Bula do Brometo de Pancurônio produzido pelo laboratorio Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda
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brometo de pancurônio
Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda.
Solução injetável
2mg/mL
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Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome genérico: brometo de pancurônio
APRESENTAÇÕES
brometo de pancurônio 2mg/mL: caixa com 50 ampolas de vidro âmbar .
ADMINISTRAÇÃO: EXCLUSIVAMENTE PARA USO INTRAVENOSO.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada ampola contém:
4mg de brometo de pancurônio.
Demais componentes: Acetato de sódio tri-hidratado, ácido acético, cloreto de sódio e água para injetáveis.
Obs.: Pode ser utilizado hidróxido de sódio e/ou ácido acético durante a fabricação para ajustar o pH.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é indicado como adjuvante da anestesia geral, para facilitar a intubação traqueal e promover o
relaxamento da musculatura esquelética durante os procedimentos cirúrgicos de média e longa duração.
Indicado para pacientes hipoxêmicos resistindo à ventilação mecânica e cardiovascularmente instável quando o uso de
sedativos é proibido; para pacientes com broncoespasmo que não respondem à terapia convencional; pacientes com tétano
grave ou intoxicação por onde o espasmo muscular proíbe ventilação adequada; pacientes em estado de mal-epiléptico
incapazes de manter sua própria ventilação; pacientes com tremores nos quais a demanda metabólica de oxigênio deve ser
reduzida.
Os relaxantes musculares, por exemplo, pancurônio, succinilcolina, atracúrio (existem muitos outros), relaxam o diafragma
e os músculos abdominais e podem permitir que a anestesia seja utilizada. Os relaxantes musculares relaxam as cordas
vocais e facilitam a passagem de um tubo endotraqueal para ajudar a passar anestésico, gases ou oxigênio. Os pacientes
que receberam um relaxante muscular devem sempre ser assistidos com respiração controlada quando o fentanil é usado1
.
Tem sido relatada anestesia satisfatória com altas doses de fentanil citrato (30 a 50µg /kg) em prematuros quando usado
como único anestésico, em conjunto com pancurônio, para ligadura do canal arterial2
Um estudo clínico avaliou 40 pacientes que seriam submetidos a cirurgia. Sendo esses divididos em 2 grupos: grupo A,
composto por 20 pacientes que receberam 0,6mL/Kg de lidocaína 0,5% (3mg/Kg) e grupo B, composto por 20 pacientes
que receberam 0,6mL/Kg de lidocaína 0,25% (1,5mg/Kg) com a adição de 1µg/Kg de fentanil e 0,5mg de pancurônio. A
anestesia foi um sucesso em 18 pacientes do grupo A e 17 do grupo B. Não foi verificada diferença entre os dois grupos
analisados em relação à dor. Não foi observado efeitos adversos nos pacientes do grupo A, e no grupo B apenas 1 paciente
apresentou diplopia transitória3
. Em resumo, com a adição de fentanil (1µg/kg) e pancurônio (0,5mg) para a solução de
anestésico local, é possível injetar apenas 1,5mg/kg de lidocaína com uma solução de 0,25% em vez dos habituais 3mg/kg.
Essa combinação tripla produz a mesma qualidade de anestesia que com a solução de lidocaína 0,5%. Assim, esta
modificação da técnica de anestesia regional intravenosa pode ser uma abordagem interessante para reduzir a dose e
potencial toxicidade do anestésico local3
Doxacúrio e pancurônio, utilizados para facilitar ventilação mecânica ou reduzir pressão intracraniana, também
apresentaram idêntico perfil farmacocinético e de efeitos adversos em ensaio clinico. Apenas se observou que, apos a
suspensão de tratamento, o grupo que recebeu pancurônio apresentou tempo de recuperação mais prolongado e variável
que doxacúrio4
Foi realizado um estudo com 90 pacientes para avaliar a capacidade do diazepam em prevenir as fasciculações produzidas
pela succinilcolina (SCh). Divididos em três grupos. Pacientes do grupo 1 não receberam nenhuma medicação e serviram
de grupo controle. Pacientes do grupo 2 foram pré-tratados com diazepam 0,1mg/kg 3 minutos antes da administração de
succinilcolina, enquanto que os pacientes de grupo 3 foram pré-tratados com pancurônio 0,015mg/kg 3 minutos antes da
succinilcolina. A dosagem de succinilcolina foi de 1,0mg/kg nos grupos 1 e 2 e de 1,5mg/kg no grupo 3. Fasciculação e a
condição de intubação foram avaliadas em todos os grupos. A fasciculação apareceu em 93% dos pacientes do grupo
controle e em 17% no grupo do pancurônio, enquanto que o diazepam se mostrou ineficaz na prevenção da frequência e
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intensidade das fasciculações. As condições de intubação foram consideradas adequadas em todos os pacientes dos três
grupos. Concluindo, o pré-tratamento com o pancurônio é um método efetivo na prevenção da fasciculação5
Um estudo avaliou a influência de duas diferentes frequências de estímulos sobre o tempo de instalação do bloqueio
produzido pelo pancurônio e pelo rocurônio. Foram incluídos no estudo 120 pacientes, estado físico ASA (Associação
Americana de Anestesiologia) I e II, submetidos a cirurgias eletivas sob anestesia geral, distribuídos aleatoriamente em
dois grupos, de acordo com a frequência de estímulo empregada, para a monitorização do bloqueio neuromuscular: Grupo
I - 0,1Hz (n = 60) e Grupo II - 1Hz (n = 60). Em cada grupo formaram-se dois subgrupos (n = 30) de acordo com o
bloqueador neuromuscular empregado: Subgrupo P (pancurônio) e Subgrupo R (rocurônio). A medicação pré-anestésica
consistiu de midazolam (0,1mg/kg) por via muscular, 30 minutos antes da cirurgia. A indução anestésica foi obtida com
propofol (2,5µg/kg) precedido de alfentanil (50µg/kg) e seguido de pancurônio ou rocurônio. Foram avaliados: tempo de
início de ação do pancurônio e do rocurônio; Tempo para instalação do bloqueio total e condições de intubação traqueal.
Concluindo-se que o início de ação e o tempo para obtenção do bloqueio neuromuscular total no músculo adutor do
polegar, produzidos pelo rocurônio e pelo pancurônio, são mais curtos quando há emprego de maiores frequências de
estímulos6
Considerando a frequente necessidade de utilização de doses adicionais de bloqueador neuromuscular em cirurgias
abdominais, na fase de fechamento da parede, foi realizado um estudo para analisar a vigência de recuperação parcial do
bloqueio neuromuscular induzido pelo pancurônio, o efeito da administração de dose complementar de atracúrio sobre a
recuperação espontânea do bloqueio neuromuscular. Foram estudados 30 pacientes, divididos em dois grupos, 14 pacientes
formaram o grupo pancurônio e 16 pacientes, o grupo atracúrio. A indução da anestesia foi feita com propofol, fentanil,
pancurônio 0,08mg/kg e a manutenção com N2O 60% em oxigênio e isoflurano na concentração expirada de 0,5%.
Quando a primeira contração da sequência de quatro estímulos (T1) recuperou 25%, o grupo pancurônio recebeu
pancurônio 0,025mg/kg e o grupo atracúrio, 0,20mg/kg de atracúrio. Após a dose complementar foram anotados os tempos
para recuperação espontânea, concluindo-se que nas condições deste estudo, a complementação com atracúrio não
promoveu alteração na recuperação espontânea inicial do bloqueio neuromuscular induzido pelo pancurônio e promoveu
diminuição de 20% no tempo de recuperação total7
Foi realizado um estudo com o objetivo de demonstrar eventuais diferenças na interação do midazolam com três
bloqueadores neuromusculares (BNM): Pancurônio, atracúrio e alcurônio, com referência aos efeitos cardiocirculatórios
produzidos durante a indução anestésica e as manobras de laringoscopia e intubação traqueal (IOT) em 30 pacientes
saudáveis, recebendo midazolam (0,3mg/kg) seguido por um dos três agentes bloqueador neuromuscular: Pancurônio
0,1mg/kg (n = 10), atracúrio 0,5mg/kg (n =10) ou alcurônio 0,3mg/kg (n =10). Não houve alterações na frequência
cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) ou pressão arterial diastólica (PAD) durante o período de indução, no
entanto, após a intubação traqueal, houve aumentos significativos na frequência cardíaca (HR) nos pacientes que
receberam pancurônio ou alcurônio, sem mudanças ocorridas naqueles que receberam atracúrio. A pressão arterial sistólica
(PAS) aumentou em todos os pacientes, independentemente do relaxante muscular usado; esses aumentos foram breves e
autolimitados. A pressão arterial diastólica (PAD) aumentou em todos os grupos, mas o seu aumento foi sustentado até o
final do período de observação apenas nos pacientes que receberam pancurônio. Houve alta incidência de sialorreia,
lacrimejamento e movimentos anormais durante e após a indução e intubação traqueal8
Referências bibliográficas
1. HARRIS, N. D., GREENE, R. J. Pathology and Therapeutics for Pharmacists – A bases for clinical pharmacy pratice. 3°
edition. Pharmaceutical Press.London, 2008, p. 473.
2. SWEETMAN, S.C. Martindale – The complete Drug Reference. BPharma, FRPharmaS. 36° edition. London, 2009, p.
1794,1901 – 1905.
3. SZTARK, F. MD et all. The use of 0.25% Lidocaine with Fentanyl and Pancuronium for Intravenous Regional
Anesthesia. International Anesthesia Research Society, França, 1997. 84, pág 777 – 779.
4. MINISTERIO DA SAÚDE. Formulário terapêutico nacional (RENAME). Brasilia: 2008.
5. IMBELONE, L. E. Diazepam não previne as fasciculações produzidas pela succinilcolina: estudo comparativo entre
diazepam e pancurônio. Biblioteca virtual em saúde. Disponível em: http:
//bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah
/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=45637&indexSearch=ID.
6. MUNHOZ, D. C., BRAGA, A. F. A., POTÈRIO, G. M. B. Influência da frequência de estímulos na instalação do
bloqueio neuromuscular produzido pelo Rocurônio e Pancurônio. Avaliação pelo método acelerográfico. Revista Brasileira
de Anestesiologia. Vol. 54, N° 1, Jan/Fev, 2004.
7. RODRIGUES, M. L. F., ANGELA, T. M., CASSIA, R. R. Efeito da administração do atracúrio sobre a recuperação do
bloqueio neuromuscular induzido pelo pancurônio. Revista Brasileira de Anestesiologia. Vol. 54, 2004.
8. AGUIAR, L. M.M., LINHARES, S. F., PEDERNEIRA, S. G., FILHO, T. N., FILHO, G. R. O. Resposta circulatória à
indução e intubação traqueal. Estudo com midazolam e três bloqueadores neuromusculares. Revista Brasileira de
Anestesiologia. Vol. 42. N°4, jul/Agosto, 1992.
Brometo de pancurônio é um aminoéster bloqueador neuromuscular de longa duração não despolarizante, quimicamente
designado como o aminoesteroide dibrometo 1,1' (3α, 17β diacetoxi-5α -androstan-2β, 16β-ileno) bis (1-metilpiperidinio).
Possui fórmula molecular igual a C35H60Br2N2O4 e peso molecular igual a 732,7.
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Farmacodinâmica
Brometo de pancurônio bloqueia o processo de transmissão entre a terminação nervosa e a musculatura estriada ligando-se,
competitivamente com a acetilcolina, aos receptores nicotínicos localizados na região terminal da placa motora do músculo
estriado.
Diferente dos agentes bloqueadores neuromusculares despolarizantes, como o suxametônio (succinilcolina), brometo de
pancurônio não causa fasciculações musculares. Brometo de pancurônio não tem atividade hormonal, exerce uma ação
vagolítica insignificante e dose dependente; e dentro dos limites de dosagem clínica, não exerce atividade bloqueadora
ganglionar.
Os inibidores de acetilcolinesterase, como a neostigmina, piridostigmina ou edrofônio, antagonizam a ação de brometo de
pancurônio. A dose necessária para produzir 95% de supressão da contratilidade muscular padrão (ED95) é
aproximadamente 0,06mg de brometo de pancurônio por Kg de peso corpóreo sob anestesia neuroléptica.
Após a administração intravenosa de uma dose de 0,1mg de brometo de pancurônio por Kg de massa corpórea, dentre 90 a
120 segundos, podem ser alcançadas condições clinicamente aceitáveis para a intubação.
A paralisia muscular geral adequada para qualquer tipo de procedimento é estabelecida dentro de 2 a 4 minutos. A duração
clínica (duração até recuperação espontânea em relação ao estímulo padrão) com esta dose é de aproximadamente 100
minutos. A duração total (tempo até recuperação espontânea em relação ao estímulo padrão) é de 120 a 180 minutos. Com
doses menores de brometo de pancurônio o tempo para o início do bloqueio máximo é prolongado e a duração da ação é
reduzida.
Farmacocinética
O pancurônio apresenta um volume aparente de distribuição em condições de equilíbrio de 180 a 290mL/Kg. O
metabolismo ocorre principalmente por desacetilação, formando 3-OH pancurônio e em menor extensão 17-OH e 3,17-OH
pancurônio. Estes metabólitos não contribuem significativamente com o bloqueio neuromuscular que ocorre após a
administração de brometo de pancurônio.
A excreção renal é a principal via de eliminação, mas a excreção biliar também foi significativa. A dose inicial de brometo
de pancurônio é excretada de 40 a 70% pela urina, principalmente na forma de pancurônio inalterado; 5 a 15% é excretada
pela bile; menos de 5% da dose é excretada na urina como 17-OH e 3,17-OH pancurônio e aproximadamente 20% na urina
e na bile como 3-OH pancurônio. O clearance plasmático do pancurônio é de 0,8 a 3,0mL/min/Kg e a meia-vida de
eliminação plasmática é de 110 a 190 minutos.
Brometo de pancurônio é contraindicado para pacientes com miastenia grave e nos casos de reações
anafiláticas/anafilactoides anteriores ao pancurônio ou ao íon brometo ou hipersensibilidade a qualquer componente de
brometo de pancurônio.
Uma vez que brometo de pancurônio provoca paralisia da musculatura respiratória, pacientes medicados com este fármaco
devem receber ventilação mecânica até que haja restauração adequada da respiração espontânea.
Devem ser tomadas precauções especiais sempre que for necessária administração de medicamentos que agem como
bloqueadores neuromusculares, devido ao risco de ocorrer reações alérgicas, principalmente em caso de reações
anafiláticas anteriores. Não há dados suficientes que recomendem o uso de brometo de pancurônio em Unidades de
Tratamento Intensivo (UTI). Em geral, após o uso prolongado de bloqueadores neuromusculares na UTI, foi notada
paralisia prolongada e/ou fraqueza da musculatura esquelética.
Para ajudar a impedir um possível prolongamento do bloqueio neuromuscular e/ou superdosagem, é fortemente
recomendado que a transmissão neuromuscular seja monitorizada durante o uso de bloqueadores neuromusculares. Além
disso, os pacientes devem receber analgesia e sedação adequadas. Os bloqueadores neuromusculares devem ser ajustados
para cada paciente de acordo com o efeito, por ou sob a supervisão de um médico que esteja familiarizado com a sua ação
e com técnicas apropriadas de monitorização neuromuscular.
Uma vez que brometo de pancurônio é sempre utilizado juntamente com outros agentes, e que é possível a ocorrência de
hipertermia maligna durante a anestesia, mesmo na ausência de agentes conhecidos como gatilho, os médicos devem estar
familiarizados com sinais precoces, diagnóstico confirmatório e tratamento da hipertermia maligna, antes do início de
qualquer anestesia. Baseado nos dados de farmacovigilância, pode-se concluir que brometo de pancurônio não está
associado com a hipertermia maligna.
Condições que podem aumentar o efeito de brometo de pancurônio: Hipocalemia (por exemplo: após vômitos
intensos, diarreia e terapia diurética), hipermagnesemia, hipocalcemia (por exemplo: Após transfusões maciças),
hipoproteinemia, desidratação, acidose, hipercapnia, caquexia. Distúrbios eletrolíticos graves, pH sanguíneo alterado ou
desidratação devem, portanto, ser corrigidos tão logo quanto possível.
Uso em idosos: Pacientes idosos apresentam clearance plasmático de pancurônio diminuído devido à diminuição da
excreção renal relacionada à idade.
Uso durante a gravidez (Risco C): Não existem dados suficientes sobre o uso de brometo de pancurônio durante a
gestação humana ou animal que possam assegurar prováveis danos ao feto. O fármaco pode ser empregado em mulheres
submetidas à cesariana, podendo ser empregado com adjuvante de anestesia geral e para intubação endotraqueal.
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Brometo de pancurônio deve ser administrado em mulheres gestantes ou que estejam amamentando somente quando o
médico concluir que os benefícios superam os potenciais riscos. A reversão do bloqueio neuromuscular induzido pelo
brometo de pancurônio pode ser inibida ou insatisfatória em pacientes que estiverem recebendo sulfato de magnésio para
toxemia gravídica, pois os sais de magnésio potencializam o bloqueio neuromuscular. Portanto, pacientes em uso de
sulfato de magnésio devem receber doses menores de brometo de pancurônio, ajustadas cuidadosamente à resposta de
contratilidade muscular.
Estudos com brometo de pancurônio demonstraram sua segurança para uso em cesarianas. Brometo de pancurônio não
afeta o índice de Apgar, o tônus muscular fetal, nem a adaptação cardiorrespiratória. Da amostragem do cordão umbilical,
constatou-se que ocorreu apenas uma mínima transferência placentária de brometo de pancurônio, a qual não leva à
observação de efeitos clínicos adversos no recém-nascido.
Apesar da rápida transferência dos agentes voláteis através da barreira placentária, a concentração fetal permanece menor
que a materna, mesmo após longo período de exposição, não assegurando anestesia e imobilidade fetal, permitindo uma
terapia intrauterina segura.
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.”
Insuficiência renal: Uma vez que a excreção renal é a principal via de eliminação do pancurônio, a meia-vida de
eliminação é prolongada e a depuração plasmática é reduzida nos pacientes com insuficiência renal. O prolongamento da
meia-vida de eliminação nos pacientes com insuficiência renal é frequente, mas nem sempre é associado a uma extensão
da duração do bloqueio neuromuscular. Nesses pacientes, a velocidade de recuperação do bloqueio neuromuscular pode
também estar diminuída. A insuficiência renal pode aumentar a meia-vida de eliminação plasmática (acima de quatro
vezes).
Doença hepática e/ou das vias biliares: Apesar do modesto papel do fígado na eliminação do pancurônio, as maiores
alterações farmacocinéticas foram observadas em pacientes com doença hepática. Pode ocorrer resistência à atividade
bloqueadora neuromuscular de brometo de pancurônio, devido a um aumento considerável (até 50%) no volume de
distribuição do fármaco. Ao mesmo tempo, doenças hepáticas e/ou das vias biliares podem prolongar a meia-vida de
eliminação de pancurônio. A possibilidade de ocorrer retardo do início de ação, a exigência de dosagens mais altas e o
prolongamento do tempo de duração e do tempo de recuperação devem ser levados em consideração, quando brometo de
pancurônio for usado nesses pacientes. A insuficiência hepática resulta principalmente em aumento da meia-vida de
eliminação plasmática, além do possível aumento do volume de distribuição (aproximadamente 50%). No caso de
obstrução do trato biliar o clearance também pode diminuir.
Tempo de circulação prolongado: Condições associadas com o tempo de circulação prolongado, como doenças
cardiovasculares, idade avançada e estados edematosos, resultando em um aumento do volume de distribuição, podem
contribuir para um aumento no tempo de início de ação.
Doença neuromuscular: Como os demais agentes bloqueadores neuromusculares, brometo de pancurônio deve ser usado
com extrema cautela em pacientes com doença neuromuscular ou após poliomielite, uma vez que a resposta aos
bloqueadores neuromusculares, nesses pacientes, pode estar consideravelmente alterada. A magnitude e direção dessas
alterações podem variar amplamente. Nos pacientes com miastenia gravis ou síndrome miastênica (Eaton Lambert),
pequenas doses de brometo de pancurônio podem apresentar profundos efeitos, portanto, deve ser ajustado de acordo com
a resposta.
Hipotermia: Em operações sob hipotermia, o efeito bloqueador neuromuscular de brometo de pancurônio é aumentado e a
duração prolongada.
Obesidade: Brometo de pancurônio pode apresentar um prolongamento na duração e na recuperação espontânea em
pacientes obesos quando administrado em doses calculadas com base no peso corporal ideal.
Queimaduras: Pacientes com queimaduras sabidamente desenvolvem resistência a agentes não despolarizantes.
Recomenda-se que a dose seja ajustada à resposta.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas: Não é recomendado utilizar equipamentos potencialmente
perigosos ou dirigir veículos 24 horas após a completa recuperação da ação bloqueadora neuromuscular de brometo de
pancurônio.
Pacientes com comprometimento cardiovascular: Pancurônio tem um efeito vagolítico direto, assim como os efeitos
simpatomiméticos, que pode causar taquicardia e hipertensão leve.
Os seguintes fármacos demonstraram influenciar a magnitude e/ou a duração de ação dos bloqueadores neuromusculares
não despolarizantes:
Aumento do efeito: Anestésicos halogenados voláteis e éter; altas doses de tiopental, metohexital, cetamina, fentanil,
gamahidroxibutirato, etomidato e propofol; outros agentes bloqueadores neuromusculares não despolarizantes;
administração prévia de brometo de suxametônio (succinilcolina); antibióticos: Aminoglicosídeos, lincosamida e
antibióticos polipeptídeos, tetraciclina, acilaminopenicilínicos, altas doses de metronidazol; diuréticos, tiamina, agentes
inibidores da MAO (monoaminoxidase), quinidina, protamina, agentes bloqueadores alfa-adrenérgicos, sais de magnésio,
agentes bloqueadores dos canais de cálcio e sais de lítio.
Diminuição do efeito: Neostigmina, edrofônio, piridostigmina, derivados de aminopiridina; administração prévia crônica
de corticosteroides, fenitoína ou carbamazepina; noradrenalina, azatioprina (somente um efeito transitório e limitado),
teofilina, cloreto de cálcio e de potássio.
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Efeito variável: Bloqueadores neuromusculares despolarizantes administrados previamente ao brometo de pancurônio
podem produzir potencialização ou atenuação do efeito bloqueador neuromuscular.
Opioides: Observou-se aumento na frequência cardíaca, redução na pressão arterial e no índice de resistência vascular
sistêmica;
Glicosídeos cardíacos: Pode resultar em aumento da incidência de arritmias.
Sulfato de magnésio: Potencializa o bloqueio neuromuscular induzido pelo brometo de pancurônio. Pacientes em uso de
sulfato de magnésio devem receber doses menores de brometo de pancurônio, ajustadas cuidadosamente à resposta de
contratilidade muscular.
Brometo de pancurônio deve ser mantido em sua embalagem original, protegido da luz e umidade, devendo ser
armazenado sob refrigeração (temperatura entre 2ºC e 8°C). O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de
fabricação (vide ampola ou rótulo externo).
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”
Brometo de pancurônio, sob a forma de solução injetável, é um medicamento estéril; portanto as soluções diluídas devem
ser utilizadas imediatamente após a diluição. Evitar o congelamento.
Atenção: Medicamentos parenterais devem ser bem inspecionados visualmente antes da administração, para se detectar
alterações de coloração ou presença de partículas sempre que o recipiente e a solução assim o permitirem.
No preparo e administração das soluções parenterais, devem ser seguidas as recomendações da Comissão de Controle de
Infecção em Serviços de Saúde quanto a: desinfecção do ambiente e de superfícies, higienização das mãos, uso de EPIs
(Equipamentos de Proteção Individual) e desinfecção de ampolas, frascos, pontos de adição dos medicamentos e conexões
das linhas de infusão.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
O produto destina-se a administração em dose única, não podendo ser armazenado depois de aberto. A estabilidade após
diluição contempla apenas o teor do princípio ativo. Portanto, o produto deve ser administrado imediatamente após a
diluição, pois sua condição de esterilidade pode ser comprometida durante o armazenamento da solução diluída.
Administração
Brometo de pancurônio é administrado somente por via intravenosa, preferencialmente como injeção em bolus no equipo
de infusão.
Não existem dados suficientes para recomendar a administração por infusão contínua.
Como os demais bloqueadores neuromusculares, brometo de pancurônio deve ser administrado apenas por ou sob
supervisão de médicos especializados e familiarizados com o uso e efeitos desses medicamentos.
Posologia
A dosagem de brometo de pancurônio deve ser individualizada a cada paciente. A técnica anestésica usada, a provável
duração da cirurgia, a possível interação com outros fármacos que forem administrados antes ou durante a anestesia e as
condições do paciente devem ser levadas em consideração para se determinar a dose. O uso de uma técnica apropriada de
monitorização neuromuscular é recomendado para avaliar o bloqueio neuromuscular e sua recuperação. Os anestésicos
inalatórios potencializam o efeito do bloqueio neuromuscular de brometo de pancurônio. No entanto, esta potencialização
torna-se clinicamente relevante durante a anestesia quando os agentes voláteis alcançam as concentrações tissulares
requeridas para a referida interação. Consequentemente, os ajustes de dose de brometo de pancurônio devem ser feitos pela
administração de doses de manutenção menores em intervalos menos frequentes, durante procedimentos sob anestesia
inalatória (ver item “INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”). Em adultos, as doses apresentadas a seguir podem servir de
diretriz para intubação traqueal e relaxamento muscular em procedimentos cirúrgicos de média a longa duração.
É utilizado em clínica com dose inicial de 0,04 a 0,1mg/Kg, seguido de 0,01 a 0,02mg/Kg quando necessário, geralmente
em intervalos compreendidos entre 20 e 40 minutos.
Intubação traqueal
A dose padrão para intubação durante anestesia de rotina é de 0,08 a 0,1mg de brometo de pancurônio por Kg de peso
corpóreo.
Dentro de 90 a 120 segundos após a administração intravenosa de uma dose de 0,1mg de brometo de pancurônio por Kg de
peso corpóreo e dentro de 120 a 180 segundos após uma dose de 0,08mg de brometo de pancurônio por Kg, já se
desenvolvem as condições de intubação clinicamente aceitáveis.
O tempo desde a administração intravenosa até a recuperação de 25% da contratilidade muscular padrão é de
aproximadamente 75 minutos após a dose de 0,08mg de brometo de pancurônio/Kg e aproximadamente 100 minutos após
a dose de 0,1mg de brometo de pancurônio/Kg.
Procedimentos cirúrgicos após intubação com suxametônio (succinilcolina)
A dose recomendada é de 0,04 a 0,06mg de brometo de pancurônio por Kg de peso corpóreo.
Com essas doses, o tempo da administração intravenosa até a recuperação de 25% da contratilidade muscular padrão é de
aproximadamente 22 a 35 minutos, dependendo da dose de suxametônio (succinilcolina) administrada.
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A administração de brometo de pancurônio deve ser adiada até que o paciente apresente recuperação clínica do bloqueio
neuromuscular induzido pelo suxametônio (succinilcolina).
Manutenção do relaxamento muscular
A dose de brometo de pancurônio recomendada para a manutenção é de 0,01 a 0,02mg/Kg de peso corpóreo. A fim de se
limitar efeitos cumulativos, recomenda-se administrar doses de manutenção de brometo de pancurônio apenas quando
houver recuperação de no mínimo 25% da contratilidade muscular padrão.
Doses em pacientes obesos e com excesso de peso
Quando utilizado em pacientes acima do peso ou obesos (definido como pacientes com massa corpórea de 30% ou mais
acima do peso ideal), as doses devem ser reduzidas levando em consideração o peso corpóreo ideal.
Doses na pediatria
Estudos clínicos demonstraram que as doses necessárias para neonatos (0 a 1 mês) e crianças (1 a 12 meses) são
comparáveis às doses necessárias para os adultos. Devido à sensibilidade variável aos agentes bloqueadores
neuromusculares não despolarizantes, é recomendado o uso de uma dose inicial teste de 0,01 a 0,02mg/Kg nos neonatos.
Crianças (1 a 14 anos) necessitam de dose mais alta, aproximadamente 25%.
Compatibilidade
Recomenda-se não misturar brometo de pancurônio com outras soluções ou fármacos na mesma seringa ou equipo de
infusão, exceto os seguintes: solução de cloreto de sódio 0,9%, solução de dextrose a 5% ou solução de Ringer lactato.
A administração deve ser iniciada imediatamente após a mistura, devendo ser finalizada dentro das 24 horas seguintes. As
soluções não utilizadas devem ser descartadas.
Incompatibilidades
Assim como ocorre com diversos outros fármacos, foi constatada incompatibilidade de brometo de pancurônio quando
adicionado ao tiopental.
Não é recomendado que brometo de pancurônio seja misturado a outras soluções ou a fármacos na mesma seringa ou
frasco, exceto àquelas já citadas anteriormente como compatíveis. Se brometo de pancurônio for administrado na mesma
via de infusão utilizada para outros fármacos, é importante que a linha seja lavada adequadamente (por exemplo, com
solução de cloreto de sódio a 0,9%) entre a administração de brometo de pancurônio e dos fármacos para os quais foi
demonstrada incompatibilidade ou cuja compatibilidade ainda não tenha sido estabelecida.
As soluções remanescentes de brometo de pancurônio devem ser desprezadas quando não utilizadas dentro de poucas
horas após a abertura de seu recipiente.
As seguintes reações adversas ao brometo de pancurônio foram relatadas e são muito raras, isto é, ocorrem com frequência
de menos de 1 a cada 10.000.
Bloqueio neuromuscular prolongado: A reação adversa mais frequente aos agentes não despolarizantes consiste na
extensão da ação farmacológica do fármaco além do intervalo de tempo necessário. Esta pode variar de fraqueza da
musculatura esquelética ao bloqueio neuromuscular esquelético profundo e prolongado, resultando em insuficiência
respiratória ou apeia.
Cardiovasculares: Moderada elevação da frequência cardíaca, hipotensão, broncopespasmo, débito cardíaco e
taquiarritmias. Esses efeitos, que são devidos à leve ação vagolítica, cardio seletiva do fármaco, devem ser levados em
consideração, particularmente quando forem administradas doses acima das recomendadas e quando se avaliar a dosagem
e/ou uso de fármacos vagolíticos para a pré-medicação ou indução de anestesia. Através de sua ação vagolítica, brometo de
pancurônio antagoniza a depressão cardíaca devido ao uso de alguns anestésicos inalatórios. Além disso, a bradicardia
causada por alguns potentes anestésicos e analgésicos é corrigida pelo uso de brometo de pancurônio. Sem sedação
concomitante, o uso de brometo de pancurônio está associado à riscos psicológicos, taquiarritmias, paralisia prolongada,
interações medicamentosas e desconexão do ventilador sem ser detectado.
Oftálmicas: Apesar de não relatado durante a farmacovigilância, a literatura indica que brometo de pancurônio pode
produzir uma significativa redução na pressão intraocular normal e elevada, por alguns minutos após sua administração, e
também produz miose.
Estas alterações podem atenuar a elevação da pressão intraocular devido à laringoscopia e intubação traqueal. Brometo de
pancurônio pode, portanto, ser utilizado em cirurgias oftálmicas.
Reações anafiláticas: Embora muito raras, foram relatadas reações anafiláticas graves a agentes bloqueadores
neuromusculares, incluindo brometo de pancurônio. São exemplos de reações anafiláticas/anafilactoides: broncoespasmo,
alterações cardiovasculares (ex.: hipertensão, taquicardia, choque/colapso circulatório) e alterações cutâneas (ex.:
angioedema, urticária). Em alguns casos essas reações foram fatais. Devido à possível gravidade destas reações, deve-se
sempre supor que elas podem ocorrer e tomar as precauções necessárias.
Liberação de histamina e reações histaminoides: Uma vez que os bloqueadores neuromusculares são conhecidos como
capazes de induzir a liberação de histamina local ou sistemicamente, a possível ocorrência de prurido e reação eritematosa
no local de injeção e/ou reações histaminoides (anafilactoides) generalizadas (ver também “Reações anafiláticas”) devem
ser sempre levadas em consideração quando são administradas essas medicações. Estudos experimentais com injeção
intradérmica de brometo de pancurônio têm demonstrado que esse fármaco tem apenas uma fraca capacidade de induzir
liberação de histamina local. Estudos controlados no homem não demonstraram qualquer aumento significativo nos níveis
de histamina no plasma humano após administração endovenosa de brometo de pancurônio.
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“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.”
Em caso de superdosagem ou bloqueio neuromuscular prolongado, o paciente deve continuar a receber suporte ventilatório
e sedação. Deve-se administrar um inibidor da acetilcolinesterase (ex.: Neostigmina, edrofônio, piridostigmina) em doses
adequadas, até que se inicie a recuperação espontânea. Quando a administração de agentes inibidores da acetilcolinesterase
não reverter os efeitos neuromusculares de brometo de pancurônio, deve-se continuar com a ventilação até que a
respiração espontânea seja restaurada. A administração de doses repetidas de inibidores da acetilcolinesterase pode ser
perigosa.
“Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.”
Registro MS 1.1402.0066
Farmacêutico Responsável: Walter F. da Silva Junior
CRF-GO: 5497
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
ME 003455
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Anexo B
Histórico de Alteração para Bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
Nº expediente Assunto
Nº
Assunto
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
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relacionadas
13/01/2015 --
10452 – Genérico –
Notificação de
Alteração de Texto
de bula - RDC 60/12.
NA NA NA NA
RESULTADOS DE
EFICÁCIA
CARACTERÍSTICAS
FARMACOLÓGICAS
CONTRAINDICAÇÕES
ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES
INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS
CUIDADOS DE
ARMAZENAMENTO
POSOLOGIA E MODO DE
USAR
REAÇÕES ADVERSAS
SUPERDOSE