Bula do Calciofar produzido pelo laboratorio Belfar Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
CALCIOFAR
(FOSFATO DE CÁLCIO TRIBÁSICO, CIANOCOBALAMINA,
COLECALCIFEROL, FLUORETO DE SÓDIO)
BELFAR LTDA
SUSPENSÃO ORAL
30mg/mL + 3mcg/mL + 15UI/mL + 0,1mg/mL
Fosfato de cálcio tribásico, cianocobalamina, colecalciferol, fluoreto de sódio
APRESENTAÇÃO
Suspensão oral: frasco com 250mL.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL de suspensão contém:
Fosfato de cálcio tribásico......................................................................................... 30mg
Cianocobalamina (vitamina B12)................................................................................. 3µg
Colecalciferol (vitamina D3)...................................................................................... 15UI
Fluoreto de sódio ................................................................................................... 0,10mg
Veículo q.s.p............................................................................................................... 1mL
Veículo: (celulose coloidal, corante vermelho bordeaux, metilparabeno, propilparabeno,
aroma de framboesa, sacarose, sorbitol, polissorbato 80, propilenoglicol, óleo mineral,
água purificada).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Calciofar é um suplemento vitamínico e mineral indicados nos seguintes casos: para
crianças em fase de crescimento, para prevenção do raquitismo, para
prevenção/tratamento auxiliar na desmineralização óssea (osteoporose) pré e pós
menopausa.
A osteoporose é uma doença comum, geralmente assintomática, cujo diagnóstico acaba
muitas vezes sendo feito apenas na ocorrência de uma primeira fratura patológica em
mulheres menopausadas, apesar de poder afetar tanto mulheres como homens. As
fraturas patológicas, especialmente as de quadril, podem estar associadas à perda da
independência e até a uma significativa mortalidade. Portanto, após a menopausa,
estudos confirmam a necessidade do uso de suplementos à base de cálcio e vitamina D
como parte da prevenção e tratamento da osteoporose (Phillips & Braddon, 2004).
Existem diversos estudos que comprovam a eficácia dos sais de cálcio em situações
onde haja necessidades de suplementar os estoques do organismo. Segundo estudo de
Karp, Ketola & Lamberg-Allardt (2009), a suplementação com cálcio foi capaz de
reduzir os níveis de paratormônio (PTH) e os níveis de reabsorção óssea.
Estudos também mostram que a vitamina D e seus derivados, muitas vezes associados
ao cálcio, têm sido utilizados para a prevenção de fraturas osteoporóticas. Neste
contexto, vale citar uma revisão publicada pela Fundação Cochrane (Avenell, 2009) que
avaliou 45 estudos sobre a eficácia da vitamina D, isolada ou associada ao cálcio, em
pessoas idosas com osteoporose. Os resultados mostraram que a vitamina D isolada
pareceu não se mostrar eficaz na prevenção de fraturas. Por outro lado, quando
associada ao cálcio, a vitamina D mostrou-se eficaz na redução das fraturas de quadril
(em oito estudos, com 46.658 pacientes), comprovando a importância da associação de
ambos os compostos, especialmente em pessoas com osteoporose senil.
Em um estudo com liberação controlada de fluoreto, com doses mais baixos de flúor no
sangue, houve um aumento da densidade mineral óssea e diminuição de fraturas (Pak et
al., 1994).
Referências Bibliográficas
1. Karp HJ, Ketola ME, Lamberg-Allardt CJ. Acute effects of calcium carbonate,
calcium citrate and
potassium citrate on markers of calcium and bone metabolism in young women. Br J
Nutr. 2009
Nov;102(9):1341-7. Epub 2009 Jun 19.
2. Avenell A et al. Vitamin D and vitamin D analogues for preventing fractures
associated with
involutional and post-menopausal osteoporosis. Cochrane Database Syst Rev. 2009 Apr
15;(2):CD000227.
3. Phillips P, Braddon J. Osteoporosis--diagnosis, treatment and management. Aust Fam
Physician. 2004
Mar;33(3):111-9.
4.Pak, C.Y., Sakhaee, K., Piziak, V., et al. Slow-release sodium fluoride in the
management of
postmenopausal osteoporosis: A randomized, controlled trial. Ann. Intern. Med., 1994,
120:625-632.
A fisiologia do metabolismo do cálcio e do flúor está bem determinada, bem como seus
efeitos terapêuticos e tóxicos.
Propriedades físicas: por ser uma coletânia de cálcio, frequentemente é descrito como
fosfato tricálcico ou fosfato de cálcio tribásico, na fórmula Ca3 (PO4)2.
O cálcio é pouco absorvido pelo tubo intestinal devido à relativa insolubilidade de
muitos de seus compostos; 9/10 da ingestão diária são excretadas nas fezes, o restante
eliminado pela urina; no adulto, os valores normais ditos de renovação para cálcio estão
na cifra de 1000mg/dia, de onde serão absorvidos 350mg, porém secretados 250mg
pelos sucos gastrintestinais, restando um saldo de 100mg de absorção efetiva.
Ações fisiológicas e farmacológicas (terapêuticas): além da atuação sobre o
metabolismo ósseo, também atua na sua remodelação (relação osteoblastos-
osteoclastos), onde o esqueleto possui 99% do cálcio total do corpo; atua também no
sistema neuromuscular (limiar de excitação e contração), cardiovascular (despolarização
das fibras cardíacas) e outros (membrana celular, coagulação).
O fluoreto de sódio absorvido pelo intestino (maior parte), pulmões e pele, sendo sua
taxa de absorção em função de sua solubilidade. Dessa maneira tem sido detectado em
todos os órgãos e tecidos que se concentra no tecido ósseo (incluindo dentes),
tireoideanos, renal e aorta. Sua excreção é principalmente renal, mas também através do
intestino, suor e leite. Suas ações farmacológicas, de acordo com as normas nacionais e
internacionais que por sua vez giram em função da fluoretação da água variam de 0,25 a
1,0 mg/dia (respectivamente com a concentração na água de ≤ 0,3 a 0,6), incluem a
estimulação da formação óssea (através dos osteoblastos) e proteção dentária contra as
cáries (deve-se levar em conta também que 2,2mg de fluoreto de sódio equivale a 1mg
de flúor).
Calciofar não deve ser administrado em pacientes com hipercalcemia, hipercalciúria,
hipervitaminose D ou que apresentam hipersensibilidade a qualquer componente da
fórmula; também não deve ser administrado em pacientes com fluorese declarada ou
que utilizam outros produtos que contenham flúor.
Este medicamento é contraindicado para menores de 1 ano.
Deve-se ter cautela na administração de Calciofar a pacientes que fazem uso de
glicosídeos cardiotônicos, devido ao risco de precipitação de arritmias ou que
apresentam prejuízos da função renal. Embora não haja referências de casos de
superdosagem, o medicamento deve ser administrado com cuidado às populações onde
a concentração de flúor na água for maior do que 0,7 p.p.m., devido ao risco de fluorese
e eventuais manchas dentárias.
Cianocobalamina não deve ser usada em pacientes com Atrofia Óptica Hereditária de
Leber, uma vez que tem sido reportada uma atrofia rápida do nervo ótico na
administração a estes pacientes.
Atenção diabéticos: este medicamento contém SACAROSE.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
Sais de alumínio e magnésio podem diminuir a absorção do flúor. Pacientes que
utilizam medicamentos bisfosfonados devem esperar meia hora para ingerir Calciofar.
Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.
A suspensão é rosa, homogênea, de fácil redispersão. Possui odor característico de
framboesa.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A suspensão deve ser tomada sem diluir em água por via oral. Agite a suspensão antes
de utilizá-la.
Adultos: 5mL, 3 vezes ao dia, antes das principais refeições, ou a critério médico.
Crianças (a partir de 1 ano de idade): 4mL, 2 vezes ao dia, antes das principais
refeições, ou a critério médico.
Podem ocorrer reações desagradáveis, tais como: hipercalcemia, hipercalciúria,
constipação, náusea, vômito, diarréia.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.