicional durante os 7 dias seguintes e verificar as advertências na bula do
produto.
Interferência em exames laboratoriais
De modo geral, o sugamadex não interfere em exames laboratoriais, com possível exceção da avaliação
da progesterona sérica. Essa interferência é observada com uma concentração plasmática de sugamadex
de 100 mcg/mL.
Interações em pacientes pediátricos
Não foram realizados estudos formais de interação medicamentosa em pacientes pediátricos. No entanto,
deve-se levar em consideração as interações mencionadas para adultos, bem como as advertências do item
“5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”.
Conservar em temperatura ambiente (15 e 30ºC). Proteger da luz. Não congelar.
O prazo de validade do medicamento é de 36 meses a partir da data de fabricação.
Quando não protegidos da luz, os frascos-ampolas devem ser utilizados em até 5 dias.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após aberto, deve ser utilizado imediatamente.
Após a diluição com soluções de infusão, foi demonstrada estabilidade química e física do produto em
uso durante 48 horas em temperatura entre 2 e 25ºC. Do ponto de vista microbiológico, o produto diluído
deve ser utilizado imediatamente, caso contrário, os tempos de armazenamento da solução em uso e as
condições antes do uso, que normalmente são manter por até 24 horas em temperatura entre 2 e 8ºC,
a menos que a diluição tenha ocorrido em condições assépticas controladas e validadas, são de
responsabilidade do usuário/administrador.
BRIDION®
é uma solução para injeção límpida e incolor ou levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O sugamadex deve apenas ser administrado por um anestesiologista ou sob sua supervisão. O uso de uma
técnica apropriada de monitoração neuromuscular é recomendado para monitorar a recuperação do
bloqueio neuromuscular.
A dose recomendada de sugamadex depende do nível do bloqueio neuromuscular a ser revertido.
A dose recomendada não depende do esquema anestésico.
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BRIDION®
pode ser utilizado para reverter diferentes níveis de bloqueio neuromuscular induzido por
rocurônio ou vecurônio.
Adultos
Reversão de rotina
A dose de 4 mg/kg de sugamadex é recomendada quando a recuperação atinge pelo menos 1-2 contagens
pós-tetânicas (PTC) após um bloqueio induzido por rocurônio ou vecurônio. O tempo médio para a
recuperação da razão T4/T1 de 0,9 é de cerca de 3 minutos (veja “3. CARACTERÍSTICAS
FARMACOLÓGICAS – Propriedades farmacodinâmicas”).
A dose de 2 mg/kg de sugamadex é recomendada quando ocorre recuperação espontânea até pelo menos
o reaparecimento de T2 após bloqueio induzido por rocurônio ou vecurônio. O tempo médio para a
recuperação da razão T4/T1 de 0,9 é de cerca de 2 minutos (veja “3. CARACTERÍSTICAS
A utilização das doses recomendadas para a reversão de rotina resultará em um tempo médio
discretamente mais rápido para a recuperação da razão T4/T1 de 0,9 do bloqueio neuromuscular induzido
por rocurônio em comparação com o por vecurônio (veja “3. CARACTERÍSTICAS
Reversão imediata do bloqueio induzido por rocurônio
Se houver necessidade clínica de uma reversão imediata após a administração de rocurônio, recomenda-se
a dose de 16 mg/kg de sugamadex.
A administração de 16 mg/kg de sugamadex 3 minutos após uma dose em bolo de 1,2 mg/kg de brometo
de rocurônio resulta em um tempo médio de recuperação da razão T4/T1 de 0,9 de aproximadamente 1,5
minutos (veja “3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades farmacodinâmicas”).
Não se dispõe de dados para recomendar o uso de sugamadex para reversão imediata após bloqueio
induzido por vecurônio.
Readministração de sugamadex
Na situação excepcional de recorrência do bloqueio neuromuscular pós-cirúrgico (veja “5.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”) após uma dose inicial de 2 mg/kg ou 4 mg/kg de sugamadex,
recomenda-se repetir a administração na dose de 4 mg/kg. Após uma segunda dose de sugamadex, o
paciente deve ser rigorosamente monitorado para assegurar o retorno mantido da função neuromuscular.
Readministração de rocurônio ou vecurônio após sugamadex
Para tempo de espera para readministração de rocurônio ou vecurônio após reversão com sugamadex,
veja “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”.
Informações adicionais para populações especiais
Insuficiência renal
Insuficiência renal leve a moderada (depuração de creatinina ≥ 30 e < 80 mL/min): as recomendações
posológicas são as mesmas descritas para adultos sem insuficiência renal.
O uso de BRIDION®
em pacientes com insuficiência renal grave (inclusive pacientes que necessitam
diálise [depuração de creatinina < 30 mL/min]) não é recomendado (veja “5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES”).
Estudos em pacientes com insuficiência renal grave não fornecem informações de segurança suficientes
para suportar o uso de sugamadex nesses pacientes. Veja também “3. CARACTERÍSTICAS
FARMACOLÓGICAS – Propriedades farmacodinâmicas”.
Pacientes idosos
Após administração do sugamadex no reaparecimento de T2 depois do bloqueio induzido por rocurônio, o
tempo médio para recuperação da razão T4/T1 para 0,9 em adultos (18 a 64 anos) foi de 2,2 minutos, em
pacientes idosos (65 a 74 anos) foi de 2,6 minutos e em adultos muito idosos (75 anos ou mais) foi de 3,6
minutos. Embora os tempos de recuperação em idosos apresentem tendência a serem mais longos, as
mesmas doses de adultos jovens são recomendadas para pacientes idosos (veja “5. ADVERTÊNCIAS E
Pacientes obesos
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Em pacientes obesos, a dose de sugamadex deve se basear no peso real do paciente. As mesmas
recomendações posológicas para adultos devem ser seguidas.
Insuficiência hepática
Uma vez que o sugamadex é excretado principalmente pelos rins, não são requeridos ajustes das doses em
pacientes com insuficiência hepática leve a moderada. Não foram realizados estudos em pacientes com
insuficiência hepática. Deve-se ter cautela ao se considerar o uso de sugamadex em pacientes com
insuficiência hepática grave ou quando a insuficiência hepática é acompanhada por coagulopatia (veja “5.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Pacientes pediátricos
Os dados para a população pediátrica são limitados (há apenas um estudo de reversão do bloqueio
induzido por rocurônio no reaparecimento de T2).
Crianças e adolescentes (idade de 2 a 17 anos)
Para a reversão de rotina do bloqueio induzido por rocurônio no reaparecimento de T2 em crianças e
adolescentes (2 a 17 anos) é recomendada a dose de 2 mg/kg de sugamadex. Outras situações de reversão
de rotina não foram pesquisadas e, portanto, não são recomendadas até que os dados estejam disponíveis.
A reversão imediata em crianças e adolescentes não foi pesquisada, e, portanto, não é recomendada até
que se disponha de mais informações.
na concentração de 100 mg/mL pode ser diluído para 10 mg/mL para aumentar a precisão da
dosagem em pacientes pediátricos.
Recém-nascidos e lactentes
Existe apenas experiência limitada com o uso de sugamadex em lactentes (30 dias a 2 anos) e o uso em
recém-nascidos a termo (menos de 30 dias) não foi pesquisado. Portanto, o uso de sugamadex em recém-
nascidos a termo e lactentes não é recomendado até que se disponha de mais informações.
Método de administração
O sugamadex deve ser administrado por via intravenosa em injeção única em bolo. A injeção em bolo
deve ser rápida, dentro de 10 segundos, direto em uma veia ou em um cateter intravenoso já instalado.
Nos estudos clínicos, o sugamadex foi apenas administrado como injeção única em bolo.
Incompatibilidades
não deve ser misturado com outros medicamentos, exceto aqueles mencionados em
"Precauções especiais para descarte e outras formas de utilização". Foi observada incompatibilidade
física com verapamil, ondansetrona e ranitidina.
Precauções especiais para descarte e outras formas de utilização
pode ser administrado por infusão intravenosa através de cateter, com as seguintes soluções
intravenosas: cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%), solução glicosada 50 mg/mL (5%), solução glicosada 25
mg/mL (2,5%) em cloreto de sódio 4,5 mg/mL (0,45%), solução Ringer lactato, solução de Ringer,
solução glicosada 50 mg/mL (5%) em cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%).
A linha de infusão deve ser lavada de forma adequada (por exemplo, com cloreto de sódio 0,9%) entre a
administração de BRIDION®
e a de outros fármacos.
Para pacientes pediátricos, BRIDION®
pode ser diluído utilizando cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%) a
uma concentração de 10 mg/mL.
Todo produto não utilizado deve ser descartado conforme a rotina hospitalar.
A segurança de sugamadex foi avaliada em 3.520 indivíduos únicos em um banco de dados de segurança
de estudos Fase 1-3 agrupados.
Nos estudos clínicos controlados com placebo, em que os indivíduos receberam anestesia e/ou agentes
bloqueadores neuromusculares (1.078 indivíduos expostos ao sugamadex versus 544 ao placebo), os
eventos adversos a seguir ocorreram em ≥ 2% dos indivíduos tratados com sugamadex e foram pelo
menos duas vezes mais frequentes em comparação ao placebo:
12
Porcentagem de indivíduos expostos recebendo anestesia e/ou agente bloqueador neuromuscular
com incidência de reações adversas ≥ 2% e pelo menos duas vezes mais frequentes em comparação
com o placebo em estudos agrupados Fase 1-3 controlados com placebo
Sugamadex Placebo
(N = 1.078) (N = 544)
% %
Lesão, intoxicação e
complicações de
procedimento
Complicação das vias
aéreas devido à anestesia
4 0
Complicação anestésica 3 < 1
Hipotensão de
3 2
Complicação de
2 1
Distúrbios
respiratórios,
torácicos e do
mediastino
Tosse 5 2
Descrição das reações adversas selecionadas
Complicação anestésica: complicações anestésicas, indicativas de restauração da função neuromuscular,
incluem movimento de um membro ou do corpo ou tosse durante o procedimento anestésico ou durante a
cirurgia, caretas, ou sucção do tubo endotraqueal (veja “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES –
Anestesia leve”).
Recorrência de bloqueio neuromuscular: em estudos clínicos com indivíduos tratados com rocurônio ou
vecurônio nos quais sugamadex foi administrado utilizando-se uma dose marcada para a profundidade do
bloqueio neuromuscular (N = 2.022), uma incidência de 0,20% foi observada para recorrência de
bloqueio neuromuscular baseado no monitoramento neuromuscular ou em evidência clínica (veja “5.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Reações de hipersensibilidade a medicamentos: reações de hipersensibilidade, incluindo anafilaxia,
ocorreram em alguns pacientes e voluntários (para informação sobre voluntários, veja abaixo
“Informações sobre voluntários sadios”). Em estudos clínicos de pacientes cirúrgicos, essas reações não
foram comumente relatadas e a frequência de relatos pós-comercialização é desconhecida.
Essas reações variam de reações de pele isoladas a reações sistêmicas graves (por exemplo, anafilaxia e
choque anafilático) e ocorreram em pacientes sem exposição prévia ao sugamadex.
Os sintomas associados com essas reações podem incluir: rubor, urticária, erupção cutânea eritematosa,
hipotensão (grave), taquicardia e inchaço da língua e faringe, broncoespasmo e eventos pulmonares
obstrutivos. Reações de hipersensibilidade grave podem ser fatais.
Informações sobre voluntários sadios
Um estudo randomizado duplo-cego examinou a incidência de reações de hipersensibilidade ao
medicamento em voluntários saudáveis que receberam até 3 doses repetidas de placebo (n = 76),
sugamadex 4 mg/kg (n = 151) ou sugamadex 16 mg/kg (n = 148). Os relatos de suspeita de
hipersensibilidade foram julgados por um comitê cego. A incidência de hipersensibilidade adjudicada foi
de 1,3%, 6,6% e 9,5% nos grupos placebo, sugamadex 4 mg/kg e sugamadex 16 mg/kg, respectivamente.
Não houve nenhum relato de anafilaxia após a administração de placebo ou sugamadex 4 mg/kg. Houve
apenas um único caso de anafilaxia adjudicado após a primeira dose de sugamadex 16 mg/kg (com uma
incidência de 0,7%). Não houve nenhuma evidência de aumento da frequência ou da gravidade da
hipersensibilidade com a administração repetida da dose e não foi encontrada nenhuma evidência de
formação de anti-IgE ao sugamadex.
Em um estudo anterior de desenho similar, houve três casos adjudicados de anafilaxia, todos após
sugamadex 16 mg/kg (incidência de 2,0%).
A reação adversa mais comum em voluntários saudáveis agrupados foi disgeusia (10%).
Bradicardia relevante
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Durante a comercialização, casos isolados de bradicardia relevante e bradicardia com parada cardíaca
foram observados alguns minutos após a administração de sugamadex (veja “5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES”).
Informações adicionais de populações especiais
Pacientes pulmonares
Em dados pós-comercialização e em um estudo clínico com pacientes com histórico de complicações
pulmonares, broncoespasmo foi relatado como um possível evento adverso relacionado ao medicamento.
Como todos os pacientes com histórico de complicações pulmonares, o médico deve estar alerta sobre
possíveis ocorrências de broncoespasmo.
População pediátrica
Dados limitados sugerem que o perfil de segurança de sugamadex (até 4 mg/kg) em pacientes pediátricos
foi semelhante ao dos adultos.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária −
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Nos estudos clínicos, foi relatado um caso de superdose acidental com 40 mg/kg, sem que fosse
observado qualquer efeito colateral significativo. Em um estudo de tolerância em humanos, o sugamadex
foi bem tolerado em doses de até 96 mg/kg. Não foram relatados eventos adversos graves relacionados
com a dose.
O sugamadex pode ser removido usando-se hemodiálise com um filtro de fluxo alto, mas não com um
filtro de fluxo baixo. Com base em estudos clínicos, as concentrações plasmáticas de sugamadex são
reduzidas com um filtro de fluxo alto em aproximadamente 70% após uma sessão de diálise de 3 a 6
horas.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.