Bula do Candesartana Cilexetila + Hidroclorotiazida produzido pelo laboratorio Althaia S.a Indústria Farmacêutica
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
candesartana cilexetila + hidroclorotiazida
Althaia S.A. Indústria Farmacêutica
Comprimidos simples
8 mg/12,5 mg
16 mg/12,5 mg
“Medicamento genérico Lei no
9.787, de 1999”.
I - IDENTIFICAÇÃODOMEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 8/12,5 mg: embalagem com 30 comprimidos.
Comprimidos de 16/12,5 mg: embalagem com 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 8 mg de candesartana cilexetila e 12,5 mg de hidroclorotiazida contém:
candesartana cilexetila..................................................8 mg
hidroclorotiazida..........................................................12,5 mg
excipientes* q.s.p.........................................................1 comprimido
*Excipientes: lactose monoidratada, amido, macrogol, hiprolose, estearato de magnésio, dióxido de silício e óxido de ferro amarelo.
Cada comprimido de 16 mg de candesartana cilexetila e 12,5 mg de hidroclorotiazida contém:
candesartana cilexetila..................................................16 mg
II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A candesartana cilexetila + hidroclorotiazida é indicada para o tratamento da hipertensão arterial essencial, quando a monoterapia não é suficientementeeficaz.
No estudo SCOPE (Study on COgnition and Prognosis in the Elderly – Estudo em Cognição e Prognóstico em Idosos), os efeitos do tratamento anti-hipertensivo
com candesartana cilexetila na morbidade e mortalidade cardiovascular, função cognitiva e na qualidade de vida foram avaliados em 4.937 pacientes idosos
(70-89 anos) com hipertensão (Pressão Arterial Sistólica (PAS) 160-179 mmHg e/ou Pressão Arterial Diastólica (PAD) 90-99 mmHg). A tabela a seguir
mostra os resultados do estudo para o desfecho primário (eventos cardiovasculares (CV) importantes) e seus componentes. Ambos os regimes de tratamento
reduziram eficazmente a pressão arterial sistólica e diastólica e foram geralmente bem tolerados. A função cognitiva e a qualidade de vida foram mantidas de
maneira apropriada em ambos os braços do tratamento.
Nº de pacientes que manifestaram um evento CV pela primeira vez
candesartana
(N=2.477)
cilexetila* Controle*
(N=2.460)
Risco relativo (IC 95%) Valor de p
Eventos CV importantes 242 268 0,89 (0,75-1,06) 0,19
- Mortalidade CV 145 152 0,95 (0,75-1,19) 0,63
- AVC não fatal 68 93 0,72 (0,53-0,99) 0,04
- Infarto do miocárdio não- 54 47 1,14 (0,77-1,68) 0,52
fatal
*Qualquer tratamento anti-hipertensivo prévio foi padronizado para hidroclorotiazida 12,5 mg, uma vez ao dia, antes da randomização. Outro tratamento anti-
hipertensivo foi adicionado à medicação do estudo duplo-cego (candesartana cilexetila 8-16 mg ou placebo correspondente, uma vez ao dia) se a PAS se
mantivesse ≥ 160 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg. Tal tratamento adicional foi administrado em 49% e 66% dos pacientes nos grupos de candesartana
cilexetila e do grupo controle, respectivamente.
Estudos clínicos de grande porte mostraram que o tratamento prolongado com hidroclorotiazida reduz o risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares.
Em um estudo duplo-cego randomizado, candesartana cilexetila + hidroclorotiazida, uma vez ao dia, reduziu a pressão arterial e controlou um maior número
de pacientes de maneira mais significativa do que uma combinação fixa semelhante contendo losartana 50 mg e hidroclorotiazida 12,5 mg. Nos estudos duplo-
cegos, randomizados, a incidência de eventos adversos, especialmente tosse, foi menor durante o tratamento com candesartana cilexetila + hidroclorotiazida do que
durante o tratamento com associações de inibidores da ECA e hidroclorotiazida.
Propriedades Farmacodinâmicas
A angiotensina II é o hormônio vasoativo primário do sistema renina-angiotensina-aldosterona e exerce um papel significante na fisiopatologia da
hipertensão e outros distúrbios cardiovasculares. Também exerce um importante papel na patogênese de hipertrofia de órgãos e lesões de órgãos alvo. Os
principais efeitos fisiológicos da angiotensina II, como a vasoconstrição, estimulação da aldosterona, regulação da homeostase hidroeletrolítica e a
estimulação do crescimento celular, são mediados via receptor tipo 1 (AT1).
A candesartana cilexetila é um pró-fármaco, sendo rapidamente convertido ao fármaco ativo, candesartana, por hidrólise de éster, durante a absorção no trato
gastrointestinal. A candesartana é um antagonista do receptor da angiotensina II, seletivo para receptores AT1, com forte ligação e lenta dissociação dos
mesmos. Não tem atividadeagonista.
A candesartana não inibe a enzima conversora de angiotensina (ECA) ou outros sistemas enzimáticos normalmente associados ao uso de inibidores da ECA.
Uma vez que não há efeitos na degradação de cininas, ou no metabolismo de outras substâncias, como a substância P, é improvável que os antagonistas dos
receptores da angiotensina II sejam associados com tosse. Em estudos clínicos controlados, que compararam a candesartana cilexetila com inibidores da
ECA, a incidência de tosse foi menor nos pacientes que receberam candesartana cilexetila. A candesartana não se liga ou bloqueia outros receptores
hormonais ou canais de íons conhecidos por serem importantes na regulação cardiovascular. O antagonismo dos receptores AT1 resulta em aumento
relacionado à dose dos níveis plasmáticos de renina, angiotensina I e angiotensina II, e em uma diminuição na concentração plasmática de aldosterona.
A hidroclorotiazida inibe a reabsorção ativa de sódio, principalmente nos túbulos renais distais, e promove a excreção de sódio, cloreto e água. A
excreção renal de potássio e magnésio aumenta de maneira dose-dependente, enquanto o cálcio é reabsorvido em maior extensão. A hidroclorotiazida
diminui o volume plasmático e o fluido extracelular e reduz o débito cardíaco e a pressão sanguínea. Durante tratamento prolongado, a diminuição da
resistência periférica contribui para a redução da pressão sanguínea.
A candesartana e a hidroclorotiazida têm efeitos anti-hipertensivos aditivos.
Em pacientes hipertensos, a candesartana cilexetila + hidroclorotiazida causa uma redução eficaz e prolongada da pressão arterial, sem refletir um aumento na
frequência cardíaca. Não há indícios de hipotensão grave ou exagerada com a primeira dose, ou de efeito rebote após a interrupção do tratamento.
A candesartana cilexetila + hidroclorotiazida é igualmente eficaz nos pacientes, independentemente da idade e do sexo.
PropriedadesFarmacocinéticas
- Absorção e distribuição
- A candesartanacilexetila
Após a administração oral, a candesartana cilexetila é convertida para o fármaco ativo candesartana. A biodisponibilidade absoluta da candesartana é de
aproximadamente 40% após uma solução oral de candesartana cilexetila. A biodisponibilidade relativa dos comprimidos
de candesartana cilexetila, em comparação com a mesma solução oral é de aproximadamente 34%, com
variabilidade muito pequena. A média do pico de concentração plasmática (Cmáx) ocorre entre 3-4 horas após a ingestão
do comprimido. A concentração sérica da candesartana aumenta linearmente com o aumento das doses na faixa de doses terapêuticas. Não foram
observadas diferenças relacionadas ao sexo na farmacocinética da candesartana. A área sob a curva de concentração plasmática versus tempo (AUC) da
candesartana não é significativamente afetada por alimento.
A candesartana liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (> 99%). O volume aparente de distribuição da candesartana é de 0,1 L/kg.
- A hidroclorotiazida
A hidroclorotiazida é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal com biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 70%. A ingestão
concomitante de alimento aumenta a absorção em aproximadamente 15%. A biodisponibilidade pode diminuir em pacientes com insuficiência cardíaca e edema
pronunciado.
A ligação às proteínas plasmáticas da hidroclorotiazida é de aproximadamente 60%. O volume aparente de distribuição é de aproximadamente 0,8 L/kg.
- Metabolismo e eliminação
A candesartana é principalmente eliminada inalterada pela via urinária e bile e apenas uma pequena parte é eliminada por metabolismo hepático
(CYP2C9). Os estudos de interação disponíveis não indicam efeito em CYP2C9 e CYP3A4.
Com base em dados in vitro, não seria esperada qualquer interação in vivo com fármacos cujo metabolismo é dependente das isoenzimas do citocromo P450:
CYP1A2, CYP2A6, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6, CYP2E1 ou CYP3A4. A meia-vida (t½) de eliminação da candesartana é de aproximadamente 9 horas. Não
há acúmulo após a administração de doses múltiplas. A meia vida da candesartana permanece inalterada (aproximadamente 9 h) após a administração de
candesartana cilexetila em combinação com hidroclorotiazida. Há um aumento leve clinicamente insignificante na AUC e na Cmáx da candesartana quando
administrada juntamente com hidroclorotiazida. Não ocorre acúmulo de candesartana após repetidas doses da combinação comparado à monoterapia.
A depuração plasmática total da candesartana é de cerca de 0,37 mL/min/kg, com uma depuração renal de cerca de 0,19 mL/min/kg. A eliminação renal da
candesartana ocorre por filtração glomerular e por secreção tubular ativa. Seguindo uma dose oral de candesartana cilexetila marcada com
14
C,
aproximadamente 26% da dose é excretada na urina como candesartana, e 7% como metabólito inativo, enquanto aproximadamente 56% da dose é recuperada nas
fezes como candesartana e 10% como metabólito inativo.
A hidroclorotiazida não é metabolizada e é excretada quase que completamente como fármaco inalterado por filtração glomerular e por secreção tubular
ativa. A meia-vida (t½) de eliminação da hidroclorotiazida é de aproximadamente 8 horas. Aproximadamente 70% de uma dose oral é eliminada na urina
dentro de 48 horas. A meia vida da hidroclorotiazida permanece inalterada (aproximadamente 8 h) após a administração de hidroclorotiazida em combinação
com candesartana cilexetila. Não ocorre acúmulo de hidroclorotiazida após repetidas doses da combinação comparado à monoterapia.
- Farmacocinética em populações especiais
Em idosos (acima de 65 anos), a Cmáx e a AUC da candesartana são aumentadas em aproximadamente 50% e 80%, respectivamente, em comparação com
indivíduos jovens. Entretanto, a resposta da pressão sanguínea e a incidência dos eventos adversos são semelhantes após a administração de uma dose de
candesartana cilexetila + hidroclorotiazida em pacientes jovens e idosos (ver item “Posologia e Modo de Usar”).
Em pacientes com insuficiência renal de leve a moderada, a Cmáx e a AUC da candesartana aumentaram com doses repetidas em aproximadamente 50% e 70%,
respectivamente, mas a t½ de eliminação não foi alterada, em comparação com pacientes com a função renal normal. As alterações correspondentes nos
pacientes com insuficiência renal grave foram cerca de 50% e 110%, respectivamente. A t½ de eliminação da candesartana foi aproximadamente o dobrou nos
pacientes com insuficiência renal grave. A farmacocinética em pacientes que fazem hemodiálise foi similar àquela dos pacientes com insuficiência renal grave.
Em pacientes com insuficiência hepática de leve a moderada, houve um aumento na AUC da candesartana de aproximadamente 20%. Em pacientes com
insuficiência hepática moderada a grave o aumento na AUC da candesartana cilexetila foi de aproximadamente 80%.
A t½ de eliminação de hidroclorotiazida é prolongada em pacientes com insuficiência renal.
- Dados de segurança pré-clínica
Em diversos estudos pré-clínicos conduzidos em várias espécies, foram observados efeitos farmacológicos exagerados esperados de ambos componentes.
O rim é o principal órgão alvo. A adição de hidroclorotiazida causou uma leve potencialização da nefrotoxicidade vista com candesartana sozinha, entretanto,
sem qualquer novo achado qualitativo. Estudos com candesartana cilexetila, em animais, demonstraram atraso fetal e
lesões renais em neonatos. Acredita-se que o mecanismo seja farmacologicamente mediado por efeitos no sistema
renina-angiotensina-aldosterona.
Os efeitos fetais tardios observados com candesartana não foram potencializados com o tratamento combinado.
Não houve evidência de mutagenicidade ou clastogenicidade a níveis clinicamente relevantes e não houve indicação de que qualquer um dos componentes
seja carcinogênico.
- Tempo estimado para início da ação terapêutica
Após a administração de uma única dose de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida, o início do efeito anti-hipertensivo geralmente ocorre dentro de 2 horas.
Com o tratamento contínuo, a redução máxima da pressão sanguínea é atingida dentro de 4 semanas e é mantida durante o tratamento prolongado.
A candesartana cilexetila + hidroclorotiazida, administrada uma vez ao dia, promove uma efetiva e suave redução da pressão sanguínea por 24 horas, com
pequena diferença entre os efeitos máximo e mínimo durante os intervalos de dose.
A candesartana cilexetila + hidroclorotiazida é contraindicada nas seguintes situações:
- Hipersensibilidade à candesartana cilexetila, à hidroclorotiazida, a qualquer fármaco derivado das sulfonamidas (a hidroclorotiazida é derivada das
sulfonamidas) ou a qualquer componente da fórmula de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida;
- Gravidez e lactação (ver item Advertências e Precauções).
- Insuficiência renal grave (depuração de creatinina < 30 mL/min/1,73 m2
de superfície corpórea);
- Insuficiência hepática grave e/ou colestase;
- Gota;
- Pacientes com diabetes mellitus (tipo I ou II) ou insuficiência renal moderada a grave (TGF < 60 mL/min/1,73m2
) e que fazem uso de medicamentos
contendo alisquireno.
5. ADVERTÊNCIASEPRECAUÇÕES
Bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) com medicamentos contendo alisquireno
O bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona pela combinação de candesartana cilexetila com alisquireno não é recomendado uma vez que há
um risco aumentado de hipotensão, hipercalemia e alterações na função renal.
O uso de candesartana cilexetila com alisquireno é contraindicado em pacientes com diabetes mellitus (tipo I ou II) ou insuficiência renal
moderada a grave (TGF < 60 mL/min/1,73m2
) (ver item “Contraindicações”).
Estenose da artéria renal
Outros medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina-aldosterona, como por exemplo, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), podem
aumentar a taxa de uréia no sangue e a creatinina sérica em pacientes com estenose da artéria renal bilateral ou estenose da artéria de um único rim. Um efeito
similar pode ser previsto com os antagonistas dos receptores da angiotensina II.
Depleção do volume intravascular
Em pacientes com depleção de volume intravascular e/ou de sódio pode ocorrer hipotensão sintomática, como descrito para outros agentes que atuam no
sistema renina-angiotensina-aldosterona. Portanto, o uso de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida não é recomendado até que esta condição esteja corrigida.
Anestesia e cirurgia
Pode ocorrer hipotensão durante anestesia e cirurgia em pacientes tratados com antagonistas da angiotensina II devido ao bloqueio do sistema renina-
angiotensina. Muito raramente, esta hipotensão pode ser grave e necessitar do uso de fluídos intravenosos e/ou de vasopressores.
Insuficiênciarenal
Como acontecem com outros agentes que inibem o sistema renina-angiotensina-aldosterona, alterações na função renal podem ser antecipadas em pacientes suscetíveis
tratados com candesartana cilexetila + hidroclorotiazida.
Transplante renal
Existem evidências clínicas limitadas sobre o uso de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida em pacientes que sofreram transplante renal.
Estenose das válvulas mitral e aórtica ou cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
Como com outros vasodilatadores, indica-se cuidado especial nos pacientes que sofrem de estenose das válvulas aórtica ou mitral hemodinamicamente
relevante ou de cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.
Desequilíbrioeletrolítico
Como para todos os pacientes submetidos à terapia de diuréticos, deve ser realizada a determinação periódica de
eletrólitos séricos em intervalos adequados.
Tiazidas, incluindo hidroclorotiazida, podem causar desequilíbrio hidroeletrolítico (hipercalcemia, hipocalemia,
hiponatremia, hipomagnesemia e alcalose hipoclorêmica).
A hidroclorotiazida aumenta a excreção de potássio pela urina de maneira dose-dependente, o que pode resultar em hipocalemia. Este efeito da hidroclorotiazida
parece ser menos evidente quando combinada com a candesartana cilexetila.
Com base na experiência com o uso de outros fármacos que afetam o sistema renina-angiotensina-aldosterona, o uso concomitante de candesartana cilexetila +
hidroclorotiazida com inibidores da ECA, alisquireno, diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo
potássio ou outros fármacos que podem aumentar os níveis séricos de potássio, pode levar a aumentos do potássio sérico.
Efeitos endócrinos e no metabolismo
Tratamento com diuréticos tiazídicos pode diminuir a tolerância à glicose. O ajuste de dose de medicamentos antidiabéticos, inclusive insulina, pode ser
necessário. Durante a terapia com tiazida pode-se manifestar diabetes mellitus latente. Aumento dos níveis de colesterol e triglicérides tem sido associado à
terapia com diuréticos tiazídicos. Entretanto, com a dose de 12,5 mg de hidroclorotiazida presente em candesartana cilexetila + hidroclorotiazida, foi relatado
um mínimo ou nenhum efeito. Os diuréticos tiazídicos aumentam as concentrações séricas de ácido úrico e podem precipitar gota em pacientes suscetíveis.
Geral
Nos pacientes cujo tônus vascular e função renal dependem predominantemente da atividade do sistema renina- angiotensina-aldosterona (como pacientes com
insuficiência cardíaca congestiva grave ou com doença renal de base, incluindo estenose da artéria renal), o tratamento com fármacos que afetam este sistema
foi associado com hipotensão aguda, azotemia, oligúria ou, raramente, insuficiência renal aguda. Como com qualquer agente anti-hipertensivo, a queda excessiva
da pressão sanguínea em pacientes com cardiopatia isquêmica ou doença cerebrovascular aterosclerótica pode resultar em um infarto do miocárdio ou acidente
vascular cerebral.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
O efeito de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas não foi estudado, mas baseado nas
propriedades farmacodinâmicas de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida, é improvável que o mesmo afete esta capacidade. É preciso verificar a
reação ao medicamento antes de dirigir ou operar máquinas, porque, ocasionalmente, podem ocorrer tontura ou fadiga durante o tratamento de hipertensão.
Uso na gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: D.
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de
gravidez.”
- Uso na gravidez
O uso de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida é contraindicado durante a gravidez.
Pacientes recebendo candesartana cilexetila + hidroclorotiazida devem estar cientes de que, antes de considerar a possibilidade de engravidar, deve-se
discutir as opções adequadas para o tratamento com o médico. Quando a gravidez é diagnosticada, o tratamento com candesartana cilexetila +
hidroclorotiazida deve ser interrompido imediatamente e, se for o caso, terapia alternativa deve ser iniciada.
Quando usados durante a gravidez, os fármacos que agem diretamente no sistema renina–angiotensina podem causar lesão e morte fetal e neonatal. A exposição
à terapia com antagonistas dos receptores de angiotensia II é conhecida por induzir fetotoxicidade humana (redução da função renal, oligoâmnios,
retardamento na ossificação do crânio) e toxicidade neonatal (insuficiência renal, hipotensão e hipercalemia) (ver item “Dados de segurançapré-clínica”).
Existem experiências limitadas sobre o uso de hidroclorotiazida durante a gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre. Os estudos em animais são
insuficientes. A hidroclorotiazida atravessa a placenta. Com base no mecanismo farmacológico de ação da hidroclorotiazida, o uso durante a gravidez pode
comprometer a perfusão feto-placenta e pode causar efeitos fetais e neonatais tais como icterícia, distúrbios do balanço eletrolítico e trombocitopenia.
- Uso na lactação
Não se sabe se a candesartana é excretada no leite humano. Entretanto, a candesartana é excretada no leite de ratas que estão amamentando. A
hidroclorotiazida passa para o leite materno. Devido ao potencial de efeitos adversos nos lactentes, se o uso de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida for
considerado essencial, o aleitamento materno deve ser descontinuado.
“Este medicamento pode causar doping.”
Este medicamento contém lactose (52,9 mg/comprimidos de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida 8/12,5 mg; 118,3 mg/comprimidos de candesartana
A combinação de candesartana cilexetila com medicamentos contendo alisquireno é contraindicado em pacientes com diabetes mellitus (tipo I ou II) ou
insuficiência renal moderada a grave (TGF < 60mL/min/1,73m2
) e não é recomendado em outros pacientes (ver itens “Contraindicações” e “Advertências e
Precauções”).
As substâncias que foram investigadas com candesartana cilexetila em estudos de farmacocinética clínica incluem:
hidroclorotiazida, varfarina, digoxina, contraceptivos orais (etinilestradiol/levonorgestrel), glibenclamida e nifedipino. Não
foram identificadas interações farmacocinéticas de significância clínica nesses estudos.
A biodisponibilidade da candesartana não é afetada por alimentos.
O efeito anti-hipertensivo de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida pode ser aumentado por outros anti-hipertensivos.
Pode-se esperar que o efeito depletor de potássio da hidroclorotiazida seja potencializado por outros fármacos associados com perda de potássio e
hipocalemia (ex.: outros diuréticos caliuréticos, laxativos, anfotericina, carbenoxolona, derivados do ácido salicílico).
Hipocalemia e hipomagnesemia induzidas por diurético predispõem aos efeitos cardiotóxicos potenciais de glicosídeos digitálicos e antiarrítmicos. É
recomendada monitoração periódica de potássio sérico quando candesartana cilexetila + hidroclorotiazida é administrada com estes medicamentos.
Durante a administração concomitante de lítio com inibidores da ECA ou hidroclorotiazida, foram relatados aumentos reversíveis das concentrações séricas
de lítio e toxicidade. Um efeito similar pode ocorrer com antagonistas dos receptores da angiotensina II, e recomenda-se a monitoração cuidadosa dos
níveis séricos de lítio durante o uso concomitante.
O efeito anti-hipertensivo de antagonistas dos receptores de angiotensina II, incluindo a candesartana cilexetila + hidroclorotiazida, pode ser atenuado por
antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) como os inibidores seletivos de COX-2 e ácidoacetilsalicílico.
Assim como acontece com os inibidores da ECA, o uso concomitante de antagonistas dos receptores de angiotensina II e AINEs pode levar a um risco
aumentado de agravamento da função renal, incluindo possível insuficiência renal aguda, e um aumento no potássio sérico, especialmente em pacientes com
disfunção renal pré-existente. A associação deve ser administrada com precaução, especialmente em pacientes idosos e em pacientes com depleção de
volume. Os pacientes devem ser adequadamente hidratados e deve-se considerar a monitoração periódica da função renal após o início e depois da terapia
concomitante.
O efeito diurético, natriurético e anti-hipertensivo da hidroclorotiazida é reduzido por AINEs. A absorção da hidroclorotiazida é reduzida por colestipol ou
colestiramina.
Não há interação clinicamente significativa entre a hidroclorotiazida e alimentos.
Exameslaboratoriais
Em geral, não foram detectadas influências clinicamente importantes de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida nas variáveis de rotina de laboratório.
Foram relatados aumentos de ácido úrico sérico, glicose sanguínea e de ALT sérica (TGP– transaminase glutâmico-pirúvica) como eventos adversos numa
frequência um pouco maior com candesartana cilexetila + hidroclorotiazida (taxas brutas de 1,1%, 1,0% e 0,9%, respectivamente) do que com o placebo
(0,4%, 0,2% e 0%, respectivamente). Pequena redução de hemoglobina e aumento na AST sérica (TGO – transaminase glutâmico-oxalacética) foi observada
em pacientes isolados tratados com candesartana cilexetila + hidroclorotiazida. Foram observados aumento de creatinina, de uréia ou potássio e diminuição de
sódio.
O medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30°C). Proteger da umidade.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação do produto.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”
Os comprimidos de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida são apresentados da seguinte maneira:
A candesartana cilexetila + hidroclorotiazida 8/12,5 mg e 16/12,5 mg: comprimido, circular, biconvexo, amarelo, manchetado, liso nas duas faces.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
A dose recomendada de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida é de 1 comprimido uma vez ao dia, por via oral, com ou sem a ingestão de alimentos. O
efeito anti-hipertensivo máximo é normalmente atingido dentro de 4 semanas após o início do tratamento.
Uso em idosos: não há recomendações especiais para o uso de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida.
Uso em pacientes com insuficiência renal: uma titulação de dose é recomendada em pacientes com insuficiência renal leve a moderada (depuração de creatinina
30-80 mL/min/1,73 m2
de superfície corpórea).
A candesartana cilexetila + hidroclorotiazida não deve ser usada em pacientes com insuficiência renal grave (depuração de creatinina < 30 mL/min/1,73 m2
de
superfície corpórea).
Uso em pacientes com insuficiência hepática: recomenda-se uma titulação de dose em pacientes com doença hepática crônica de leve a moderada.
A candesartana cilexetila + hidroclorotiazida não deve ser usada em pacientes com insuficiência hepática grave e/ou colestase.
Uso em crianças: não foram estabelecidas a segurança e a eficácia do uso de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida em
crianças.
Se o paciente se esquecer de tomar uma dose de candesartana cilexetila + hidroclorotiazida não é necessário tomar a
dose esquecida, deve-se apenas tomar a próxima dose no horário habitual.
9. REAÇÕESADVERSAS
Em estudos clínicos controlados realizados com doses variadas de candesartana cilexetila/hidroclorotiazida (candesartana cilexetila até 32 mg e
hidroclorotiazida até 25 mg) os eventos adversos foram moderados, transitórios e comparáveis ao do placebo. A incidência total de eventos adversos não
mostrou associação com idade ou sexo.
As suspensões do tratamento em decorrência de eventos adversos com candesartana cilexetila/hidroclorotiazida (2,3% - 3,3%) e placebo (2,7% - 4,3%) foram
semelhantes.
A candesartanacilexetila
Na experiência pós-comercialização de candesartana cilexetila, as seguintes reações adversas foram relatadas:
Reações comuns (>1/100 e <1/10): hipotensão; hipercalemia; insuficiência renal; aumentos nos níveis de creatinina, uréia e potássio.
Reações muito raras (<1/10.000): leucopenia, neutropenia, agranulocitose, hiponatremia, tontura, tosse, aumento das enzimas hepáticas, função hepática
anormal ou hepatite, angioedema, rash cutâneo, urticária e prurido, dor lombar e insuficiência renal, incluindo falência renal em pacientes suscetíveis (ver
item “Advertências e Precauções”).
A hidroclorotiazida
As seguintes reações adversas foram relatadas com a monoterapia com hidroclorotiazida, geralmente com doses de 25 mg ou mais. As frequências utilizadas são:
Incomuns (>1/1000 e <1/100): fotossensibilidade.
Reações raras (<1/1.000): leucopenia, neutropenia/agranulocitose, trombocitopenia, anemia aplásica, anemia hemolítica, reações anafiláticas, vasculite
necrotizante, distúrbios respiratórios (incluindo pneumonite e edema pulmonar), pancreatite, icterícia (intra-hepática colestática), necrólise epidérmica
tóxica, disfunção renal e nefriteintersticial.
Frequência desconhecida: miopia aguda e glaucoma agudo de ângulo fechado, lúpus sistêmico eritematoso, lúpus cutâneo eritematoso.
“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.”