Bula do Broncho-Vaxom produzido pelo laboratorio Takeda Pharma Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
BRONCHO-VAXOM ®
Takeda Pharma Ltda.
Cápsulas - 3,5 e 7,0 mg
Granulado - 3,5 mg/sachê
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009
APRESENTAÇÕES
Pediátrico: Cápsulas de 3,5 mg. Embalagem com 10 unidades.
Granulado de 3,5 mg/sachê. Embalagem com 30 sachês.
Adulto: Cápsulas de 7 mg. Embalagens com 10 e 30 unidades.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Broncho-Vaxom®
Adulto
Cada cápsula contém 7 mg de lisado bacteriano de Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Klebsiella
pneumoniae ssp. pneumoniae, Klebsiella pneumoniae ssp. ozaenae, Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes,
Streptococcus sanguinis e Moraxella (Branhamella) catarrhalis contido em 40 mg de liofilizado padronizado.
Excipientes: amido de milho, estearato de magnésio, manitol, glutamato de sódio e propilgalato.
Pediátrico
Cada cápsula contém 3,5 mg de lisado bacteriano de Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Klebsiella
Streptococcus sanguinis e Moraxella (Branhamella) catarrhalis contido em 20 mg de liofilizado padronizado.
Cada sachê contém 3,5 mg de lisado bacteriano de Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Klebsiella
Excipientes: amido de milho, silicato de magnésio, estearato de magnésio e manitol.
Terapia adjuvante em todos os processos infecciosos do trato respiratório. Prevenção de recidivas e da transição para o
estado crônico. Broncho-Vaxom®
é especialmente recomendado como terapia auxiliar nos seguintes casos: bronquites
aguda e crônica; amigdalite, faringite e laringite; rinite, sinusite e otite; infecções resistentes aos antibióticos
convencionais; complicações bacterianas decorrentes de infecções virais do trato respiratório, especialmente na criança
e no idoso.
Broncho-Vaxom®
estimula as defesas naturais do organismo e aumenta a resistência às infecções do trato respiratório,
prevenindo a recorrência dos processos infecciosos das vias aéreas superiores e inferiores, principalmente as
exacerbações infecciosas da bronquite crônica, conforme demonstraram vários estudos clínicos duplo-cegos
comparativos e abertos, tanto em crianças como em adultos.
A eficácia clínica de Broncho-Vaxom®
foi avaliada em um estudo duplo-cego, randomizado e comparativo com placebo
em 116 crianças com idade superior a seis meses apresentando três ou mais infecções respiratórias agudas
(rinofaringites, bronquites, otites, sinusites, tonsilites) no inverno ou nos últimos seis meses. O período de tratamento foi
de 90 dias e consistiu de 10 dias de uso da medicação por mês durante 3 meses, com um seguimento de três meses. Nos
180 dias de avaliação dos pacientes com o fármaco ativo, 39,5% permaneceram livres de infecções (em comparação
com 16,5% do grupo placebo; p<0,01) e 44% não necessitaram de antibioticoterapia (contra 23,5% com placebo;
p<0,05). Essas diferenças foram mais acentuadas no subgrupo de crianças menores de seis anos: 34% vs. 3,5% para
ausência de infecção (p<0,01) e 37% vs. 10% para necessidade de antibióticos (p<0,05). A tolerabilidade foi excelente.
[Paupe J. Immunotherapy with an oral bacterial extract (OM-85 BV) for upper respiratory infections. Respiration 1991;
58(3-4):150-4].
Em outro estudo prospectivo duplo-cego, de grupos paralelos, 54 crianças (1-12 anos) foram randomizadas para
receberem Broncho-Vaxom®
ou placebo, uma cápsula ao dia, durante 10 dias por três meses consecutivos, com
repetição seis meses após. O período de seguimento foi de 12 meses, ao fim dos quais se verificou que o número médio
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de infecções, o número de cursos de antibioticoterapia e a duração total das infecções respiratórias se reduziu de forma
significativa (p<0,001) com o uso do produto ativo. Quatro crianças apresentaram eventos adversos com o uso do
fármaco e seis com o uso de placebo.[Gutiérrez-Tarango MD, Berber A. Safety and efficacy of two courses of OM-85
BV in the prevention of respiratory tract infections in children during 12 months. Chest 2001;119:1742-8].
Um estudo multicêntrico que incluiu 423 crianças de seis a 24 meses de idade atendidas em uma creche demonstrou no
grupo tratado com Broncho-Vaxom®
durante três meses uma redução de 48% no risco de apresentar três ou mais
episódios de infecção das vias aéreas superiores, assim como menor risco de ocorrência de um ou mais episódios de
gastroenterite. [Collet JP et al. Stimulation of nonspecific immunity to reduce the risk of recurrent infections in children
attending day-care centers. Pediatr Infect Dis J 1993;12(8):648-52].
Em pacientes idosos (>65anos de idade) com bronquite crônica, institucionalizados, a eficácia de Broncho-Vaxom®
foi
confirmada em um estudo duplo-cego, randomizado, controlado com placebo. Completaram o estudo 290 pacientes
(147 com produto ativo e 143 com placebo), tendo sido observada uma redução de 28% no número de infecções das
vias aéreas inferiores nos casos tratados com Broncho-Vaxom®
, o que resultou de uma redução de 40% no número de
episódios de bronquite aguda (p<0,01). Um número maior de pacientes tratados com o fármaco ativo ficou livre de
crises de bronquite aguda nos seis meses do estudo (96 vs. 69) e houve ainda uma diminuição de 28% no número de
prescrições de antibióticos. [Orcel B et al. Oral immunization with bacterial extracts for protection against acute
bronchitis in elderly institutionalized patients with chronic bronchitis. Eur Respir J 1994;7:446-52]. Resultados
semelhantes foram relatados com 381 pacientes que apresentavam doença pulmonar obstrutiva crônica em um estudo
multicêntrico, duplo-cego, randomizado e controlado com placebo. O tratamento com Broncho-Vaxom®
proporcionou
redução do número de exacerbações agudas e dos dias de hospitalização, além de melhora da dispneia, em comparação
com placebo, com significância estatística.[Collet JP et al. The PARI-IS study. Prevention of acute respiratory infection
by an immunostimulant. Am J Respir Crit Care Med 1997;156(6):1719-24].
Broncho-Vaxom®
é um composto imunoestimulante cujo princípio ativo consiste em um lisado bacteriano liofilizado de
Haemophilus influenzae, Diplococcus pneumoniae, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella ozaenae, Staphylococcus aureus,
Streptococcus pyogenes, Streptococcus viridans e Moraxella catarrhalis (Neisseria). Broncho-Vaxom®
estimula a
imunidade, fortalecendo a resistência do sistema respiratório às infecções e reduzindo o risco de recidivas. Esta ação foi
demonstrada no homem pelo aumento do nível de linfócitos T circulantes e de IgA secretora, e pela resposta não
específica a antígenos por meio do estímulo sobre macrófagos e mediadores imunológicos.
Propriedades farmacodinâmicas: Os extratos bacterianos são liberados na luz intestinal e chegam ao tecido linfóide
associado à mucosa (MALT) onde são capturados por estruturas especializadas, as células M, como as placas de Peyer.
As células M transportam os antígenos para o interior, onde os macrófagos os fagocitam, processam e apresentam aos
linfócitos T e B. Estes linfócitos migram para os gânglios mesentéricos e daí para o resto do sistema linfático e para a
circulação geral, dirigindo-se para as mucosas, onde se estabelecem e se diferenciam em células plasmáticas que iniciam
a produção de anticorpos IgA contra o antígeno indutor. Por outro lado geram-se linfócitos T cooperadores (helper) e se
ativam células fagocitárias do sistema imunitário. Além de coadjuvar a produção de IgA nas mucosas, Broncho-Vaxom®
modula a produção de IgM e IgG na circulação geral e diminui a geração de anticorpos IgE, normaliza a contagem de
linfócitos T em pacientes com deficiência de IgA e incrementa a proporção de linfócitos CD4/CD8 nos pulmões.
Estudos têm demonstrado que esses principais efeitos imunomoduladores pleiotrópicos do Broncho-Vaxom®
são mais bem
explicados por uma ativação do tecido linfóide associado à mucosa - MALT (mucosa-associated lymphoid tissue). Estas
ações baseiam-se na modulação da resposta imune do hospedeiro, havendo relatos de que ocorre aumento de interferon e de
interleucina (IL)-2, IL-6 e IL-8. Observou-se também um aumento de IL-11 nos fibroblastos pulmonares humanos, mas não
nos linfócitos. Estes efeitos imunomoduladores podem explicar a estimulação das células T cooperadoras (helper) e das
células NK (natural killer).
exerce esta atividade imunomoduladora por meio da modulação do transdutor de sinal gp130 e das
citocinas ligadas ao gp130. O aumento de IL-6 e de IL-11 pode explicar o incremento da atividade das células T e B, da
síntese de imunoglobulinas e da troca de IgM para IgG. Broncho-Vaxom®
também ativa os macrófagos (p. ex. aumenta
a produção de peróxidos) que desempenham um papel importante no sistema imune.
O local de ação primária de Broncho-Vaxom®
não está bem definido, mas estudos recentes in vitro sugerem que o
produto modificaria a resposta imune do hospedeiro por meio de uma sensibilização aumentada das células das
proteínas ligadas ao gp130 (IL-6, IL-11), importantes para a defesa contra vários patógenos. [Keul R et al. Induction of
interleukin 6 and interleukin 8 expression by Broncho-Vaxom (OM-85 BV) via C-Fos/serum responsive element.
Thorax 1996;51:150-4; Roth M, Block LH. Distinct effects of Broncho-Vaxom (OM-85 BV) on dp130 binding
cytokines. Thorax 2000;55:678-84; Puigdollers JM et al. Immunoglobulin production in man stimulated by orally
administered bacterial lysate. Respiration 1980;40:142-9; Emmerich B et al. Local immunity in patients with chronic
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bronchitis and the effects of a bacterial extract, Bronch-Vaxom, on T lymphocites, macrophages, (gamma)-interferon
and secretary immunoglobulin A in bronchoalveolar lavage fluid and other variables. Respiration 1990;57:90-9]
Propriedades farmacocinéticas: Não existe um modelo experimental que permita avaliar as propriedades
farmacocinéticas de imunomoduladores como o Broncho-Vaxom®
.
Dados de segurança pré-clínicos:
Extensos estudos de toxicologia em animais não revelaram nenhum efeito tóxico de relevância.
Nos testes de toxicologia da reprodução (fertilidade, embriotoxicidade ou fetotoxicidade, teratogenicidade,
desenvolvimento peri e pós-natal) não se evidenciaram quaisquer efeitos secundários.
não apresenta propriedade mutagênica nem indícios de sensibilização nos testes intradérmicos em
humanos.
Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para crianças com menos de seis meses de idade devido à imaturidade de seu
sistema imune.
O tratamento deve ser interrompido caso ocorram reações cutâneas e distúrbios respiratórios de longa duração, uma vez
que estes podem ser reflexos de reações de hipersensibilidade. O tratamento também deve ser interrompido no caso de
distúrbios gastrintestinais duradouros.
Pacientes idosos: não há recomendações especiais para o uso de Broncho-Vaxom®
em pacientes idosos.
Com base nos conhecimentos atuais, a administração de Broncho-Vaxom ®
não é recomendado em crianças com idade
inferior a 6 meses, devido a imaturidade do seu sistema imunitário.
Broncho-Vaxom® não afeta a capacidade de dirigir ou operar máquinas.
Gravidez e lactação: categoria B de risco na gravidez - Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
Até o momento não se conhecem interações medicamentosas com o uso do produto.
Interferência em testes de laboratório: Broncho-Vaxom®
pode induzir aumento na concentração de IGA em secreções e
de IgM, IgG e IgA no soro, redução dos níveis séricos de IgE e aumento no número de linfócitos e células fagocitárias
circulantes.
Conserve Broncho-Vaxom®
à temperatura ambiente (15°C a 30°C) e proteja-o de luz e umidade.
Este medicamento tem prazo de validade de 36 meses.
Número de lote e data de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
A cápsula de Broncho-Vaxom®
3,5 mg (pediátrico) é opaca, metade branca e a outra metade azul, contendo pó
levemente bege.
7 mg (adulto) é azul opaca, contendo pó levemente bege.
Os sachêes de Broncho-Vaxom®
contêm um granulado fino (pó) de coloração levemente bege.
Após dispersão do granulado dos sachês em pequena quantidade de água, suco de frutas ou leite, a ingestão deve ser
imediata.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Broncho-Vaxom®
destina-se a uso exclusivamente oral.
deve ser ingerido em jejum.
Adultos - cápsulas de 7 mg
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- Tratamento de episódios agudos: uma cápsula ao dia, em jejum, até o desaparecimento dos sintomas, por um período
mínimo de dez dias. Nos casos que requeiram terapia antibiótica, Broncho-Vaxom®
deve ser administrado junto com o
antibiótico preferencialmente desde o início do tratamento.
- Tratamento de prevenção de recidivas (recaídas): uma cápsula ao dia, em jejum, durante dez dias consecutivos com
intervalo de 20 dias devendo ser repetido por três meses seguidos.
Crianças - cápsulas de 3,5 mg
Empregar o mesmo esquema posológico adotado para os adultos. As cápsulas pediátricas contêm a metade da dose
preconizada para adultos.
Caso a criança apresente dificuldade em engolir a cápsula, esta pode ser aberta e o conteúdo disperso em uma pequena
quantidade de líquido, tal como água, suco de frutas ou leite. Neste caso, a apresentação em sachê também é recomenda
pois é melhor adaptada ao uso pediátrico. (vide abaixo).
Crianças - sachê de 3,5 mg
Empregar o mesmo esquema posológico adotado para os adultos.O conteúdo do sachê deve ser dissolvido em uma
pequena quantidade de água. Porém, nos casos em que a criança tenha dificuldade de ingerir o medicamento desta
forma, dissolvê-lo em pequena quantidade de suco de frutas, leite, iogurte ou outro alimento.
Relatos provenientes de estudos clínicos indicam uma incidência de efeitos adversos de 3% a 4%.Eventos adversos são
classificados abaixo de acordo com sua frequência:.
Reações comuns (ocorrem em 1% a 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): diarreia, dor abdominal, tosse e
erupção cutânea.
Reações incomuns (ocorrem em 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): hipersensibilidade (erupção
cutânea eritematosa, erupção cutânea generalizada, eritema, edema, edema palpebral, edema da face, edema periférico,
inchaço, inchaço da face, prurido, prurido generalizado, dispneia).
Os relatos pós-comercialização identificaram as seguintes reações adversas de frequência desconhecida: vômito, náusea,
angioedema, urticária, febre, fadiga e dor de cabeça.
Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmCadastro.asp, ou a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal. Informe também
a empresa através do seu serviço de atendimento.
Não existem relatos de superdoses. As características de Broncho-Vaxom®
e os resultados dos testes de toxicidade
efetuados em animais tornam altamente improvável o surgimento de efeitos tóxicos após superdoses do produto.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.