Bula do Bromazepam para o Profissional

Bula do Bromazepam produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Bromazepam
Laboratório Teuto Brasileiro S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO BROMAZEPAM PARA O PROFISSIONAL

bromazepam

Comprimido 3mg e 6mg

MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS

PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.

APRESENTAÇÕES

Comprimido 3mg

Embalagens contendo 20, 30, 60 e 100 comprimidos.

Comprimido 6mg

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de 3mg contém:

bromazepam.......................................................................................................................3mg

Excipiente q.s.p...................................................................................................1 comprimido

Excipientes: celulose microcristalina, corante vermelho FD&C alumínio 3 laca, lactose

monoidratada e estearato de magnésio.

Cada comprimido de 6mg contém:

bromazepam.......................................................................................................................6mg

Excipientes: corante azul indigotina laca, corante óxido de ferro amarelo, celulose

microcristalina, lactose monoidratada e estearato de magnésio.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

O bromazepam é indicado para ansiedade, tensão e outras queixas somáticas ou

psicológicas associadas à síndrome de ansiedade. É indicado também para o uso adjuvante

no tratamento de ansiedade e agitação associadas a transtornos psiquiátricos, como

transtornos do humor e esquizofrenia. Os benzodiazepínicos são indicados apenas quando o

transtorno submete o indivíduo a extremo desconforto e é grave ou incapacitante.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O tratamento com bromazepam na dose de 6 a 30mg diária mostrou-se eficaz no tratamento

de ansiedade e síndrome de ansiedade/neurose. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7

Por causa de sua meia-vida

longa, bromazepam pode ser utilizado em dose única diária.9

Bromazepam tem sido

indicado no tratamento de neurose ansiosa em pacientes que não respondem ao diazepam

ou clordiazepóxido.5

Bromazepam é eficaz na redução de sintomas cardiovasculares e gastrintestinais

psicossomáticos.10, 11

Bromazepam mostrou-se benéfico no tratamento de fobia e sintomas

obsessivos.12

No tratamento de ansiedade generalizada, o tratamento que utiliza 3mg de

bromazepam, duas vezes ao dia, foi similar ao tratamento que utiliza alprazolam 0,5mg,

duas vezes ao dia.8

Do mesmo modo, o tratamento para ansiedade que utiliza bromazepam

foi similar ao tratamento que utiliza buspirona .13

Diversos estudos mostraram que bromazepam é tão eficaz quanto diazepam no tratamento

de neuroses de ansiedade1, 2, 4, 14

e também no tratamento de ansiedade pré-operatória.15

Bromazepam é tão eficaz quanto lorazepam no tratamento de ansiedade generalizada e

resulta em menos efeitos adversos, o que favorece a adesão ao tratamento.16

Referências bibliográficas:

1. Anon: bromazepam, a new anxiolytic: a comparative study with diazepam in general

practice. J Roy Coll Gen Pract 1984; 34:509-512.

2. Lapierre YD, Oyewumi LK, Ghadirian A et al: A placebo-controlled study of

bromazepam and diazepam in anxiety neurosis. Curr Ther Res 1978; 23:475-484.

3. Modestin J & Hodel J: Lorazepam (Temesta) versus bromazepam (Lexotanil).

Controlled crossover study. Munchen Med Wochenschr 1976; 118:1335-1336.

4. De Geyter J, Dumont E & Steiner P: Clinical assay of a new tranquilizer, Lexotan, in the

treatment of neurotic troubles. Sem Hop Ther 1975; 51:247-252.

5. Kerry RJ, McDermott CM & Orme JE: bromazepam, medazepam, chlordiazepoxide in

treatment of neurotic anxiety. Br J Psychiatry 1974; 124:485-486.

6. Rickels K, Pereira-Ogan JA, Chung HR et al: bromazepam and phenobarbital in anxiety:

a controlled study. Curr Therap Res 1973; 15:679-690.

7. McLeod WR, Mowbray RM & Davies B: Trials of RO 5-3350 and diazepam for anxiety

symptoms. Clin Pharmacol Ther 1970; 11:856-861.

8. Bertolino A, Mastucci E, Porro V et al: Etizolam in the treatment of generalized anxiety

disorder: a controlled clinical trial. J Int Med Res 1989; 17:455-460.

9. Montandon A & Halpern A: Treatment of functional disorders of patients of a medical

outpatient department with bromazepam in a single daily dose. Ther Umsch 1977; 34:701-

707.

10. Matteoli E, Lampagnani E, Zaini G et al: The therapy of functional cardiovascular

disturbances with a new benzodiazepine derivative. Minerva Med 1974; 65:2481-2484.

11. Bianchi A, DeMarino V & Baiano G: Experimental studies in guinea pigs of the

behavioral and electrocardiographic effects of bromazepam. Clinical research on its use in

the treatment of some psychosomatic syndromes. Clin Ter 1975; 73(5):441-459.

12. Grattarola FR & Morgando E: Clinical investigations with a new benzodiazepine

derivative, bromazepam (RO 5-3350) in the treatment of phobic-obsessive symptoms.

Minerva Med 1973; 64:2107-2111.

13. Sacchetti E, Zerbini O, Banfi F et al: Overlap of buspirone with lorazepam, diazepam

and bromazepam in patients with generalized anxiety disorder: findings from a controlled,

multicentre, double-blind study. Hum Psychopharmacol 1994; 9:409-422.

14. Carlier L et al: Open and double-blind clinical study of a new benzodiazepine in

neurotic disturbances. Ars Medici 1974; 29:935-944.

15. Chalmers P & Horton JN: Oral bromazepam in premedication. A comparison with

diazepam. Anesthesia 1984; 39:370-372.

16. Fontaine R, Chouinard G & Annable L: Rebound anxiety in anxious patients after

abrupt withdrawal of benzodiazepine treatment. Am J Psychiatry 1984; 141:848.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica: Doses baixas de bromazepam reduzem seletivamente a tensão e a

ansiedade. Em doses elevadas, aparecem as propriedades sedativas e relaxantes musculares.

A ação de bromazepam começa cerca de 20 minutos depois da sua administração.

Farmacocinética

Absorção: Para as formas convencionais, de liberação imediata, as concentrações

plasmáticas máximas são atingidas duas horas após a administração oral. A

biodisponibilidade absoluta dos comprimidos de bromazepam (em comparação com a

administração intravenosa) é de 60%, e a biodisponibilidade relativa (comparada à

administração oral na forma líquida) é de 100%.

Distribuição: Bromazepam apresenta teor médio de ligação às proteínas plasmáticas de

70%. Seu volume de distribuição é de 50 litros.

Metabolismo e eliminação: Bromazepam é metabolizado no fígado. Do ponto de vista

quantitativo, predominam dois metabólitos: 3-hidroxibromazepam e 2-(2-amino-5-bromo-

3-hidroxibenzoil) piridina. A recuperação urinária de bromazepam intacto e de conjugados

glicuronados do 3-hidroxi-bromazepam e da 2-(2-amino-5-bromo-3-hidroxibenzoil)

piridina é de 2%, 27% e 40% da dose administrada.

Bromazepam apresenta meia-vida de eliminação de, aproximadamente, 20 horas. A

depuração plasmática (clearance) é de 40mL/min.

Farmacocinética em populações especiais:

Idosos: A meia-vida de eliminação pode ser prolongada em pacientes idosos (vide item

“Advertências e precauções” e “Instruções posológicas especiais”).

Segurança pré-clínica:

Carcinogenicidade: Estudos de carcinogenicidade conduzidos em ratos não revelaram

nenhuma evidência de um potencial carcinogênico para bromazepam.

Mutagenicidade: Bromazepam não foi genotóxico em testes in vitro e in vivo.

Prejuízo da fertilidade: A administração oral diária de bromazepam não causou nenhum

efeito na fertilidade e no desempenho reprodutivo geral de ratos.

Teratogenicidade: Ao administrar bromazepam a ratas prenhes, foram observados

aumento da mortalidade fetal, aumento na taxa de fetos que morreram antes do parto e

redução na sobrevida de fetos. Não foi detectado efeito teratogênico em estudos de

embriotoxicidade/teratogenicidade em doses de até 125mg/kg/dia.

Após administração oral de doses até 50mg/kg/dia a coelhas prenhes, foram observados

redução no ganho de peso materno, redução do peso fetal e aumento na incidência de

reabsorções.

Outros

Toxicidade crônica: Estudos toxicológicos de longa duração não demonstraram desvios da

normalidade, exceto aumento no peso do fígado. Exames histopatológicos revelaram

hipertrofia hepatocelular centrolobular, considerada um indicativo de indução enzimática

por bromazepam. Efeitos adversos observados após doses altas foram sedação leve a

moderada, ataxia, convulsões breves isoladas, elevação ocasional de fosfatase alcalina

sérica e aumento limítrofe em transaminase glutâmico pirúvica (ALT).

4. CONTRAINDICAÇÕES

O bromazepam não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida

aos benzodiazepínicos ou a qualquer excipiente do produto, insuficiência respiratória grave,

insuficiência hepática grave (benzodiazepínicos não são indicados para tratar pacientes com

insuficiência hepática grave, pelo risco de encefalopatia) ou síndrome de apneia do sono.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Dependência: O uso de benzodiazepínicos e agentes similares pode levar ao

desenvolvimento de dependência física e psíquica desses fármacos. O risco de dependência

aumenta de acordo com a dose e a duração do tratamento. É maior também em pacientes

com antecedentes e/ou abuso atual de álcool ou drogas.

Abstinência: Se houver desenvolvimento de dependência, a interrupção do tratamento será

acompanhada de sintomas de abstinência, que podem consistir em cefaleia, mialgia,

extrema ansiedade, tensão, inquietação, confusão mental e irritabilidade. Em casos graves,

os sintomas a seguir podem ocorrer: desrealização, despersonalização, hiperacusia,

parestesias em extremidades, hipersensibilidade à luz, ruídos ou contato físico, alucinações

ou crises epilépticas (vide item “Reações adversas”).

Ansiedade rebote, uma síndrome transitória, em que há recidiva dos sintomas que levaram

ao tratamento com bromazepam em forma aumentada, pode ocorrer na abstinência ao

tratamento e ser acompanhada por outras reações, incluindo alterações do humor, ansiedade

ou distúrbios do sono e inquietação.

Como o risco de fenômenos de abstinência e rebote é maior após a descontinuação abrupta

do tratamento, recomenda-se que as doses sejam reduzidas gradualmente.

Amnésia: Os benzodiazepínicos podem induzir amnésia anterógrada. Amnésia anterógrada

pode ocorrer com doses terapêuticas elevadas (documentadas com 6mg), havendo aumento

do risco com doses maiores.

Duração do tratamento: Quando o tratamento for iniciado, pode ser útil informar ao

paciente que a duração do tratamento é limitada e explicar precisamente como a dose

deverá ser diminuída progressivamente. É importante que o paciente esteja ciente da

possibilidade de aparecimento de fenômeno de rebote, que pode ocorrer durante a

descontinuação do tratamento (vide itens “Dependência” e “Abstinência”).

Precauções gerais

Uso concomitante do álcool/depressores do sistema nervoso central: O uso

concomitante de bromazepam com álcool e/ou depressores do sistema nervoso central deve

ser evitado. Esse uso concomitante tem o potencial de aumentar os efeitos clínicos de

bromazepam, possivelmente incluindo sedação grave, depressão respiratória relevante

clinicamente e/ou depressão cardiovascular (vide item “Interações medicamentosas”).

História médica de abuso de álcool ou drogas: O bromazepam deve ser utilizado com

extrema precaução em pacientes com uma história clínica de uso de álcool ou drogas.

Os pacientes devem ser avaliados regularmente no início do tratamento, com o objetivo de

reduzir a dose e/ou a frequência da administração e evitar superdose devida a acúmulo.

Quando os benzodiazepínicos são usados, os sintomas de abstinência podem se desenvolver

quando há substituição por um benzodiazepínico com meia-vida de eliminação

consideravelmente mais curta.

Tolerância: Alguma perda de resposta aos efeitos de bromazepam pode se desenvolver

após o uso repetido durante um período prolongado. Os benzodiazepínicos não devem ser

utilizados isoladamente para tratar depressão ou ansiedade associada à depressão (pode

aumentar a possibilidade de suicídio nesses pacientes). Os benzodiazepínicos não são

recomendados para o tratamento primário de transtorno psicótico.

Grupos específicos de pacientes: Em pacientes com miastenia gravis, recomenda-se

cuidado ao se prescrever bromazepam, em razão da fraqueza muscular preexistente.

Recomenda-se cuidado especial em pacientes com insuficiência respiratória crônica, por

causa do risco de depressão respiratória. Pacientes com problemas hereditários raros de

intolerância à galactose, de deficiência Lapp de lactase ou má absorção glicose-galactose

não devem tomar este medicamento pois contém lactose.

Pacientes pediátricos: O uso em crianças é restrito ao tratamento de terror noturno (Vela,

1982), como medicação pré-anestésica (Shimoyama, 1990) ou no tratamento de convulsões

parciais (Nakamigawa, 1989).

Pacientes idosos: Não há contraindicação para o uso do medicamento em idosos.

Entretanto, a dose deve ser reduzida a 50% da dose utilizada em adultos mais jovens e

ajustada de acordo com a resposta individual, com a finalidade de evitar sedação excessiva

(Reynolds, 1990; Ochs, 1987). Aumento do risco de quedas e fraturas foi observado em

pacientes idosos em uso de benzodiazepínicos.

Gestação e lactação

Categoria de risco na gravidez: D.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

A segurança de bromazepam para uso durante a gravidez em humanos não está

estabelecida. Uma revisão de relatos espontâneos de eventos adversos não demonstra

incidência superior à esperada em população com características semelhantes não tratadas.

Vários estudos têm sugerido risco aumentado de malformações congênitas, associado ao

uso de tranquilizantes menores (diazepam, meprobamato e clordiazepóxido) durante o

primeiro trimestre da gestação. Deve-se evitar o uso de bromazepam durante a gravidez, a

não ser que não haja alternativa mais segura.

Ao prescrever bromazepam a uma mulher com possibilidade de engravidar, o médico deve

avisá-la para entrar em contato se quiser engravidar ou suspeitar de gravidez para

descontinuar o medicamento.

A administração de bromazepam nos três últimos meses de gravidez ou durante o trabalho

de parto é permitida somente em caso de indicação médica absoluta, pois, em razão da ação

farmacológica do produto, pode haver efeitos no neonato, como hipotermia, hipotonia e

depressão respiratória moderada.

Além disso, recém-nascidos de mulheres que utilizaram benzodiazepínicos cronicamente

nos últimos estágios da gestação podem ter desenvolvido dependência física e, em

consequência, apresentar sintomas de abstinência no período pós-natal.

Lactação: Como os benzodiazepínicos são excretados no leite, lactantes não devem tomar

bromazepam.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas: Sedação, amnésia e

fraqueza muscular podem prejudicar a capacidade de dirigir ou operar máquinas. Esse

efeito é potencializado se o paciente ingerir álcool.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois

sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interações farmacodinâmicas: Os efeitos de bromazepam na sedação, respiração e

hemodinâmica podem ser intensificados quando coadministrado com qualquer depressor do

sistema nervoso central, incluindo o álcool (vide item “Superdose”).

O álcool deve ser evitado em pacientes que utilizam bromazepam (vide item “Precauções e

advertências”).

No caso de analgésicos narcóticos, pode ocorrer aumento do efeito euforizante, levando ao

aumento da dependência psíquica.

Interações farmacocinéticas: Compostos que inibem certas enzimas hepáticas podem

influenciar a atividade dos benzodiazepínicos metabolizados por essas enzimas. A

administração concomitante de cimetidina pode prolongar a meia-vida de eliminação de

bromazepam.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO

DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).

PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Aspecto físico

Comprimido 3mg: Circular de cor rosa.

Comprimido 6mg: Circular de cor verde.

Características organolépticas: Os comprimidos de bromazepam não apresentam

características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em relação a

outros comprimidos.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Os comprimidos já apresentam o composto químico ativo.

-Dose média para o tratamento de pacientes ambulatoriais: 1,5 a 3mg, até 3 vezes ao dia.

-Casos graves, especialmente em hospital: 6 a 12mg, 2 ou 3 vezes ao dia.

Os comprimidos devem ser tomados com um pouco de líquido não alcoólico.

A dose máxima diária, para adultos, é de 36mg. Essas doses são recomendações gerais, e a

dose deve ser estabelecida individualmente. O tratamento de pacientes ambulatoriais deve

ser iniciado com doses baixas, aumentadas gradualmente, até se atingir a dose ideal. Para

minimizar o risco de dependência, a duração do tratamento deve ser o mais breve possível.

O paciente deve ser reavaliado regularmente, e a necessidade de continuação do tratamento

deve ser analisada, especialmente se o paciente estiver assintomático. O tratamento total

geralmente não deve exceder o período de 8 a 12 semanas, incluindo a fase de

descontinuação gradual do medicamento. Em certos casos, pode ser necessária a

manutenção por tempo superior ao máximo recomendado. Entretanto, isso não deve ocorrer

sem reavaliação especializada da condição do paciente.

Instruções posológicas especiais: O bromazepam é produto de uso adulto e usualmente

não é indicado a crianças, mas se o médico julgar que o tratamento com bromazepam é

apropriado, a dose deve ser ajustada ao peso corporal da criança (cerca de 0,1 – 0,3mg/kg

de peso corporal).

Idosos (vide item “Farmacocinética em populações especiais” e “Advertências e

precauções”) e pacientes com comprometimento da função hepática necessitam de doses

menores, em razão de variações individuais em sensibilidade e farmacocinética.

Este medicamento não deve ser mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

O bromazepam é bem tolerado em doses terapêuticas. Os seguintes efeitos indesejáveis,

coletados durante a experiência pós-comercialização, podem ocorrer:

Perturbações psiquiátricas: confusão mental, perturbações emocionais. Esses fenômenos

ocorrem predominantemente no início da terapia e normalmente desaparecem após a

repetição das doses. Distúrbios na libido foram relatados ocasionalmente.

Depressão: depressão preexistente pode ser desmascarada durante a utilização de

benzodiazepínicos.

Reações paradoxais: como inquietação, agitação, irritabilidade, agressividade, ilusões,

raiva, pesadelos, alucinações, psicose, comportamentos inadequados e outros efeitos

adversos comportamentais, podem ocorrer após a administração de benzodiazepínicos ou

agentes similares (vide item “Advertências e precauções”). Se isso ocorrer, o uso do

medicamento deve ser interrompido. A ocorrência é mais provável em crianças e idosos do

que em outras faixas etárias.

Dependência: uso crônico (mesmo em doses terapêuticas) pode conduzir ao

desenvolvimento de dependência física e psíquica. A descontinuação da terapia pode

resultar em abstinência ou efeito rebote (vide item “Advertências e precauções”).

O abuso de benzodiazepínicos tem sido relatado.

Distúrbios do sistema nervoso: sonolência, dores de cabeça, tontura, diminuição da

prontidão, ataxia. Esses fenômenos ocorrem predominantemente no início da terapêutica e

geralmente desaparecem após a repetição das doses.

Amnésia anterógrada pode ocorrer durante a administração de doses terapêuticas, e o risco

aumenta se houver a administração de doses mais elevadas. Efeitos amnésicos podem estar

associados a comportamentos inapropriados.

Distúrbios oculares: diplopia. Esse fenômeno ocorre predominantemente no início da

terapia e, geralmente, desaparece após a repetição das doses.

Distúrbios gastrintestinais: distúrbios gastrintestinais têm sido relatados ocasionalmente.

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: reações cutâneas têm sido relatadas

ocasionalmente.

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conectivo: fraqueza muscular. Esse

fenômeno ocorre predominantemente no início da terapêutica e, geralmente, desaparece

com doses repetidas.

Distúrbios gerais e condições de administração: fadiga. Esse fenômeno ocorre

predominantemente no início da terapêutica e, geralmente, desaparece após a repetição das

doses.

Lesões, intoxicações e complicações de procedimentos: existem relatos de quedas e

fraturas em pacientes sob uso de benzodiazepínicos. O risco é maior em pacientes que

recebem, concomitantemente, sedativos (incluindo bebidas alcoólicas) e em pacientes

idosos.

Distúrbios respiratórios: depressão respiratória.

Cardiopatias: insuficiência cardíaca, incluindo parada cardíaca.

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,

ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sintomas: Os benzodiazepínicos geralmente causam sonolência, ataxia, disartria e

nistagmo. A superdose raramente ocasiona risco de vida se o medicamento for ingerido

isoladamente, mas pode levar à arreflexia, apneia, hipotensão, depressão cardiorrespiratória

e ao coma. Se ocorrer coma, normalmente tem duração de poucas horas; porém, ele pode

ser prolongado e cíclico, particularmente em pacientes idosos. Os efeitos de depressão

respiratória por benzodiazepínicos são mais sérios em pacientes com doença respiratória.

Os benzodiazepínicos aumentam os efeitos de outros depressores do sistema nervoso

central, incluindo o álcool.

Tratamento: Monitoramento dos sinais vitais e medidas de suporte devem ser instituídos

conforme o estado clínico do paciente. Os pacientes podem necessitar especificamente de

tratamento sintomático dos efeitos cardiorrespiratórios ou efeitos no sistema nervoso

central. Pode-se evitar absorção adicional utilizando-se um método apropriado como

tratamento em 1 a 2 horas com carvão ativado. Se for utilizado carvão ativado, é imperativo

proteger as vias aéreas de pacientes sonolentos. Em caso de ingestão mista, deve-se

considerar a lavagem gástrica. Entretanto, esse procedimento não deve ser considerado uma

medida de rotina. Caso a depressão do sistema nervoso central seja grave, deve-se

considerar o uso de flumazenil, um antagonista específico do receptor benzodiazepínico.

Flumazenil deve ser administrado somente sob rigorosas condições de monitoramento.

Flumazenil apresenta meia-vida curta (cerca de uma hora). Portanto, os pacientes que

receberem flumazenil precisarão de monitoramento após a diminuição dos seus efeitos.

Flumazenil deve ser usado com extremo cuidado na presença de medicamentos que

reduzem o limiar de convulsões (por exemplo, antidepressivos tricíclicos).

Consulte a bula de flumazenil para mais informações sobre o uso correto deste

medicamento.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.