Bula do Camptosar para o Paciente

Bula do Camptosar produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Camptosar
Laboratorios Pfizer Ltda. - Paciente

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BULA COMPLETA DO CAMPTOSAR PARA O PACIENTE

CAMPTOSAR

Laboratórios Pfizer Ltda.

Solução Injetável

20 mg/mL

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10/jun/2014

Camptosar®

cloridrato de irinotecano tri-hidratado

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome comercial: Camptosar®

Nome genérico: cloridrato de irinotecano tri-hidratado

APRESENTAÇÕES

Camptosar® solução injetável 20 mg/mL em embalagens contendo 1 frasco-ampola de plástico âmbar com 2 ou

5 mL de solução.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INFUSÃO INTRAVENOSA

USO ADULTO

CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO

COMPOSIÇÃO:

Cada mL da solução injetável de Camptosar® contém 20 mg de cloridrato de irinotecano tri-hidratado

equivalente a 17,33 mg de irinotecano.

Excipientes: sorbitol, ácido láctico, solução de hidróxido de sódio, solução de ácido clorídrico e água para

injetáveis.

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II - INFORMAÇÕES AO PACIENTE

USO RESTRITO A HOSPITAIS

Este produto é de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados e deve ser manipulado apenas

por pessoal treinado.

1. PARA QUÊ ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

Camptosar® (cloridrato de irinotecano tri-hidratado) solução injetável é indicado como agente único ou

combinado no tratamento de pacientes com:

 Carcinoma metastático do cólon ou reto não tratado previamente;

 Carcinoma metastático do cólon ou reto que tenha recorrido (voltado) ou progredido (piorado) após

terapia anterior com 5-fluoruracila;

 Neoplasia pulmonar de células pequenas e não pequenas;

 Neoplasia de colo de útero;

 Neoplasia de ovário;

 Neoplasia gástrica recorrente ou inoperável.

Camptosar® está indicado para tratamento como agente único de pacientes com:

 Neoplasia de mama inoperável ou recorrente;

 Carcinoma de células escamosas da pele;

 Linfoma maligno.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

Camptosar® é um agente antineoplásico (medicamento usado no tratamento de neoplasia) que age interagindo

com a enzima topoisomerase I, uma enzima importante no processo de multiplicação das células. O bloqueio

desta enzima causa um erro no funcionamento das células tumorais, levando-as a morte. As concentrações

máximas do metabólito ativo (da substância ativa) de Camptosar® são atingidas, geralmente, dentro de 1 hora

após o término de uma infusão de 90 minutos do produto.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Camptosar® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade (alergia) conhecida ao fármaco ou a qualquer

componente da fórmula.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Administração: Camptosar® deve ser administrado obrigatoriamente sob a supervisão de um médico com

experiência no uso de agentes quimioterápicos (medicamentos) para neoplasia.

O uso de Camptosar® nas situações a seguir deve ser avaliado através da análise dos benefícios e riscos

esperados, e indicado quando os benefícios superarem os possíveis riscos:

 em pacientes que apresentam um fator de risco (particularmente os com performance status = 2 OMS)

(índice que reflete o estado geral do paciente).

 em raros casos, onde os pacientes apresentam recomendações relacionadas ao controle de eventos

adversos (necessidade de tratamento imediato e prolongado contra diarreia combinado a alto consumo de líquido

no início da diarreia tardia). Recomenda-se supervisão hospitalar a tais pacientes.

Sintomas colinérgicos: os pacientes podem apresentar sintomas colinérgicos (sintomas desencadeados devido à

liberação de substâncias chamadas neurotransmissores que controlam várias funções do organismo) como rinite,

salivação aumentada, miose (fechamento da pupila), lacrimejamento, diaforese (aumento da produção de suor),

rubor (vasodilatação), bradicardia (diminuição na frequência cardíaca) e aumento do peristaltismo (movimento)

intestinal que pode causar cólicas abdominais e diarreia em fase inicial da administração (por ex.: diarreia

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ocorrendo geralmente durante ou até 8 horas da administração de Camptosar®). Esses sintomas podem ser

observados durante, ou logo após, a infusão de Camptosar®, devendo ocorrer mais frequentemente com doses

mais altas. Em pacientes com sintomas colinérgicos a administração terapêutica, ou profilática, de atropina 0,25

a 1 mg por via intravenosa ou subcutânea deve ser considerada (a não ser que contraindicada clinicamente). A

definição do uso dessa medicação cabe ao médico que está acompanhando o paciente.

Extravasamento: embora Camptosar® não seja, sabidamente, vesicante (irritante da veia onde o produto está

sendo infundido), deve-se tomar cuidado para evitar extravasamento (infusão da medicação fora da veia) e

observar o local da infusão quanto a sinais inflamatórios (aumento de calor local, avermelhamento, dor). Caso

ocorra extravasamento, recomenda-se infusão para “lavar” o local de acesso e aplicação de gelo.

Hepático: em estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento) foram observadas, em menos de

10% dos pacientes, anormalidades das enzimas hepáticas (testes que avaliam a função do fígado). Esses eventos

ocorrem tipicamente em pacientes com metástases hepáticas conhecidas e não estão claramente relacionados ao

Camptosar®.

Hematológico: o Camptosar® frequentemente causa diminuição do número de células do sistema de defesa do

organismo e anemia, inclusive graves, devendo ser evitado em pacientes com insuficiência aguda (mau

funcionamento agudo) grave da medula óssea (órgão responsável pela produção das células sanguíneas). A

trombocitopenia (queda na contagem de plaquetas, (células sanguíneas responsáveis pela coagulação)) grave é

incomum. Nos estudos clínicos, a frequência de neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa no

sangue: neutrófilos) foi significativamente maior em pacientes que haviam recebido previamente irradiação

(radioterapia) pélvica/abdominal do que naqueles que não haviam recebido tal irradiação.

Neutropenia febril (pacientes com diminuição do número de neutrófilos, que evoluíram com febre) ocorreu em

menos de 10% dos pacientes nos estudos clínicos. Mortes devido à sepse após neutropenia grave foram relatadas

em pacientes tratados com Camptosar®. A terapia com Camptosar® deve ser temporariamente descontinuada

caso ocorra neutropenia febril ou se a contagem absoluta de neutrófilos cair abaixo de 1000/mm3

. A dose do

produto deve ser reduzida no caso de ocorrência de neutropenia não febril clinicamente significativa.

Pacientes com atividade de UGT1A1 reduzida: dados de uma revisão de estudos indicaram que indivíduos com

síndrome Crigler-Najjar (tipos 1 e 2) ou aqueles considerados homozigóticos (que têm genes iguais para uma

certa característica) para o par de genes UGT1A1*28 (síndrome de Gilbert) correm um risco elevado de

toxicidade no sangue após a administração de doses moderada a altas de irinotecano. A relação entre o genótipo

(o que está definido nos genes de cada pessoa) UGT1A1 e a indução de diarreia pelo irinotecano não foi

estabelecida.

Em pacientes homozigóticos (que têm genes iguais para uma certa característica) para UGT1A1*28 deve ser

administrada a dose inicial normal indicada para irinotecano. Entretanto, estes pacientes devem ser monitorados

quanto à toxicidade no sangue. Uma dose inicial reduzida de irinotecano deve ser considerada em pacientes que

já tenham sofrido toxicidade no sangue com tratamento anterior. A redução exata da dose inicial nesses pacientes

não foi estabelecida e quaisquer modificações de dose subsequente, devem ser baseadas na tolerância individual

do paciente ao tratamento.

Reações de hipersensibilidade: foram relatadas reações de hipersensibilidade (alergia), inclusive reações

anafilática/anafilactoide graves (reação alérgica grave).

Efeitos imunossupressores/ Aumento da suscetibilidade a infecções: a administração de vacinas com

microrganismos vivos ou atenuados (mortos ou inativados) em pacientes imunocomprometidos por agentes

quimioterápicos, incluindo Camptosar®, pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com vacinas

contendo microrganismos vivos deve ser evitada em pacientes recebendo Camptosar®. As vacinas com

microrganismos mortos ou inativados podem ser administradas, no entanto, a resposta a esta vacina pode ser

diminuída.

Diarreia tardia: a diarreia tardia (aquela que ocorre mais de 8 horas após a administração do produto) pode ser

prolongada e pode levar à desidratação, desequilíbrio eletrolítico (dos eletrólitos – substâncias como sódio e

potássio- presentes no sangue) ou sepse (infecção grave com comprometimento de vários órgãos), constituindo

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um risco de morte potencial. Nos estudos clínicos que testaram o esquema posológico a cada 3 semanas, a

diarreia tardia surgiu, em média, após 5 dias da infusão de Camptosar®. Nos estudos que avaliaram a posologia

semanal, este intervalo médio foi de 11 dias. Nos pacientes que começaram o tratamento com a dose semanal de

125 mg/m2

, o tempo médio de duração de qualquer Grau de diarreia tardia foi de 3 dias. Nos pacientes tratados

com a dose semanal de 125 mg/m2

que tiveram diarreia mais intensa, o tempo médio de duração de todo o

episódio de diarreia foi de 7 dias. Resultados de um estudo de um esquema semanal de tratamento não

demonstraram diferença na taxa de diarreia tardia em pacientes com 65 anos ou mais em relação a pacientes com

menos de 65 anos. Entretanto, pacientes com 65 anos ou mais, devem ser monitorados de perto devido ao risco

aumentado de diarreia precoce observada nesta população. Ulceração (formação de feridas) do cólon (do

intestino grosso), algumas vezes com sangramento, foi observada em associação à diarreia induzida pelo

irinotecano.

Se ocorrer diarreia, o médico responsável deve ser avisado e ele tomará as medidas necessárias. A diarreia tardia

deve ser tratada com loperamida imediatamente após observar-se o primeiro episódio de fezes amolecidas, ou

malformadas, ou ainda, na ocorrência de evacuações em frequência maior do que a esperada. Em caso de

desidratação, devem ser realizadas reposições hídrica (de água) e eletrolítica (de eletrólitos, substâncias como

sódio e potássio), através de soro caseiro ou preparações semelhantes. Se os pacientes apresentarem íleo

paralítico (parada dos movimentos intestinais), febre ou neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa

no sangue: neutrófilos) grave, tratamento de suporte com antibióticos deve ser administrado. Além do tratamento

antibiótico, a hospitalização é recomendada para o tratamento de diarreia, nos seguintes casos:

- diarreia com febre;

- diarreia grave (requerendo hidratação intravenosa);

- pacientes com vômito associado à diarreia tardia;

- diarreia persistindo por cerca de 48 horas após o início da terapia com altas doses de loperamida.

Após o primeiro ciclo de tratamento, os ciclos quimioterápicos semanais subsequentes só devem ser iniciados

quando a função intestinal (número e quantidade de evacuações) do paciente retornar ao padrão pré-tratamento

por, pelo menos, 24 horas sem a necessidade de medicação antidiarreica. Se ocorrer diarreia grave a

administração de Camptosar® deve ser descontinuada e retomada em dose reduzida assim que o paciente se

recuperar.

Doença inflamatória crônica e/ou obstrução intestinal: em caso de obstrução intestinal os pacientes não devem

ser tratados com Camptosar®.

Náuseas e vômitos: Camptosar® é emetogênico (provoca vômito), como os quadros de náuseas e vômitos podem

ser intensos ocorrendo geralmente, durante ou logo após a infusão do Camptosar®, recomenda-se que os

pacientes recebam antieméticos (medicamentos que combatem náusea e vômitos) pelo menos 30 minutos antes

da infusão de Camptosar®. O médico também deve considerar a utilização subsequente de esquema de

tratamento antiemético se necessário. Pacientes com vômito associado à diarreia tardia devem ser hospitalizados

assim que possível para tratamento.

Neurológico: tontura foi observada e pode, algumas vezes, representar evidência sintomática de hipotensão

ortostática (queda da pressão arterial relacionada a posição em pé) em pacientes com desidratação.

Renal: elevações dos níveis séricos (no sangue) de creatinina ou ureia (substâncias que indicam a função renal)

foram observadas. Ocorreram casos de insuficiência renal aguda (prejuízo na função dos rins). Esses eventos

foram atribuídos a complicações infecciosas ou à desidratação, relacionada à náusea, vômitos ou diarreia. Há

raros relatos de disfunção renal (mau funcionamento dos rins) decorrente de síndrome de lise tumoral (série de

alterações do organismo decorrentes da morte e destruição das células tumorais).

Respiratório: observou-se um tipo de dispneia (falta de ar); mas é desconhecido o quanto doenças pré-existentes

e/ou envolvimento pulmonar maligno (presença de tumor no pulmão) contribuem para o quadro. Em estudos

iniciais no Japão, pequena porcentagem dos pacientes evoluiu com uma síndrome pulmonar, com potencial de

morte, que se apresenta através de dispneia, febre e de um padrão reticulonodular na radiografia de tórax (padrão

de radiografia de tórax). Porém, o quanto o Camptosar® contribuiu para estes eventos é desconhecido, pois os

pacientes também apresentavam tumores pulmonares e, alguns, doença pulmonar não maligna preexistente.

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Doença pulmonar intersticial (tipo de comprometimento pulmonar), manifestada através de infiltrado pulmonar,

é incomum durante terapia com irinotecano. São fatores de risco para o desenvolvimento desta complicação:

doenças pulmonares pré-existentes, uso de medicamentos pneumotóxicos (tóxicos para os pulmões), radioterapia

e uso de fatores de estimulação de colônias (substâncias que agem na medula óssea estimulando a produção de

células sanguíneas). Na presença de um ou mais destes fatores o paciente deve ser cuidadosamente monitorado

quanto a sintomas respiratórios antes e durante a terapia com Camptosar®.

Outros: uma vez que este produto contém sorbitol, não é recomendado o uso em pacientes com intolerância

hereditária à frutose.

Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de

diabetes.

Uso em Populações Especiais

Pediátrico: a eficácia do Camptosar® em pacientes pediátricos não foi estabelecida.

Geriátrico: recomendações específicas de dosagem podem se aplicar a essa população e dependem do esquema

utilizado.

Insuficiência Hepática: em pacientes com hiperbilirrubinemia (aumento dos níveis de bilirrubina no sangue) o

risco de hematotoxicidade (toxicidade das células sanguíneas) é aumentado. A função hepática (do fígado) basal

deve ser obtida antes do início do tratamento e monitorada mensalmente, com novas coletas se clinicamente

indicado.

Radioterapia: pacientes submetidos previamente à irradiação pélvica/abdominal têm maior risco de

mielossupressão (diminuição da função da medula óssea, órgão responsável pela produção das células

sanguíneas) após a administração de Camptosar®. Estes casos exigem cautela e, dependendo do esquema

preconizado, doses específicas podem ser necessárias.

Performance Status (ECOG – Eastern Cooperative Oncology Group): pacientes com graus piores de

“performance status” (estado geral do paciente) possuem risco aumentado de desenvolverem eventos adversos

relacionados ao irinotecano. Recomendações específicas de dosagem para pacientes com ECOG performance

status de 2 podem se aplicar a essa população, dependendo do esquema utilizado. Pacientes com performance

status de 3 ou 4 não devem receber Camptosar®. Em estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o

medicamento) que compararam pacientes recebendo Camptosar®/5-fluoruracila/folinato de cálcio ou 5-

fluoruracila/folinato de cálcio, foram observadas taxas maiores de hospitalização, neutropenia febril (pacientes

com diminuição do número de neutrófilos, que evoluíram com febre), tromboembolismo (formação de coagulo

dentro de vaso sanguíneo), descontinuação do tratamento no primeiro ciclo e óbitos precoces em pacientes com

performance status basal de 2, quando comparados a pacientes com performance status basal de 0 ou 1.

Neoplasia gástrica: pacientes com neoplasia gástrica parecem apresentar mielossupressão mais importante e

outras toxicidades quando o Camptosar® é administrado. Uma dose inicial mais baixa deve ser considerada

nesses pacientes.

Uso durante a Gravidez

Camptosar® pode causar danos ao feto quando administrado a mulheres grávidas. Estudos mostram que o

Camptosar® é teratogênico (causa malformação) em ratos e coelhos. Não foram conduzidos estudos adequados e

bem controlados em mulheres grávidas. As mulheres em idade fértil devem ser orientadas a evitar a gravidez

enquanto estiverem sendo tratadas com este medicamento. Caso o Camptosar® seja utilizado durante a gravidez

ou a paciente fique grávida enquanto estiver recebendo esse medicamento, ela deve ser informada dos riscos

potenciais ao feto.

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Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Uso durante a Lactação

Cinco minutos após a administração IV de irinotecano marcado (medicamento marcado com radioatividade) em

ratas, detectou-se radioatividade no leite, com concentrações até 65 vezes maiores do que as obtidas no plasma

(no sangue) 4 horas após a administração. Assim, devido ao potencial para reações adversas graves em lactentes,

recomenda-se que a amamentação seja descontinuada durante o tratamento com o produto.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas

O efeito de Camptosar® sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi avaliado. Entretanto, pacientes

devem ser alertados sobre o potencial de tontura ou distúrbios visuais, que podem ocorrer dentro de 24 horas

após a administração de Camptosar®, e aconselhados a não dirigir ou operar máquinas se estes sintomas

ocorrerem.

Interações Medicamentosas

A coadministração de Camptosar® com inibidores de suas enzimas metabolizadoras pode resultar em maior

exposição ao Camptosar® e seu metabólito ativo. Médicos devem levar isso em consideração ao administrar

Camptosar® com estes medicamnetos.

- cetoconazol: o clearance (eliminação) do Camptosar® é reduzido significativamente em pacientes recebendo

concomitantemente cetoconazol. O cetoconazol deve ser descontinuado pelo menos 1 semana antes de iniciar o

tratamento com Camptosar® e não deve ser administrado durante a terapia com Camptosar®.

- sulfato de atazanavir: tem o potencial de aumentar o metabólito ativo (substância ativa) do Camptosar®.

Médicos devem levar isso em consideração ao coadministrarem estes medicamentos.

- anticonvulsivantes: a coadministração (ao mesmo tempo) de anticonvulsivantes indutores enzimáticos do

CYP3A (medicamentos que previnem a ocorrência de convulsões, e que são metabolizados pelo fígado) (p. ex.,

carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína) reduzem a exposição ao metabólito ativo SN-38. Deve-se ter cautela

ao iniciar ou substituir anticonvulsivantes não indutores enzimáticos pelo menos 1 semana antes do início da

terapia com Camptosar®.

- erva de São João (Hypericum perforatum): deve ser descontinuada pelo menos 1 semana antes do primeiro

ciclo de Camptosar®, e não deve ser administrada durante a quimioterapia com Camptosar®.

- bloqueadores neuromusculares: a interação entre Camptosar® e bloqueadores neuromusculares (uma classe de

medicamentos que bloqueia a interação entre nervos e músculos) não pode ser descartada, uma vez que ele pode

prolongar o efeito neuromuscular do suxametônio (um tipo de bloqueador neuromuscular) e antagonizar

(bloquear o efeito) de outros bloqueadores neuromusculares.

- agentes antineoplásicos: eventos de Camptosar®, como a mielossupressão (diminuição da função da medula

óssea, órgão responsável pela produção das células sanguíneas) e a diarreia, podem ser exacerbados

(aumentados) pela associação com outros agentes antineoplásicos que causem eventos adversos semelhantes.

- dexametasona: foi relatada linfocitopenia (redução do número de linfócitos, células sanguíneas de defesa) em

pacientes em tratamento com Camptosar®, sendo possível que a administração de dexametasona como

profilaxia (ação preventiva) antiemética possa aumentar a probabilidade de ocorrência desse efeito. Contudo, não

foram observadas infecções graves e nenhuma complicação foi especificamente atribuída à linfocitopenia.

Foi também relatada hiperglicemia (concentração elevada de glicose no sangue) em pacientes com um histórico

de diabetes mellitus ou evidência de intolerância à glicose previamente à administração de Camptosar®. É

provável que a dexametasona, aplicada como profilaxia (prevenção) antiemética, possa ter contribuído para o

surgimento de hiperglicemia em alguns pacientes.

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- proclorperazina: a incidência de acatisia (condição em que o paciente sente uma grande dificuldade em

permanecer parado, sentado ou imóvel) nos estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento), em

esquema de doses semanais, foi um pouco maior (8,5%, 4/47 pacientes) quando se administrou proclorperazina

no mesmo dia que Camptosar®, do que quando esses medicamentos foram administrados em dias separados

(1,3%, 1/80 pacientes). Todavia, a incidência de 8,5% de acatisia encontra-se dentro da faixa relatada para o uso

de proclorperazina, quando administrada como um pré-medicamento para outras terapias quimioterápicas.

- laxantes: é esperado que laxantes usados durante a terapia com o irinotecano piorem a incidência ou gravidade

da diarreia.

- diuréticos: desidratação secundária a vômitos e/ou diarreia pode ser induzida pelo Camptosar®. O médico

pode considerar a suspensão do diurético durante o tratamento com o irinotecano e durante períodos de vômitos

e diarreia ativos.

- bevacizumabe: resultados de um estudo específico de interação medicamentosa demonstraram nenhum efeito

significativo do bevacizumabe na farmacocinética de irinotecano e seu metabólito ativo SN-38.

- vacinas: a administração de vacinas vivas ou atenuadas (microrganismos mortos ou inativados) em pacientes

imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo Camptosar®, pode resultar em infecções graves ou

fatais. A vacinação com vacinas vivas deve ser evitada em pacientes recebendo Camptosar®. As vacinas mortas

ou inativadas podem ser administradas. Entretanto, a resposta a tais vacinas pode ser diminuída.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não

use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Camptosar® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz. Os frascos

contendo o medicamento acabado devem ser protegidos da luz, mantidos dentro do cartucho até a utilização. O

medicamento não deve ser congelado, mesmo quando diluído. Descartar devidamente qualquer solução não

utilizada.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe

alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características do produto: solução clara, amarela clara, livre de partículas visíveis. O produto apresenta odor

característico.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Precauções no Preparo e Administração

Camptosar® deve ser preparado exclusivamente por um profissional habilitado.

Posologia

Todas as doses de Camptosar® devem ser administradas em infusão intravenosa (dentro da veia) ao longo de 30

a 90 minutos.

Camptosar é um medicamento de uso restrito a hospitais. O esquema posológico e o plano de tratamento

deverão ser determinados exclusivamente pelo médico responsável de acordo com o tipo de neoplasia e a

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resposta ao tratamento. Para maiores informações sobre a posologia do medicamento, consulte o seu médico ou a

bula específica para o profissional de saúde.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não

interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Como esse é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico

que acompanha o caso. Se você faltar a uma sessão programada de quimioterapia com esse medicamento, você

deve procurar o seu médico para redefinição da programação de tratamento.

O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

As seguintes reações adversas foram observadas durante os estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o

medicamento) realizados com irinotecano, para as diversas indicações e posologias:

Estudos clínicos como agente único, 100 a 125 mg/m2

em esquema de dose semanal

Eventos Adversos Graus 1 a 4 NCI (National Cancer Institute - Instituto Nacional do Câncer)

Relacionados ao Fármaco Observados em Mais de 10% dos Pacientes nos Estudos Clínicos:

Gastrintestinal

Hematológico

Geral

Metabólico e Nutricional

Dermatológico

Cardiovascular

diarreia tardia (que ocorre depois de mais de 8 horas após administração do

produto, náusea (enjoo), vômitos, diarreia precoce, dor/cólicas abdominais,

anorexia (falta de apetite), estomatite (inflamação da mucosa da boca)

leucopenia (redução de células de defesa no sangue), anemia, neutropenia

(diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos)

astenia (fraqueza), febre

perda de peso, desidratação

alopecia (perda de cabelo)

eventos tromboembólicos (formação de coágulos nos vasos sanguíneos)*

*Incluem angina pectoris (dor no peito por doença do coração), trombose arterial (trombo ou coágulo nas

artérias), infarto cerebral (interrupção do fornecimento de sangue para alguma região do cérebro), acidente

vascular cerebral (derrame), tromboflebite profunda (presença de coágulo com inflamação do vaso sanguíneo),

embolia de extremidade inferior (trombo ou coágulo proveniente dos membros inferiores), parada cardíaca,

infarto do miocárdio (interrupção do fornecimento de sangue para o coração), isquemia miocárdica (infarto),

distúrbio vascular periférico (dos vasos sanguíneos dos membros), embolia pulmonar (presença de êmbolo –

trombo, coágulo- no pulmão), morte súbita, tromboflebite, trombose (presença de coágulo nos vasos

sanguíneos), distúrbio vascular (do vaso).

Estudos clínicos como agente único, 300 a 350 mg/m2

em esquema de dose a cada 3 semanas

Estão listados nas Tabelas a seguir, em ordem decrescente de frequência, os eventos adversos Graus 3 ou 4 NCI

relatados nos estudos clínicos do esquema posológico semanal ou a cada 3 semanas (N=620).

Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em Mais de 10% dos Pacientes

nos Estudos Clínicos:

diarreia tardia, náusea, dor/cólicas abdominais

leucopenia, neutropenia

alopecia

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Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em 1% a 10% dos Pacientes

Infecções e infestações

Hepatobiliar

Respiratório

Laboratorial (investigativo)

Infecção

vômitos, diarreia precoce, constipação (prisão de ventre), anorexia,

mucosite (úlceras na mucosa dor órgãos do aparelho digestivo)

anemia, trombocitopenia

astenia, febre, dor

desidratação, hipovolemia (desidratação)

bilirrubinemia (aumento das bilirrubinas no sangue)

dispneia (falta de ar)

aumento da creatinina

Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em Menos de 1% dos Pacientes

Nervoso

Urogenital

Reprodutivo

sepse (infecção generalizada)

distúrbio retal, monilíase GI (infecção causada pelo fungo Cândida)

calafrios, mal-estar, dor lombar

perda de peso, hipocalemia (diminuição de potássio no sangue),

hipomagnesemia (diminuição de magnésio no sangue)

eritema - rash (vermelhidão), sinais cutâneos

marcha anormal (alteração do andar), confusão, cefaleia (dor de cabeça)

hipotensão (queda da pressão), síncope (desmaio), distúrbios

cardiovasculares

infecção do trato urinário

dor nas mamas

aumento da fosfatase alcalina (enzima do fígado), aumento da gama-

-GT (enzima do fígado)

Os seguintes eventos adicionais relacionados ao medicamento foram relatados nos estudos clínicos com

Camptosar®, mas não preencheram os critérios acima definidos (ocorrência > 10% de eventos relacionados ao

medicamento (NCI Graus 1 - 4 ou de NCI Graus 3 ou 4): rinite, salivação aumentada, miose (pupila pequena),

lacrimejamento, diaforese (suor excessivo), rubor facial (vermelhidão), bradicardia (diminuição dos batimentos

cardíacos), tonturas, extravasamento (escape acidental de medicamento para fora do vaso sanguíneo), síndrome

da lise tumoral (sintomas provocados pela destruição das células do câncer) e ulceração do cólon (formação de

feridas no intestino grosso).

Experiência Pós-Comercialização

Cardíaco: foram observados casos de isquemia miocárdica (infarto) após terapia com Camptosar®

predominantemente em pacientes com doença cardíaca de base (prévia), outros fatores de risco conhecidos para

doença cardíaca ou quimioterapia citotóxica (que destroi as células do câncer).

Gastrintestinal: foram relatados casos infrequentes de obstrução intestinal (interrupção do trânsito intestinal),

íleo paralítico (diminuição dos movimentos do intestino), megacólon (alargamento do intestino grosso) ou

hemorragia (sangramento) gastrintestinal, e raros casos de colite (inflamação do intestino grosso, cólon),

incluindo tifilite (inflamação do ceco, uma região do intestino grosso) e colite isquêmica (inflamação do

intestino grosso devido a falta de irrigação sanguínea) ou ulcerativa (com formação de feridas). Em alguns casos,

a colite foi complicada por ulceração (formação de feridas), sangramento, íleo (parada da eliminação de gazes e

fezes) ou infecção. Casos de íleo sem colite anterior também foram relatados. Casos raros de perfuração

intestinal foram relatados.

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Foram observados raros casos de pancreatite (inflamação no pâncreas) sintomática ou elevação assintomática das

enzimas pancreáticas.

Hipovolemia: foram relatados casos raros de distúrbio renal e insuficiência renal aguda (diminuição aguda da

função dos rins), geralmente em pacientes que contraíram infecções ou evoluíram com desidratação por

toxicidade gastrintestinal grave (desidratação por diarreia).

Foram observados casos infrequentes de insuficiência renal (prejuízo na função dos rins), hipotensão (queda de

pressão) ou distúrbios circulatórios em pacientes que apresentaram episódios de desidratação associadas a

diarreia e/ou vômito, ou sepse (infecção generalizada).

Sistema Imune: foram relatadas reações de hipersensibilidade (alergia), inclusive reações graves anafiláticas ou

anafilactoides (reações alérgicas graves).

Músculoesquelético: efeitos precoces tais como contração muscular ou cãibra e parestesia (sensação de

formigamento) foram relatados.

Sistema nervoso: distúrbios de fala, geralmente transitórios, têm sido reportados em pacientes tratados com

Camptosar®. Em alguns casos, são observados durante ou logo após a infusão de Camptosar®.

Respiratório, torácico e mediastinal: doença pulmonar intersticial (comprometimento pulmonar) presente como

infiltrados pulmonares são incomuns durante terapia com Camptosar®. Efeitos precoces tais como dispneia

(falta de ar) foram relatados. Soluços também foram relatados.

Investigações: raros casos de hiponatremia (diminuição da quantidade de sódio no sangue) geralmente

relacionada com diarreia e vômito foram relatados. Aumentos dos níveis séricos das transaminases (por ex: TGO

e TGP, enzimas hepáticas – refletem a função do fígado) na ausência de metástase progressiva do fígado foram

muito raramente relatados.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo

uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Bula do Camptosar
Laboratorios Pfizer Ltda. - Profissional

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