Bula do Calnate produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
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Calnate
(poliestirenossulfonato de cálcio)
Bula para paciente
Pó para suspensão
900 mg/g
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MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Embalagem contendo 60 envelopes contendo 30 g.
USO ORAL E/OU RETAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
Composição:
Cada grama contém:
poliestirenossulfonato de cálcio*.................................................................. 900 mg
excipientes**. ............................................................................................. q.s.p. 1g
*Cada 900 mg de poliestirenossulfonato de cálcio equivale a 3,3 mEq de cálcio.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
**Excipientes: ácido cítrico e sacarose.
Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) está indicado no tratamento da hiperpotassemia (concentração alta e
maior que normal de potássio no sangue circulante) em casos de insuficiência renal (diminuição da função dos
rins).
Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) é uma resina que funciona trocando o cálcio presente em sua
composição pelo potássio do organismo. Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) age no intestino grosso
liberando parcialmente o cálcio e recebendo o potássio que, então, é eliminado juntamente com as fezes.
Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) não deve ser utilizado por pacientes com problemas das paratireoides
(glândulas que produzem paratormônio – hormônio que regula o metabolismo do cálcio), problemas de doenças
no sangue (mieloma múltiplo), sarcoidose (doença sem causa conhecida na qual acumulam-se granulomas –
pequenos nódulos – nos tecidos) ou carcinoma metastático que possam apresentar insuficiência renal e elevada
taxa de cálcio no sangue. Os pacientes com cálculo renal ou elevada taxa de cálcio no sangue de qualquer origem
também não devem utilizar Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio).
Como a diminuição efetiva do potássio sérico (no sangue) com Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) pode
levar de horas a dias, o tratamento apenas com esta droga pode ser insuficiente para corrigir rapidamente a
hiperpotassemia (concentração alta e maior que normal de potássio no sangue circulante) severa associada à
destruição tecidual massiva (por exemplo, queimaduras e insuficiência renal) ou a hiperpotassemia intensa
considerada emergência médica. Portanto, outras medidas definitivas, incluindo diálise, devem sempre ser
consideradas e podem ser imperativas.
Pode ocorrer séria deficiência de potássio durante o tratamento com Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio). O
efeito deve ser cuidadosamente controlado por determinações frequentes do potássio sérico (no sangue) dentro
de cada período de 24 horas.
Uma vez que a deficiência intracelular de potássio nem sempre é reflexo dos níveis séricos (no sangue) de
potássio, o nível em que o tratamento com Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) deve ser interrompido, deve
ser determinado individualmente para cada paciente. A condição clínica do paciente e o eletrocardiograma são
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importantes auxiliares na determinação da interrupção do tratamento. Os sinais clínicos precoces de
hipopotassemia (diminuição de potássio no sangue) grave incluem um padrão de confusão com irritabilidade e
retardo dos processos de pensamento, alterações no eletrocardiograma, arritmias (alteração do ritmo cardíaco).
Os efeitos tóxicos dos digitálicos (tipo de classe medicamentosa utilizada para tratamento de problemas
cardíacos) podem, provavelmente, estar exacerbados. A hipopotassemia (diminuição de potássio no sangue)
severa pode também manifestar-se por fraqueza muscular grave, algumas vezes estendendo-se para paralisia
franca.
Devido a ação de Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio), magnésio e sódio podem ser perdidos durante o
tratamento. Em vista disso, os pacientes recebendo Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) devem ser
monitorizados quanto a todos os possíveis distúrbios dos componentes minerais do nosso corpo.
Podem ocorrer hipercalcemia (aumento do cálcio no sangue) e hipercalciúria (aumento do cálcio na urina) com o
uso de Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio). Isto é mais provável em pacientes com hipoparatireoidismo
(doença que causa diminuição da função das glândulas paratireoides) que estejam recebendo altas doses de
vitamina D, ou em pacientes com comprometimento da função renal, em tratamento de diálise ou não. Os
sintomas de hipercalcemia (aumento do cálcio no sangue) incluem perda do apetite, náusea, vômito, constipação
(prisão de ventre), dor abdominal, boca seca, sede e poliúria (aumento do volume urinário).
Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) pode ser utilizado em qualquer faixa etária, devendo o médico
considerar os principais aspectos clínico-fisicos inerentes a cada faixa etária, levando sempre em consideração a
relação risco/benefício.
Atenção: Este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de
Diabetes.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Os pacientes em tratamento com Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) devem evitar ingestão de antiácidos e
laxantes. Pacientes utilizando Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) devem informar seu médico sempre que
necessitarem adicionalmente de outra medicação, pois, pode haver interação entre os remédios, diminuindo ou
aumentando de forma indesejável o efeito dos mesmos.
Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) não deve ser administrado com suco de frutas.
Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) só deve ser utilizado sob orientação médica. Para obter o máximo de
eficácia, utilize a medicação na dose correta e pelo período de tratamento estipulados pelo seu médico.
Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) pode ser utilizado por crianças e adultos. Seu médico está apto a
fornecer a dosagem de acordo com a sua faixa etária ou a de seu filho.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
A suspensão da droga deve ser preparada no momento do uso e não deve ser guardada.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) apresenta-se como pó fino isento de partículas estranhas de cor bege.
Após reconstituição: s o.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
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Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) pode ser administrado por via oral ou através da introdução do
medicamento por via retal, denominada de enemas de retenção (via retal). Sempre que possível, deve-se dar
preferência à via oral uma vez que os resultados são mais evidentes.
A suspensão da droga deve ser preparada no momento do uso e não deve ser guardada.
FORMA DE ADMINISTRAÇÃO DO MEDICAMENTO
As recomendações de como administrar o medicamento descritas abaixo constituem orientação geral. As
necessidades precisas devem ser decididas face a determinações regulares das quantidades dos minerais do
corpo.
1. Via Oral
Adultos, incluindo idosos: 15 g, três ou quatro vezes ao dia.
Crianças: 1 g por quilograma de peso por dia, administrada em doses divididas, em hiperpotassemia aguda
(concentração alta e maior que normal de potássio no sangue circulante). A dose pode ser reduzida para 0,5 g por
quilograma de peso por dia, em doses divididas para tratamento de manutenção.
Cada dose deve ser administrada na forma de suspensão em pequena quantidade de água. A quantidade de
líquido usualmente varia de 20 a 100 ml, dependendo da dose. A suspensão pode também ser preparada
adicionando-se 3 a 4 ml de líquido por grama de resina. O sorbitol pode ser administrado, a fim de evitar
constipação. A resina não deve ser administrada em sucos de frutas que tenham um alto conteúdo de potássio.
Se houver dificuldade na deglutição, a resina pode ser administrada através de sonda gástrica de 2 a 3 mm de
diâmetro e, se desejado, misturada a uma dieta apropriada para insuficiência renal.
2. Via Retal
- Adultos, incluindo idosos: Em casos onde vômitos tornem a administração oral difícil, Calnate
(poliestirenossulfonato de cálcio) pode ser administrado por via retal na forma de suspensão de 30 g de resina em
veículo aquoso (p. ex. 200 ml de metilcelulose a 1% ou 100 ml de sorbitol); como enema de retenção,
diariamente. Cada dose é administrada como suspensão aquecida (à temperatura corporal). A suspensão deve ser
levemente agitada durante a administração.
Nos estágios iniciais, a administração por via retal associada à via oral pode ajudar a diminuir mais rapidamente
os níveis séricos de potássio. Inicialmente se ambas as vias forem usadas, provavelmente será desnecessário
continuar a administração retal após a resina oral ter atingido o reto.
Se possível, o enema deve ser retido pelo menos por 9 horas, e então seguido por um enema de lavagem.
Após um enema de lavagem inicial, uma sonda de borracha macia de tamanho grande (French 28) é inserida via
retal por cerca de 20 cm, com a extremidade atingindo o sigmoide e fixada nessa posição. A resina é então
suspensa em quantidade apropriada de veículo aquoso à temperatura corporal e introduzida por gravidade,
enquanto as partículas são mantidas em suspensão por agitação. A suspensão é lavada com 50 a 100 ml de
líquido, seguido do clampeamento da sonda, mantendo-a no local. Se ocorrer refluxo, os quadris devem ser
elevados com travesseiros ou o paciente deve ficar temporariamente em posição genupeitoral. Pode-se utilizar
uma suspensão um pouco mais densa; entretanto, deve-se evitar formação da pasta, que reduzirá a superfície de
troca, sendo inefetiva se depositada na ampola retal. A suspensão deve ser mantida no cólon sigmoide por várias
horas, se possível. Então, o cólon é lavado com solução que não contém cálcio, à temperatura corporal, a fim de
remover a resina. Dois litros de solução para lavagem podem ser necessários. O retorno é drenado
constantemente através de uma conexão em Y.
- Crianças: Quando recusada por boca, ou em caso de vômito, a resina pode ser administrada por via retal,
usando uma dose no mínimo igual à que deveria ser administrada por via oral, diluída na mesma proporção
descrita para adultos.
A intensidade e duração da terapia dependem da severidade e persistência da hiperpotassemia (concentração alta
e maior que normal de potássio no sangue circulante).
Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) não deve ser aquecido, pois suas propriedades de troca podem ser
alteradas.
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Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não
interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Se você esquecer de utilizar Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) no horário estabelecido pelo seu médico,
utilize-o assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de utilizar a próxima dose, pule a dose
esquecida e tome a próxima, continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico.
Neste caso, não utilize o medicamento em dobro para compensar doses esquecidas.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Reações ocorreram em mais de 1% dos pacientes que utilizaram a medicação: Calnate
(poliestirenossulfonato de cálcio) pode causar o aparecimento de reações desagradáveis, tais como: irritação
gástrica (do estômago), falta de apetite, náusea, vômito, constipação (prisão de ventre) e diarreia. Pode ocasionar
distúrbios eletrolíticos, ou seja, alterações nas concentrações de íons na corrente sanguínea. Baixa concentração
sanguínea de potássio, de sódio e de magnésio e retenção de cálcio também poderá ocorrer.
Altas doses em pessoas idosas podem causar impactação fecal. Para evitar que esta reação ocorra, converse com
seu médico.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo
uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.