Bula do Brometo de Rocurônio produzido pelo laboratorio Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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brometo de rocurônio
Novafarma Indústria
Farmacêutica Ltda.
Solução injetável
10mg/mL
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Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome genérico: brometo de rocurônio
APRESENTAÇÃO
brometo de rocurônio 10mg/mL: caixa com 10 frascos-ampola de vidro transparente com 5mL.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: EXCLUSIVAMENTE PARA USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável contém 10mg de brometo de rocurônio.
Excipientes: acetato de sódio tri-hidratado, cloreto de sódio e água para injetáveis.
Obs.: pode ser utilizado ácido acético e/ou hidróxido de sódio durante a fabricação para ajustar o pH.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Brometo de rocurônio é indicado como um adjuvante à anestesia geral para facilitar a intubação traqueal em
procedimentos de rotina e de indução de sequência rápida de anestesia, bem como para relaxar a musculatura
esquelética durante intervenções cirúrgicas. Brometo de rocurônio também é indicado como adjuvante na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) para facilitar a intubação e a ventilação mecânica.
Para a população pediátrica: Brometo de rocurônio é indicado como adjuvante à anestesia geral para facilitar a
intubação traqueal durante a indução de rotina e para proporcionar relaxamento dos músculos esqueléticos durante
cirurgias em pacientes pediátricos desde recém-nascidos a termo até adolescentes.
A eficácia de brometo de rocurônio foi avaliada em estudos que utilizaram a medida do efeito de bloqueio da
transmissão neuromuscular e dos escores das condições de intubação, que são consideradas medidas previsíveis de
eficácia de agentes bloqueadores neuromusculares.
Estudos clínicos realizados em população pediátrica mostraram que o início da ação em crianças e lactentes com uma
dose de intubação de 0,6mg/kg é ligeiramente mais curto do que em adultos. A comparação dentro de grupos etários
pediátricos mostrou que o tempo de início médio em recém-nascidos a termo (0-27 dias) e adolescentes (11 a 17
anos) (1,0 min.) é discretamente mais longo do que em lactentes (entre 28 dias e 2 meses), crianças pequenas (entre 3
e 23 meses) e crianças maiores (entre 2 e 11 anos) (0,4 min., 0,6 min. e 0,8 min., respectivamente). A duração do
relaxamento e o tempo de recuperação tendem a ser menores em lactentes se comparados a crianças e adultos. A
comparação dentro dos grupos etários pediátricos demonstrou que o tempo médio para reaparecimento de T3 foi
prolongado em recém-nascidos a termo e lactentes (entre 28 dias e 2 meses) (56,7 e 60,7 min., respectivamente)
quando comparados com crianças entre 3 e 23 meses, crianças 2 e 11 anos e adolescentes (entre 11 e 17 anos) (45,4
min., 37,6 min. e 42,9 min., respectivamente).
Mais informações sobre a eficácia desse produto podem ser encontradas no item “CARACTERÍSTICAS
FARMACOLÓGICAS – PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS”.
Referências bibliográficas:
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PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
Grupo farmacoterapêutico: relaxantes musculares, agentes de ação periférica.
Características químicas
Brometo de rocurônio genérico possui a fórmula molecular C32H53BrN2O4 e peso molecular 609,7.
Mecanismo de ação
Brometo de rocurônio genérico é um agente bloqueador neuromuscular não despolarizante, de ação intermediária e
de rápido início de ação, que apresenta todas as ações farmacológicas características dessa classe de fármacos
(curariforme). Brometo de rocurônio atua competindo pelos colinorreceptores nicotínicos da placa motora terminal.
Essa ação é antagonizada pelos inibidores da acetilcolinesterase, tais como neostigmina, edrofônio e piridostigmina.
Efeitos farmacodinâmicos
A DE90 (dose requerida para produzir uma depressão de 90% da transmissão neuromuscular do polegar à
estimulação do nervo ulnar) durante a anestesia intravenosa é de aproximadamente 0,3mg/kg de brometo de
rocurônio. A DE95 em lactentes é menor do que em adultos e crianças (0,25; 0,35 e 0,40mg/kg respectivamente).
A duração clínica (duração até a recuperação espontânea de 25% da transmissão neuromuscular) com 0,6mg/kg de
brometo de rocurônio é de 30-40 minutos. A duração total (tempo até a recuperação espontânea de 90% da
transmissão neuromuscular) é de 50 minutos. O tempo médio para a recuperação espontânea de 25 a 75% da
transmissão neuromuscular (índice de recuperação) após uma dose em bolus de 0,6mg/kg de brometo de rocurônio é
de 14 minutos.
Com doses menores de 0,3-0,45mg/kg de brometo de rocurônio (1-1 ½ vezes a DE90), o início de ação é mais lento
e a duração da ação é menor. Com doses elevadas de 2mg/kg, a duração clínica é de 110 minutos.
Intubação durante a anestesia de rotina
Dentro de sessenta segundos após a administração intravenosa de uma dose de 0,6mg/kg de brometo de rocurônio (2
vezes a DE90 sob anestesia intravenosa), podem ser obtidas condições de intubação adequadas em quase todos os
pacientes, dos quais 80% apresentam condições de intubação classificadas como excelentes. Após a administração de
0,45mg/kg de brometo de rocurônio, obtêm-se condições de intubação aceitáveis após 90 segundos e, dentro de 2
minutos, estabelece-se uma paralisia muscular geral adequada para qualquer tipo de intervenção cirúrgica.
Indução de sequência rápida
Após uma dose de 1,0mg/kg de brometo de rocurônio durante a indução de sequência rápida de anestesia, são
obtidas condições adequadas de intubação em 60 segundos em 93% dos pacientes sob anestesia com propofol e em
96% daqueles com fentanil/tiopental. Destas, 70% são classificadas como excelentes. A duração clínica com essa
dose aproxima-se de 1 hora, tempo em que o bloqueio neuromuscular pode ser revertido com segurança. Após uma
dose de 0,6mg/kg de brometo de rocurônio durante a indução de sequência rápida de anestesia, são obtidas condições
adequadas de intubação dentro de 60 segundos em 81% dos pacientes sob anestesia com propofol e 75% daqueles
com fentanil/tiopental.
Pacientes pediátricos
O tempo médio de início da ação em lactentes e crianças com uma dose de intubação de 0,6mg/kg é discretamente
menor do que em adultos. A comparação dentro de grupos etários pediátricos mostrou que o tempo médio de início
em recém-nascidos a termo e adolescentes (1,0 min.) é discretamente maior do que em lactentes, crianças menores e
crianças maiores (0,4 min., 0,6 min. e 0,8 min., respectivamente). A duração do relaxamento e o tempo de
recuperação tendem a ser menores em crianças, se comparados a lactentes e adultos. A comparação dentro dos
grupos etários pediátricos demonstrou que o tempo médio para reaparecimento de T3 foi prolongado em recém-
nascidos a termo e lactentes (56,7 e 60,7 min., respectivamente) quando comparados com crianças menores, crianças
maiores e adolescentes (45,4 min., 37,6 min. e 42,9 min., respectivamente).
Pacientes geriátricos e pacientes com doenças hepáticas e/ou do trato biliar e/ou insuficiência renal
A duração da ação das doses de manutenção de 0,15mg/kg de brometo de rocurônio podem ser maiores sob anestesia
com enflurano e isoflurano em pacientes geriátricos e em pacientes com doenças hepáticas e/ou renais
(aproximadamente 20 minutos), do que em pacientes sem deterioração das funções dos órgãos excretores sob
anestesia intravenosa (aproximadamente 13 minutos) (ver item “POSOLOGIA E MODO DE USAR”). Não foram
observados efeitos cumulativos (aumento progressivo da duração de ação) com doses repetidas de manutenção no
nível recomendado.
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Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
Após infusão contínua na UTI, o tempo para recuperação da razão de TOF (train of four) para 0,7 depende do nível
de bloqueio ao final da infusão. Após uma infusão contínua por 20 horas ou mais, a faixa média de tempo entre o
retorno de T2 ao estímulo de TOF e a recuperação da razão de TOF para 0,7 é de aproximadamente 1,5 horas (1 a 5
horas) em pacientes sem falência múltipla de órgãos e de 4 (1 a 25) horas em pacientes com falência múltipla de
órgãos.
Cirurgia cardiovascular
Em pacientes que serão submetidos à cirurgia cardiovascular, as alterações cardiovasculares mais comuns durante o
início da ação do bloqueio máximo após uma dose de 0,6 a 0,9mg/kg de brometo de rocurônio são um aumento
pequeno e clinicamente insignificante da frequência cardíaca de até 9%, e um aumento da pressão arterial média de
até 16% em relação aos valores de controle.
Reversão do relaxamento muscular
A ação do rocurônio pode ser antagonizada tanto pelo sugamadex quanto por inibidores da acetilcolinesterase
(neostigmina, piridostigmina ou edrofônio). O sugamadex pode ser administrado para reversão de rotina (em 1-2
contagens pós-tetânicas para reaparecimento de T2) ou para reversão imediata (3 minutos após administração do
brometo de rocurônio). Os inibidores da acetilcolinesterase podem ser administrados ao reaparecimento de T2 ou aos
primeiros sinais de recuperação clínica.
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Após a administração intravenosa de uma dose única em bolus de brometo de rocurônio, a concentração plasmática
estabelece-se em três fases exponenciais. Em adultos normais, a média da meia-vida de eliminação (IC95%) é de 73
minutos (66 a 80 minutos), o volume aparente de distribuição em condições de equilíbrio dinâmico é de 203mL/kg
(193 a 214mL/kg) e a depuração plasmática é de 3,7mL/kg/min (3,5 a 3,9mL/kg/min).
O rocurônio é excretado na urina e bile. A excreção na urina se aproxima de 40% dentro de 12- 24 horas. Após
injeção de uma dose marcada radioativamente de brometo de rocurônio, a excreção do marcador radioativo é, em
média, de 47% na urina e 43% nas fezes após 9 dias. Aproximadamente 50% é recuperado como substância
inalterada.
A farmacocinética do brometo de rocurônio em pacientes pediátricos (n=146) com idades variando de 0 a 17 anos,
foi avaliada utilizando uma análise da população de um conjunto de dados farmacocinéticos de dois estudos clínicos
em anestesia com sevoflurano (indução) e isoflurano/óxido nitroso (manutenção). Verificou-se que todos os
parâmetros farmacocinéticos foram proporcionalmente lineares com o peso corporal ilustrado por uma depuração
semelhante (L/h/kg). O volume de distribuição (L/kg) e a meia-vida de eliminação (h) diminuíram com a idade
(anos). Os parâmetros farmacocinéticos típicos de pacientes pediátricos dentro de cada grupo etário são resumidos a
seguir:
Parâmetros farmacocinéticos de brometo de rocurônio em pacientes pediátricos típicos
Parâmetro
farmacocinético
Recém-nascidos
a termo (0-27
dias)
Lactentes
(28 dias a 2
meses)
Crianças pequenas
(3 a 23 meses)
Crianças maiores
(2 a 11 anos)
Adolescentes
(11 a 17 anos)
Depuração
(L/h/kg)
0,293 0,293 0,293 0,293 0,293
Volume de
distribuição no
estado de
equilíbrio
dinâmico (L/kg)
0,424 0,295 0,232 0,177 0,174
Meia-vida de
eliminação (h)
1,1 0,9 0,8 0,7 0,7
Em estudos controlados, a depuração plasmática em pacientes geriátricos e em pacientes com disfunção renal foi
reduzida na maioria dos estudos, mas sem atingir o nível de significância estatística. Em pacientes com doença
hepática, a meia-vida de eliminação média é prolongada com 30 minutos e a depuração plasmática média é reduzida
em 1mL/kg/min (ver item “POSOLOGIA E MODO DE USAR”).
Unidade de Terapia Intensiva
Quando o brometo de rocurônio é administrado como infusão contínua para facilitar a ventilação mecânica por 20
horas ou mais, a média da meia-vida de eliminação e a média do volume aparente de distribuição no estado de
equilíbrio dinâmico são aumentadas.
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Em estudos clínicos controlados, foi encontrada uma grande variabilidade entre os pacientes relacionada à natureza e
extensão da falência (múltipla) de órgãos e às características individuais do paciente. Em pacientes com falência
múltipla de órgãos foram encontrados uma meia-vida média (± DP) de eliminação de 21,5 horas (± 3,3 horas), um
volume aparente de distribuição de 1,5L/kg (± 0,8L/kg) no estado de equilíbrio dinâmico e uma depuração
plasmática de 2,1mL/kg/min (± 0,8mL/kg/min).
DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICOS
Em estudos não clínicos, os efeitos foram observados somente em exposições consideradas suficientemente
excessivas do máximo exposto aos humanos, indicando pouca relevância para o uso clínico.
Não há nenhum modelo animal apropriado para estudar as situações clínicas normalmente extremas e complexas de
um paciente na UTI. Assim, a segurança de brometo de rocurônio na facilitação da ventilação mecânica na UTI
baseia-se principalmente nos resultados obtidos em estudos clínicos.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes que tenham manifestado hipersensibilidade ao rocurônio,
ao íon brometo ou a qualquer um de seus componentes.
Uma vez que brometo de rocurônio provoca paralisia da musculatura respiratória, pacientes tratados com esse
medicamento devem, obrigatoriamente, receber ventilação de suporte, até que haja restauração adequada da
respiração espontânea.
Assim como ocorre com todos os agentes bloqueadores neuromusculares, é importante prever dificuldades de
intubação, particularmente quando utilizada como parte de uma técnica de indução de sequência rápida de anestesia.
Em casos de dificuldade de intubação resultando em necessidade clínica para reversão imediata do bloqueio
neuromuscular induzido pelo rocurônio, o uso do sugamadex deve ser considerado.
Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, existem relatos de paralisia residual com brometo de
rocurônio. Com o objetivo de prevenir complicações resultantes desta, recomenda-se a extubação do paciente
somente após suficiente recuperação do bloqueio neuromuscular. Pacientes geriátricos (65 anos ou mais) podem ter
um risco aumentando para bloqueio neuromuscular residual. Outros fatores que poderiam causar paralisia residual
após a extubação na fase pós-operatória (como interações medicamentosas e condições do paciente) também devem
ser considerados. Se não for usado como parte da prática clínica padrão, deve ser considerado o uso do sugamadex
ou de um outro um agente reversor, especialmente nos casos onde a paralisia residual é mais provável de ocorrer.
Após a administração de agentes bloqueadores neuromusculares podem ocorrer reações anafiláticas, por isso sempre
devem ser tomadas precauções para tratar tais reações. Particularmente, no caso de reações anafiláticas prévias com
agentes bloqueadores neuromusculares, devem ser tomadas precauções especiais uma vez que foram relatadas
reações alérgicas cruzadas a agentes bloqueadores neuromusculares.
Em geral, após o uso prolongado dos bloqueadores neuromusculares na UTI, tem sido observada uma paralisia
prolongada e/ou fraqueza dos músculos esqueléticos. Para auxiliar a excluir um possível prolongamento do bloqueio
neuromuscular e/ou superdose, recomenda-se enfaticamente que a transmissão neuromuscular seja monitorada
durante o uso dos agentes bloqueadores neuromusculares. Além disso, os pacientes devem receber analgesia e
sedação adequadas. Adicionalmente, os agentes bloqueadores neuromusculares devem ser ajustados individualmente
de acordo com o efeito, por médicos experientes que estejam familiarizados com suas ações e técnicas de
monitoração neuromuscular apropriadas ou sob sua supervisão.
Regularmente, foram relatados casos de miopatia após a administração a longo prazo na UTI de outros agentes
bloqueadores neuromusculares não despolarizantes em combinação com corticosteroide. Portanto, nessa situação, o
período de uso do agente bloqueador neuromuscular deve ser o mais limitado possível.
Caso seja utilizado suxametônio para a intubação, a administração de brometo de rocurônio deve ser retardada, até
que o paciente esteja clinicamente recuperado do bloqueio neuromuscular induzido pelo suxametônio.
As condições descritas a seguir podem influenciar a farmacocinética e/ou a farmacodinâmica de brometo de
rocurônio:
Doença hepática e/ou do trato biliar e insuficiência renal
Brometo de rocurônio deve ser usado com cuidado em pacientes com doença hepática e/ou biliar e/ou insuficiência
renal clinicamente significativa(s), pois o rocurônio é excretado na urina e bile.
Nesses grupos de pacientes, foi observado prolongamento da ação com doses de 0,6mg/kg de brometo de rocurônio.
Tempo de circulação prolongado
Condições associadas ao tempo de circulação prolongado, tais como doença cardiovascular, idade avançada e estado
edematoso levando a um aumento do volume de distribuição, podem contribuir para um início de ação mais lento. A
duração da ação também pode ser prolongada devido à depuração plasmática reduzida.
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Doença neuromuscular
Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, brometo de rocurônio deve ser utilizado com extremo
cuidado em pacientes com doença neuromuscular ou após poliomielite, pois a resposta a agentes bloqueadores
neuromusculares pode ser consideravelmente alterada nesses casos.
A magnitude e a direção dessa alteração podem variar muito. Em pacientes com miastenia gravis ou com síndrome
miastênica (Eaton-Lambert), pequenas doses de brometo de rocurônio podem ter efeitos acentuados; por isso, nesses
pacientes, brometo de rocurônio deve ser ajustado individualmente de acordo com o efeito, até que seja obtida a
resposta desejada.
Hipotermia
Em cirurgias sob condições hipotérmicas, o efeito bloqueador neuromuscular de brometo de rocurônio é aumentado
e sua duração prolongada.
Obesidade
Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, brometo de rocurônio pode apresentar um
prolongamento na duração e na recuperação espontânea em pacientes obesos quando administrado em doses
calculadas com base no peso corporal real.
Queimaduras
Pacientes com queimaduras sabidamente desenvolvem resistência a agentes bloqueadores neuromusculares não
despolarizantes. Recomenda-se que a dose seja ajustada à resposta.
Condições que podem aumentar os efeitos de brometo de rocurônio
Hipocalemia (por ex. após vômito e diarreia graves e terapia diurética), hipermagnesemia, hipocalcemia (após
transfusões maciças), hipoproteinemia, desidratação, acidose, hipercapnia e caquexia.
Distúrbios eletrolíticos graves, alteração do pH sanguíneo ou desidratação devem ser, portanto, corrigidos quando
possível.
Uso na gravidez e lactação - Categoria de Risco C
Não existem dados disponíveis da exposição ao brometo de rocurônio durante a gravidez.
Estudos em animais não indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos em relação à gravidez, desenvolvimento
embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal. A prescrição de brometo de rocurônio para mulheres grávidas
deve ser realizada com cautela.
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.”
- Cesariana
Brometo de rocurônio pode ser utilizado como parte da técnica de indução de sequência rápida de anestesia em
pacientes submetidas à cesariana, desde que não se preveja nenhuma dificuldade de intubação e seja administrada
uma dose suficiente de agente anestésico, ou após intubação facilitada por suxametônio. Brometo de rocurônio,
quando administrado em doses de 0,6mg/kg, mostrou-se seguro em parturientes submetidas à cesariana. Brometo de
rocurônio não afeta o escore de Apgar, o tônus muscular fetal nem a adaptação cardiorrespiratória. Amostras de
sangue do cordão umbilical evidenciam que a transferência placentária de brometo de rocurônio é limitada e não leva
à observação de efeitos clínicos adversos no recém-nascido.
Nota 1: doses de 1,0mg/kg foram investigadas durante a indução de sequência rápida de anestesia, mas não em
pacientes de cesariana. Portanto, nesse grupo, apenas uma dose de 0,6mg/kg é recomendada.
Nota 2: a reversão do bloqueio neuromuscular induzido por agentes bloqueadores neuromusculares pode ser inibida
ou insatisfatória em pacientes recebendo sais de magnésio para toxemia da gravidez, porque estes potencializam o
bloqueio neuromuscular. Dessa forma, nessas pacientes, a dose de brometo de rocurônio deve ser reduzida e ajustada
cuidadosamente pela monitoração de seus efeitos.
É desconhecido se brometo de rocurônio é excretado no leite humano. Estudos em animais demonstraram níveis
insignificantes de brometo de rocurônio no leite.
Brometo de rocurônio só deve ser administrado a mulheres que amamentam quando o médico decidir que os
benefícios para a paciente suplantam o risco potencial.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir e utilizar máquinas
Uma vez que brometo de rocurônio é usado como coadjuvante na anestesia, as mesmas medidas de precaução após a
Foi demonstrado que os fármacos descritos a seguir influenciam a magnitude e/ou a duração da ação de agentes
bloqueadores neuromusculares não despolarizantes.
• Efeitos de outros fármacos sobre brometo de rocurônio:
Aumento do efeito
- Anestésicos voláteis halogenados potencializam o bloqueio neuromuscular de brometo de rocurônio. O efeito torna-
se aparente somente com a dose de manutenção (ver item “POSOLOGIA E MODO DE USAR”). A reversão do
bloqueio com inibidores da acetilcolinesterase também pode ser inibida.
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- Após a intubação com suxametônio (ver item “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
- O uso concomitante prolongado de corticosteroides e brometo de rocurônio na UTI pode resultar em bloqueio
neuromuscular prolongado ou miopatia (ver itens “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES” e “REAÇÕES
ADVERSAS”).
Outros fármacos:
- Antibióticos: aminoglicosídeos, lincosamida, antibióticos polipeptídeos, acilaminopenicilínicos;
- Diuréticos, quinidina e seus isômeros quinina, sais de magnésio, agentes bloqueadores do canal de cálcio, sais de
lítio, anestésicos locais (lidocaína intravenosa, bupivacaína epidural) e administração aguda de fenitoína ou agentes
β-bloqueadores.
A paralisia residual tem sido relatada após a administração pós-operatória de: aminoglicosídeos, lincosamina,
antibióticos polipeptídeos e acilaminopenicilínicos, quinidina, quinina e sais de magnésio (ver item
“ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Diminuição do efeito
- Administração prévia crônica de fenitoína ou carbamazepina;
- Inibidores da protease (gabexato, ulinastatina).
Efeito variável
- A administração de outros agentes bloqueadores neuromusculares não despolarizantes em combinação com
brometo de rocurônio pode produzir atenuação ou potencialização do bloqueio neuromuscular, dependendo da ordem
da administração e do agente bloqueador neuromuscular utilizado.
- O suxametônio administrado após a administração de brometo de rocurônio pode produzir potencialização ou
atenuação do efeito bloqueador neuromuscular de brometo de rocurônio.
• Efeito de brometo de rocurônio sobre outros fármacos:
O uso de brometo de rocurônio combinado com lidocaína pode resultar em um início de ação mais rápido desta.
Pacientes pediátricos
Não foram realizados estudos formais sobre interações. As interações mencionadas anteriormente para pacientes
adultos e suas advertências e precauções especiais de uso (ver item “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”) também
devem ser levadas em consideração para pacientes pediátricos.
Brometo de rocurônio deve ser armazenado na sua embalagem original, protegido da luz e umidade, devendo
ser conservado sob refrigeração (entre 2ºC e 8°C). O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir
da data de fabricação (vide frasco-ampola ou rótulo externo). Ao adquirir o medicamento, confira sempre o
prazo de validade impresso na embalagem externa do produto. Nenhum medicamento deve ser utilizado após o
término do seu prazo de validade, pois pode ser ineficaz e prejudicial para sua saúde.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem”.
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”
“Após diluição, manter por 24 horas se conservado sob refrigeração (entre 2ºC e 8ºC) ou temperatura
ambiente (entre 15ºC e 30ºC).”
Atenção: Medicamentos parenterais devem ser bem inspecionados visualmente antes da administração, para se
detectar alterações de coloração ou presença de partículas sempre que o recipiente e a solução assim o permitirem.
Frequentemente os hospitais reconstituem produtos injetáveis utilizando agulhas 40 x 1,2mm. Pequenos fragmentos
de rolha podem ser levados para dentro do frasco durante o procedimento. Deve-se, portanto, inspecionar
cuidadosamente os produtos antes da administração, descartando-os se contiverem partículas. Agulhas 25 x 0,8mm,
embora dificultem o processo de reconstituição, têm menor probabilidade de carregarem partículas de rolhas para
dentro dos frascos.
Do ponto de vista microbiológico, o produto diluído deve ser utilizado imediatamente e devendo-se completar a
administração dentro das 24 horas seguintes. Caso contrário, os tempos e condições de armazenamento antes da
administração são de responsabilidade do usuário/administrador e, a administração deve se completar dentro
das 24 horas seguintes, a menos que a diluição tenha sido feita em condições de assepsia controlada e validada.
No preparo e administração das soluções parenterais, devem ser seguidas as recomendações da Comissão de
Controle de Infecção em Serviços de Saúde quanto a: desinfecção do ambiente e de superfícies, higienização
das mãos, uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e desinfecção de ampolas, frascos, pontos de
adição dos medicamentos e conexões das linhas de infusão.
As soluções não utilizadas devem ser descartadas.
Brometo de rocurônio apresenta-se na forma de solução injetável, estéril, límpida e incolor.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
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MODO DE USAR
Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, brometo de rocurônio deve ser administrado somente por
médicos experientes, ou sob a sua supervisão, familiarizados com a ação e o uso desses fármacos.
Brometo de rocurônio deve ser administrado por via intravenosa, tanto por injeção em bolus quanto por infusão
contínua.
Compatibilidade
Em estudos de compatibilidade, foi demonstrado que, brometo de rocurônio, em concentrações nominais de
0,5mg/mL e 2,0mg/mL, é compatível com as seguintes soluções de infusão: Solução de cloreto de sódio a 0,9%;
solução de glicose a 5%; solução de glicose a 5% em cloreto de sódio 0,9%; água para injetáveis; solução de Ringer
Lactato e solução Haemacel.
A administração deve ser iniciada imediatamente após a mistura, devendo ser completada dentro das 24 horas
seguintes. As soluções não utilizadas devem ser descartadas.
Incompatibilidade
Foi documentada incompatibilidade física de brometo de rocurônio quando adicionado a soluções que contenham os
seguintes fármacos: anfotericina, amoxicilina, azatioprina, cefazolina, cloxacilina, dexametasona, diazepam,
enoximona, eritromicina, famotidina, furosemida, succinato sódico de hidrocortisona, insulina, meto-hexital,
metilprednisolona, succinato sódico de prednisolona, tiopental, trimetoprima e vancomicina. Brometo de rocurônio
também é incompatível com intralipídeo.
Brometo de rocurônio não deve ser misturado a outros medicamentos, exceto aqueles já citados anteriormente como
compatíveis.
Se brometo de rocurônio for administrado na mesma via de infusão utilizada também para outros fármacos, é
importante que a linha de infusão seja lavada adequadamente (por ex., com solução de cloreto de sódio a 0,9%) entre
a administração de brometo de rocurônio e fármacos para os quais foi demonstrada incompatibilidade com brometo
de rocurônio, ou cuja compatibilidade ainda não tenha sido estabelecida.
POSOLOGIA
Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, a dose de brometo de rocurônio deve ser individualizada.
Para definir a dose, deve-se levar em consideração o método de anestesia utilizada e a duração prevista da cirurgia, o
método de sedação empregado e a duração prevista de ventilação mecânica, possível interação com outros fármacos
administrados concomitantemente e o estado do paciente. Recomenda-se o emprego de uma técnica adequada para
monitorar o bloqueio neuromuscular e sua recuperação. Os anestésicos inalatórios potencializam o efeito do bloqueio
neuromuscular de brometo de rocurônio. No entanto, essa potencialização torna-se clinicamente relevante durante a
anestesia quando os agentes voláteis alcançam as concentrações tissulares requeridas para a referida interação.
Consequentemente, durante procedimentos mais longos (tempo superior a 1 hora) sob anestesia inalatória (ver item
“INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”), os ajustes de dose de brometo de rocurônio devem ser feitos pela
administração de doses de manutenção menores, em intervalos menos frequentes, ou pelo uso de doses de infusão
menores de brometo de rocurônio.
As recomendações de doses apresentadas a seguir podem servir de diretriz para intubação traqueal e relaxamento
muscular em procedimentos cirúrgicos de curta a longa duração e para uso na UTI em pacientes adultos.
Procedimentos cirúrgicos
• Intubação traqueal
A dose padrão para intubação durante anestesia de rotina é de 0,6mg/kg de brometo de rocurônio. Com tal dose são
estabelecidas condições adequadas de intubação dentro de 60 segundos em quase todos os pacientes. Recomenda-se
uma dose de 1,0mg/kg de brometo de rocurônio para facilitar as condições de intubação traqueal durante a indução
de sequência rápida de anestesia. Com tal dose são estabelecidas condições adequadas de intubação dentro de 60
segundos em quase todos os pacientes. Se for utilizada uma dose de 0,6mg/kg de brometo de rocurônio para indução
de sequência rápida de anestesia, recomenda-se intubar o paciente 90 segundos após a administração do brometo de
rocurônio.
Para o uso de brometo de rocurônio durante uma sequência rápida de indução da anestesia em pacientes submetidas à
cesariana, ver item “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Uso na gravidez e lactação”.
• Doses elevadas
Caso haja razão para o uso de doses elevadas em um paciente em particular, doses iniciais de até 2mg/kg de brometo
de rocurônio têm sido administradas durante a cirurgia sem que sejam observados efeitos cardiovasculares adversos.
O uso dessas doses elevadas de brometo de rocurônio diminui o tempo de início da ação e aumenta a duração da ação
(ver item “CARACTERÍSTRICAS FARMACOLÓGICAS – PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS”).
• Dose de manutenção
A dose de brometo de rocurônio recomendada para manutenção é de 0,15mg/kg. Em caso de anestesia inalatória de
longa duração, esta deve ser reduzida para 0,075-0,1mg/kg. As doses de manutenção devem ser administradas
preferencialmente quando a transmissão neuromuscular tenha se recuperado em 25%, ou quando houver 2 a 3
contrações a um estímulo TOF.
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• Infusão contínua
Caso o brometo de rocurônio seja administrado por infusão contínua, a dose inicial recomendada é de 0,6mg/kg,
iniciando-se a administração por infusão quando o bloqueio neuromuscular começar a se recuperar. O índice de
infusão deve ser ajustado de modo a manter uma resposta da transmissão neuromuscular de 10% do controle do
tamanho da contração, ou 1 a 2 contrações em resposta a um estímulo TOF. Em adultos sob anestesia intravenosa, o
índice de infusão requerido para manter o bloqueio neuromuscular nesse nível está entre 0,3 a 0,6mg/kg/h, e sob
anestesia inalatória o índice de infusão varia entre 0,3 a 0,4mg/kg/h. Recomenda-se o controle contínuo do bloqueio
neuromuscular, uma vez que os requisitos do índice de infusão variam de um paciente para outro e com o tipo de
anestesia utilizada.
Pacientes pediátricos
Para recém-nascidos a termo (0-28 dias), lactentes (28 dias a 23 meses), crianças (2 a 11 anos) e adolescentes (12 a
18 anos), a dose recomendada para a intubação durante a anestesia de rotina e a dose de manutenção são similares às
dos adultos. No caso de infusão contínua pediátrica, os índices de infusão, exceto para crianças, são os mesmos que
para adultos. Para crianças, índices maiores de infusão podem ser necessários e o índice de infusão inicial é o mesmo
recomendado para adultos. Este deve ser ajustado para manter a resposta de contração a 10% da altura da contração
de controle ou para manter 1 ou 2 respostas TOF durante o procedimento.
A experiência com brometo de rocurônio na indução de sequência rápida em pacientes pediátricos é limitada.
Portanto, o brometo de rocurônio não é, portanto, recomendado para facilitar as condições da intubação traqueal
durante a indução de sequência rápida em pacientes pediátricos.
Pacientes geriátricos e pacientes com doenças hepáticas e/ou do trato biliar e/ou insuficiência renal
A dose padrão para intubação de pacientes geriátricos e pacientes com doenças hepáticas e/ou do trato biliar e/ou
insuficiência renal durante a anestesia de rotina é de 0,6mg/kg de brometo de rocurônio. Deve-se considerar uma
dose de 0,6mg/kg para indução de sequência rápida de anestesia nos pacientes em que se espera um prolongamento
da ação. Independentemente da técnica anestésica aplicada, recomenda-se para tais pacientes uma dose de
manutenção de brometo de rocurônio de 0,075 a 0,1mg/kg, com uma velocidade de infusão de 0,3 a 0,4mg/kg/h (ver
item “POSOLOGIA E MODO DE USAR - Infusão contínua”) (ver também item “ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES”).
Pacientes obesos e com excesso de peso
Ao utilizar brometo de rocurônio em pacientes com excesso de peso ou obesos (definidos como pacientes com peso
corporal superior a 30% ou mais em relação ao peso corporal ideal), as doses devem ser reduzidas em função do peso
corporal ideal.
Procedimentos de terapia intensiva
Para intubação traqueal, devem-se usar as mesmas doses recomendadas para procedimentos cirúrgicos.
Recomenda-se o uso de uma dose inicial de 0,6mg/kg de brometo de rocurônio, seguida por uma infusão contínua
assim que haja recuperação de 10% ao estímulo ou 1 a 2 contrações em resposta a um estímulo TOF. As doses
devem ser sempre ajustadas para cada paciente. Em pacientes adultos, para a manutenção do bloqueio neuromuscular
em 80 a 90% (1 a 2 contrações em resposta a um estímulo TOF), recomenda-se uma velocidade inicial de infusão de
0,3 a 0,6mg/kg/h durante a primeira hora de administração, a qual deverá ser reduzida, de acordo com a resposta
individual, durante as próximas 6 a 12 horas. A partir daí, os requisitos individuais de dose permanecem
relativamente constantes.
Em estudos clínicos controlados foi encontrada uma grande variabilidade entre os pacientes nas velocidades de
infusão horária, variando de 0,2 a 0,5mg/kg/h, dependendo da natureza e extensão da falência de órgãos, medicação
concomitante e características individuais dos pacientes. Recomenda-se enfaticamente a monitoração da transmissão
neuromuscular para obter ótimo controle individual do paciente. Foi investigada a administração por até 7 dias.
Populações especiais
Brometo de rocurônio não é recomendado para facilitar a ventilação mecânica na terapia intensiva em pacientes
pediátricos e geriátricos, devido à falta de dados de segurança e eficácia.
As reações adversas mais comuns incluem dor/reação no local da injeção, alterações nos sinais vitais e bloqueio
neuromuscular prolongado. As reações adversas graves relatadas com mais frequência durante a farmacovigilância
foram reações anafiláticas e anafilactoides e sintomas associados. Ver também as informações abaixo da tabela.
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MedDRA SOC
Termo preferidoa
Incomum/raro (<1/100, >1/10.000)b
Muito raro (<1/10.000)
Distúrbios do sistema imune --
Hipersensibilidade, reações
anafiláticas, reações anafilactoides,
choque anafilático, choque
anafilactoide
Distúrbios do sistema nervoso -- Paralisia flácida
Distúrbios cardíacos Taquicardia --
Distúrbios vasculares Hipotensão
Choque e colapso circulatório,
flushing
Distúrbios respiratórios, torácicos e
mediastinais
-- Broncoespasmo
Distúrbios da pele e tecidos
subcutâneos
--
Edema angioneurótico, urticária,
exantema, erupção eritematosa
Distúrbios musculoesqueléticos e do
tecido conectivo
Fraqueza muscularc
e miopatia
esteroidalc
Distúrbios gerais e condições no
local de administração
Fármaco ineficaz, efeito do fármaco/
resposta terapêutica diminuída,
efeito do fármaco/resposta
terapêutica aumentada, dor no local
da injeção, reação no local da
injeção
Edema facial
Lesão, intoxicação e complicações
no procedimento
Bloqueio neuromuscular
prolongado, recuperação retardada
da anestesia
Complicação anestésica de vias
aéreas
MedDRA versão 8.1
a. As frequências são estimativas derivadas de dados dos relatórios de farmacovigilância e de dados da literatura em
geral.
b. Os dados de farmacovigilância não podem fornecer a incidência precisa. Por essa razão, a frequência relatada foi
dividida em duas e não em cinco categorias.
c. Após uso de longa duração em UTI.
Anafilaxia
Embora muito raras, foram relatadas reações anafiláticas graves a agentes bloqueadores neuromusculares, incluindo
brometo de rocurônio. As reações anafiláticas/anafilactoides, broncoespasmo, alterações cardiovasculares (ex.
hipotensão, taquicardia, colapso - choque circulatório) e cutâneas (ex. angioedema e urticária). Em alguns casos,
essas reações foram fatais. Devido à possível gravidade dessas reações, deve-se sempre supor que elas possam
ocorrer e tomar as precauções necessárias. Uma vez que os agentes bloqueadores neuromusculares são sabidamente
capazes de induzir a liberação de histamina, tanto no local da injeção quanto sistemicamente, a possibilidade de
ocorrência de reações pruriginosas e eritematosas no local da injeção e/ou reações histamínicas (anafilactoides)
generalizadas (ver também sobre reações anafiláticas acima), deve(m) ser sempre levada(s) em consideração quando
se administra tais medicamentos.
Em estudos clínicos, foram observados apenas pequenos aumentos nos níveis plasmáticos médios de histamina após
a administração rápida em bolus de doses de 0,3 a 0,9mg/kg de brometo de rocurônio.
Bloqueio neuromusular prolongado
A reação adversa mais frequente à classe dos agentes bloqueadores não despolarizantes consiste na extensão da ação
farmacológica do medicamento além do período necessário. Esta pode variar de fraqueza dos músculos esqueléticos
a paralisia profunda e prolongada destes, resultando em insuficiência respiratória ou apneia.
Miopatia
Foram relatados casos de miopatia após o uso de diversos agentes bloqueadores neuromusculares em combinação
com corticosteroides na UTI (ver item “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Reações no local da injeção
Durante a indução de sequência rápida de anestesia, foi relatada dor à injeção, especialmente quando o paciente não
havia perdido completamente a consciência e, particularmente, quando o propofol foi usado como agente de indução.
Em estudos clínicos, foi observada dor à injeção em 16% dos pacientes submetidos à indução de sequência rápida de
anestesia com propofol e em menos de 0,5% dos submetidos à indução de sequência rápida de anestesia com fentanil
e tiopental.
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Pacientes pediátricos
Uma meta-análise de 11 estudos clínicos em pacientes pediátricos (n=704) com brometo de rocurônio (até 1mg/kg)
mostrou que taquicardia foi identificada como reação adversa com uma frequência de 1,4%.
“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.”
Em caso de superdose e prolongamento do bloqueio neuromuscular, o paciente deve continuar a receber suporte
ventilatório e sedação. Nesta situação, há duas opções para reverter o bloqueio neuromuscular: (1) o sugamadex pode
ser utilizado para reverter bloqueios profundos e intensos. A dose de sugamadex a ser administrada depende do nível
do bloqueio neuromuscular. (2) Um inibidor da acetilcolinesterase (por ex. neostigmina, edrofônio, piridostigmina)
pode ser utilizado até que se inicie a recuperação espontânea e deve ser administrado em doses adequadas. Quando a
administração de agentes inibidores da acetilcolinesterase não reverter os efeitos neuromusculares de brometo de
rocurônio, deve-se continuar com a ventilação até que a respiração espontânea seja restaurada. A administração de
doses repetidas de inibidores da acetilcolinesterase pode ser perigosa. Em estudos com animais, a depressão grave da
função cardiovascular, eventualmente levando a colapso cardíaco, não ocorreu até a administração de uma dose
cumulativa de 750 vezes a DE90 (135mg/kg de brometo de rocurônio).
“Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações”.
Registro MS 1.1402.0076
Farmacêutico Responsável: Walter F. da Silva Junior
CRF-GO: 5497
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
ME - 003450
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Anexo B
Histórico de Alteração para Bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
Nº expediente Assunto
Nº
Assunto
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
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24/10/2014 Não se aplica
10452 –
Genérico –
Notificação de
Alteração de
Texto de bula -
RDC 60/12.
NA NA NA NA
CARACTERÍSTICAS
FARMACOLÓGICAS
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
POSOLOGIA E MODO DE USAR