Bula do Carboplatina produzido pelo laboratorio Accord Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
BULA PARA PACIENTE – RDC 47/2009
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carboplatina
Accord Farmacêutica Ltda
Solução injetável
10 mg/mL
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Medicamento Genérico – Lei nº. 9.787, de 1999.
I. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Carboplatina
APRESENTAÇÕES
Carboplatina solução injetável de 10 mg/mL, é apresentada em frasco ampola de vidro âmbar de 5 mL, 15 mL ou 45 mL de
capacidade.
USO INJETÁVEL, APENAS POR VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável contém:
Carboplatina............................................................................................................................................................................10 mg.
Excipientes: água para injetáveis.
II. INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Este produto é de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados, com emprego específico em neoplasias
malignas e deve ser manipulado apenas por pessoal treinado. As informações ao paciente serão fornecidas pelo médico
assistente, conforme necessário.
A carboplatina faz parte da segunda geração de derivados da cisplatina que mostram atividade antineoplásica contra uma série
de malignidades.
A carboplatina está indicada no tratamento de estados avançados do carcinoma de ovário de origem epitelial (incluindo
tratamentos de segunda linha e paliativo em pacientes que já tenham recebido medicamentos contendo cisplatina). Está
também indicado no tratamento do carcinoma de pequenas células de pulmão, nos carcinomas espinocelulares de cabeça e
pescoço e nos carcinomas de cérvice uterina.
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A carboplatina é um medicamento usado no tratamento do câncer. A carboplatina se liga ao DNA alterando sua configuração e
inibindo sua síntese, desta forma impedindo o tumor de proliferar.
A administração de carboplatina está contraindicada a pacientes com insuficiência renal grave, mielodepressão grave e/ou na
presença de sangramento volumoso. Está também contraindicada a pacientes com hipersensibilidade à carboplatina ou a outros
compostos contendo platina (por exemplo, cisplatina) e a pacientes grávidas ou que estejam amamentando.
Gerais
A carboplatina deve apenas ser administrada sob constante supervisão de médicos experientes em terapia citotóxica.
Monitoração cuidadosa da toxicidade é mandatória, particularmente no caso de administração de altas doses.
A carboplatina é um fármaco altamente tóxico, com estreito índice terapêutico e é improvável que ocorra efeito terapêutico
sem alguma evidência de toxicidade.
Função da Medula Óssea
A carboplatina age na medula óssea suprimindo a produção das células do sangue (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e
plaquetas). Esta supressão depende da dose (quanto maior a dose, menos células no sangue). Por este motivo exames de sangue
(hemograma) devem ser realizados em intervalos freqüentes (por exemplo, semanalmente) em pacientes que estão recebendo
carboplatina. Pacientes com insuficiência renal, em uso de outros medicamentos que também suprimem a medula ou em
radioterapia tem maior risco de toxicidade grave. A dose de carboplatina para estes pacientes deve ser ajustada. O tratamento
da toxicidade pela carboplatina pode requerer uso de antibióticos, transfusões de sangue e derivados, entre outros.
Função Renal
A carboplatina é excretada principalmente na urina e a função do rim deve ser monitorada em pacientes que estejam recebendo
este medicamento. Se o paciente apresenta função do rim prejudicada pode ser necessário ajuste de dose. A terapia prévia com
cisplatina (um quimioterápico) ou concomitante com outros fármacos tóxicos ao rim pode aumentar o risco de toxicidade
renal.
Sistema Nervoso Central / Funções Auditivas
Devem ser realizadas regularmente avaliações do sistema nervoso antes e após o tratamento, particularmente em pacientes
previamente tratados com cisplatina (um quimioterápico) e em pacientes com mais de 65 anos de idade. A carboplatina pode
causar toxicidade auditiva cumulativa. Audiogramas devem ser realizados antes do início da terapia e durante o tratamento ou
quando houver sintomas auditivos. A perda auditiva importante pode requerer modificações da dose ou descontinuação da
terapia.
Efeitos gastrintestinais
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A carboplatina pode induzir vômitos. A incidência e gravidade dos vômitos pode ser reduzida pelo pré-tratamento com
antieméticos (remédios que impedem o vômito) ou através da administração da carboplatina em infusão intravenosa (na veia)
por 24 horas, ou como administração intravenosa (na veia) em doses fracionadas em 5 dias consecutivos ao invés de uma
infusão única.
Reações de hipersensibilidade
Assim como com outros compostos contendo complexos de platina, reações alérgicas à carboplatina foram relatadas. Os
pacientes devem ser monitorados quanto a possíveis reações alérgicas anafilactóides (reação semelhante à anafilaxia), e
equipamento e medicações apropriados devem estar prontamente disponíveis para tratar tais reações sempre que a carboplatina
for administrada.
Mutagenicidade e carcinogenicidade
Estudos em animais demonstraram que a carboplatina é mutagênica e teratogênica. A carboplatina pode causar dano fetal
quando administrada a mulheres grávidas. Não foi estudado o potencial carcinogênico da carboplatina, embora compostos com
mecanismo de ação semelhante tenham sido relatados como carcinogênicos.
Efeitos Imunossupressores / Aumento da suscetibilidade a infecções
Administração de vacinas vivas ou vivas-atenuadas em pacientes imunocomprometidos (com defesas diminuídas) por agentes
quimioterápicos incluindo carboplatina pode resultar em infecções sérias ou fatais. Vacinação com vacinas atenuadas deve ser
evitada em pacientes recebendo carboplatina. Vacinas mortas ou inativas podem ser administradas, entretanto, a resposta a
estas vacinas pode ser diminuída.
Uso em Crianças
Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em crianças.
Uso em Idosos
Dos 789 pacientes inicialmente tratados no estudo de terapia combinada (NCIC e SWOG), 395 pacientes foram tratados com
carboplatina em combinação com a ciclofosfamida. Destes, 141 tinham mais que 65 anos de idade e 22 deles tinham 75 anos
ou mais. Neste estudo a idade não foi um fator prognóstico de sobrevivência. Em relação à segurança, pacientes idosos tratados
com a carboplatina estavam mais propensos a desenvolver trombocitopenia grave quando comparados aos pacientes mais
jovens. Em dados combinados de 1942 pacientes (414 com 65 anos ou mais) que receberam a carboplatina como agente único
para diferentes tipos de tumores, uma incidência similar dos eventos adversos foi observada nos pacientes com 65 anos ou
mais e em pacientes com idade inferior a 65 anos. Outras experiências de relatos clínicos não identificaram respostas diferentes
entre os pacientes idosos e os mais jovens, mas a sensibilidade maior de alguns pacientes idosos não pode ser descartada. A
função renal deve ser considerada na seleção da dose da carboplatina devido à função renal dos idosos muitas vezes estar
diminuída (vide item 6. Como devo usar este medicamento?).
Uso Durante a Gravidez
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A carboplatina pode causar danos ao feto quando administrado a mulheres grávidas. A carboplatina deve ser utilizada em
mulheres grávidas apenas em situações de risco de morte ou diante da impossibilidade de uso de medicamentos seguros ou
quando outros medicamentos são ineficazes.
Caso a carboplatina seja utilizado durante a gravidez, ou se a paciente engravidar durante o tratamento, a paciente deverá ser
alertada sobre os riscos potenciais para o feto. As mulheres em idade fértil devem ser alertadas a evitar a gravidez durante o
tratamento com carboplatina.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu
médico em caso de suspeita de gravidez.
Uso durante a Lactação
Não está claramente estabelecido se a carboplatina ou seus metabólitos contendo platina são excretados no leite materno. No
entanto, devido ao risco potencial de reações adversas sérias em lactentes, caso o fármaco passe para o leite, a amamentação
deve ser descontinuada durante a terapia.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
O efeito da carboplatina sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi sistematicamente avaliado.
A tampa de borracha de fechamento do frasco contém látex natural.
Interações Medicamentosas
A carboplatina é, na maioria das vezes, utilizada em combinação com fármacos antineoplásicos (quimioterápicos) que possuem
efeitos citotóxicos similares. Nessas circunstâncias, é provável a ocorrência de toxicidade auditiva.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Outras informações podem ser fornecidas pelo seu médico.
Para maiores informações consulte seu médico ou a bula com Informações técnicas aos profissionais de saúde.
A carboplatina deve ser conservada em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz. Não congelar. O
medicamento é de uso único e qualquer solução não utilizada deve ser devidamente descartada.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
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Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança
no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características do produto: carboplatina apresenta-se na forma de solução límpida, coloração incolor, livre de partículas
visíveis.
Precauções no Preparo e Administração
A carboplatina é um medicamento de USO RESTRITO A HOSPITAIS OU AMBULATÓRIOS ESPECIALIZADOS,
portanto deve ser preparado e administrado exclusivamente por profissionais treinados em ambiente hospitalar ou ambulatorial.
Posologia
A carboplatina pode ser administrada tanto como agente único ou em combinação com outros medicamentos antineoplásicos.
A carboplatina deve ser utilizada apenas por via intravenosa e deve ser administrada por infusão IV por um período de no
mínimo 15 minutos.
A carboplatina é um medicamento de uso restrito a hospitais. O esquema posológico e o plano de tratamento deverão ser
determinados exclusivamente pelo médico responsável de acordo com o tipo de neoplasia e a resposta ao tratamento. Para
maiores informações sobre a posologia do medicamento, consulte o seu médico ou a bula específica para o profissional de
saúde.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Como esse é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha
o caso. Se você faltar a uma sessão programada de quimioterapia com esse medicamento, você deve procurar o seu médico
para redefinição da programação de tratamento.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Muitos efeitos colaterais do tratamento com carboplatina são inevitáveis devido as suas ações farmacológicas. No entanto, os
efeitos adversos são geralmente reversíveis se detectados precocemente.
As reações adversas como relatadas para os vários sistemas são as seguintes:
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Tumores benignos, malignos e inespecíficos: raros casos de desenvolvimento de leucemias mielóides agudas e síndromes
mielodisplásicas (tipos de câncer do sangue) foram observados em pacientes que foram tratados com carboplatina,
principalmente quando tratados em combinação com outros agentes que potencialmente podem causar estas doenças.
Sangue e sistema linfático: a principal toxicidade da carboplatina é a supressão da medula óssea (diminuição da função da
medula óssea), que é manifestada pela trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas),
leucopenia (redução de células de defesa no sangue), neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue:
neutrófilos) e/ou anemia (diminuição da quantidade de células vermelhas do sangue: hemácias). A mielosupressão (diminuição
da função da medula óssea) é relacionada à dose. Transfusões podem ser necessárias particularmente em pacientes sob terapia
prolongada (exemplo: mais de 6 ciclos). Seqüelas clínicas tais como febre, infecções e hemorragia (perda excessiva de sangue)
podem ser observadas.
Metabolismo e nutrição: podem ocorrer anormalidades dos eletrólitos, hipocalemia (potássio sanguíneo baixo), hipocalcemia,
hiponatremia (redução da concentração de sódio no sangue) e/ou hipomagnesia (redução da concentração de magnésio no
sangue).
Sistema nervoso: neuropatias periféricas (disfunção dos neurônios que pode levar a perda sensorial, atrofia e fraqueza
muscular, e decréscimos nos reflexos profundos) podem ocorrer. O efeito, mais comum em pacientes acima de 65 anos de
idade, parece ser cumulativo, ocorrendo principalmente em pacientes recebendo terapia prolongada e/ou naqueles que
receberam terapia anterior com cisplatina (um quimioterápico).
Olhos: anormalidades visuais, com perda visual transitória (que pode ser completa para luz e cores) ou outros distúrbios
podem ocorrer em pacientes tratados com carboplatina. Melhora e/ou recuperação total da visão geralmente ocorre dentro de
semanas após a interrupção do fármaco. Cegueira cortical (no cérebro) foi relatada em pacientes com alteração de função renal
recebendo altas doses de carboplatina.
Ouvido e Labirinto: tinido (zumbido no ouvido) e perda auditiva foram relatados em pacientes recebendo carboplatina. O
risco de ototoxicidade pode ser aumentado pela administração concomitante de outros fármacos ototóxicos (com toxicidade
auditiva) (por exemplo, aminoglicosídeos).
Cardíaco: insuficiência cardíaca congestiva (incapacidade de o coração bombear a quantidade adequada de sangue), doença
arterial coronariana isquêmica (por exemplo: infarto do miocárdio, parada cardíaca, angina e isquemia do miocárdio).
Vascular: eventos cerebrovasculares.
Gastrintestinal: náuseas (enjôo) e/ou vômitos, que são geralmente leves a moderados em relação à gravidade, podem ocorrer
dentro de 6 a 12 horas após a administração de carboplatina, podendo persistir por até 24 horas ou mais. Outras reações
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gastrintestinais como mucosite (úlceras na mucosa dor órgãos do aparelho digestivo), diarréia, constipação (prisão de ventre) e
dor abdominal também foram relatadas.
Hepatobiliar: podem ocorrer elevações leves e geralmente transitórias nas concentrações de fosfatase alcalina sérica (enzima
encontrada em diversos órgãos e tecidos), aspartato aminotransferase (AST ou TGO: enzima do fígado) ou bilirrubina
(substância resultante da destruição e metabolização da célula sanguínea). Anormalidades substanciais nos testes de funções
hepáticas foram relatadas por pacientes tratados com carboplatina que receberam altas doses de carboplatina e transplante
autólogo de medula óssea.
Sistema imune: reações alérgicas a carboplatina têm sido relatadas. E incluem: reações de anafilaxia/anafilactóides (reações
alérgicas graves), hipotensão (pressão baixa), broncoespasmos (chiado no peito) e pirexia. Reações de hipersensibilidade
podem ocorrer em poucos minutos após administração intravenosa da carboplatina.
Pele e tecido subcutâneo: podem ocorrer raramente dermatites esfoliativas (descamação da pele). Casos de rash (vermelhidão
da pele) eritematoso, pruridos (coceiras), urticária (alergia da pele) e alopecia (perda de cabelo) relacionadas ao uso de
carboplatina têm sido observadas.
Musculoesquelético e de tecido conectivo: Mialgia (dor muscular) / artralgia (dor nas articulações).
Renal e urinário: insuficiência renal aguda (diminuição aguda da função dos rins) tem sido raramente reportada. Síndrome
hemolítico-urêmica (doença grave que se caracteriza por diminuição aguda da função dos rins, anemia e diminuição das
plaquetas – responsáveis pela coagulação do sangue).
Geral: astenia (fraqueza), sintomas semelhantes à gripe e reações no local da injeção.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.
Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.